Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Marinette acabou mesmo por dormir até mais tarde mas, como não ouviu nenhum barulho vindo do outro lado da porta, deduziu que ainda estavam todos a dormir. Olhou para Tikki, que também estava a dormir, mas ficou um bocado preocupada quando viu pequenas lágrimas nos olhos da kwami.

Com cuidado, pegou nela e deitou-a na sua pequena mala cor-de-rosa. Ligou a luz e suspirou. Ainda estava com a roupa do dia anterior e o cabelo estava uma confusão. Teria de voltar para casa o mais rapidamente possível. No entanto, escovou os cabelos antes de sair, deixando-o solto. Não queria prendê-lo até chegar a casa e lavá-lo.

Onde estaria Nathalie? Tinha de pedir-lhe que abrisse o portão.

Abriu a porta de vagar e começou a descer as escadas mas, quando viu Adrien na sala-de-jantar fechou os olhos e suspirou. Nathalie estava ao seu lado, à espera que Adrien lhe dissesse para preparar a comida.

Quando viu Marinette, Adrien sorriu e deu permissão a Nathalie para dizer ao cheff que podia começar a cozinhar. Nathalie olhou de lado para Marinette, desagradada, mas fez o que Adrien lhe disse.

Sem outra opção, Marinette desceu as escadas mas demorou alguns segundos a mover o prato para o lado de Adrien. Estava extremamente confusa. Não sabia o que Gabriel estava a planear, e não sabia se queria descobrir.

— Vais falar comigo, hoje? – perguntou Adrien, enquanto a comida não chegava – Eu sei que foi o meu pai que te disse alguma coisa. Mas não tens de ter medo dele.

Era fácil para ele dizer aquilo. Quando não sabia o que Gabriel lhe tinha dito.

— Eu vou para casa depois de comer. – foi o que Marinette disse – Tenho de mudar de roupa e arranjar as coisas para as aulas da tarde.

— Eu quero que mudes de lugar. – disse Adrien, subitamente – Não quero que te sintas pressionada por causa do meu pai.

— Mas ele disse…!

— Menina Cheng.

Marinette parou de falar e congelou quando ouviu a voz de Gabriel e o viu a entrar na sala.

— Senhor Agrest. – Nathalie também parecia chocada com a presença dele, quando entrou – Quer que peça ao cheff para lhe preparar alguma coisa?

— Não será preciso, Nathalie. Eu vou já para uma reunião de negócios. Só passei por aqui para dar os bons dias ao meu filho e propor uma coisa à Menina Cheng. – disse Gabriel, olhando para Marinette, que estremeceu imediatamente – Tenho conhecimento que quer tornar-se numa designer no futuro e eu posso ajudá-la com isso.

— O que é que quer dizer? – perguntou Marinette, um pouco assustada.

— Eu posso ver os seus desenhos e guiá-la. – explicou Gabriel, pondo as mãos atrás das costas – Ensinar-lhe tudo o que é preciso para ter sucesso nesta área.

Marinette queria muito perguntar porque é que ele faria aquilo por ela e que também não queria passar mais tempo com ele do que o necessário. No entanto, manteve-se calada, para ver onde é que aquilo ia chegar.

— Eu já falei com os seus pais e, a não ser que eles precisem de si, concordaram com a sua nova agenda. – continuou Gabriel, vendo Marinette erguer as sobrancelhas – A partir de amanhã, a Nathalie vai buscar-vos à escola e, depois de acabarem os trabalhos da escola, a menina Cheng terá aulas comigo sobre design até anoitecer. Aí a Nathalie irá levá-la a casa de carro.

— E os meus pais concordaram com isso? – perguntou Marinette, que não queria acreditar nisso – Eu tenho muitas coisas para fazer depois…

— Para dizer a verdade, os seus pais pareciam um bocado preocupados. Para além de chegar atrasada bastantes vezes, parece que também não faz os trabalhos. Se continuar assim, vai com certeza reprovar. – disse Gabriel, surpreendendo Marinette outra vez – Parece que os seus pais confiam no Adrien para a levar para o caminho certo. Já que ele teve aulas em casa e está muito mais avançado do que o resto da turma, acho que ele podia desperdiçar um bocado de tempo consigo.

Desperdiçar era uma palavra um pouco forte, pensou Adrien. Mas ele aceitava tudo o que o pai lhe desse.

— Não se equivoque, menina Cheng. Isto não é um favor. Aliás, também é um inconveniente para mim. – disse Gabriel – No entanto, o meu filho parece descontente com aquilo que fiz.

Ela…não percebia o que é que ele estava a fazer. Nem Nathalie, percebia.

— Eu quero que eles passem bastante tempo juntos. – disse Gabriel a Nathalie, depois de Adrien e Marinette irem para a escola – O meu filho vai-se aperceber que não é amor que sente por ela se assim o fizer.

— Não quero ofender, Senhor Agrest. – disse Nathalie – Mas a menina Cheng parece gostar do Adrien. Não tem medo que ela faça alguma coisa…

— De todo. – interrompeu Gabriel, de maneira confiante – A menina Cheng é demasiado fechada quando está com o meu filho para fazer alguma coisa sobre o assunto.

— Mas, se o senhor estiver certo. Mesmo que o Adrien esteja a confundir amor por amizade. – Nathalie continuou – Passar mais tempo com ela…

— Só vai fazer com que o meu filho se aperceba que não quer aproximar-se dela de uma maneira mais intima. – Gabriel interrompeu outra vez – Não se preocupe, Nathalie. E limite-se a fazer o que eu digo. Entretanto, o baile de Primavera está a chegar. Faz com que o meu filho convide a menina Bourgeois. Seria uma vergonha para a família Agrest se o meu filho aparecesse com a menina Cheng. E diz à menina Bourgeois que pode deixar o vestido comigo.

— O baile da Primavera está a chegar. – disse Adrien.

Adrien, que tinha convencido o pai que não precisava de carro para ir às aulas da tarde, tentava quebrar o silêncio entre os dois enquanto caminhavam para a escola.

— O baile da Primavera. – disse Marinette, como se se tivesse acabado de lembrar – Não é aquele baile que as pessoas mais ricas de França organizam para darem as boas vindas à Primavera?

— É…uma maneira de ver as coisas. – disse Adrien, levando uma mão à cabeça. Seria muito mais fácil se ele não fosse filho de uma dessas “famílias ricas” porque, com certeza, a Ladybug e o Cat Noir seriam convidados – Não aceitarias vir comigo?

Ela olhou para ele como se ele estivesse maluco.

— A tua…as famílias mais poderosas de França vão estar lá. – disse Marinette – Eu não me encaixo nessa categoria. E tenho a certeza que a Chloé já tem planos para te convidar.

Adrien decidiu parar de falar sobre o assunto. Afinal, ela estaria lá de qualquer maneira, como Ladybug. Tinha a certeza disso.

Adrien tinha razão.

O presidente tinha-os convidado aos dois e, apesar de ele ter recusado, ela não se tinha safado. E, apesar de o presidente perguntar porque é que ele não podia ir e assumir que ele podia ser uma das pessoas que já estavam convidadas, ele tinha dito simplesmente que não se estava a sentir bem, ultimamente e preferia saltar uma festa e estar em perfeitas condições quando Paris precisasse mesmo dele.

Já que a Ladybug tinha-se mostrado preocupada, o presidente não insistiu mais e desejou-lhe as melhoras. Claro que depois ela tinha-lhe perguntado o que é que ele tinha e porque é que já não lhe tinha dito antes. Ele disse que era uma simples constipação, mas preferia não arriscar.

Uma vez que ele insistia a segui-la para todo o lado, ela ficou preocupada, por isso também concordou que era melhor que ele ficasse em casa. Ela representaria os dois. Uma vez que o presidente não tinha conhecimento da existência da raposa que os acompanhava nas missões frequentemente, Jin não tinha sido convidado, o que apaziguou Adrien.

— Um vestido? – perguntou Marinette.

Estava no escritório de Gabriel, depois de ter acabado os trabalhos para a escola, com a ajuda de Adrien.

— Sim. – respondeu Gabriel, que tinha pedido a Marinette para desenhar um vestido formal – Para a menina Bourgeois, que acompanhará o meu filho…

— Ao baile da Primavera. – cortou Marinette, suspirando. Estava definitivamente deprimida, mas já sabia que Chloé ia com Adrien – Só quer que o desenhe? Ou que o faça, também?

— Interessante. Não sabia que também conseguia criar designs de tais proporções. – disse Gabriel, levando uma mão ao queixo – Quanto tempo é que demora a criar. Uma semana? Duas?

— Um dia. – respondeu Marinette, surpreendendo Gabriel – Se tiver acesso aos materiais necessários.

— Certamente um dia não chega. – disse Gabriel, olhando para ela seriamente – Tem algum exemplo que me possa mostrar?

Bem, ela podia-lhe mostrar o vestido que tinha feito para o baile que o presidente tinha organizado para os heróis de Paris, mas isso…

— Eu consegui fazer um chapéu em algumas horas. – lembrou Marinette – Um bom chapéu.

— Um chapéu e um vestido são duas coisas completamente diferentes. – disse Gabriel, como se ela não soubesse – Fazemos o seguinte. Eu dou-lhe uma semana para preparar o vestido.

Marinette encolheu os ombros e pensou que ainda daria tempo para costurar um novo vestido para ela, uma vez que não queria ir com o mesmo. Por isso, fez o desenho para o vestido de Chloé naquela noite e mostrou-o a Gabriel no dia seguinte, que lhe deu permissão para o fazer sozinha. Ele dar-lhe-ia os materiais que precisasse.

Nessa noite, ela fez o vestido, tal como estava no desenho mas, como já estava muito tarde, ela acabou por se esquecer do cinto de renda amarelo e, quando o mostrou a Gabriel no dia seguinte, este mostrou-se extremamente dessatisfeito.

— Está a querer que a menina Bourgeois vá com um vestido tão simples, incompleto? – perguntou Gabriel, chateado – Leve-o e refaça-o.

Ela não sabia se era por Gabriel ter ficado chateado ou por ser perfecionista, mas, nessa semana, ele obrigou-a a refazer o vestido cinco vezes. Entre a escola, ajudar os pais na confeitaria, fazer os trabalhos com Adrien, ter aulas com Gabriel, costurar o vestido…e ser a Ladybug quando Paris precisava dela, Marinette estava exausta.

No fim dessa semana, era ela que parecia doente. No entanto, quando mostrou o sexto vestido a Gabriel, ele pareceu contente com o resultado.

— Não sei que vestido banal fez num dia. – disse Gabriel, levantando-se para examinar o vestido – Mas agora sabe que um vestido de qualidade demora muito mais tempo a ser criado.

— Sim. – disse Marinette, demasiado cansada para protestar.

Foi para casa depois de deixar o vestido com Gabriel e colapsou na cama. Como era sábado, os pais decidiram não acordar a filha, que tinha decidido costurar um vestido para ela nesse dia. No entanto, quando acordou, já passava da meia-noite e ela nem sequer tinha desenhado o modelo, ainda.

Decidiu desistir de fazer o seu próprio vestido e, no fim, comprou um de seda vermelho, com o dinheiro que Gabriel lhe tinha dado por ela ter feito o vestido da Chloé.

Fez um ajuste ou dois mas, no fim, ficou na mesma triste por não ser um trabalho dela e, em vez disso, ser Chloé a levar um original.

O vestido, com duas alças finas, deslizou pelo corpo dela, fazendo com que Marinette pensasse que talvez aquele vestido fosse demasiado maduro para a imagem dela. Fora uma compra impulsiva, quando ainda estava chateada por não ter tido tempo para fazer um para ela. Por isso, agora tinha um vestido de seda vermelha, que lhe chegava até ao meio das coxas, deixando o resto das pernas visíveis e a parte de trás a roçar levemente no chão.

Depois de encolher os ombros, ela foi cortar um pouco de renda vermelha que ainda lhe tinha sobrado do seu primeiro vestido e envolveu a sua pequena mala com ele. De qualquer maneira, era um baile para pessoas ricas. Não seria muito chocante se ela aparecesse assim.

Mesmo assim, decidiu levar um casaco preto que lhe chegava até aos joelhos. Prendeu os cabelos atrás da cabeça, pôs a máscara que tinha feito para o baile em honra deles e esperou que a casa ficasse completamente em silêncio para sair em bicos de pés, com os sapatos na mão.

Tikki estava a dormir na pequena mala que levava.

Quando saiu para a estrada, abotoou o casaco até baixo, levantou o capucho e baixou a cabeça para que as pessoas que passavam por ela não vissem a máscara.

Quando viu o salão com as luzes todas acesas ao fundo da rua e vários carros negros estacionados à sua frente, apeteceu-lhe fugir.

Mas começou a andar e entrou.

Afinal, tinha prometido ao Cat Noir que os representaria aos dois.


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Notas finais do capítulo

Nota: Eu estou em preparações para lançar o meu segundo livro e, por isso, os updates podem vir mais atrasados, mas eu não deixei a história.
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