Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Então ela transformou-se e entrou pela janela para nem o pai nem a mãe o verem. A escola provavelmente iria telefonar para casa para perguntar se ela estava bem, mas até lá, ela queria estar sozinha.

— Marinette, devias descansar um bocado. – disse Tikki, saindo da mala de Marinette.

— Se ocupar a minha mente com outras coisas, não penso no que eles disseram na aula. – disse Marinette, dirigindo-se ao armário para tirar um vestido – O que é que achas, Tikki?

— É bonito. – respondeu Tikki, vendo Marinette a colocar o vestido preto no manequim – Mas porque é que o tinhas?

— Nunca se sabe quando é que pode haver uma competição para designers e eu queria ter a certeza que tinha alguma coisa para competir. – explicou Marinette, passando a mão pelo vestido – Mas está muito simples para a Ladybug, não achas?

— O que é que vais fazer? – perguntou Tikki – Não tens materiais para mudá-lo.

Marinette olhou para Tikki com um sorriso e levantou o indicador.

— Posso sempre ir buscar. – disse Marinette – Afinal, tenho o dia todo.

— Mas não tens dinheiro. – argumentou Tikki.

Marinette passou o indicador pela cabeça de Tikki. – Nem sempre é preciso muito dinheiro para comprar material de qualidade.

Confiante, e já mais calma, Marinette decidiu descer do quarto pela janela sem a ajuda de Tikki. Mesmo assim, perguntou se ela a queria acompanhar.

No entanto, quando estava quase a chegar ao chão caiu de joelhos.

— Marinette, estás bem? – perguntou Tikki, preocupada.

— Parece que não tenho a agilidade da Ladybug. – riu-se Marinette levantando-se. Notou que tinha raspado as calças, mas encolheu os ombros e continuou a andar. Podia comprar algum material para arranjar aquilo – A loja é já aqui ao lado. Não devemos demorar muito.

Mas, antes de ir para a loja de tecidos, Marinette parou em algumas lojas. Primeiro, foi comprar pequenas bolinhas prateadas pelas quais pagou apenas uns trocados. Depois parou numa loja de vestuário para homens onde comprou um longo cinto preto. Olhou para um fato mas, quando viu o preço abanou a cabeça. Parecia que ia ter de fazer o fato do Cat Noir do nada.

Quando chegou à loja de tecidos, sorriu. Gostava de estar ali e as empregadas já sabiam até o seu nome.

Olhou em volta e viu um tecido vermelho. Foi até ele e passou a mão. Era leve, o que era bom. O vestido já era “pesado”. Não queria aumenta-lo. Pediu para que lhe dessem um bocado e depois foi ver tecidos brancos e depois pretos. Saiu da loja com dois sacos nas mãos e estava a dirigir-se para casa quando parou.

Voltou para trás e entrou numa loja com brinquedos para crianças. Com os últimos tostões que tinha, comprou brincos e um ioiô da Ladybug.

Depois disso voltou para casa satisfeita mas lembrou-se que não tinha um manequim masculino. Quem era a pessoa que conhecia que se parecia mais com o Cat Noir. Quando escolheu de entre a sua turma, suspirou.

Em termos de personalidade, Adrien não era nada parecido com o Cat Noir, mas em termos de altura e estrutura era muito parecido. Teria de ligar-lhe…ou tentar…depois de acabar o vestido.

Quando entrou no quarto, pôs o tecido vermelho em frente ao tecido preto e sorriu.

— Vai ficar mesmo como imaginei. – disse Marinette, começando a cortar o tecido vermelho, para ficar do tamanho do vestido. Pegou numa agulha com um fio preto e cozeu o tecido vermelho ao preto, deixando algum do folhado do vestido preto à mostra nas extremidades – Vamos aos retoques finais.

Ela pegou num xizato e, com cuidado, cortou o tecido vermelho aqui e ali para parecer que o vestido tinha bolas pretas, como se fosse uma joaninha.

— O que é que achas, Tikki? – perguntou Marinette, pegando na sua pequena mala. Cobriu-a com algum do tecido vermelho que tinha sobrado e mostrou-se – Isto é para ti.

— Eu também vou? – perguntou Tikki, contente.

— Claro. – disse Marinette, colocando o tecido branco em cima da cama – Vamos passar para o fato do Cat Noir, então.

No fim das aulas, Adrien pegou na mochila e, depois de se despedir rapidamente de Nino, entrou no carro e olhou para Nathalie.

— Podemos fazer algumas paragens antes de voltarmos para casa? – pediu Adrien.

— Onde Adrien? – perguntou Nathalie – Tu sabes que o teu pai não gosta que chegues atrasado a não ser que tenhas a permissão dele.

— Não vai demorar mais de quinze minutos. – prometeu Adrien, vendo Nathalie suspirar.

— Está bem. – concordou ela – Onde é que queres ir.

Como tinha imaginado, a escola telefonou para a sua casa e Marinette mal teve tempo de cobrir os fatos e meter-se na cama antes de a mãe entrar no seu quarto. Marinette garantiu que estava bem e que podia já ir para a escola amanhã. Também disse que tinha entrado à socapa porque pensava que a mãe ia ficar preocupada.

— Bem, eu fiquei preocupada. – disse a mãe, pousando uma mão na testa da filha – E a Alya também. Ela telefonou para ver se estavas bem.

Marinette sentiu-se um bocado culpada por ter deixado a melhor amiga preocupada, mas não conseguia estar numa sala onde todos pensavam que ela tinha posto o Cat Noir em perigo de vida, quando ela própria já pensava da mesma maneira.

— Um colega teu veio trazer-te os trabalhos de hoje. – anunciou a mãe, dirigindo-se para as escadas – Devias dar-lhe mais valor.

Quando a mãe deu sinal, Adrien entrou no quarto dela com um sorriso na cara.

— Quando acabarem de trocar informações, desçam. – disse a mãe, enquanto descia as escadas – Eu vou preparar alguma coisa para lancharem.

Quando a mãe fechou a porta, Adrien aproximou-se ainda a sorrir.

— Não aprendemos muita coisa nova hoje e, para dizer a verdade, não nos deram trabalhos hoje. – confessou Adrien, pousando a mochila – Eu só queria saber como é que tu estás.

Bem, ela estava contente que ele estivesse ali e ainda mais só para ver como é que ela estava, pensou Marinette, mas agora tinha outros assuntos a tratar e ela não brincava quando se tratava de desenhar e costurar fatos. Por alguma razão, aquilo parecia trivial na sua cabeça, mas era verdade.

— Estou muito melhor. – disse Marinette, levantando-se, completamente vestida – Na verdade, só saí porque aconteceram algumas coisas ontem que me deixaram deprimida. É uma estupidez.

Marinette levou uma mão à cabeça e riu-se, enquanto Adrien sentava-se na cadeira da secretária de Marinette, uma vez que não queria cair ao chão.

— E até estou contente que estejas aqui. – disse Marinette, tirando o fato da gaveta onde o tinha guardado para a mãe não o ver – Podes vestir isto?

Adrien precisou de alguns segundos para responder. – Ah, claro! Mas, para quê?

— Preciso de ajustá-lo ao tamanho certo. – respondeu Marinette – E tu és a pessoa que conheço que é mais parecia com a pessoa para quem é o fato.

— Estou a ver. – disse Adrien, pegando no fato com cuidado – Onde é que me posso trocar?

Marinette apontou para uma pequena divisão que tinha transformado num trocador, já que às vezes obrigava Alya a experimentar algumas criações.

Adrien anuiu com a cabeça e entrou, fechando a porta atrás de si. Alguns segundos depois, quando Marinette voltou à realidade, corou um pouco quando pensou que Adrien estava a trocar de roupa no seu quarto.

No entanto, quando ele saiu a usar o fato, ela voltou para o seu mundinho e focou-se mais no fato do que no seu modelo.

— O fato está um bocado largo. – murmurou Marinette, aproximando-se com os materiais necessários – Fica quieto.

Se quisesse admitir, Adrien ficou arrepiado quando ela aproximou-se dele com agulhas e todos os tamanhos e tesouras, mas manteve-se quieto, tal como ela pediu. A Marinette desastrada e tímida que ele conhecia parecia ter desaparecido.

Quando terminou, Marinette deu dois passos atrás para ver o seu trabalho. Sim, aquilo serviria para o Cat Noir.

Ela aproximou-se outra vez para arranjar os colarinhos do casaco. As caras deles estavam a centímetros de distância mas, como ela estava demasiado concentrada no seu trabalho, foi Adrien que corou um bocado. Quando ela se afastou outra vez, no entanto, ele abanou a cabeça para que ela não notasse, mas ela continuava a olhar para ele como se faltasse alguma coisa.

— Esqueci-me das orelhas! – exclamou Marinette, num momento de frustração, mas cobriu a boca com a mão no instante seguinte.

— Orelhas?

— Sim…para…o Halloween. – respondeu Marinette, virando costas – Já podes tirar o fato.

Quando ele entrou e fechou a porta, Marinette suspirou. Ele devia achar que ela era maluca por estar a fazer um fato de Halloween em Março.

— Esta foi por pouco. – murmurou Tikki, do bolso de Marinette.

— Sim. – murmurou Marinette – Mas ainda faltam as orelhas. – continuou ela, procurando materiais pelo seu quarto – O Cat Noir não é o Cat Noir sem orelhas.

— Marinette. – chamou Tikki – Ainda temos visitas. Eu acho que não devias estar a falar do Cat Noir até o Adrien ir embora.

Marinette suspirou e parou. – Está bem. Ainda tenho algum tempo.

Quando Adrien saiu, Marinette virou-se, sorriu e pegou no fato. – Desculpa por te ter feito perder tempo.

— Não faz mal. Já estou habituado a mudar de roupa muitas vezes. – disse Adrien, rindo-se um bocado – E também tive de fazer outras paragens antes de vir até aqui. Mas não posso ficar para lanchar. O carro está à minha espera.

— Eu digo à minha mãe. – disse Marinette, sorrindo de uma maneira constrangedora – Até amanhã.

Adrien despediu-se e deixou Marinette à procura de alguma coisa feita de latex preto para fazer as orelhas no Cat Noir.

Adrien entrou no carro e suspirou. Parecia que tinha acabado de experimentar o fato que ia usar na gala.

Ela decidiu não estragar a noite ao falar do que tinha acontecido no dia anterior por isso, transformada e com os dois fatos nos braços, Marinette apareceu à porta do salão, duas horas antes deste abrir.

Infelizmente, descobriu depois de vestir o vestido no seu quarto que tinha raspado o joelho quando caiu da janela, por isso teve de pôr algumas ligaduras à volta da ferida. Quase chorou quando viu que o vestido não cobria as ligaduras, mas agora não podia fazer nada quanto a isso.

Cat Noir chegou alguns minutos depois.

— Desculpe pela demora, My Lady. – pediu ele, pegando na mão dela mas, como sempre, ela empurrou-o.

— Toma. – disse ela, entregando-lhe o fato – Também tenho alguns acessórios, mas depois eu trato de os pôr.

Tal como pensava, era o mesmo fato que tinha experimentado no quarto de Marinette, mas este tinha dois pequenos sinos costurados no colarinho. Ela tinha dito que tinha trazido acessórios, mas ele também tinha trazido, pensou Adrien, enquanto escondia o relógio por baixo da camisa.

Quando saiu, depois de colocar a máscara que ela também tinha preparado para os dois, ela também já estava pronta, à espera.

— Wow. – foi o que ele conseguiu dizer quando viu-a vestida assim, mas os olhos pararam no joelho – O que é que aconteceu?

— Eu caí. – disse ela, aproximando-se dele com um saco na mão – Agora, fica quieto.

Com a mesma expressão de Marinette, Ladybug tirou um cinto que ela tinha mudado para se parecer com uma cauda e prendeu-o à volta da cintura do Cat Noir. Depois tirou duas orelhas de latex da saca, pôs-se em bicos de pés e prendeu-as ao cabelo dele com acessórios que tinha pintado da cor do cabelo dele. Mais uma vez, ela estava completamente concentrada, enquanto ele corava um bocado.

Quando terminou, deu dois passos atrás e olhou para ele, de cima a baixo. Tal como Marinette tinha feito.

— Prendeste o cabelo com o teu ioiô? – notou Cat Noir.

— Não. – respondeu Ladybug, contente por não se ter esquecido de nada – Comprei-o numa loja para crianças. Pus um bolso na camisa para pores o teu Kwami.

— Oh, obrigado. – agradeceu Adrien, que tinha posto o Plagg dentro do bolso das calças. Ele devia estar chateado – Eu também trouxe alguns acessórios.

Ele aproximou-se e, surpreendendo-a, ele colocou um colar fino com um pequeno pingente com a forma da cabeça de um gato à volta do seu pescoço. Quando ele se afastou, ela tocou no colar e depois olhou para ele.

— Parece prata. – disse Ladybug.

— Isso é porque é de prata, My Lady. Olha. – ele puxou a manga do fato um pouco para cima e mostrou-lhe o relógio negro com bolas vermelhas e joaninhas nas pontas dos ponteiros – Porque somos parceiros.

Ela ia agradecer-lhe mas, mais uma vez, foi interrompida quando abriram as portas do salão e o presidente aproximou-se dos dois enquanto os outros convidados começavam a entrar.

— Vocês estão espantosos. – elogiou o presidente – Mas ainda com as máscaras, estou a ver.

— Mas é claro. – disse Cat Noir, sorrindo – Os heróis nunca tiram as suas máscaras.

— Bem, entrem, entrem! – despachou o presidente – Vamos festejar.

Ela olhou para ele com um sorriso e deu-lhe a mão, surpreendendo-o.

— Vamos, gatinho. – disse ela, começando a puxá-lo, uma vez que ele não se mexia – Não pudemos deixar que as pessoas mais importantes de Paris esperarem.


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Notas finais do capítulo

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