Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 1
Expresso Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem do primeiro capítulo! Está com pequenas modificações para fazer a história ficar melhor!
Edit: Eu tirei as divisões dos pontos de vista dos personagens, espero que tenha ficado bom!



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Para muitas pessoas, aquela quente manhã do final do verão era apenas mais um dia comum, mas para alguns jovens aquele era um dia especial. A Estação de King's Cross estava apinhada de gente. Homens engravatados esbarravam em crianças correndo, seguidas por seus pais afobados empurrando carrinhos cheios de malões e coisas estranhas, como gaiolas de corujas.

Ao passarem entre as plataformas nove e dez, aqueles que soubessem o que fazer encontrariam uma passagem até a Plataforma 9 3/4, onde uma reluzente locomotiva vermelha esperava, pronta para levar jovens bruxos à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Um garoto de onze anos ia para perto do Expresso Hogwarts, com uma das mãos no bolso e a outra empurrando o carrinho com suas malas. Ele tinha cabelos pretos e cacheados na altura dos ombros e um olhar despreocupado. Era seguido pelo Sr. e a Sra. Black e seu irmão mais novo, Regulus.

— Sirius, por que está andando tão rápido? — Reclamou a Sra. Black.

— Quero ir para a Grifinória logo! — Sirius falou num sorriso, sabendo que isso provocaria a família.

— Você sabe que deve ir para a Sonserina, se não for, será uma vergonha para toda a família Black! — Sr. Black repreendeu o garoto. Eles já haviam tido aquela discussão várias vezes.

— Eu prefiro ser uma vergonha para os Black do que ser como vocês, reclamando dos nascidos trouxas e se gabando do sangue puro da família! — Sirius olhou com desprezo para seus pais e acelerou o passo a caminho da locomotiva.

— Sirius, pare de gritar com eles! — Regulus correu atrás do irmão mais velho.

— Regulus, um dia você vai perceber que o que eles fazem é errado. Até lá será mais um esnobe que vai honrar o maravilhoso sangue puro da família. — Sirius falou em tom de deboche e entrou no trem.

De dentro do trem podia-se ver um garoto magricela e pálido, com cabelos cor de areia e algumas cicatrizes no rosto, se aproximando do vagão com um homem com os mesmos traços cansados que o garoto, que só podia ser seu pai.

— Ainda acho que isso não foi uma boa ideia. — O garoto disse ao seu pai.

— Meu filho, você não pode se esconder do mundo para sempre. Me prometa que vai tentar fazer amigos. — Disse o pai, pondo a mão em seus ombros.

— Não posso fazer amigos, e se... — A voz de Remus falhou.

— O Professor Dumbledore disse que não haverá problemas e que os professores vão te liberar quando for preciso. — A Sra. Lupin abraçou o filho, que não se mostrava confiante.

Aquele pequeno garoto, que carregava consigo um grande segredo, suspirou ao dar uma última olhada para os pais e entrou no Expresso Hogwarts.

Ainda na estação, outro garoto, este com cabelos incrivelmente despenteados e olhos castanho-esverdeados, andava animado até o trem, acompanhado dos pais.

— Você vai adorar Hogwarts, querido! — a Sra. Potter falava enquanto tentava, em vão, manter os cabelos do filho arrumados.

— Mãe, não precisa tentar arrumar de novo, eu sei me virar — James falou, rindo das tentativas da mãe.

— Mande cartas para nós, está certo? — Sra. Potter pediu quando estava se despedindo do garoto.

— E por favor, não apronte demais, não queremos que seja mandado de volta para casa tão rápido! — Sr. Potter riu e se despediu do filho.

— Está bem, eu vou lembrar vocês de como é bom ser da Grifinória!

Ao entrar no trem cheio de bruxos se abraçando e conversando alto, empolgados com as férias e com um novo ano em Hogwarts, James avistou a garota mais perfeita que ele já havia visto. Longos cabelos cor de acaju, olhos verdes brilhantes e únicos, pele clara e levemente corada.

Aquela beleza rara era acompanhada por um garoto que era completamente o oposto dela, usava vestes estranhas, uma camisa que parecia ter sido da sua avó. Os cabelos pretos mais compridos que o normal caiam sobre o rosto e tinham um aspecto sujo. O nariz não conseguia se esconder atrás do cabelo nojento porque era incrivelmente grande. Aquele estranho garoto trombou com um menino que também tinha cabelos longos, porém muito bem cuidados e cacheados.

— Ei cara, por que fez isso? — Sirius empurrou o garoto estranho, que foi levado para longe pela bela menina. — Que isso não se repita, seu nojento! — gritou para eles, quando já cruzavam o vagão.

— Aquele cara é muito estranho, acho que ele não vai mais te incomodar — James falou, rindo do acontecido. — Eu sou James Potter!

— Sirius. Sirius Black! — Ele estendeu uma das mãos, num cumprimento, e afastou os cachos do rosto com a outra. — Você já tem algum lugar para sentar? Vamos procurar um vagão livre.

— Podemos sentar aqui? — antes de ouvirem uma resposta, dois garotos entraram no vagão que antes era ocupado apenas por Remus. Ele havia prometido para ele mesmo que faria de tudo para não fazer amigos, mas logo essa promessa seria desfeita.

— Eu sou Sirius Black — ele se jogou no banco livre em frente ao Lupin.

— E eu sou James Potter — o garoto de cabelos bagunçados sentou ao seu lado.

Remus se encolheu. Mesmo querendo muito ter amigos, não queria arriscar e machucar alguém quando a lua cheia chegasse.

— Tem algo de errado? — James perguntou, confuso com a reação do outro.

Remus deu de ombros.

— Qual o seu nome? — Sirius indagou, vendo que o garoto não ia responder ao James.

— Remus Lupin — Deu um sorriso torto e voltou a ficar quieto.

— Para que casa vocês querem ir? Gostam de quadribol? — James quebrou o breve silêncio, aparentemente animado.

O trem já estava em movimento.

— Tem um lugar aqui? — disse um garotinho aparentemente pequeno demais para estar indo para Hogwarts. Tinha cabelos desgrenhados como um ninho de ratos e olhinhos pequenos e juntos demais.

— Entra aí! — Sirius deu espaço para o gordinho.

— Eu sou Peter Pettigrew!

— Sirius. — ele deu um sorriso curioso.

— Eu sou James e este é Remus, ele é meio quieto... — disse, olhando para o pálido Lupin que olhava a paisagem passando rápido pela janela do vagão. — Como eu ia dizendo antes do Peter chegar, para qual casa vocês querem ir?

— Qualquer uma menos Sonserina — Peter disse, com sua voz fininha.

— Minha mãe quer que eu vá para a Sonserina — Sirius reclamou — então eu espero ir para a Grifinória!

Todos riram, até mesmo Remus.

— Eu quero ir para a Grifinória também! — James sorriu.

— Estou com o Peter,  qualquer uma menos a Sonserina... Não iriam gostar de um mestiço entre eles... — Remus suspirou triste. Ele era filho de uma trouxa e ainda tinha sido mordido por um lobisomem, os sonserinos não iam gostar nem um pouco de ter alguém com um sangue tão ruim em sua casa.

— E quadribol? — Sirius perguntou.

— Artilheiro, mas também me dou muito bem como apanhador! — James se gabou.

— Sou batedor, mas também sou muito bom como artilheiro... — Sirius falou empolgado.

— Eu gosto de assistir, sou muito pequeno para jogar. — Peter deu uma risadinha sem graça.

Antes de perguntarem ao Remus, uma bruxa com um carrinho cheio de doces bateu na porta do vagão dos garotos.

— Querem doces, garotos? — a senhora sorriu e os garotos foram correndo em direção ao carrinho. — E quanto a você, querido? — ela dirigiu-se a Remus, que ainda estava meio encolhido no canto.

— Ah, eu acho que quero um sapo de chocolate. — ele se levantou e sorriu.

Enquanto todos comiam os doces, Lupin sentiu-se melhor. Chocolate sempre o fazia ficar melhor.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem o que estão achando! O próximo capítulo sairá em breve.