Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 2
Hogwarts à primeira vista


Notas iniciais do capítulo

Eu não consegui me segurar e decidi postar esse capítulo hoje mesmo. Ele ficou meio grande, se preferirem os capítulos menores comentem aqui embaixo. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706132/chapter/2

O trem chegou à Hogwarts quando o dia já virava noite e todos os alunos do primeiro ano corriam e conversavam alto, até que um homem (ou seria gigante?) aproximou-se.

— Olá crianças, sejam bem vindos à Hogwarts! Eu sou Rúbeo Hagrid, o guarda-caça. Me sigam, hoje vocês terão uma vista privilegiada do castelo. — Ele era realmente muito grande para ser um bruxo comum, tinha o cabelo desgrenhado e preto, assim como sua barba cheia. Ele parecia muito animado com o novo ano, assim como os jovens alunos.

O guarda-caça guiou as crianças por um caminho estreito até chegarem a um lago. Da margem, todos puderam ver o imenso castelo, com muitas torres e suas luzes cintilando nas águas negras do lado.

— Apenas quatro em cada barco! — Hagrid orientava.

James, Sirius, Remus e Peter entraram num dos barquinhos e zarparam a caminho de seu novo lar. Sirius ficou um tempo em silêncio, apenas admirando aquelas luzes e a magnitude do castelo. Ele nem havia entrado e já se sentia mais em casa do que nunca. Lá ele poderia ser ele mesmo, sem ouvir cobranças e reclamações sobre os mestiços.

— É, é bem incrível não é? — Remus sorriu ao ver o quanto Sirius estava impressionado.

— Estamos quase chegando! — James interrompeu, animado.

Depois de deixarem os barquinhos na margem mais próxima ao castelo, os garotos se juntaram no saguão de entrada, em frente a uma enorme porta que daria para o Salão Principal.

— Primeiranistas, sigam-me! — disse uma bruxa de cabelos pretos, presos num coque apertado que se intitulou Professora Minerva McGonagall. Ela os levou ao Salão Principal, que era espetacular. O teto havia sido enfeitiçado para parecer o céu estrelado acima do castelo, as enormes mesas das quatro casas preenchiam o salão e estavam cheias de bruxas e bruxos animados com os novatos.

A garota de cabelos cor de acaju tinha seus olhos verdes brilhando com as luzes do grande salão, ela estava completamente maravilhada. Tudo era tão novo para ela, que havia nascido trouxa, ela desejava que sua família pudesse ver o quanto Hogwarts era mágica. Já seu amigo, Severus Snape, de família bruxa, esboçava um sorriso tímido ao ver a alegria da ruiva.

— Espero que você também vá para a Sonserina! — ele sussurrou quando todos paravam na frente de todo o Salão Principal.

A Profª McGonagall levou até eles um banquinho e um chapéu cuja aparência era velha e suja, com vários remendos.

— Vou chamá-los e colocar o Chapéu Seletor sob suas cabeças, ele irá dizer a qual das quatro casa vocês pertencem. — A professora explicou um pouco sobre a importância dessa cerimônia e começou a chamar os alunos.

Lily ficou confusa sobre como o chapéu iria informar para qual casa cada um deveria ir, mas logo essa dúvida foi sanada: ao ser colocado numa garota, o chapéu gritou: CORVINAL!

Os alunos foram sendo chamados, o garoto que brigou com Severus no trem, Sirius Black, foi selecionado para a Grifinória, explodindo de alegria. Quando chegou a vez de Lily, a ruiva estava com as pernas trêmulas. A professora deixou o Chapéu Seletor cair sobre a cabeça da garota e rapidamente ele anunciou: GRIFINÓRIA!

Todos na mesa da Grifinória se animaram com a vinda da garota para a casa. Logo, Remus Lupin, Peter Pettigrew e James Potter se juntaram aos outros grifanos.

Lily assistiu seu amigo Severus Snape seguir até a mesa da Sonserina e lançar a ela um olhar triste.

Já no salão comunal da Grifinória, naquela noite, Remus começou a perceber que estar em Hogwarts não seria tão ruim assim, ele estava se sentindo tão bem, quase como se ele fosse um garoto normal, como seus amigos. Os quatro amigos iriam dividir o mesmo dormitório, então puderam conversar sobre aquele dia incrível.

— Meus pais vão ficar loucos quando descobrirem que eu não fui para a Sonserina! — Sirius comemorava.

— Por que você odeia tanto sua família? — Remus perguntou, curioso. Pensou em sua família, seu pai havia se desentendido com o lobisomem Fenrir Greyback, que por vingança mordeu o menino. Mesmo sabendo disso, Remus nunca conseguiu odiar o pai.

— Ah, eles vivem dizendo que são melhores que os outros por terem sangue puro... — Sirius falou com desprezo. — Eu não me importaria se não pudesse mais voltar a vê-los.

Logo, os garotos foram dormir. O dia havia sido longo e cheio de novidades e eles ainda viveriam muitas aventuras naqueles primeiros dias.

As aulas começaram e mesmo no primeiro ano, já eram bem complexas. James, Sirius e Remus estavam se dando bem nas aulas. Peter, no entanto, tinha um pouco de dificuldade em realizar feitiços e transformações, mas com um pouco de treino, acabava não se saindo tão mal.

Já Lily Evans, estava se saindo muito bem, visto que não sabia da existência de magia até pouco tempo antes das aulas começarem. Comparada a algumas garotas de família bruxa, a jovem estava sendo uma das melhores da turma. Ela e suas companheiras de quarto, Marlene McKinnon, Alice Smith e Dorcas Meadowes, viraram melhores amigas rapidamente.

James e seus amigos, mesmo tendo apenas 11 anos, já eram conhecidos por muitos alunos de Hogwarts, pois estavam sempre aprontando e deixando Argus Filch, o zelador, sempre enlouquecido.

Essas brincadeiras levaram James e Sirius à fama e popularidade. Remus e Peter não eram tão populares, pois o primeiro desaparecia de vista de tempos em tempos e o segundo sempre dava escapadas em busca de comida. Ainda assim, Peter ficava sempre com os garotos, em busca de alguma proteção e um pouco de popularidade.

Diferente dos quatro garotos, Lily Evans passava a maior parte do tempo livre estudando na biblioteca, sempre acompanhada por Severus Snape. Eles ficaram amigos pouco antes de Lily receber sua carta de Hogwarts. Snape consolava a garota, que sempre era chamada de louca ou de estranha pela irmã, Petúnia, dizendo a ela o quanto ela era especial por ter os poderes de uma bruxa. Era uma amizade incomum, mas eles estavam sempre juntos.

Lily também conversava um pouco com James, Sirius, Remus e Peter, mas não concordava com as traquinagens que estes faziam, principalmente quando se relacionavam a Severus. Eles derrubavam seus livros e riam do jeito estranho do sonserino, que era sempre defendido pela ruiva.

Perto do dia das bruxas, Lily estava a procura de uma mesa livre na biblioteca, quando avistou Remus encolhido numa pequena mesa num canto.

— Posso? — Evans perguntou, com a voz doce.

Remus acenou que ela podia sentar com ele e abaixou o livro que estava lendo. Ele tinha o rosto pálido e os cabelo cor de areia bagunçados.

— Por que está aqui sozinho? Está tudo bem? — Lily perguntou, ao ver a expressão cansada do amigo.

— Eu só estou descansando um pouco, os meninos nunca cansam de pregar peças nos outros.

— É, principalmente no Severus. — ela falou, meio triste.

— Eles só fazem isso para se divertirem, não querem realmente magoar ninguém... E quanto a Severus... — Remus tentou defender. — acho que nem em eu entendo exatamente a sua amizade com ele, Snape é bem diferente de você...

— Nós somos diferentes, mas ele me ajudou muito a entender o mundo bruxo e nós acabamos virando amigos. Ele é bem solitário, todos precisam de amigos... — Ela explicou — Está tudo bem mesmo? — era impressão de Lily ou a cada segundo Remus parecia pior?

— Eu estou meio doente, já vou melhorar. — Lupin cortou o assunto. — É verdade, todos precisam de amigos. — Ele olhou pela janela e viu três garotos correndo dos jardins para a entrada do castelo, fugindo de um aluno mais velho com os cabelos em pé. Apesar de se divertir com eles, Remus gostaria de poder contar com eles nos momentos difíceis que antecediam a transformação.

— Remus? — Lily percebeu o semblante triste do garoto e o tirou do transe momentâneo. — Você pode falar comigo se tiver algo de errado, você sabe não é?

— Obrigada Evans, eu acho que vou para o Salão Comunal... — ele sorriu agradecido e seguiu pela biblioteca até a saída.

Após aquele dia, Lupin passaria a conversar mais com Evans. Ela realmente se preocupava com as pessoas, era uma menina tão doce e delicada.

Enquanto uma conversa calma era trocada na biblioteca, nos jardins, três garotos corriam o mais rápido que podiam até alcançar novamente o castelo.

— Eu não acredito que isso deu certo! — Sirius ria e tentava acalmar a respiração.

— Eu não... sei... como ele não pegou... a gente — Peter mal conseguia falar após terem corrido tanto.

— Foi incrível, eu nem sabia que podia fazer esse feitiço — James pulava e ria com os garotos, depois de uma grande escapada. Eles haviam azarado um lufano do quarto ano que paquerava uma corvina embaixo de uma árvore, fazendo seus cabelos ficarem de pé como se ele tivesse levado um grande choque.

Quando chegaram ao Salão Comunal, alguns alunos já tinham ouvido falar da brincadeira e saldavam os três. Lupin estava sentado próximo a janela lendo.

— Ei cara, por que não nos ajudou hoje? Foi tão divertido! — Sirius sentou ao lado de Remus e pegou seu livro de Poções.

— Eu não estou me sentindo muito bem, não ia aguentar correr tanto — Remus disfarçou com um sorriso.

— Na próxima, você tem que ir com a gente! — James bagunçou seus cabelos, que nunca paravam no lugar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu procurei muito mas não consegui encontrar o sobrenome de solteira da mãe do Neville, me desculpem pelo sobrenome inventado hahaha Espero que gostem desse novo capítulo, me digam o que acham e me ajudem a divulgar a história para outros amantes dos Marotos.
Estou com outro capítulo pronto, mas vou esperar o retorno de vocês para postar o próximo, então comentem! Obrigada por acompanharem a história ♥