Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 4
Passagem Secreta


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, espero que gostem do capítulo! Foi sugerido que não tenha a divisão entre os pontos de vista então nesse capítulo estou testando isso, me falem se ficou melhor assim :)



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Nas férias de verão, Lily voltou para casa e teve que aguentar sua irmã mais velha, Petúnia, irritá-la dizendo coisas horríveis e insultando o mundo bruxo. Aquelas férias não pareciam passar nunca e, por mais que amasse seus pais e sentisse falta deles, nada se comparava a Hogwarts.

Se não fosse por seu amigo Severus, ela não teria nada para fazer naqueles meses. Os dois passavam as tardes quentes conversando, deitados sob a grama, nas margens de um lago próximo a casa dos Evans.

— Sua irmã tem inveja de você... Ela é comum e você é especial! — Snape sorria para a garota, deitada ao seu lado.

— Que maldade, Severus! — Lily tentava não se zangar com sua irmã, mas ficava bem triste.

— Não quero que se sinta mal por ser quem você é, Lily. Você é incrível, foi uma das melhores do nosso ano — Severus falava timidamente. O garoto nutria sentimentos pela ruiva, mas não queria que isso estragasse a amizade deles.

Lily ficava feliz por, mesmo estando em casas diferentes em Hogwarts, ela sempre poder contar com Severus. Ela sabia que sempre poderia contar com ele e este sempre a faria se sentir melhor, o que quer que acontecesse.

Sirius fez de tudo para irritar seus pais naquele verão. Colocou um brasão da Grifinória na parede de seu quarto, assim como várias fotos com seus amigos grifinórios. Walburga Black estava completamente irada com o comportamento do filho, se consolava apenas ao ter certeza que Regulus, o filho mais novo, com certeza iria para a Sonserina e honraria o sangue dos Black.

Para fugir um pouco das reclamações da Mui Antiga e Nobre Casa dos Black, Sirius foi visitar James no final das férias. Ele estava treinando muito quadribol e, com a presença de Sirius, as coisas ficaram ainda mais interessantes. Potter aspirava ser apanhador e Black queria ser batedor. Com alguns simples feitiços, os bruxos transformaram pequenas bolas em goles, balaços e num pomo de ouro improvisadas.

Logo era novamente primeiro de setembro, dia de voltar para Hogwarts. James e Sirius encontraram Remus e Peter entrando no Expresso Hogwarts e seguiram a procura de um vagão vazio.

Os garotos encontraram o vagão em que Lily, Marlene, Dorcas, Alice e Frank estavam e resolveram entrar.

— O que ele está fazendo aqui? — James fechou a cara ao ver que Severus também estava no vagão.

— Ei Ranhoso, por que não está com seus amigos nojentos da Sonserina? — Sirius indagou, antes de Lily ter a chance de os repreender.

— Sirius, por que você faz isso? Deixe Severus em paz! — Ela brigou com o amigo.

— O James acabou de reclamar e você só briga comigo, por que para ele você não diz nada? — Sirius chateou-se, mas lançou a Lily um sorriso sugestivo

— Talvez seja porque você gosta dele! — Marlene entendeu o sorriso de Sirius.

Assim que Marlene terminou a frase, Snape levanto-se e saiu do vagão dramaticamente.

— Sev... Espera! Estão vendo o que vocês fazem? Eu também brigo com James! — Lily falou num tom de confusão. A verdade era que mesmo sendo amiga dos marotos, ela se chateava quando alguém fazia alguma brincadeira de mal gosto com Severus. James fazia isso com frequência, mas era brincadeira de criança enquanto Sirius parecia levar mais a sério, talvez por conta dos problemas que tinha com os pais sonserinos e metidos graças ao puro sangue. Lily justificou, em seus próprios pensamentos, que por esses motivos ela brigava mais com Sirius que com James.

Potter ia azarar Marlene por ter dito aquilo, ele tinha uma queda pela Lily desde a primeira vez que a viu, enquanto a garota não demonstrava nenhum interesse e ainda dava a ele muitas broncas pelo comportamento inadequado. Ele não estava preparado para aquela reação de Lily, mas ainda assim tentou fingir que não estava chateado e passou a viagem toda jogando xadrez bruxo com Remus.

Como eram segundanistas, James e seus amigos foram levados da estação até o castelo por carruagens que andavam sozinhas. Todos se sentaram na mesa da Grifinória e esperaram a cerimônia acabar para, finalmente, poderem comer.

— Estou faminto! — disse Peter.

— Como sempre né... — Alice brincou.

— Espero que isso não demore muito.

Os novos bruxos foram distribuídos nas quatro casas, Dumbledore fez seu discurso e anunciou que os testes de quadribol seriam na próxima semana, fazendo todos vibrarem de alegria.

— Acorda Sirius! Acorda logo seu idiota! Vamos perder o teste! — James pulava na cama de Sirius.

—Ahn, já acordei, James! Para com isso! — Sirius resmungou e jogou um travesseiro no amigo, derrubando-o da cama.

— O que foi isso? — Remus acordou com o barulho de James caindo e levantou da cama, com os cabelos cor de areia amassados.

— Ai, vocês vão perder o teste! Vamos logo... Frank, você vai com a gente? — Peter estava preocupado e apressava a todos.

 Os cinco mal conseguiram tomar café da manhã e seguiram ansiosos até o campo de quadribol com as meninas.

O teste foi fácil para os garotos depois de tanto treinarem nas férias, então logo conquistaram uma vaga no time. Mesmo sendo alunos mais novos, eles foram muito bem e assim que os jogos começaram, James e Sirius ficaram ainda mais populares.

— Ei garotos, grande jogo hoje... É uma pena vocês não poderem ir a Hogsmeade! — uma lufana loira e alta disse, sorrindo para os dois.

— Mal posso esperar até o ano que vem, vamos poder sair com todas essas meninas em Hogsmeade! — Sirius disse, assim que a garota passou.

— É, mal posso esperar... — James deu um sorriso esperançoso e bagunçou seus cabelos. Isso se tornaria um hábito com o tempo.

— Verdade, lá tem aquela loja cheia de doces! — Pedro animou-se.

Aproximadamente uma semana antes da lua cheia iluminar as noites novamente, Remus já se sentia um pouco fraco mas era facilmente distraído por um plano que seus amigos estavam executando.

— Corre Remus, se não vão nos pegar! Vamos logo — James estava eufórico. Os quatro tinham colocado uma bomba de bosta da Zonko's (eles encontraram o logro "quase caindo" do bolso de um aluno da lufa-lufa, que voltava de Hogsmeade) num dos corredores do castelo.

Eles ouviram o estouro quando já estavam a uns três corredores do local escolhido.

— Ufa, não fomos pegos! — Peter comemorou, ofegante após a correria.

— O que acham de voltar lá para ver como ficou? — Sirius ria enquanto imaginava a cena que encontrariam.

— Vocês não vão a lugar nenhum! — Profª McGonagall os surpreendeu. — A princípio, eu não achei que tivesse sido vocês já que não podem ir a Hogsmeade, mas acho que vocês sempre dão um jeito não? — ela os repreendeu.

— Não fomos a Hogsmeade, Professora. — Remus tentou defender.

— Devem ter encontrado alguma passagem ou algo do tipo... — A professora supôs, quase num sussurro — Detenção para os quatro. — Minerva deu as costas aos garotos, que estavam intrigados com o acontecido.

— Vocês ouviram o que ela disse? — James estava animado demais para alguém que tinha acabado de levar detenção.

— Detenção, eu não acredito! Nunca tinham pego a gente... — Remus estava triste, ele sempre tentava ser um bom aluno, apesar de estar sempre envolvido nas brincadeiras.

— Não, ninguém liga para a detenção... Ela falou algo sobre passagens secretas! — Sirius entendeu o que James estava pensando. — Já que vão nos dar detenção por ir a Hogsmeade quando não fomos a lugar algum, acho bom encontrarmos essa passagem para pelo menos merecermos uma detenção!

— Eu não sei se isso faz muito sentido, Sirius... — Peter estava apreensivo, mas apenas a visão da Honeydukes e de todos os doces que poderia comer quando estivesse lá, já o fez mudar de ideia.

A partir daquele dia, os garotos procuraram por todos os cantos do castelo algo suspeito ou que os levasse para Hosmeade. Lupin conhecia uma passagem até o povoado, mas só a usava durante as luas cheias e contar sobre esse caminho o faria contar sobre outros segredos e ele ainda não estava pronto para isso.

— Pessoal, eu acho que encontrei um lugar hoje. — Sirius sussurrou durante a detenção. Eles estavam limpando o banheiro masculino. Ao ouvirem o garoto, todos pararam o que estavam fazendo e se juntaram para ouvir. — Sabem aquela estátua de uma bruxa corcunda de um olho só? Vi o um professor falar alguma coisa e sumir de lá... Com certeza é uma caminho para Hogsmeade.

— Ei garotos, o que pensam que estão fazendo? Isso é detenção e não um bate papo — Molly Prewett, monitora da Grifinória, chamou a atenção dos quatro.

— Vamos passar o Natal aqui, vai ser mais fácil procurar com menos gente no castelo. — Remus cochichou a ideia, feliz porque sua transformação seria antes das comemorações e ele estaria recuperado para colocarem o plano em ação.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, gostaria muito de agradecer a todos que estão acompanhando e pedir para vocês comentarem o que estão achando, se não eu fico meio perdida (estou escrevendo muito? Muito pouco? Enrolando demais? Estão curiosos para o próximo capítulo?) hahaha
Apenas me mandem uma coruja, assim eu sei que estou fazendo a coisa certa!
Abraços, Msnakegawa.