Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Marinette continuou praticamente a ignorar Adrien durante o próximo dia e acompanhou Jin depois das aulas acabarem, para jantar com ele, tal como tinha sido combinado. Ficou um bocado contente e constrangida quando Jin disse-lhe que a mãe sabia tudo sobre ela ser a Ladybug.

Foi disso que falaram durante o jantar, deixando Marinette ainda mais constrangida. A mãe de Jin queria saber como era ser a Ladybug. O que é que ela sentia quando se transformava, quando estava a lutar…e, no fim, sobre o seu kwami. Queria vê-lo e sabia que a Ladybug tinha de levar sempre o seu kwami consigo.

— Ela…é muito envergonhada. – murmurou Marinette, pondo inconscientemente uma mão sobre a sua mala – Não é muito sociável.

— Envergonhada? Sociável? – a mãe de Jin sorriu – Um kwami só tem de obedecer às ordens da dona. Se lhe disseres para sair da tua mala, ela é obrigada a sair.

Marinette não parecia ser a única chocada com as palavras da mulher, uma vez que Jin também olhou para a mãe com as sobrancelhas franzidas. Era verdade que Jin não gostava muito do seu kwami, mas nunca o obrigaria a fazer alguma coisa contra a sua vontade.

— Eu prefiro não… - o que é que ela podia dizer para não ofender a mãe de Jin – Eu não gosto de obriga-la…a fazer coisas que ela não goste.

A mãe de Jin sorriu outra vez e começou a tirar os pratos da mesa.

— Tens de mostrar-lhe quem manda. – disse a mãe de Jin, chocando os dois adolescentes outra vez – E se ela se virar contra ti? Ou começar a fazer só o que quer?

— Ela não tem de ficar com ela. Na verdade, eu disse-lhe várias vezes que eu não devia ser a Ladybug. – disse Marinette, fazendo a mãe de Jin pousar os pratos outra vez na mesa – No entanto, ela continuou comigo.

— Ela fica contigo porque o meu avô disse-lhe que tu és a escolhida. – disse a mãe de Jin, um bocado irritada – Porque o meu avô acha que tu és a escolhida.

— Mãe! – exclamou Jin, quando Marinette abriu a boca em surpresa.

A palavra “acha” magoou-a, mas talvez…ela era a neta do Mestre Fu…talvez ela soubesse mais do que ela sobre o assunto. Não, pensou Marinette enquanto afastava a mão da pequena mala onde Tikki descansava, tinha a certeza que a neta do Mestre Fu sabia mais sobre o assunto do que ela.

— Eu só…eu estou a fazer o meu melhor. – murmurou Marinette, enquanto a mãe de Jin pegava de novo nos pratos e abanava a cabeça lentamente, em desaprovação – E eu…

— Tens tido sorte. – disse a mãe de Jin, interrompendo Marinette – Se calhar devias considerar aprender algumas coisas com alguém que sabe mais do que tu.

Marinette olhou para Jin, quando a mãe dele pousou a mão no seu ombro.

— Tenho a certeza que o meu filho estaria disponível para te ajudar. – disse a mãe de Jin – Também tenho a certeza de que ele já te disse que treinou para ser o Cat Noir.

— …sim. – disse Marinette, depois de uma pequena pausa – Ele já mencionou isso.

— Mãe! – exclamou Jin, levantando-se – Já chega!

Ela suspirou e virou as costas sem dizer mais nada. Jin olhou para Marinette.

— Peço imensas desculpas. – disse Jin, fazendo uma pequena vénia.

Marinette deu o seu melhor para que lágrimas não deslizassem pelo seu rosto ao morder o lábio. De tal maneira que abriu uma ferida. Porque é que ele estava a pedir desculpas? A mãe dele tinha razão e, mesmo que não tivesse, não devia ser ele a desculpar-se.

— Eu acompanho-te a casa. – disse Jin, passados alguns minutos em silêncio – Só porque…não seria correto de não o fizesse.

Marinette anuiu e saíram para a noite. Antes de chegar a casa, Jin desculpou-se outra vez, mas ela continuou em silêncio, sem saber o que dizer.

— Vemo-nos amanhã. – murmurou Marinette, quando já estavam à porta da sua casa – Obrigada pelo jantar.

Jin sorriu e despediu-se, mas, para Marinette, a noite ainda não tinha acabado. Quando entrou, depois de os pais perguntarem como é que tinha corrido, a mãe informou que o próprio senhor Agreste tinha telefonado e pedido para ela lhe telefonar quando chegasse a casa.

Apesar de Marinette insistir que já estava tarde para telefonar-lhe, Sabina insistiu e assim ela foi obrigada a telefonar, apesar de não lhe apetecer falar com o pai do Adrien depois do que ele lhe tinha dito. Apostava que os pais também não estariam tão contentes com o telefonema se soubessem que o senhor Agreste tinha ameaçado fechar a loja.

No entanto, ela telefonou e, como esperava, foi Nathalie que atendeu mas esta passou a chamada rapidamente para Gabriel.

— Menina Duppein-Cheng. – começou Gabriel. Não parecia contente – Um carro vai estar à sua espera dentro de quinze minutos em frente à sua loja. Preciso de falar consigo, urgentemente.

— Espere! Mas já é muito… - Marinette suspirou quando ele deligou o telefone antes de ela ter tempo de dizer que já era quase meia-noite.

Esperava que os pais dissessem que ela não podia ir, mas eles confiam demais do senhor Agreste por isso, quando o carro preto chegou, ela entrou, depois de os pais darem permissão de ela passar lá a noite se o senhor Agreste não se importasse.

Cansada, Marinette acabou por adormecer depois de o carro começar a andar.

Foi Nathalie que a acordou, com uma cara ligeiramente irritada.

Porquê?, perguntou-se Marinette. Devia ser ela a estar irritada.

Com toda a delicadeza que conseguiu juntar, Nathalie indicou-a ao escritório de Gabriel, apesar de ela já saber onde ficava. Marinette estava cansada demais para fingir que queria ser educada por isso, quando entrou no escritório, limitou-se a suspirar.

Afinal, Gabriel iria falar primeiro e estava demasiado cansada para o interromper. Nem sabia como é que ele conseguia estar a trabalhar àquela hora.

— A menina Duppein-Cheng está-se a tornar um problema para a minha família. – disse Gabriel, olhando para ela – Sabe disso?

Marinette limitou-se a abanar a cabeça. Afinal, estava a fazer tudo o que ele queria.

— Apesar de não perceber muito bem porquê. – continuou Gabriel – O meu filho parece estar apaixonado por si.

Marinette não sabia se era por causa do cansaço ou por causa da visita a casa de Jin mas, em vez de corar e negar veementemente, começou-se a rir.

— Qual é a graça? – perguntou Gabriel, um pouco ofendido – Ele próprio afirmou-o.

— Deve ter compreendido mal. – disse Marinette – Uma pessoa como o seu filho nunca se apaixonaria por alguém como eu. A ideia é ridícula.

Gabriel levantou-se e dirigiu-se à montra com várias fotografias do filho.

— Menina Duppein-Cheng. – disse Gabriel, sem tirar os olhos da montra – Fique aqui esta noite. Deve estar cansada e a Nathalie informou-me que amanhã só têm aulas à tarde, por isso está à vontade se quiser dormir até mais tarde.

Marinette franziu as sobrancelhas, uma pouco confusa e desconfiada. Mas estava realmente cansada por isso decidiu aceitar…relutantemente. O Adrien não sabia que ela estava ali, de qualquer maneira. Podia acordar cedo e voltar para casa antes de ele acordar.

Depois de acompanhar Marinette ao quarto, Nathalie voltou ao escritório de Gabriel.

— Se me permite perguntar, senhor Agreste. – começou Nathalie – Porque é que convidou a menina Duppein-Cheng a passar aqui a noite.

Gabriel olhou para as fotografias do filho e depois para o retrato da esposa antes de responder.

— Eu concordo com a menina Duppein-Cheng. Uma pessoa como o Adrien nunca se apaixonaria por alguém como ela. Provavelmente está a confundir amor por amizade. Ele é parecido com a mãe. Muito precipitado a formar ideias. – disse Gabriel e depois olhou para Nathalie – Acorda o meu filho mais cedo amanhã e informa-o que a menina Duppein-Cheng está aqui. Com certeza, ele não a vai deixar partir tão facilmente. Eu quero observar como ele se comporta quando está à beira dela.

Nathalie anuiu com a cabeça.

— Vou ligar as câmaras quando amanhecer. – disse Nathalie, antes de deixar Gabriel sozinho.

Ele olhou outra vez para o retrato da esposa e sorriu.

— Mesmo parecidos. – murmurou ele.

Nathalie não precisaria de informar Adrien de que Marinette estava na mansão uma vez que, depois de a dona adormecer, Tikki saiu da mala de Marinette e foi ter ao quarto de Adrien.

Aquela era uma oportunidade para lhe contar a história que o Plagg queria que ela contasse, apesar de ela sofrer sempre que a contava. Mas, apesar de não gostar de se lembrar do seu passado, a ideia de passar pela mesma coisa assombrava-a ainda mais.

Por isso, apesar de estar a dormir, Tikki pediu ajuda a Plagg e acordou Adrien, que ficou surpreendido por ver a pequena kwami cor-de-rosa no seu quarto.

Depois de informar rapidamente que a dona estava a dormir no quarto das visitas, Plagg disse que Tikki tinha uma coisa para lhe contar.

— Os Cat Noir ao longo da história…eles têm uma tendência para se sentirem atraídos pelas Ladybug. – começou a Tikki – Tu não és o primeiro e nem serás o último.

— És o primeiro a ser tão óbvio e lamechas. – comentou Plagg.

— Entretanto… - continuou Tikki, olhando de lado para Plagg – Houve um caso em especial que marcou, não só o Mestre Fu, mas também a história dos Miraculous. Estás a ver, poucos são os casos em que os Cat Noir têm coragem para contar às Ladybug quem realmente são e menos os casos onde eles descobrem de todo, afastando os dois com o tempo.

— Isso é natural. – disse Plagg – Isso devia ser o padrão para todos.

— Mas, há muito tempo, um dos escolhidos para ser o Cat Noir apaixonou-se pela Ladybug e descobriu quem ela era. Apesar disso, em vez de se afastar e os sentimentos desvanecerem, ele apaixonou-se ainda mais. – disse Tikki, claramente perturbada – Ele contou-lhe quem era e que sabia quem ela era. Foi um choque para a Ladybug mas, eventualmente, eles começaram a namorar…infelizmente.

— Infelizmente? – perguntou Adrien, confuso.

— Estás a ver, Adrien, serem companheiros e serem amantes são duas coisas completamente diferentes. – respondeu Tikki – Os companheiros confiam a vida um no outro, mas, se acontecesse alguma coisa a um, esse ficaria triste ou chateado, mas eventualmente, recuperaria. No entanto, no caso de amantes, as emoções são muito mais intensas. Naquele caso, eles já estavam comprometidos, quando…a Ladybug colocou-se em frente ao Cat Noir e morreu. O que ela tinha na mente…ela só queria salvar o amor da sua vida. O que o Cat Noir sentiu…foi desespero, dor e um desejo de vingança enorme. Mas não queria vingar-se só daquele que a tinha matado. Ele começou a usar os poderes para destruir tudo o que lhe aparecia à frente. Principalmente as coisas que o lembravam da sua amada. Foi muito difícil…retirar-lhe o Miraculous mas, o mais difícil, foi retirar-lhe todas as memórias que envolviam a Ladybug. Foi difícil vê-lo a esquecê-la, tão facilmente.

— Mas era o que tinha de ser feito. – disse Plagg, como se estivesse a relembrar Tikki – E é por isso que não deves dizer nada à Marinette. A história estaria destinada a repetir-se.

— Por favor, não digas à Marinette. – implorou Tikki – Ela…ela ama-te. Provavelmente mais do que a anterior amava o Cat Noir. É mais do que óbvio que ela arriscaria a vida por ti.

— Não vai acontecer. – disse Adrien, surpreendendo Tikki e Plagg – Eventualmente, eu vou contar tudo à Marinette…mas a história não vai repetir-se. Eu vou protege-la, custe o que custar. Desculpa, Tikki. Eu sei que deves ter sofrido. Mas foi só um caso. Não tens provas de que é o que acontece sempre quando um Cat Noir e uma Ladybug se apaixonam.

— Então porquê? – perguntou Tikki – Porque é que até agora, nenhum deles “viveu feliz para sempre” com o outro?

— Eu não sei. – respondeu Adrien, encolhendo os ombros – Talvez não tenham tentado?

— Todos tentam! Mas nenhum consegue! – exclamou Tikki – Por favor, Adrien…finge que não sabes de nada.

Adrien pensou durante alguns segundos, com um sentimento de culpa a assolar-lhe o coração.

— Desculpa, Tikki. – murmurou Adrien, baixando os olhos – Mas eu não posso fingir que não sei…e também não vou ficar calado.


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Notas finais do capítulo

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