E Falando de Mudanças Repentinas da Vida escrita por carol-chann


Capítulo 13
13° Matsuri.


Notas iniciais do capítulo

desculpem mesmo pela demora, mas eu estava viajando, agora terminei o capitulo treze e espero que gostem.



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Gaara pOv’s.

 

Eu simplesmente não conseguia pensar em nada. Simplesmente senti o peso dela ao pular em cima de mim e me abraçar e foi só. Murmurei inconsciente do que fazia.

 

-Matsuri.

 

Quando finalmente me dei conta do que estava acontecendo passei os braços em volta dela rindo. Era até difícil acreditar que ela estava ali. Quando ela chegara ao Japão? Por que tinha vindo? Por que não me avisou que vinha? Varias perguntas rondaram a minha mente.

O importante é que ela estava ali depois de tanto tempo.  Três longos anos sem vê-la. Era incrível que ela estivesse ali agora.

 

-Gaara que saudades. - ela disse rindo.

-sim. Por que não disse que estava voltando para o Japão. Eu teria ido buscá-la no aeroporto.

-ah que graça teria. Foi uma surpresa. – ela tinha um sorriso brincalhão no rosto.

-ah! Olá.

 

Quando Matsuri disse isso por um momento não entendi a quem ela cumprimentava e então lembrei que Ino estava ali parada ao meu lado. Olhei para ela e pude notar que ela estava sem graça por presenciar tal cena. Parecia bastante incomoda.

 

-Olá. – foi só o que Ino disse.

-prazer Matsuri. –ela estendeu a mão sorrindo amável para Ino.

-prazer Matsuri-chan, Ino. – Ino respondeu.

-mas Gaa-chan... Faz um favor e me leve para comer alguma coisa, eu fiquei pelo menos uma hora sentada em frente a sua porta esperando. – ela fez bico.

-eu acabei de jantar. – eu disse rindo.

-trapaça. Eu estou com fome e você me deve pelo menos três anos de jantar. – ela me olhou feio.

-tudo bem tudo bem... Mas antes podemos entrar e guardar as coisas da Ino? – perguntei sabia que ela me forçaria a ir de qualquer maneira.

-claro néah. Você não estava pensando em deixar as coisas da Ino-chan do lado de fora néah? – ela ria.

 

Abri a porta do apartamento notando a expressão confusa de Ino. Levei as malas e coloquei em cima da cama. Matsuri estava com um ar de brincadeira e molecagem e Ino como se estivesse um pouco perdida no meio daquilo tudo. Eu entendia o porquê afinal uma garota apareceu de repente me cobrando um ano de jantar mesmo que ela não goste de mim ela ficaria confusa e sem saber o que esta acontecendo. Bem eu não teria tempo de explicar agora.

 

-então aonde você quer ir Matsuri? – eu perguntei.

-até parece que você não sabe. – ela respondeu rindo.

-devia ter imaginado. – suspirei. – é seu restaurante preferido.

-claro. – ela foi em direção a porta e eu comecei a segui-la.

-vamos Ino. – eu disse vendo que ela não se movia.

-ah! – ela pareceu despertar de algum pensamento. – eu não vou.

-porque Ino-chan? – Matsuri era totalmente indiscreta.

-por que não me vesti. – Ino apontou para meu blusão. – e tenho de arrumar isso aqui.

 

Ela apontou para as malas antes que eu dissesse para que ela trocasse de roupa. Matsuri deu de ombros na sua costumeira expressão de “se não tem outro jeito”. Eu também não insisti, ela estava um pouco estranha. Matsuri me puxou pelo braço reclamando de como estava com fome e de como a culpa era minha por ter demorado a chegar.

 

-então Gaara não vai me contar? Quero todos os detalhes. – ela deu um sorriso malicioso.

 

 

Ino pOv’s.

 

Fiquei olhando para a porta sem sequer me mover ouvindo a voz de Matsuri ficando cada vez mais baixa até sumir completamente. Deviam ter entrado no elevador.

...

Assim que o choque de ver Gaara ser tomado de mim por aquela garota passou o ciúme veio forte.

Senti a pulsação acelerar o rosto ficar quente, os dentes rangerem e os punhos se fecharem como se eu fosse esmurrar alguma coisa. O que não era má idéia.

Dei um soco na parede sem me incomodar com a pontada de dor que aquilo me causou.

Não era o suficiente não era a parede que eu tinha vontade de bater. Era em certa garota de cabelos castanhos.

Sim eu era ciumenta, muito ciumenta. E tendia a ficar violenta nesses momentos.

Joguei-me no sofá e leguei a TV tentando me concentrar em alguma coisa que não fosse Gaara e Matsuri tendo um jantar romântico.

Fiquei trocando de canal compulsivamente, mas não me acalmei.

Então fiz o que qualquer mulher faria em um momento como esse. Liguei para minha melhor amiga.

 

-alô Ino? O que aconteceu agora?

 

Ela pareceu chateada o que siguinifica que devo ter atrapalhado algum momento romântico, mas seu tom de voz mudou assim que ela me ouviu soluçar por causa do choro.

 

 

Gaara pOv’s.

 

Nós já estávamos quase chegando ao restaurante quando eu terminei de lhe contar tudo sobre Vegas e desde que voltara para Konoha. É claro que ela gargalhava.

Parecia uma daquelas crianças que riem até rolar no chão. Ela só não rolava pelo chão por que não havia esse espaço no carro.

 

-pare de rir. – reclamei.

-desculpe, não resisti. – ela limpava uma lagrima com o dedo indicador. – você é sempre tão certinho, planejando tudo com antecedência, nada pode estar fora do lugar. Foi mesmo engraçado imaginar que logo seu casamento seria sem previsão.

-Matsuri, por favor.

-tudo bem. Eu sei que você deve estar se sentindo mal por tudo isso que esta acontecendo.

-é mais ou menos.

-mais ou menos? – ela arqueou uma das sobrancelhas bem feita.

 

Eu não havia contado para ela como eu me sentia em relação a Ino, nem mesmo sobre os beijos. Sim no plural desde essa noite. Eu fiquei imaginando como Ino podia simplesmente ignorar esse fato, afinal ela foi para o seu quarto arrumar suas coisas como se nada tivesse acontecido. Não vou mentir, foi um enorme golpe ao meu ego quando ela simplesmente se afastou para “pegar as minhas roupas” como ela disse.

De repente ouvi um estalar e notei a mão de Matsuri em frente ao meu rosto.

 

-mais ou menos? – ela repetiu.

-é mais ou menos. – ela ficou séria.

-o que foi Gaara? O que esta acontecendo que você não consegue nem mesmo dividir comigo? Sua melhor amiga.

-eu também não sei ainda. – foi o máximo que me permiti esclarecê-la.

-ainda está confuso? Sinta-se a vontade para falar comigo sempre que precisar.

-claro. – sorri de forma marota.

 

Não me abriria com Matsuri, não agora pelo menos. Ainda não sabia como ela se sentia agora, então não queria falar de sentimentos. Não era um bom assunto para nós dois. Mesmo que ela esforça-se para manter a relação no amigável eu sabia que ela ainda sentia o mesmo. Dizer que eu achava que estava apaixonado por Ino seria muita maldade com ela.

 

-é aconteceu muita coisa é normal estar confuso.

-mas vamos deixar isso de lado por um tempo. Fale para mim o que aconteceu. Pensei que você não quisesse voltar ao Japão.

-e não queria, mas papai quer que eu tome frente nos negócios, diz que já esta mais que na hora de eu amadurecer e esquecer meus sonhos românticos de viver da minha literatura. – ela bufou ao terminar de dizer.

-entendo. Seu pai esta preocupado com a empresa como sempre.

-sim. Oras eu posso muito bem viver da minha literatura, era isso que eu estava fazendo na Inglaterra não era? Eu ainda não era muito conhecida, mas estava ganhando meu próprio dinheiro.

-é claro, afinal é incrível a sua criatividade. Acho que se você tivesse ficado lá por mais tempo teria feito um Best seller.

-você acha mesmo? – os olhos dela brilharam.

-quando foi que eu menti para você?

-me deixa ver. – ela ficou pensativa. – daquela vez em que você e Sasuke atropelaram meu cachorro enterraram e disseram que havia fugido? Ou então daquela outra vez em que você e Naruto...

-tudo bem. Já entendi. – a encarei.

-ah! Mas eu ainda nem tinha chegado à vez em que você mentiu para defender o Kankuro. – ela fez beicinho.

-vamos mudar de assunto? – bufei. Não gostava de saber que tinha mentido tantas vezes.

-claro. Tenho um assunto melhor. – ela sorriu.

-qual?

-como você sobreviveu tanto tem tempo sem mim? – eu olhei incrédulo para ela. – sério. Com quem você conversava? Com quem você ria ou chorava? – pude notar um brilho no olhar dela que não reconheci.

-na verdade eu andei muito preocupado com a faculdade, não estava muito nessa de rir ou chorar. – falei com desdém.

-ah Gaara! Você sabe que não pode ser assim tão anti-social sabe que isso não te faz bem... Ficar reprimindo pensamentos e sentimentos. Sim sentimentos. – ela repetiu quando notou meu olhar incrédulo. – você sabe que nunca me enganou com essa historinha de sou o senhor do gelo. – ela riu.

-eu não sou o senhor do gelo. – ela já tinha me chamado de frio ou o senhor eu não tenho sentimentos, mas o senhor do gelo era nova pra mim.

-ah! Então você prefere frio ou senhor eu não tenho sentimentos?

-Matsuri!

-ok eu já parei.

 

Depois disso, nós continuamos conversando, sobre varias coisas. Ela falou mais do que eu mais isso era comum para nós. E ela tinha muito a contar, três anos para ser mais exato. Nós não éramos muito chegados em falar pelo telefone muito menos por cartas. É claro que nós mantemos comunicação nesses três anos, mas foi muito esporádica, então eu não sabia tudo o que havia acontecido com ela e bem eu não tinha muito que contar.

Quando me dei conta já era bem tarde e logo o restaurante fecharia. Paguei a conta e fui deixá-la em casa. Era sempre assim nós saímos quando restaurante estava preste a fechar. Ela sempre enrolava conversando e quando eu estava mal-humorado e não queria conversar ela enrolava para comer até eu querer conversar. Matsuri era especial, ela sabia como me tirar o mau-humor e era uma boa amiga, mas parava por ai. Eu não tinha os sentimentos que ela tinha por mim as vezes isso me parecia ruim. Eu achava que eu simplesmente nunca amaria. Não de novo pelo menos. Suspirei e Matsuri me olhou curiosa.

 

-o que ouve?

-nada só estou um pouco cansado acho.

-Hm, Gaa-kun. – ela deslizou um pouco no banco ficando parcialmente deitada. – sinto saudades da época em que você dividia comigo tudo que te afligia. – ela suspirou.

-desculpe te preocupar.

-tudo bem. Só não faça essa carinha de cachorro que caiu da mudança ou eu não vou resistir. – ela me deu um sorriso doce.

-eu não tenho cara de cachorro. – ela riu.

 

Quando parei o carro em frente a sua casa, ela fez como sempre. Aproximou-se em um abraço e beijou meu rosto e saiu do carro sorrindo. Era como se nunca tivéssemos passado tanto tempo longe um do outro e nossa amizade nunca tivesse sido interrompida. Esperei que ela entrasse em casa antes de voltar a dirigir.

Quando cheguei ao apartamento Ino estava dormindo no sofá com o controle da TV na mão. Sorri vendo como ela estava serena em seu sono. Ajoelhei-me ao lado do sofá apreciando seu belo rosto e não resisti em levantar a mão e acariciá-lo.

Ela não podia dormir no sofá acordaria toda dolorida como eu estava acordando ultimamente. Peguei-a no colo com cuidado. Tive medo de acordá-la, mas o único movimento que vinha dela era o subir e descer de seus seios por causa da respiração. Droga eu não devia ter reparado nos seios dela. Suspirei. Deitei-a na cama e fui tomar um banho. Um banho frio.

 

 

Ino pOv’s.

 

Quando acordei por um momento pensei em descer e ir tomar café da manha com meus pais e então senti um vazio ao constatar que não poderia fazê-lo, mas não tive vontade de chorar não mais. Eles não iriam querer tantas lagrimas.

De repente me dei conta de que havia um peso sobre a minha cintura. O que era?

Olhei e me deparei com o braço de Gaara em minha cintura. O corpo dele colado ao meu, o rosto na curva do meu pescoço, a respiração me fazendo cócegas próximas a minha orelha.

Por um momento quis ficar ali eternamente, mas então me lembrei da noite anterior e de quanto o ciúme me magoara com ele. Como eu me sentia ferida e o quanto chorara até finalmente dormir no sofá. Alias o que eu fazia na cama?

Ele me carregara? Por um momento me senti presunçosa com isso, mas me lembrei de como ele ficara quando Matsuri aparecera e notei que aquele pequeno gesto não era muita coisa. Suspirei e então retirei o braço dele vagarosamente da minha cintura para não acordá-lo.

Sai da cama e fui direto para o banheiro tomar um banho. Pretendia passar a manhã com Sakura e sair antes mesmo de Gaara acordar. Não queria falar com ele por que ele não me devia explicações de verdade, e tudo que eu queria no momento eram explicações para aquele caos que se formara em minha mente.

Não deixaria sequer um bilhete queria que ele sofresse um pouco, mas duvidava que ele sequer sentisse minha falta.

Enrolei-me na toalha felpuda e fui para o quarto, Gaara dormia tranquilamente então me vesti ali mesmo. Uma roupa simples, um short e blusa.

Peguei meu celular e chamei um taxi então desci para a portaria do edifício. O porteiro sorriu para mim e eu educadamente acenei com a cabeça. Não estava para conversas. Não com desconhecidos pelo menos.

O que eu queria mesmo era um bom colo de mãe, mas teria que me contentar com o de Sakura. Suspirei.

Quando o táxi chegou dei o endereço de Sakura, mas o motorista queria conversar tentei ser educada, mas acho que ele  notou que eu não tinha humor e se calou.

Sakura abriu a porta e já foi me abraçando, ouvi Sasuke bufar e ir em direção do quarto irritado. Por um momento quis rir de Sasuke, mas não consegui.

 

-então o que ele disse sobre ela? Como era mesmo o nome?

-Matsuri. – eu disse chateada e vi Sasuke parar no meio do caminho. – e ele não disse nada já estava dormindo quando ele chegou em casa.

-amiga não tire conclusões precipitadas e... – ela parou no meio da frase ao ver Sasuke voltando para sala. -  o que foi Sasuke?

-simplesmente não resisti ao assunto. – ele tinha um sorriso maroto.

-se veio zombar de mim é melhor voltar para o quarto. Não estou de bom humor e não vou levar na brincadeira. – olhei feio para ele.

-tudo bem. Então não vou dizer o que eu sei. – ele deu de ombros saindo da sala.

-o que você sabe? – eu e Sakura perguntamos juntas.

-oras eu conheço Matsuri.

-deixe de deboche e fale logo. – Sakura mandou e ele riu.

-ela esta com ciúmes de Matsuri? – Sasuke desdenhou.

-ah me poupe Sasuke. – me joguei no sofá.

-exatamente como imaginei. – Sasuke riu.

 

 

Gaara pOv’s.

 

Acordei achando que estaria com Ino nos braços, mas acabei abraçando o vazio. Ela abandonara a cama. Resmunguei baixinho e olhei em volta sua procura. Nada assustadoramente não havia sinal de Ino pelo apartamento. Resolvi levantar e verificar na cozinha, nada lá também.

Apesar de não a ver barulho bati na porta do banheiro nenhuma resposta veio de lá. Droga onde ela se metera?

No apartamento é que ela não estava. Liguei na portaria e perguntei se ela havia saído e confirmaram. Ela tinha saído há uma meia hora.

Por que ela não deixou um recado? Sei lá. Sentia-me como se tivesse sido privado de algo. E só mais tarde me dei conta que esse algo, era acordar ao lado de Ino.

Ouvi meu celular tocar e fui atendê-lo quem sabe era Ino dizendo onde estava ou algo assim. Não, não era Ino. Bufei ao ouvir a voz do outro lado da linha.

 

-o que você quer Naruto?

-Matsuri acabou de ligar para mim, chegou ontem à noite, mas isso você já sabe. Queria saber se você e o teme não querem sair com a gente. Como nos velhos tempos?

-Hm. Pode ser. Liga para o Sasuke depois me diz o que resolveram.

-ok.

 

Ele desligou. Olhei em volta, eu queria ver Ino, mas se não podia vê-la que mal haveria em sair com amigos?

Fui para a cozinha procurar alguma coisa para comer. Quando ia morder uma maçã meu celular tocou.

 

-vamos nos encontrar na praça em uma hora. – Naruto foi logo dizendo, por um momento ia perguntar qual praça, mas logo entendi.

-claro. – ri. – até logo.

 

Mordi a maçã sentindo meu humor melhorar um pouco. A praça em que nós passamos a maior parte da adolescência. Éramos muito sem o que fazer mesmo. Se deixássemos Matsuri passaria o dia sentada no topo daquele escorregador.

Tomei um banho e fui me vestir.

Sai do apartamento ainda imerso em pensamentos antigos e de épocas muito mais felizes.

Mais felizes até chegar naquele dia em que Matsuri se declarou para mim em frente aos balanços, eu me lembrava da cena claramente ainda.

 

Flash back on

 

Matsuri estava parada em frente aos balanços sorrindo como um anjo. Surpreendi-me de não vê-la ao topo do escorregador. Ela acenou para mim e eu fui até onde ela estava sem hesitar.

Ela parecia tão feliz como se fosse explodir e eu não entendi o motivo, só me senti feliz por ela.

 

-Gaa-kun tenho algo importante a dizer.

-o que?

-Hm. – ela começou a ficar rubra. – bem é que descobri algo incrível.

-e isso seria? – a incentivei a dizer.

-Aishiteru! – ela disse rapidamente. Tanto que eu quase não compreendi.

 

Flash back off

 

Ela ficou triste e chorou quando soube que eu não poderia corresponder seus sentimentos, mas no final se acalmou e pediu para não comentarmos com os outros sobre aquilo.

Demorou um pouco, mas nossa amizade voltou ao normal. Naruto nunca notou, mas Sasuke sim. Ele me fez contar o que tinha acontecido. Suspirei.

Quando cheguei ao estacionamento entrei no carro e sai apressadamente de lá.

Enquanto estacionava o carro em frente à praça pude ver Matsuri em seu lugar favorito sai do carro com um sorriso no rosto.

Naruto estava sentado em um dos balanços e Sasuke e um dos bancos com um sorriso sardônico no rosto.

 

-atrasado como sempre. – ouvi Naruto dizer.

-sabe como é eu quase fui atropelado no caminho e... – comecei a dizer fazendo graça imitando um professor que tivemos no ensino fundamental: Kakashi.

-mentira você veio de carro. – Naruto e Matsuri disseram e caíram na gargalhada.

-sinto falta do Kakashi. – Matsuri suspirou.

-verdade Kakashi-sensei sumiu, faz uns dois anos desde a última vez que eu o vi. – Naruto disse.

-eu o vi há um mês. – Sasuke disse entediado.

-o que? – nós três perguntamos surpresos.

-vocês sabem que ele é padrinho do Itachi. – Sasuke suspirou.

-Ah é eu tinha esquecido. – Naruto disse.

 

Eu também não me lembrava disso. Também fazia tanto tempo. Uns seis anos, acho. Era engraçado estar aqui conversando com eles depois de todo esse. Parecia até que eu ainda tinha quinze anos e essa fosse só mais uma das nossas tardes tediosas.

 

 

Ino pOv’s.

 

Então Matsuri não era uma namorada ou caso amoroso de Gaara? Era a melhor amiga dele? Alias por que a melhor amiga dele era uma mulher? Ele não podia ser que nem Sasuke e ter um melhor amigo homem?

Neji, Shikamaru também tinha melhores amigos homens. Bufei. Era sempre comigo.

Quer dizer, ele não gostava de mim, nós meramente éramos amigos, o que siguinifica que Matsuri é muito mais importante para ele do que eu. Pelo menos eles não são apaixonados nem nada do tipo.

 

-ah mudando de assunto. – a voz de Sakura estava um pouco irritada. – fui a sua casa. E Carol mandou uma carta, repito uma carta para você. – ela estava com ciúmes por só receber um cartão postal. Tive vontade rir.

-onde esta? – disse ansiosa.

 

Ele me estendeu o envelope um tanto volumoso.  Joguei-me no sofá com um enorme sorriso no rosto e abri o envelope e uma correntinha caiu sobre mim. Olhei para o pingente e era uma miniatura de olho era até bonitinho, mas me pareceu um pouco estranho. Decidi ler a carta.

 

“Para Ino.

 

Sabe eu tenho muitas saudades de você, sim especialmente de você.

Eu lembro que eu estava tão tímida da primeira vez que vi vocês. Lembra? Eu até parecia a Hinata.

Mas era a primeira vez que eu viajava para o exterior, e para ser franca estava muito preocupada de esquecer as minhas aulas de japonês.

Você pode até não acreditar, mas ao chegar à Grécia foi assim que eu me senti. A língua aqui é bem complicada ao menos para mim.

Ah antes que queira me matar vou explicar sobre o cordão.

‘O Olho Grego em especial é feito de vidro colorido, o mais comum é uma esfera branca com uma circunferência menor azul turquesa e uma bem pequena preta, representando a pupila. Afasta qualquer tipo de inveja. Enquanto realiza essa tarefa ele absorve tais energias, sendo assim pode se quebrar. Se isso ocorrer não se deve lastimar, ele cumpriu sua tarefa. ’

Essa é a definição, mas claro que é uma superstição você sabe o quando eu gosto de superstições locais. Tive a idéia de mandá-lo para você sabe como é dizem que as garotas mais bonitas são as que os outros têm mais inveja.

Sakura deve estar espumando agora, eu sei que ela esta ai. Não eu não sou vidente. Só conheço muito bem vocês. Diga para ela que ainda não encontrei o presente adequado para ela. Quando eu encontrar irei mandá-lo.

Hm. Fiquei sabendo sobre seus pais e lamento. Sei o quanto você os amava. Mas também sei o quanto é forte e que vai superar todos os desafios que tiver, principalmente de agora em diante. Mas não pense que vai enfrentá-los sozinha, você sabe que seus amigos sempre estarão ai para ajudá-la.

E nunca se sabe quando eu posso passar para dar uma visitinha!

‘me tiq7;n agápiq7; apó to fílo sãs Carol.’ 

Com amor de sua amiga Carol.”

 

 -antes que você comece a berrar ela vai te mandar um presente também, mas parece que ainda não achou nada adequado. – disse para Sakura.

-eu não ia berrar.

-ia sim. – eu ri.

 

Estava com saudades dessa amiga. Eu não há via desde a última vez que ela viera no meu ultimo ano de escola durante as férias de verão. Mas é como ela dizia, eu nunca sabia quando ela poderia fazer uma visita. Todas às vezes ela pareceu de surpresa, mas meus pais a adoravam e não se importava em tê-la como hospede.

Entreguei a carta para Sakura ler. Pude ver o sorriso dela ao ter mais informações sobre Carol.

 

-será que Hinata também teve noticias dela? – Sakura perguntou de repente.

-talvez quer conferir?

-quero.

 

Nos sempre juntávamos informações quando ela nos mandava correspondência, parecia um quebra cabeça, cada uma recebia parte das informações. Ligamos para Hinata e soubemos que ela havia recebido um postal e um livro de receitas gregas. Disse que Carol brincou dizendo que queria comer Moussaká quando fosse visitar Hinata e ela tinha que treinar. Eu e Sakura rimos.

 

-Sakura. – eu a chamei logo depois que desligamos o celular.

- o que?

-será que ela vem nos visitar?

-não sei.

-pense comigo. – eu disse convicta do que falava. – ela disse para mim e para Hinata sobre uma visita.

-ah disse para mim também. Algo como. Espero que ainda não tenha casado por que nós temos que sair para badalar juntas ainda.

 

Eu ri por que Sakura já estava casada. E também por que eu sabia muito bem o que Carol queria badalando por aqui, melhor dizendo na Akatsuki.

 

-Sakura eu já vou indo, deixei Gaara pela manhã dormindo e nem disse nada que ia sair não deixei bilhete, queria deixá-lo preocupado ou algo assim. Uma crise infantil. – dei de ombros.

-ai Ino você e suas conclusões precipitadas. Mas eu não quero ficar sozinha vai ser um tédio. Já que Sasuke foi se encontrar com o baka ladrão de maridos do Naruto. – eu ri.

-então pra Sasuke eu sou a ladra de esposas?

-algo assim. – ela deu de ombros.

 

Sakura chamou um táxi para mim. e eu desci para esperar, não demorei a chegar ao apartamento de Gaara, mas tive uma surpresa. Ele não estava lá.

Quem sabe sequer havia se importado por eu não estar lá quando acordou. Senti uma lagrima solitária teimar contra minha vontade de chorar e escorrer por minha bochecha.

 


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Notas finais do capítulo

até o próximo capitulo. beijos!
N/A: foi mal. eu tinha colocado em grego, mas parece que algumas letras por serem de outra formatação, não saíram.. .-.



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