Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Respostas a comentários:
Sim, vivo em Portugal e se calhar a minha maneira de escrever é um pouco estranha. Gomenasai U_U
A fic ainda vai continuar durante algum tempo por isso a Marinette não vai descobrir tão rapidamente que o Adrien é o Cat Noir, até porque ela não tem qualquer curiosidade em descobrir.
Enjoy ^-^



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A gala separou-se…literalmente. Uns queriam falar com a Ladybug e outros queriam falar com o Cat Noir. Como Marinette não era muito boa a socializar, ele ficou um pouco preocupado com ela mas, na pele da Ladybug, ela parecia estar a dar-se muito bem com a situação.

Até falou um pouco com Chloé quando esta se aproximou para conversarem. Antes de saber que ela era a Marinette, ele acharia estranho ver Alya a entrar como sua convidada, mas agora sabia que ela era a sua melhor amiga. Apesar da Ladybug ter dado a desculpa de ela ser a pessoa que manejava o seu vlog.

Até lhe deu uma entrevista. No entanto, a gala transformou-se rapidamente num baile e pediram cordialmente a Alya para sair.

Eles andavam de um par para outro, sem nunca conseguirem chegar um ao outro. Já ia na terceira balada quando Cat Noir percebeu o que eles estavam a tentar fazer. Por isso, no fim da sexta balada, ele sorriu e ergueu as mãos para negar a dança ao seu próximo par. De seguida, apressou-se a ir ter com Ladybug antes de ela ser “roubada” outra vez.

— Cat Noir. – disse ela surpreendida, quando ele começou a dançar – Eu acho que eles não querem que dancemos juntos.

— Também já percebeste? – perguntou ele.

— Com aquelas perguntas todas, como é que não poderia perceber. – respondeu ela – “Já tens namorado?”, “Quantos anos é que tens?”, “Quando casares tencionas deixar de ser a Ladybug?”

— Eles perguntaram-te se estavas a considerar deixar de ser a Ladybug? – perguntou ele, vendo-a anuir com a cabeça – Acho que estou a ficar maldisposto.

— De certeza que não é só uma bola de pelo, gatinho? – perguntou ela, sorrindo.

— Bem…estás a considerar? – perguntou ele com cuidado.

— Claro que não. – respondeu ela, suspirando – Fomos completamente enganados. O que é que eles te perguntaram?

— Perguntaram praticamente o mesmo que tu. – respondeu ele – Mas também pediram para tirar a máscara.

— Achaste alguma delas atraente? – perguntou ela, com um sorriso maléfico.

— O quê!? – exclamou ele – Não! Claro que não. Tu sabes que eu só tenho olhos para ti, bugaboo.

Quando ele se aproximou mais, ela soltou-se, afastando-se.

— O meu joelho está a matar-me. – disse ela, seguida por Cat Noir – Acho que vou apanhar um bocado de ar.

— Importa-se que eu a acompanhe, My Lady? – perguntou ele, sorrindo.

— Não me uses como desculpa para escapares. – disse ela, olhando para ele – Mas quem sabe se aparece um inimigo? Eu posso precisar da tua ajuda.

Ele sorriu. Estava completamente apaixonado por aquela rapariga.

Não tinha sido fácil sair sem ninguém reparar, uma vez que eram os convidados, mas acabaram por conseguir.

Quando saiu, ela inspirou fundo e fechou os olhos ao sentir a brisa da noite nos seus ombros quando sentiu alguma coisa a cobri-la. Ela olhou para trás e viu que ele tinha posto o seu casaco por cima dos ombros dela.

— Ainda estamos em Março. – justificou ele, começando a andar em direção a um parque com as mãos atrás da cabeça.

— Gatinho manhoso. – murmurou ela, semicerrando os olhos – Cat Noir, sobre a outra noite, eu queria pedir-te desculpa.

Ele parou até ela chegar ao seu lado e reparou que ela estava mesmo a manquejar um pouco.

— Nós somos parceiros e prometemos proteger Paris. – continuou ela, quando ele começou a andar mais devagar – É normal que uma vez ou outra eu ou tu estejamos em perigo de vida. Eu não devia ter ficado tão chateada. Eu faria a mesma coisa. – ela olhou para ele – Porque somos parceiros.

Isso não lhe agradava, pensou ele ao sentar-se num dos bancos do parque, ao lado dela.

— Ladybug, eu sei que não queres que eu saiba quem tu és e também não estás interessada em saber quem eu sou. – disse ele, obtendo a atenção dela – Mas, mesmo sem saber, podes dizer-me como é que és quando não estás na pele da Ladybug.

Ela baixou a cabeça, com medo de lhe contar. Se ele soubesse, confiaria nela nas futuras lutas?

— Não vou julgar-te. – disse ele – Eu também sou uma pessoa completamente diferente quando…

— Eu sou patética. – interrompeu ela, surpreendendo-o – Quando não tenho o fato da Ladybug, eu sou desastrada, esquecida e…manejo muito mal o meu tempo. – ela riu-se ao pensar nisso, mas ele continuou a olhar para ela, um pouco triste por ela não ter confiança nela própria – Deves estar a pensar que não tenho confiança em mim mesma.

— Bem…

— Isso pode ser verdade, mas acredito que, mesmo sem ser a Ladybug, as pessoas confiam em mim. – disse ela – Apesar de ser patética e desastrada. – ela olhou para as estrelas – Eu gosto de um rapaz…mas sempre que falo com ele, não consigo pensar e acabo por fazer papel de parva. Mas, mesmo que ele não ache que sou estranha, mesmo que eu confesse os meus sentimentos por ele, não tenho qualquer hipótese.

— Porque é que dizes isso? – perguntou ele, com o coração despedaçado.

Ela olhou para ele e levou uma mão ao peito.

— Porque ele gosta de mim. – respondeu ela, chocando-o – Ele gosta da confiante e habilidosa Ladybug.

— Então porque é que não lhe dizes quem és? – perguntou ele.

— Heróis nunca revelam a sua identidade. Mesmo para aqueles que amam – murmurou ela, passando uma mão pela pequena mala vermelha onde Tikki dormia – E tu, gatinho? Por baixo do pelo, como é que tu és?

— Eu…já não sei. – murmurou ele.

— Oh, isso não é justo. – queixou-se ela – Também gostas de alguém?

— Só tenho olhos para si, My Lady. – disse ele.

— Então tu e o meu amigo não se dariam bem. – disse ela, rindo-se um bocado – Acho que  vou…

— Tão cedo? – perguntou ele, levantando-se imediatamente.

— Não é tão cedo. – disse Ladybug, espreguiçando-se – Amanhã tenho de acordar cedo mas…Cat Noir, para o bem da nossa pareceria, podes esquecer-te do que eu te disse?

— O quê? – perguntou ele, sorrindo.

— Lindo gatinho. – ela tirou o casaco dos ombros e deu-lhe – Podes ficar com o fato. Eu fi-lo especialmente para ti. Boa noite.

— Mas vais para casa a pé? – perguntou ele, preocupado com o joelho dela.

— Não te preocupes, bichano. – disse ele, escondendo-se atrás de uma árvore – Tikki, transforma-me!

Quando ela saiu de trás da árvore, completamente transformada, atirou o ioiô e sorriu-lhe. – Bug Out!

Depois de a ver desaparecer ele sentou-se e suspirou. – Tinhas razão, Plagg. Ela não gosta de mim.

— Deixa-me dormir, idiota. – protestou Plagg, dentro do bolso da camisa dele.

— Nada de dormir! – disse ele, levantando-se – Transforma-me, Plagg.

Na escola, no dia seguinte, depois de muita, muita ajuda de Alya e um empurrãozinho da própria mãe, Marinette concordou dormir na casa de Adrien para acabarem o trabalho de ciências.

Nesse dia, Adrien “espiou” Marinette durante o dia inteiro. A discrição que ela tinha feito dela própria no dia anterior não parecia estar correta. Ela falava com todos os colegas da turma com facilidade, resolvia os problemas como representante da turma de forma rápida e eficiente e parecia ser bem divertida quando estava com as amigas mais próximas, especialmente com Alya.

Então, onde é que estava o rapaz que a fazia sentir-se patética, pensou Adrien chateado.

Nino apareceu atrás dele, quando ele estava a espreitar por uma porta, enquanto Marinette falava confortavelmente com Alya, assustando-o.

— Meu, eu não me importo com o que estás a fazer. – disse o amigo – Mas podes ser preso por estares a espiar a Marinette.

— Quem disse que estou a espiar a Marinette? – perguntou Adrien, vendo Nino levantar uma sobrancelha – Está bem! Eu só quero conhecê-la melhor, mas sempre que falo com ela, ela começa a gaguejar e foge na primeira oportunidade.

— Meu! – exclamou Nino, frustrado – Porque é que não aproveitas o tempo que ela vai estar em tua casa para conversarem? Vocês precisam!

Ele encolheu os ombros e voltou a olhar para Marinette, mas esta, que já tinha subido as escadas, quase chocava contra ele.

— A-Adrien. – disse Marinette, dando dois passos atrás.

— Olá, Marinette. – disse Adrien, de repente nervoso – A tua mãe…deixou-te passar a noite em minha casa?

— Sim… - murmurou Marinette, corando – Mas tenho de ir buscar algumas coisas a minha casa, primeiro.

— Bem…queres que leve lá? – ofereceu Adrien – De carro é mais depressa.

— Não…

— Devemos deixar-vos a sós? – perguntou Nino, cruzando os braços.

— Não! – exclamou Marinette, passando rapidamente pelos dois para se sentar, enquanto Alya abanava a cabeça.

— Se acontecer alguma coisa ou se precisares de ajuda, basta telefonares-me. – disse Alya, sentando-se à beira da amiga, que não sabia se iria sobreviver ao fim-de-semana.

— Certo. – disse Marinette, brincando com os dedos.

Adrien atirou a mochila para cima da cama, sentou-se em frente ao computador e suspirou.

— O que é que se passa? – perguntou Plagg, que tinha acordado quando Adrien atirara a mala para a cama – Já descobriste que a Marinette é a Ladybug?

— O quê!? – exclamou Adrien, olhando para Plagg – Tu já sabias?

— Já. – respondeu Plagg – Quando nos deixam sozinhos, eu e o kwami dela falamos.

— Então isso também quer dizer que o kwami dela sabe quem eu sou? – perguntou Adrien.

— Yup.

— Mas a Marinette não sabe? – continuou Adrien.

— Não! – respondeu Plagg, irritado – Onde é que está o meu queijo!? Estou a morrer de fome!

— Porque é que o kwami dela não lhe diz? – perguntou Adrien.

— Olha, quando lhe pediste para ela te deixar ver quem ela era, ela negou e tu aceitaste, lembras-te? – lembrou Plagg – Nós, os kwamis, só temos de respeitar os desejos dos nossos mestres. E, francamente, como é que achas que ela vai reagir quando tu lhe disseres que sabes quem ela é?

— Traída. – murmurou Adrien, ligando o computador, para ver as fotos das turmas todas na escola – Mesmo assim, ainda gostava de saber quem é o rapaz que a faz sentir inferior.

— Oh, por favor! Se eu te disser, alimentas-me? – perguntou Plagg, dirigindo-se imediatamente para o computador para apontar para a cara dele – És tu! Ela gosta de ti, idiota!

— O quê!? – Adrien levantou-se e corou intensamente – Eu?

— Sim, tu. – disse Plagg – Mas tu gostas da Marinette?

Quando ouviu baterem à porta, Plagg escondeu-se, chateado e com fome.

— Adrien. – disse Nathalie, abrindo a porta – A menina Marinette já chegou. Posso deixá-la entrar?

— Ah! Humm…sim. – respondeu Adrien, extremamente nervoso – Ela pode entrar.

Marinette entrou timidamente e olhou para o ecrã do computador dele, onde a fotografia da turma deles estava estampada.

— Esta foi a fotografia traz-me memórias. – disse Marinette, aproximando-se do computador. Parou em frente à secretária de Adrien e teve de conter o riso quando se lembrou do Cat Noir todo cor-de-rosa e a queixar-se dos tacões altos. Bem, tinha de dar-lhe crédito por não perder a sua personalidade afiada, mesmo transformado numa boneca cor-de-rosa – A escola foi atacada neste dia.

— Ah, sim. – disse Adrien, que a tinha visto a sorrir. Sabia do que ela se estava a lembrar – A Ladybug e o Cat Noir apareceram para salvar o dia, como sempre.

Quando ele disse isso, ela não aguentou mais e começou a rir-se às gargalhadas, fazendo-o sorrir. Marinette ou Ladybug, ele continuava a gostar dela. O problema, pensou ele, era que Marinette não se sentia confortável ao lado dele.

Porque gostava de a ver assim, ele continuou.

— Eu ouvi dizer que o Cat Noir já tinha sido transformado quando a Ladybug chegou. – disse Adrien.

— Sim, sim! – confirmou Marinette, sem conseguir para de se rir – Foi tão engraçado! Ele é hilariante mesmo quando está a tentar ser sério!

Adrien apreciava que ela estivesse a divertir-se, mas ele estava a ficar um bocado ofendido.

— A Nathalie já te mostrou o teu quarto? – perguntou Adrien, fazendo-a parar de rir.

— Já. – disse Marinette, desviando os olhos da fotografia – A Nathalie pediu para descermos para o jantar depois de falar contigo.

Adrien anuiu com a cabeça e acompanhou-a até à sala-de-jantar. Tal como esperava, o seu prato estava numa ponta da mesa, enquanto o de Marinette estava no lado oposto. Enquanto ele se sentava, Marinette continuou em pé durante alguns segundos. Depois pegou no prato e pousou-o ao lado de Adrien, sentando-se logo de seguida.

Como se tivesse acabado de ver um fantasma, Adrien olhou para Marinette.

— A sala é muito grande. Seria difícil conversarmos se eu me sentasse tão longe. – disse Marinette, corando ligeiramente – Devo voltar para ali?

— Não. – respondeu Adrien – É só que…nunca ninguém se sentou tão…perto.

Confirmando o que Adrien tinha dito, Nathalie também ficou chocada quando entrou na sala.

— Está tudo bem. – perguntou Nathalie, um bocado confusa – Porque é que a menina Marinette está ao seu lado?

— Ela pode ficar aqui. – disse Adrien, quando viu o medo na cara de Marinette – Afinal, não há mais ninguém a jantar connosco. Ela pode jantar onde quiser.

— Posso mesmo estar aqui? – murmurou Marinette – Se calhar não devia ter movido o prato.

— Está tudo bem. – disse Adrien – Está muito melhor assim…quer dizer, assim podemos conversar sobre o projeto.

Marinette anuiu com a cabeça e, mais aliviada, começou a comer, sem notar que Adrien estava a olhar para ela, a sorrir.

Gostava que ela pudesse comer ao seu lado todos os dias. Mesmo enquanto falavam sobre o trabalho, Adrien só conseguia pensar que era a primeira vez em muito tempo em que não se sentia abandonado, naquela sala…naquela casa.


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Notas finais do capítulo

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