Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Enjoy



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Enquanto Marinette comia, Adrien não tirava os olhos dela, apesar de também estar a fazer o seu melhor para jantar. Finalmente, quando Marinette acabou de comer, Adrien olhou para o prato e viu que só tinha comido metade da comida. Pensou que tinha uma boa desculpa, uma vez que não conseguia tirar os olhos dela e ela estava mesmo ao seu lado.

— Adrien, o comer não estava bom? – perguntou Nathalie, entrando com os empregados para retirar os pratos – A menina Marinette pareceu gostar.

— Estava uma delicia. – disse Marinette, sorrindo, fazendo Adrien corar e Nathalie franzir as sobrancelhas.

— Está doente? – perguntou Nathalie, aproximando-se para pousar a mão na testa de Adrien – A sua face está vermelha.

— O quê? – Adrien levantou-se imediatamente, assustando Marinette – Eu estou bem. Acho que está na hora de ir para a cama. Marinette?

— Eu acompanho a menina Marinette. – ofereceu Nathalie.

— Não é preciso. – disse Marinette, recusando as duas ofertas – Eu já sei onde é. Posso ir sozinha.

Marinette levantou-se ao mesmo tempo que Adrien, mas o joelho dela cedeu e ela teve de se apoiar na mesa.

— Estás bem!? – perguntou Adrien, imediatamente, indo ao seu socorro.

— E-eu…estou bem. – respondeu Marinette, quando Adrien se aproximou – Só preciso de descansar um bocado.

— Adrien, apesar de ter de fazer o trabalho com a menina Marinette, primeiro tem uma sessão fotográfica. – lembrou Nathalie, vendo Adrien a olhar para Marinette, preocupado – É claro que a sua amiga pode ir consigo, se quiser.

— O quê? – perguntou Adrien, distraído – Ah! Sim. A sessão fotográfica. Marinette, acompanhas-me?

Assistir a uma sessão fotográfica do Adrien, pensou Marinette, corando.

— Sim…quer dizer…se puder…se quiseres…se não te importares… - gaguejou ela, suspirando finalmente – Posso ir?

— Fui eu que perguntei se querias ir. – lembrou Adrien, rindo-se um pouco só para a ver a corar mais um pouco.

— Muito bem. – concordou Nathalie – Devia ir descansar, Adrien.

Marinette endireitou-se e subiu as escadas ao lado de Adrien, despedindo-se quando chegaram ao topo e tiveram de ir em direções contrárias. Quando ouviu Adrien a fechar a porta do quarto, segurou-se à parede e foi a manquejar até ao seu quarto, onde fechou a porta e deitou-se na cama, com o joelho a latejar.

— Marinette, devias ir ao hospital. – disse Tikki, saindo da mala de Marinette – Afinal, a Ladybug não pode lutar contra as transformações do Hawk Moth assim.

— Tenho a certeza de que não é assim tão mau, Tikki. – disse Marinette, sentando-se para puxar a calça até o joelho e tirar as ligaduras – Eu acho que é tão mau quanto parece.

O joelho já não sangrava, mas estava pisado e inchado.

— Oh, Marinette. – disse Tikki, com pena dela – Isso deve doer.

— Já estive pior. – disse Marinette, sorrindo – Se piorar, eu vou ao hospital, Tikki. Por enquanto, a Ladybug vai ter de lutar assim até ver se passa sozinho.

Apesar de Marinette parecer certa de si mesma, Tikki não estava tão descansada.

Enquanto Marinette e Adrien preparavam-se para dormir, Nathalie entrou no escritório de Gabriel.

— Senhor, acho que temos um problema. – disse Nathalie – Relacionado com a menina Marinette.

Marinette adormeceu, o que a fez perder o carro e o inicio da sessão fotográfica de Adrien…por muito que ele tenha implorado ao motorista para esperar por Marinette.

A sentir-se horrivelmente mal e cheia de dores, Marinette levantou-se, determinada a ir até ao parque a pé. Afinal, tinha sido o próprio Adrien a convidá-la. Não queria ofendê-lo, nem desiludido.

— Marinette, eu acho mesmo que devias ver um médico. – disse Tikki, enquanto Marinette trocava de roupa.

— Esconde-te, Tikki. – murmurou Marinette, quando ouviu baterem à porta do quarto – Pode entrar.

Nathalie, que pela primeira vez desde que Adrien se tinha tornado modelo não tinha ido com ele, entrou no quarto de Marinette com um ar sério.

— Pode acompanhar-me, menina Marinette? – pediu Nathalie.

A aguentar as dores, Marinette endireitou-se e começou a andar ao lado de Nathalie normalmente, perguntando se aquilo era por ela ter adormecido e pedindo desculpas ao mesmo tempo.

No entanto, Marinette parou de falar, quando Nathalie bateu na porta do escritório do pai de Adrien e entraram as duas depois dele dar permissão. Uma vez que já tinha falado com ele como Ladybug, ela não ficou muito nervosa, mas como não queria desrespeitá-lo e ele não a tinha convidado para se sentir, ela manteve-se em pé, ao lado de Nathalie. Quando sentiu a perna a começar a tremer, cerrou as mãos. Não queria mostrar nenhuma fraqueza.

Por alguma razão, em frente ao pai de Adrien, sentia que tinha de mostrar o seu lado da Ladybug, mesmo sem estar com o fato.

— Menina Dupain Cheng, estou certo? – perguntou Gabriel, com as mãos atrás das costas, vendo Marinette anuir – Parece que o meu filho está a começar a ter alguns sentimentos por si. Também estou certo?

— O quê? O A…o Adrien? – corando, Marinette olhou para Nathalie e depois para Gabriel outra vez. Sentindo um arrepio pela espinha acima quando olhou-o nos olhos, Marinette recompôs-se imediatamente – Não é possível. O Adrien nunca sentiria nada por mim.

— A Nathalie contou-me que ele estava interessado em si ontem à noite, enquanto jantava. – disse Gabriel, surpreendendo Marinette – Vou ser sincero consigo, menina Dupain Cheng. A menina vem de uma família relativamente confortável em relação financeira e o seu Q.I. é mundano. Não há nada de errado nisso, mas o suficiente para o meu filho.

— O quê!? – perguntou Marinette, confusa e extremamente ofendida – A minha família pode não ser tão rica como a sua, mas tem muita mais personalidade. E definitivamente não abandona o filho.

Gabriel sorriu e saiu de trás da secretária para se aproximar mais.

— Eu gosto da sua personalidade, menina Cheng. – disse Gabriel, colocando uma mão no ombro dela – Como disse, não tenho nada contra si. Mas tenho de ter em consideração qual é a melhor escolha para o futuro do meu filho.

— E qual seria esse futuro? – perguntou Marinette, contente quando Gabriel se afastou dela e aproximou-se do quadro com fotografias do Adrien.

— Com certeza que já sabe que o Adrien e a menina Bourgeois são amigos de infância. – disse Gabriel, olhando para uma das fotografias onde um pequeno Adrien posava ao lado de uma pequena Chloé.

— A Chloé? – perguntou Marinette, chocada – É esse o melhor futuro para nós. Uma rapariga menina mimada que passa 70% do dia a pensar nela mesma?

— A menina Bourgeois parece gostar bastante do meu filho e ele deve habituar-se a gostar dela. Só precisa de passar mais tempo com ela…e menos consigo. – disse Gabriel, olhando para Marinette – Uma junção entre as duas famílias seria o melhor futuro para o meu filho.

— Isso não seria o melhor futuro para o Adrien! – exclamou Marinette, extremamente chateada – Esse futuro seria o melhor para si!

Sem pensar, Marinette dirigiu-se à varanda, mas parou a meio e baixou a cabeça. Queria sair dali o mais depressa possível e ia transformar-se em Ladybug…mas conseguiu arrefecer a cabeça antes de o fazer.

Deu a volta e dirigiu-se à porta. Abriu-a e fechou-a com força.

— Esqueceu-se de mencionar que a menina Bourgeois vinha jantar com o Adrien, hoje. – disse Nathalie, vendo o chefe sorrir.

— Não, não me esqueci. – disse Gabriel – A menina Cheng tem uma personalidade forte. Pelo bem do futuro do meu filho…eu tenho de quebrá-la.

Nathalie limitou-se a baixar os olhos.

— Eu não gosto daquele homem. – protestou Tikki, quando as duas voltaram para o quarto – Não vais à sessão fotográfica do Adrien?

— Eu sei que eu e o Adrien não temos futuro. – disse Marinette, ainda com as mãos cerradas – Mas quem é que ele pensa que é, para insultar a minha família?

— Marinette. – disse Tikki, aproximando-se quando Marinette deu um passo em direção à cama e caiu de joelhos no chão – Estás a emitir sentimentos muito negativos.

— Não te preocupes, Tikki. – disse Marinette, esforçando-se mais um pouco até conseguir deitar-se na cama – Eu só preciso de algumas horas para me esquecer do que aquele homem disse.

Ela acabou por adormecer outra vez com as palavras de Gabriel na cabeça, enquanto Nathalie obrigava Adrien a almoçar num restaurante, em vez de ir para casa fazer companhia a Marinette.

Também não disseram a Adrien que Chloé ia jantar. Segundo o pai de Adrien, era melhor que Chloé fosse a única a saber.

— Marinette, acorda. – chamou Tikki – Acho que o Adrien já chegou.

Ela abriu os olhos lentamente, na escuridão do quarto. Tinha acabado por saltar o jantar. Levantou-se com cuidado, mas teve de esperar um pouco antes de começar a caminhar para que Adrien não percebesse que ela tinha magoado o joelho.

Foi a manquejar até à porta mas, com um controlo incrível, endireitou-se e pôs um sorriso na cara quando saiu do quarto. Ao ver Adrien, levantou a mão para o cumprimentar.

Foram imediatamente para o quarto dele para continuarem o trabalho depois de algumas perguntas banais.

— Peço desculpa por ter demorado tanto. – pediu Adrien, sentando-se ao lado de Marinette, que se tinha sentado antes dele.

— Não faz mal. – disse Marinette, com um sorriso – Desculpa por não ter aparecido à sessão.

— Também não faz mal. – disse Adrien, olhando para ela, enquanto ela juntava os líquidos químicos e lhe perguntava se estava a fazer bem. Por alguma razão, o brilho nos olhos dela tinha desaparecido – O quê?

— Eu perguntei se estou a fazer bem. – murmurou Marinette, olhando para ele timidamente – Eu não percebo muito de química.

— Estás a ir muito bem. – respondeu Adrien, sorrindo – Agora, temos de deixa-los misturados durante algumas horas. Depois juntamos o liquido azul, que vai solidificar o conteúdo.

— És mesmo bom nisto. – disse Marinette, vendo Adrien desviar os olhos e corar.

— Obrigado. – murmurou ele.

Confusa pela reação inesperada, Marinette olhou para a mancha azul ainda na carpete do quarto dele. – Mas nós já não temos mais liquido azul.

Adrien levantou-se e esticou-lhe a mão. – Então, porque é que não vamos buscar mais.

Marinette sorriu e levantou-se. – Eu vou só buscar a minha mala.

— Marinette. – disse Tikki, enquanto Marinette pegava na bolsa – Eu acho que não devias andar mais do que necessário.

— Está tudo bem, Tikki. – disse Marinette, sorrindo – Nós vamos de carros.

E ia tudo correr bem…se não tivessem tido um acidente, enquanto voltavam da loja, por causa de uma pessoa que o Hawk Moth tinha transformado. Estavam todos bem, mas Marinette não conseguia tirar o cinto, que tinha ficado danificado durante o impacto.

— Não te preocupes. – disse Adrien, saindo do carro – Eu vou buscar ajuda!

— Adrien! – exclamou Marinette, enquanto puxava o cinto de segurança – Espera! Fica aqui!

Mas Adrien fechou a porta e desapareceu.

— Tikki. – murmurou Marinette – Não consigo sair e tenho de ir ajudar o Cat Noir…

— Está com problemas, princesa.

Marinette olhou para o lado, onde o Cat Noir sorria. Ela sorriu. Mesmo em situações daquelas, ele não hesitava a salvar raparigas. Só olhos para a Ladybug o tanas, pensou Marinette quando ele tirou-a do carro e pousou-a cuidadosamente no chão, longe do perigo.

— Fica aqui, princesa. – pediu ele, voltando costas.

— Oh, por favor. – murmurou Marinette entre dentes, enquanto forçava um sorriso e anuía – Transforma-me, Tikki.

Cat Noir estava a “brincar” com o inimigo e a impedir que ele fizesse vitimas enquanto esperava que Marinette se transformasse e fosse ter com ele. Perguntava-se como seria o kwami dela. Podia sempre perguntar a Plagg quando estivessem sozinhos.

Apostava que era tão fofo quanto ela.

— Concentra-te, Cat Noir. – disse ela quando chegou à beira dela.

Ele olhou para ela e sorriu.

— Porque é que demorou tanto, My Lady? – perguntou ele, com um sorriso matreiro.

— Fiquei presa. – literalmente, pensou ela – Agora, vamos acabar com isto.

Tal como Tikki lhe tinha dito, a Ladybug não conseguia trabalhar com aquele joelho e, por isso, tinham demorado o dobro do tempo a apanhar aquele akuma. Felizmente, o Cat Noir parecia não ter notado.

— Podes ir. – disse ela ao Cat Noir, que já tinha o anel a piscar – Eu trato do resto.

Ele piscou-lhe o olho. – Até à próxima, Ladybug.

Sem se preocupar, ele escondeu-se e transformou-se. Só faltava apanhar a borboleta e purifica-la e isso era trabalho dela. Entretanto, ele tinha de voltar para o carro com ajuda para que ela não desconfiasse que ele era o Cat Noir.

Mesmo que fosse simples, quando ia apanhar a borboleta para purifica-la, o joelho cedeu outra vez. Determinada a não cometer o mesmo erro duas vezes, ela saltou para cima de um carro e depois para cima de um edifício, apanhando a borboleta, antes que ela tivesse tempo de fugir.

Depois de a libertar, sentiu uma tontura e caiu do edifício. Adrien, que estava a dirigir-se para o carro, olhou para a multidão que gritava e viu a Ladybug inconsciente, em cima de um carro, com o brinco a piscar.

Surpreendendo os policias que tinha chamado para “ajudar”, ele começou a correr na direção dela, perfurou por entre a multidão e, com alguma dificuldade, trepou o carro e pegou nela, antes de começar a correr e esconder-se.

A transpirar, Adrien pousou Marinette no chão e viu-a a transformar-se.

Tikki, cansada, caiu no colo de Marinette e olhou para Adrien.

— Deves ser o kwami da Marinette. – disse Adrien, ajoelhando-se à frente – Quando ela te perguntar o que aconteceu, vais dizer-lhe que ela caiu, conseguiu esconder-se antes de se transformar e, depois de eu a encontrar desmaiada, levei-a para o hospital, está bem?

Tikki anuiu e depois também desmaiou.

— Ah, como é que vamos sair desta? – suspirou Adrien.


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Notas finais do capítulo

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