Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 5
Mapa do Maroto


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, espero que gostem desse capítulo... Não há muita explicação sobre como o Mapa do Maroto foi feito, então nos resta usar a imaginação :)



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A fria manhã de Natal traria aos quatro amigos uma grande ferramenta para suas armações e brincadeiras. James acordou com uma pequena coruja batendo no vidro da janela.

— O que foi, amiguinha? — James resmungou, procurando seus óculos que estavam no criado-mudo ao seu lado. A corujinha carregava um enorme pacote (quase do tamanho da pobre coitada). O menino abriu a janela e, com um pouco de dificuldade a coruja entrou no quarto, deixando o embrulho e um bilhete.

— Quem foi o louco que abriu a janela? Querem me matar de frio? — Sirius acordou de mal humor. A coruja levantou voo novamente, feliz por não ter que carregar mais nenhum peso,  atravessando a janela que fazia um frio cortante entrar no quarto. Sirius ainda estava jogado em sua cama embaixo dos cobertores quentes que o protegiam do frio, tendo coragem apenas para levantar a cabeça e olhar para James — Você já pode fechar a janela, amigão... Espera, o que é isso? — ele enfrentou o frio e pulou da cama com curiosidade, fechou a maldita janela e se jogou na cama do Potter.

Ao ver o pacote, o mau humor de Sirius desapareceu completamente e ele passou a pular em cima de James para tentar pegar o bilhete que o amigo tinha em mãos. Remus e Peter acordaram com o alarde que os amigos faziam e se juntaram para ver o que estava escrito na carta.

Querido James,

Este presente passou por todas as gerações dos Potter, eu o recebi de meu pai e acho que está na hora de eu passá-lo a você. Sua mãe não acha uma boa ideia dar essa capa para você agora, ela acha que vai ajudar você a aprontar durante seus anos em Hogwarts, mas é um direito seu tê-la. É um artigo muito raro, então guarde bem e faça bom uso.

Seu pai, Fleamont Potter.

James largou o bilhete assim que terminou de ler e abriu o presente. Era uma enorme capa pesada e de seda. Quando James vestiu a capa tentando entender o que ela tinha de especial, viu que seus amigos levantaram da cama num pulo e o olhavam espantados, mas com um sorriso maroto nos lábios.

— James, você está invisível! Isso é demais! — Sirius explodia de alegria e rodeava o amigo.

— Não existem muitas capas da invisibilidade por ai, James... Isso é realmente incrível! — Remus sorria e observava a ilusão que a capa trazia, tocando no tecido mágico.

James se olhou no grande espelho num dos cantos do dormitório, mas não conseguiu ver nada. Ele só conseguia pensar na quantidade de coisas que poderia fazer agora que tinha a posse daquela capa, desde espiar as garotas por aí até pregar peças e assombrar o Filch.

Os meninos resolveram usar logo o novo presente de James e foram para o terceiro andar do castelo, em busca da estátua da bruxa corcunda de um olho só.

— Precisamos de um feitiço... — Remus pensou.

— Eu acho que ouvi o que o professor falou, era algo como Incendio... Disendio ou algo do tipo.

— Espero mesmo que não seja Incendio, não estou afim de colocar fogo em Hogwarts... Pode ser Dissendium, eu já li sobre esse feitiço em algum lugar, mas não lembro o que ele faz. — Remus tentava se lembrar. Lily era ótima em feitiços, já Remus era melhor em Defesa contra as artes das trevas e mesmo com a ajuda da ruiva, não conseguia lembrar de todos.

— Então vamos testar! — Sirius levantou sua varinha e olhou para os lados para verificar se não tinha ninguém no corredor, mesmo estando invisível. — Dissendium!

Uma passagem estreita se abriu e os garotos cobertos pela capa da invisibilidade entraram, encontrando um túnel baixo e escuro, com o solo coberto por areia. James iluminou o caminho com sua varinha e eles caminhavam silenciosamente pelo corredor. Depois de andarem um pouco, o túnel ficou mais estreito e Peter começou a guinchar de medo.

— E se alguém pegar a gente? E se for uma armadilha? — Peter lamentava, mas ia atrás dos amigos.

— Relaxa Peter, vamos só descobrir até onde esse túnel vai, não vamos sair do castelo hoje. — Remus o tranquilizou.

— Por que não vamos sair do castelo? Vai ser legal! — James virou-se para os amigos.

— Você não acha que vão estranhar ter alguns alunos de Hogwarts andando por Hogsmeade sem que seja um dia de passeio?

— Que droga! — Sirius reclamou. — Ei gente, acho que chegamos ao limite... — apontou para um alçapão, forçando-o a abrir.

Pelo que puderam deduzir vendo pilhas de caixas de doces e sentindo o aroma adocicado no ar, eles haviam chego ao porão da Honeydukes. Remus não deixou os garotos explorarem muito o local e com muito custo, os fez voltar ao castelo.

Durante o jantar, eles discutiam o assunto e pensavam como poderiam ser as outras passagens para fora do castelo.

— Nós devíamos anotar todos os lugares que descobrirmos no castelo, se não eu nunca vou me lembrar de todos... — Peter queixou-se de sua memória fraca.

— Ótima ideia, Peter! Vamos fazer um mapa e assim, oficializamos os marotos — James propôs um brinde.

— Marotos? — Remus perguntou. — De onde veio isso, James?

— É o nosso grupo, vão me dizer que nunca ouviram ninguém nos chamar assim? — James respondeu. Eles já eram apelidados de marotos até por alguns professores, graças as inúmeras travessuras e brincadeiras que aprontavam.

— Aos marotos! — Todos brindaram.

Depois daquela noite, todo o tempo livre dos garotos (que não era muito, graças a enorme quantidade de provas e trabalhos que eles tinham) estava reservada para conhecer todos os cantos do castelo e documentar num pergaminho, com pequenos desvios para azarar sonserinos como Snape, quando estivessem por perto.

— O que acontece se alguém encontrar nosso mapa? — Peter examinava o mapa, curioso as passagens secretas que eles haviam encontrado.

— Nós precisamos dar um jeito de enfeitiçar o mapa, assim só nós vamos ter acesso a ele. — Remus propôs. — Podemos usar a Azaração do Ofuscamento, que impede a visão normal dos objetos encantados, mas vamos precisar de outros tipos de feitiços como uma senha.

Os marotos estudaram mais sobre feitiços para aperfeiçoar o mapa do que para as provas finais e, como resultado, conseguiram um mapa que indicava várias passagens secretas para fora de Hogwarts e diversos locais escondidos no castelo. O mapa ainda tinha que ser aprimorado com o tempo, conforme fossem encontrando novos lugares e aprendendo novos feitiços, visto que eles ainda estavam no segundo ano e que já conseguiram fazer feitiços muito avançados para a proteção do mapa.

Para conseguirem visualizar o conteúdo do mapa, Sirius sugeriu que a frase "Eu juro solenemente não fazer nada de bom" fosse proferida enquanto tocavam de leve com a varinha no pergaminho e, para impedir que curiosos pudessem ver o mapa, simplesmente tocar com a varinha no pergaminho e dizer Malfeito feito e as linhas do mapa começam a desaparecer.

Agora, com o Mapa do Maroto e em posse da capa da invisibilidade, ninguém iria segurar aqueles meninos. Já era quase o fim do segundo ano quando os marotos finalmente puderam usar a passagem da bruxa corcunda de um olho só.

— Não acredito que vocês me convenceram mesmo a fazer isso! — Remus se queixava enquanto adentravam o túnel que levaria ao porão da Honeydukes.

— Você disse que a gente só não devia ir para Hogsmeade quando outros alunos de Hogwarts não estivessem lá. — Peter justificou.

— Fiquem quietos! — James abriu o alçapão e os quatro, sob a capa da invisibilidade, subiram até a loja de doces. — Acho melhor encontrarmos algum lugar vazio antes de tirar a capa.

Eles caminharam até um beco e Remus guardou a capa em sua mochila. Os garotos foram conhecer o tão famoso povoado. Mal chegaram e já podiam ouvir cochichos como "Não são eles?" e "Como chegaram aqui?".

— Oi James — uma morena de olhos verdes vestindo roupas amarelas e pretas da lufa-lufa sorriu para o maroto. Nesse momento, Sirius, Remus e Peter entraram na loja mais próxima. — Não sabia que poderia encontrar você por aqui, se não eu nunca teria vindo com o Dearborn... — Ela apontou para um garoto alto e de cabelos loiros que observava a vitrine de uma loja.

— Bom... — James bagunçou seus cabelos e sorriu — nós damos um jeito eu até estar no terceiro ano.

— Quem sabe na próxima vez a gente não vem junto, não é? Te vejo por aí, James! — a lufana piscou e voltou para seu companheiro.

Potter havia ficado bem popular por suas brincadeiras acompanhadas dos outros marotos e, depois de garantir tantas vitórias para a Grifinória, praticamente todos o conheciam. Aquele cabelo bagunçado e os olhos castanho-esverdeados do garoto, somados a um sorriso irresistível já faziam muitas garotas (até as mais velhas) suspirarem quando ele passava.

James se juntou aos amigos, que estavam enlouquecendo na Zonko's, eram tantos logros diferentes que eles mal sabiam o que comprar. Como não deveriam ir ao vilarejo, voltaram apenas com alguns brinquedos e armadilhas menores, mas não menos divertidas.

O segundo ano em Hogwarts passou rápido porque James, Remus, Sirius e Peter estavam se dedicando muito para fazer do Mapa do Maroto o mapa mais completo que o mundo mágico conhecia e, quando não podiam pensar sobre isso, estudavam um pouco para as provas finais ou treinavam quadribol.

Enfim, os alunos estavam voltando para Londres com uma enorme ansiedade pelo próximo ano, que prometia muito.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por continuarem acompanhando, me digam o que estão achando! O próximo capítulo sai até sexta-feira.