E Falando de Mudanças Repentinas da Vida escrita por carol-chann


Capítulo 12
12°Calmaria.


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora.. mas acho que nem demorou tanto assim.. comparado a outras vez.. [/levapedrada



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Gaara pOv’s.

 

Ino estava deitada e embaixo dos cobertores  quando eu liguei para Temari perguntando o que se dava para pessoas resfriadas. Ela fez questão de vir preparar uma sopa de legumes para Ino. Eu estava na vendo um programa qualquer quando ela chegou.

 

-que péssimo marido você arranjou Ino. Não serve nem para fazer uma sopa. – disse Temari entrando no apartamento me olhando com descaso.

-obrigado por nos explicar quais são as minhas habilidades culinárias.

-ah! Deixa de mimimi Gaara.

-Temari não precisa falar assim com ele.

 

A febre de Ino tinha voltado? Ela estava com o rosto muito vermelho. Sai do sofá e fui em direção a Ino enquanto Temari ia para a cozinha. Sentei na beirada da cama e encostei as costas da mão na testa dela e ela se encolheu um pouco na cama. Sim ela decididamente estava com febre, estava com o rosto bem quente.

Ela empurrou a minha mão meio chateada.

 

-sai Gaara! O que você esta fazendo?

-só vendo se você esta com febre. E antes que pergunte. Sim você esta.

-não estou não.

 

Ela me lançou um olhar bravo. Pelo que eu havia notado ela não gostava por algum motivo que ficassem cuidando dela quando estava doente e era muito teimosa. Ela não parava de me surpreender desde que a conheci. Da primeira vez quando nos esbarramos achei que ela fosse tímida, na segunda que fosse louca e chorasse sempre. Quando acordei de manhã pensei que fosse um pouco psicótica. Depois descobre que ela não gostava de mostrar o seu lado sensível, mas que pelos acontecimentos recentes ela estava triste.

Quando chegamos e vi-a com os amigos vi o lado alegre dela. E como ela ficava mais meiga bêbada. E agora descobri o quanto ela podia ser teimosa quando queria. Quantas mais facetas da personalidade dela eu iria descobrir?

Fiquei sentado ali do lado dela alguns instantes ela tentou me ignorar virando para o outro lado, mas não deu muito certo. Eu estava disposto a passar pela barreira de teimosia que ela tinha erguido. Deitei do lado dela e passei um braço por cima de sua cintura.

 

-o que você pensa que esta fazendo Gaara? – ela disse num tom irritado, mas sua voz tremeu um pouco. Eu ri.

-eu não penso nada. Só queria perguntar se você já tomou seu remédio?

-remédio? Que remédio? – ela tentou disfarçar, mas a voz dela entregou.

-você sabe muito bem do que eu estou falando Ino.

-ah! Claro o remédio. – ela bateu na testa. – não lembrei.

-vou pegar para você.

 

Levantei da cama e fui em direção a cozinha pegar o remédio que eu tinha guardado lá. Temari mexia com uma colher de pau em uma panela tão grande que eu jurava que ela ia alimentar umas dez pessoas.

Peguei o remédio e enchi um copo com água e voltei para lá. Ino tomou o comprimido de mau humor, mas pelo menos tomou. Coloquei o copo ao lado da cama e deitei na cama olhando para o teto.

 

-Temari vai fazer você comer até não conseguir mais.

-por que você esta dizendo isso?

-sério. Você não viu o tamanho da panela que ela esta usando para fazer sopa. Eu vi.

-me deu medo agora. Mas acho que ela vai forçar você a comer também.

-ei não fique rindo por me por em apuros.

 

Ficamos calados depois disso até que Temari entrou no quarto com o parto de sopa de Ino em uma mesinha suporte para ela poder comer na cama. Forçou-me a ir tomar a sopa na cozinha juntamente com ela. Tomamos a sopa enquanto conversávamos sobre o que estava acontecendo lá em casa. Meu pai estava uma fera com Kankuro ainda por causa da Sarutobi. Agora eu entendia a insistência dela em vir aqui fazer a sopa.

O resto do dia foi calmo passou quase despercebido eu fui ver um jogo na TV enquanto as duas ficaram conversando baixinho na cama, algumas vezes eu entendia parte da conversa delas outras não. E sinceramente eu não estava interessado em seja lá o que for que Temari estava falando sobre Shikamaru.

 

 

 

Ino pOv’s.

 

Apesar da febre, da coriza e dos constantes espirros o dia passou rapidamente, talvez por que Temari fosse tão animada e eu não tivesse ficado entediada em momento algum. É claro que eu tinha notado como Gaara estava estranho. Desde ontem quando ele foi interromper a conversa minha com o Sai.

Ele simplesmente veio me abraçar e me tentar e depois mal falou comigo o resto do dia.

Depois que Temari foi embora Gaara me entregou um blusão dele, enorme por sinal e então nós saímos do apartamento para buscar minhas roupas, afinal já tínhamos atrasado muito isso.

Não demoramos muito, pois minha casa não era longe. Assim que ele estacionou o carro meu estômago revirou. Demorei-me para olhar pela janela do carro em direção a casa, mas assim como imaginei quando olhei não resisti às lagrimas vieram instantaneamente para meus olhos. Olhei para o portão me lembrando da aflição que senti aquela noite ao abri-lo. E não sei dizer quando foi que começou, mas eu estava tremendo e de repente os braços acolhedores de Gaara estavam em volta do meu corpo.

Não sei quanto tempo ficamos assim, minutos, horas ou dias quem se importava? Nós com certeza não éramos. Quando finalmente meus músculos se acalmaram e pararam de tremer e minhas lagrimas secaram nós entramos na casa. Eu me sentia quase profanando um tumulo de memórias. Elas invadiam minha mente por qualquer motivo até mesmo por objetos relacionados a elas.

Lembrei-me de quando eu e Sakura assistíamos filmes infantis na sala, sentadas ou jogadas sobre o sofá com uma enorme vasilha de pipoca entre nós, às vezes a pipoca causava confusão. Lembrei também de meu pai sentado no sofá todos os dias pela manhã lendo o jornal. Olhei para a porta da cozinha talvez esperando que minha mãe aparecesse a qualquer momento ali e me chamasse para jantar.

Só agora eu notava como Gaara segurava minha mão. Talvez desde que saímos do carro. Era acolhedor e também a única coisa que não me deixava cair em lagrimas outra vez. A casa parecia tão intacta, como se eles simplesmente tivessem saído para dar uma volta. Olhei em direção a lareira na sala e meus pais sorriam para mim da foto que estava ali.

Gaara seguiu meu olhar e se aproximou da lareira para ver melhor meus pais. Eu fui levada junto pela mão.

 

-essa era minha mãe e esse o meu pai. – apontei para eles na foto.

-você se parece mais com seu pai. – ele sorriu para mim.

-é o que todo mundo diz. – eu tentei sorrir, mas não acho que tenha conseguido.

 

Foi então que aconteceu algo pelo qual eu não esperava. Senti os lábios de Gaara cobrirem os meus e diferente de como foi da primeira vez, seus lábios estavam delicados sobre os meus num gesto singelo, mas ainda assim abrasador. Fez com que eu me sentisse quente por dentro e de certa forma feliz. Fechei os olhos lentamente quando senti os lábios deles moverem lentamente sobre os meus. Suas mãos tocaram delicadamente minha cintura. Enquanto sua língua tomava passagem para minha boca. Eu não saberia dizer quando começou, mas minhas mãos estavam em seus ombros indo em direção ao pescoço e ao cabelo dele. Nossos corpos simplesmente decidiram colar-se e por uns instantes achei que seria realmente impossível separá-los.

E apesar de tudo isso não era um beijo avassalador de arrancar suspiros, era calmo delicado me fazia sentir como se nada pudesse me afetar enquanto estivesse ali nos braços dele os lábios presos ao dele.

Quando os lábios dele não mais cobriam os meus pude sentir minhas faces esquentando e quase não acreditei que estava corando. Sentia-me zonza, fraca, vencida e entregue. Eu e Gaara apenas nos encaramos durante algum tempo sem dizer nada. E o que havia para ser dito? Para mim nada.

Depois de um tempo me lembrei o que tinha de fazer, não queria sair do abraço, mas era preciso. Eu deveria avisar que ia subir? Deveria simplesmente ir pegar minhas roupas? O que eu deveria fazer?

Decidi simplesmente sair do abraço como se aquilo tudo fosse natural, comum. E também por que estava nervosa não saberia o que dizer. Quando deixei cair meus braços ao longo do corpo e dei um passo para trás ele segurou minha cintura mais firme me mantendo no lugar.

 

-aonde você vai? – ele me encarou.

-pegar as minhas roupas. – tentei soar natural, mas minha voz estava entrecortada pelo nervosismo.

-ah!

 

Ele pareceu entender algo e corou um pouco. Fico imaginando o porquê disso.

Quando ele soltou minha cintura eu recuei um pouco e então fui em direção às escadas, mas parei antes de subir sem ter certeza se conseguiria andar pela casa sozinha e não voltar a chorar. Ele pareceu entender por que eu hesitava subir as escadas e veio comigo.

Senti-me incomodada por ele não ter pegado novamente na minha mão durante o trajeto até o meu quarto. De repente me parecia à coisa mais natural do mundo estar em contato com a pele dele. Eu queria estar em contato com a pele dele, ele não notava? Não sentia a mesma necessidade que eu?

Abri a porta do meu quarto e o que vi me deixou chocada. Minha cama ainda tinha os lençóis remexidos da ultima noite em que eu dormira ali. Meu caderno de desenho estava aberto com o modelo que eu desenhava naqueles dias, incompleto. Meu pijama jogado no chão exatamente aonde eu deixara naquela ocasião, a porta do guarda-roupa entreaberto.

 

-você não é exatamente uma pessoa bem organizada. – ouvi o tom gozador na voz de Gaara.

-obrigada.

 

Apesar do tom sarcástico na minha voz eu estava feliz por ser puxada de volta para o presente. O passado era um lugar sombrio do qual agora eu tinha medo.

Gaara me pareceu estar curioso ao olhar ao seu redor observando meu quarto. Era um quarto bem simples paredes de tom lilás, uma cama de solteiro um guarda-roupa de seis portas e uma escrivaninha. Claro a minha estante de bichinhos de pelúcia também, a maioria eram presentes de ex-namorados.

Peguei uma mala enorme que tinha em cima do meu guarda-roupa e coloquei na minha cama abri e depois fui pegar as roupas no guarda-roupa eu queria sair logo de casa a cada momento que eu ficava ali eu me sentia mal. Joguei as roupas de qualquer jeito na mala sob o olhar incrédulo de Gaara. Calças blusas, tops, pijamas, roupas intimas e até mesmo alguns biquínis por um momento imaginei que não conseguiria fechar a mala, mas consegui graças à ajuda de Gaara.

Ele pegou a mala e foi levando-a para fora do quarto provavelmente achando que eu tinha acabado, foi impossível não dar um meio sorriso, eu mal havia começado.

Fui em direção ao banheiro, sim meu quarto era uma suíte, sabe essas regalias de filha única. Gaara me olhou confuso, mas eu não disse nada simplesmente entrei no banheiro vendo o que eu deveria levar e o que ficaria ali. Coloquei um dedo sobre a boca enquanto pensava, decidi que os produtos para o cabelo eram os mais importantes, mas mudei um pouco de idéia ao olhar para os perfumes. Dane-se levaria os dois e mais. Peguei outra mala, mas essa era menos. Sim foi necessária uma mala para meus pertences. E por fim peguei meu bem mais precioso naquele quarto: meu porta-jóias.

Quando estávamos saindo olhei saudosamente para a foto dos meus pais sobre a lareira e murmurei um “Ittekimasu” e só ai me dirigi para a porta. Assim que passei pelo portão vi Gaara guardando minhas coisas no porta-malas do carro, entrei no carro e fiquei sentada no banco do passageiro esperando por ele.

Gaara decidiu que nós deveríamos sair para jantarmos alguma coisa antes de voltarmos para o apartamento, afinal eu não estava bem e ele não cozinhava nada e em hipótese alguma eles iriam ligar para Temari e ter de tomar mais sopa. Eu olhei feio para ele, afinal eu ainda estava com um blusão de frio dele que batia no meio das minhas coxas, eu não ia sair na rua assim.

 

-então o que você sugere? – ele perguntou e sua voz parecia cansada.

-Hm... Nós poderíamos ir jantar na casa de alguém conhecido. – eu disse sorrindo.

-sem sermos convidados? – Gaara me olhou de canto de olho.

-como se eu me importasse. – dei de ombros e ele riu. – provavelmente Sakura ou Tenten não se importariam se eu aparecesse para jantar sem avisar.

-Tenten? E a Hinata? – ele pareceu estranhar o fato de eu não mencionar e Hinata e sim a namorada do primo dela.

-Hm, Hinata não se importaria, mas o pai dela sim.

-então para onde vamos?

-vamos para casa da Sakura ela cozinha melhor que a Tenten. – ele riu. – e além do mais eu ainda não estraguei a lua de mel dela direito...

-e por que quer estragar a lua de mel dela? – Gaara ergueu uma das sobrancelhas.

-não por ela, mas por que o Sasuke é um idiota pervertido e esta monopolizando o tempo dela.

 

Gaara riu do meu comentário. Ele estava bem risonho, eu me pergunto por que, afinal ele estava sério há minutos atrás, não era bem risonho era como se ele estive um pouco aliviado eu não entendi com o que.

Quando chegamos ao apartamento de Sasuke e Sakura o porteiro sequer perguntou só ligou avisando para Sakura que já estávamos aqui. O que significa que ela já havia avisado que eu vinha. Como assim ela sabia que eu vinha? Olhei para o porteiro incrédula, eu não tinha avisado. Gaara e eu subimos apressados.

Quando batemos na porta Sakura a abriu sorrindo.

 

-hey Sasuke eles vieram mesmo.

-eu sabia. – o ouvimos rir.

-como sabiam que a gente viria? – perguntei um tanto estressada.

-você não faria nada doente e não sairia de casa sem roupas. E Sasuke disse que Gaara não cozinha. – ela deu de ombros.

-e se nos fossemos para casa dele, ou para a casa da Tenten? – eu desafiei.

-Tenten? Não se você poderia vir comer aqui. Eu cozinho melhor até ela assume isso. – Sakura riu e eu fechei a cara. – Sasuke achou que vocês não apareceriam em cima da hora para o jantar na casa do pai dele.

-droga. Vocês sabem demais. – fiz bico.

 

Sakura ficou rindo enquanto fechava a porta e depois foi para a cozinha segui-a afinal ela deveria estar terminando de preparar o jantar pelo cheiro que vinha de lá.

Ela estava fazendo arroz e strogonoff. Foi impossível na me lembrar da Carol com isso, ela tinha ensinado Sakura a fazer e ela ficara fascinada e depois passou a ser o prato predileto de Sakura. Pergunto-me por onde Carol anda. O sonho dela sempre fora viajar o mundo vez ou outra eu recebia um postal dela de algum lugar do mundo. Começou desde cedo no ensino fundamental ela fizera um intercambio do Brasil para a nossa escola. Foi assim que a conheci, ela ainda veio ao Japão mais duas vezes e todas elas ficou na minha casa.

 

-por onde será que a Carol anda? – perguntei a Sakura.

-ela esta na Grécia. – disse Sakura sorrindo. – recebi um postal hoje pela manhã finalmente ela foi para lá. Disse que esta realizada de conhecer o lugar que os templos são as coisas mais maravilhosas que ela já viu e as pessoas são muito simpáticas e coisas assim. Parecia muito feliz.

-por que eu não recebi um?

-deve ter recebido. Olhou a caixa do correio da sua casa?

-não. – respondi emburrada.

-viu a culpa é só sua então.

-eu tinha muito em que pensar quando entrei na casa.  Falei de cabeça baixa.

-quer que eu vá lá amanha pegar suas correspondências, afinal deve ter chegado também coisas como conta de água luz.

-eu agradeceria muito se fizesse isso por mim.

-então passo lá amanha e pego para você.

-que bom que ela esta feliz. Lembro que era um dos três lugares que ela mais queria conhecer. Grécia, Egito e a cidade do Machu Picchu. Por que será que ela ainda não tinha ido á?

-não sei. – Sakura deu de ombros.

 

Deixei os pensamentos de lado quando ela terminou de fazer o jantar e nós todos nos sentamos para comer. De certa forma foi um jantar animado, apesar de meu humor não estar bom. Depois de passar em casa senti saudades de jantar com minha mãe e meu pai.

Despedi-me dos dois e eu e Gaara fomos embora, estava tudo muito calmo entre nós, nem parecia que tínhamos nos beijado sem nenhuma explicação há somente umas duas horas atrás. Suspirei lembrando-me do beijo, afinal o que ele significara para Gaara? Para mim significou confusão. Sim confusão minha mente estava assim.

Chegamos ao apartamento, cansados e satisfeitos. Pegamos minhas malas e subimos para o nosso andar.

Quando chegamos ao nosso andar eu não notei nada estranho, mas quando vi o olhar de Gaara me surpreendi, segui o olhar chocado dele que ia até uma garota parada a nossa porta. Cabelos castanhos até o ombro e repicados e quando nos viu abriu um doce sorriso que era realmente muito bonito. Mas eu definitivamente me assustei quando ela começou a correr em direção ao Gaara e se jogou em cima dele em um abraço. Apesar de muito baixo ouvi a voz de Gaara murmurando.

 

-Matsuri ...

 

 

 

 

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Nota:  Ittekimasu » Se diz quando está saindo de casa, ou algum outro lugar.

 


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Notas finais do capítulo

agora a noticia que vai me fazer apanhar, alias ser espancada.. eu vou viajar.. *foge para as colinas*
beijoos..



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