Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Depois de uma noite mal dormida, Marinette entrou na escola com sombras escuras debaixo dos olhos e foi ter com Alya. Depois de se sentarem num dos bancos, Marinette começou a falar com Alya seriamente.

Adrien estava à porta da escola, a assistir à cena. Alya parecia preocupada e perguntou alguma coisa à amiga, mas Marinette abanou a cabeça, o que fez Alya ficar ainda mais preocupada e aceitar o que a amiga lhe tinha pedido com um anuir de cabeça.

Marinette disse mais algumas coisas antes de Alya levantar-se e subir as escadas para a sala-de-aulas, deixando Marinette sozinha.

Adrien viu-a a mexer os lábios, mas, como não estava ninguém ao seu lado, ele deduziu que ela devia estar a falar com o kwami.

Chloé chegou, alguns minutos depois, seguida por Sabrina. Imediatamente, Marinette levantou-se e foi ter com ela, que, como todos os dias, estava a tentar abraçar Adrien.

— Chloé, posso falar contigo? – pediu Marinette, olhando rapidamente para Adrien, sem o cumprimentar – A sós.

Chloé olhou para ela de lado, desconfiada, mas acabou por ir com Marinette.

Com as sobrancelhas franzidas, Adrien ficou a olhar para elas, mas não conseguia ouvir nada. A audição do Cat Noir fazia-lhe falta, agora.

Viu Chloé a cruzar os braços e a sorrir de uma maneira vitoriosa, enquanto Marinette olhava para o chão, com os punhos cerrados. Quando olhou para Chloé outra vez, em vez de lágrimas nos olhos, Marinette tinha o lábio inferior a sangrar, como se o tivesse mordido para não deixar sair as palavras que queriam sair.

Com um movimento de mão, Chloé ordenou que Sabrina a seguisse até à sala-de-aulas, deixando Marinette ali em pé, sozinha. Adrien ia ter com ela, mas Marinette viu Jin a aproximar-se e foi ter com Alya.

Desconfiado, porque sabia que o pai tinha alguma coisa a ver com o comportamento estranho de Marinette, Adrien esperou por Nino e foi imediatamente para a sala-de-aula. Nino ficou tão chocado quanto o amigo, quando viu que Alya e Marinette tinham trocado de lugares com Chloé e Sabrina, que agora estavam sentadas atrás deles.

Marinette, que estava sentada perto da janela, olhava para a estrada monotonamente.

Chateado, Adrien aproximou-se de Marinette e pôs as mãos em cima da mesa, mas Marinette não olhou para ele.

Pelo bem dos seus pais, pensou ela. Pelo bem de Paris. Ela não podia olhar para ele. Se olhasse, sabia que ia desabar e começar a chorar.

Alya olhou para a amiga, preocupada, e depois para Adrien.

— Adrien, a aula vai começar. – disse Alya – Pudemos falar disto depois.

De alguma maneira conformado, mas ainda chateado, Adrien voltou para o seu lugar. Aquela aula foi bastante movimentada. Mais porque Chloé não parava de tentar falar com Adrien e a professora tinha de parar constantemente a aula para a mandar calar.

Marinette limitava-se a olhar para o quadro, a apoiar a cabeça com a mão direita.

Jin estava a olhar para ela com um sorriso na cara. Tinha acontecido alguma coisa entre o Adrien e a Marinette e isso queria dizer que estava na altura de ele intervir.

Por isso, depois da aula, enquanto Adrien tentava livrar-se de Chloé, Jin aproximou-se de Marinette, que continuava no mesmo sitio, na mesma posição.

— Hei, preciso de falar contigo. – disse Jin, vergando-se um bocado para Marinette lhe dar atenção – É sobre aquilo.

Achando que ele estava a falar dos seus alter-egos, Marinette levantou-se e seguiu Jin até ao corredor, seguida pelo olhar desconfiado de Adrien.

— O que é que se passa? – perguntou Marinette, quando já estavam afastados o suficiente para que ninguém os ouvisse – Viste alguém Akumatizado?

— Bem, tenho a sensação de que a pessoa que vai ser Akumatizada és tu se não melhorares esse humor. – respondeu Jin.

— O quê!? – perguntou Marinette, chateada – Estás a brincar?

— Na verdade, estou a falar muito a sério. – continuou Jin – Imagina se o Hawk Moth Akumatizasse a Ladybug sem sequer saber? Serias um perigo enorme para todos nós.

Marinette pensou um bocado.

Quando tinha magoado o joelho e estava a trabalhar com Adrien na casa dele, da primeira vez que o pai dele a tinha avisado para se manter longe, Tikki também tinha estado preocupada com a mesma coisa.

Seria mesmo possível? Ser Akumatizada?

Era, realmente, um cenário assustador. E não só para ela, tal como Jin tinha mencionado. Se o Hawk Moth a Akumatizasse e ficasse a saber que ela era a Ladybug, não sabia o que ele faria.

Tirar-lhe-ia o seu Miraculous? Ou usá-la-ia para conseguir os outros Miraculous e espalhar o caos por Paris?

Apesar de nunca ter sido Akumatizado, o Cat Noir já tinha estado vulnerável ao Hawk Moth algumas vezes e, de todas essas vezes, o Hawk Moth tinha tentado usá-lo para conseguir o Miraculous dela.

Talvez ele tivesse algum tipo de humor negro e ficasse contente ao ver o Cat Noir a virar-se contra ela…

— Marinette!

Ela piscou os olhos e abanou a cabeça.

— Agradeço imenso por te preocupares. – disse Marinette, tentando esquecer o facto de ele a ter beijado à força – Vou tentar pensar em coisas positivas.

— Se precisares de alguma coisa, podes falar comigo. – disse Jin.

Pela primeira vez desde o seu primeiro dia naquela escola, Jin viu Marinette a sorrir para ele.

— Porque é que não perguntas à tua mãe se posso ir lá lanchar amanhã? – perguntou Marinette, surpreendendo Jin – Como tu já vieste a minha casa, ficávamos quites.

Jin sorriu. Aquilo estava a funcionar mesmo.

— Acho que ela não se importa, mas vou-lhe perguntar na mesma. – concordou Jin – Amanhã, então?

— Amanhã. – confirmou Marinette, voltando para dentro da sala.

Se alguém podia ser Akumatizado, era Adrien, que estava a entrar em casa depois das aulas da manhã acabarem com as sobrancelhas franzidas e Nathalie atrás dele.

— Deixa-me avisá-lo primeiro, Adrien. – pediu Nathalie, praticamente a correr atrás dele.

No entanto, Adrien continuou a subir as escadas, até estar finalmente em frente ao escritório. Mas quando ele abriu a porta, o pai não estava lá. Ele virou-se para Nathalie, mas esta encolheu os ombros.

— Avisa-me quando ele chegar. – pediu Adrien, passando por ela, para ir para o quarto.

— Devias acalmar-te. – disse Plagg, quando Adrien fechou a porta e atirou a mala para cima da cama – Sabes, até tu podes ser Akumatizado.

— Tu viste o que é que aconteceu hoje! – exclamou Adrien, a andar de um lado para o outro – Tenho a certeza que o meu pai teve alguma coisa a ver com isto! Ele tem sempre!

Agora deprimido, ele sentou-se na cama e levou as mãos à cara.

— Porque é que ele não pode deixar-me em paz? – disse Adrien, enquanto o kwami sentava-se na perna dele – Pelo menos nesta parte da minha vida. Porque é que eu não posso gostar dela?

— A mim parece-me que não podes gostar de ninguém a não ser da Chloé. – comentou Plagg, fazendo com que Adrien olhasse para ele – Quando o teu pai chamou a Marinette ao escritório e não te deixaram entrar eu, tipo…escondi-me nas roupas da Marinette sem ela saber.

Bem, Adrien sabia que o seu kwami podia ser demasiado abelhudo, às vezes, e isso podia ser irritante. Mas agora dava jeito.

— Porque é que não disseste nada antes? – perguntou Adrien.

— Bem…ele disse coisas muito más à Marinette. – disse Plagg, agora triste – Ele chantageou-a para que ela não se aproximasse de ti.

— A Marinette não faria o que ele diz tão facilmente. – disse Adrien – A não ser que fosse muito mau.

— Foi por isso que não queria que soubesses. – Plagg desviou os olhos – Tu já não gostas do teu pai. Não quero que o odeies. O odio é o que atrai o Hawk Moth, muitas vezes.

— Não me vais dizer o que ele disse à Marinette? – perguntou Adrien, vendo Plagg abanar a cabeça – Mas foi uma coisa muito má?

— Má suficiente para que ela não tivesse outra opção a não ser obedecer ao teu pai. – foi a única coisa que o kwami disse.

Quando Plagg se escondeu, Adrien olhou para a porta.

— O senhor Agrest já chegou. – disse Nathalie, à porta do quarto de Adrien – Ele disse que podes ir vê-lo, se quiseres.

Muito mais composto, Adrien levantou-se e foi ao escritório do pai, onde se manteve em pé, em frente à secretária onde o pai estava sentado a olhar para o ecrã do computador.

— Podes sentar-te. – Gabriel levantou os olhos quando o filho permaneceu em pé – A Nathalie disse que querias ver-me. O que é que se passa?

— Vai mesmo fingir que não sabe? – perguntou Adrien, vendo o pai suspirar.

— Isto é por causa da menina Duppein-Cheng? – perguntou Gabriel – Estás mesmo apaixonado por ela.

— E…e se estiver? – gaguejou Adrien.

— Essas emoções vão passar. – disse Gabriel, começando a trabalhar outra vez – Ainda és jovem. Daqui a uns anos vais perceber que não é só o “amor” que conta. Isso é uma coisa passageira.

— Também foi assim com a mãe? – perguntou Adrien.

Gabriel parou de trabalhar completamente e olhou para o filho.

— O que é que disseste? – perguntou Gabriel, num tom que Adrien não estava habituado a ouvir.

— Foi só negócios entre você e a mãe? – continuou Adrien, cerrando os punhos – Ou deixou-a ir porque o “amor” que sentiu por ela foi uma coisa passageira?

Gabriel levantou-se, fazendo Adrien dar um passo atrás.

— Pudemos ser diferentes e discordar em muitas coisas, Adrien. – disse Gabriel – Mas nunca duvides que eu amei a tua mãe tanto quanto tu. Não foi uma coisa passageira.

Adrien olhou para o chão, tentando conter as lágrimas. Elas tentavam sempre sair quando ele falava ou pensava na mãe.

— Bem, ao contrário de si, eu vou proteger a pessoa que amo. – continuou Adrien, com a voz a tremer – Não sei o que é que lhe disse, mas não vai adiantar.

— Estás a dizer que a vais proteger de mim? – perguntou Gabriel – Como é que tencionas fazer isso?

Adrien olhou de lado para o seu anel.

— Não precisa de saber. – Adrien levantou a cabeça – Eu tenho protegido a Marinette até agora, de pessoas piores do que você. Não vou deixá-la sozinha, agora. Mesmo que tenha de ir contra o meu próprio pai.

— Percebes que o que me estás a dizer agora pode trazer consequências graves? – perguntou Gabriel, sentando-se outra vez – Para a menina Duppein-Cheng.

Adrien abanou a cabeça e dirigiu-se para a porta. – Estou cansado de ter medo de si. Eu não sou um brinquedo que possa manipular.

— Adrien. – Gabriel suspirou quando o filho fechou a porta – Ele é mesmo parecido com a mãe. Mas o que fazer acerca da menina Duppein-Cheng?

Marinette estava a dirigir-se para casa quando viu uma pessoa Akumatizada. Ela escondeu-se e levantou a cabeça para olhar para o céu.

— Marinette, o que é que estás a fazer? – perguntou Tikki, aparecendo em frente da cara da dona – Temos que ir parar…

— Eu sei. – interrompeu ela – Eu só não quero que ele apareça e me surpreenda.

— Estás à espera que o Cat Noir apareça antes de ti? – perguntou Tikki – Porquê?

Marinette suspirou e levou uma mão à cara.

— Não sei. – respondeu Marinette – Sou uma má pessoa?

— Não, Marinette. – garantiu Tikki – Se fosses, não tinhas sido escolhida para ser a Ladybug.

— Eu continuo a dizer que deviam ter escolhido outra pessoa. – depois de suspirar mais uma vez, Marinette olhou para a sua pequena kwami cor-de-rosa – Tikki, transforma-me!

Ela saiu do beco, já totalmente transformada e, tal como temia, o Cat Noir apareceu atrás de si com um sorriso, surpreendendo-a.

— À minha espera, M’lady? – perguntou ele.

— Não sejas tão convencido, gatinho. – disse ela, tentando selar as memórias da noite anterior – Agora, vamos. A raposa já pode estar a tentar derrotar aquela pessoa.

Quando ela virou costas, o sorriso dele desapareceu.

Ele ia definitivamente protege-la.

Quando acabaram, Jin despediu-se e Marinette ia fazer a mesma coisa, mas Adrien parou-a.

— Hoje esforcei-me bastante. Não mereço uma recompensa? – perguntou ele, apontando para a cara – Um beijo, talvez?

Ele ficou surpreendido quando a viu a pensar e depois a morder o lábio.

Finalmente, ela levou uma mão ao cabelo dele e despenteou-o.

— Bom trabalho, bichano. – disse ela, antes de ir embora – Continua o bom trabalho.

Ele continuou ali parado, chocado.

O que é que tinha acabado de acontecer?


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Notas finais do capítulo

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