Um caso de traição escrita por CCris
Notas iniciais do capítulo
Oiii
Voltando aqui com mais um pouquinho da história pra vocês.
Agradeço de coração ao comentário das minhas queridas Bruh e Ana Camila, valeu mesmo pela força!
Sigo até o endereço que Julia me entrega e inicialmente só observo a casa estacionando meu carro um pouco distante, a casa tinha as luzes acesas, mas estava silenciosa, tinha um carro estacionado na frente da casa.
— Julia você foi à distração perfeita pra que eu arejasse minha cabeça dos acontecimentos recentes, mas tenho quase certeza que isso será uma perda de tempo. – Baixa a cabeça rindo da própria desgraça e balançando a cabeça saindo do carro. Ao virar o rosto para o lado oposto ao da casa que Julia lhe indicou, viu uma casa com fitas de isolamento.
Sabia que era o mesmo bairro do caso do cara com OCD...
Viu que a cena inda não estava liberada, já que alem das fitas amarelas, viu uma viatura estacionada em frente à casa, resolve não chamar atenção e atravessa a rua longe o suficiente para que não fosse reconhecida. Chega a porta e bate uma, duas, três vezes até que uma moça branca de cabelos negros põe o rosto na brecha da porta.
— Oi? É... Você é a Val? – Pergunta um pouco sem jeito.
— Quem é você?
— Desculpa, é que a Julia é a baba do meu cachorro e ela me pediu pra vir aqui buscar Marry, ela me disse mais cedo que não sabia se daria tempo de vir buscá-la e hoje era dia de banho então...
— Ela já veio aqui e eu já expliquei que hoje Marry não iria... – A garota é nova demais para ser dona dessa casa, talvez fosse a filha ou irmã.
— Você é a Val?
— Não... Sou... Uma amiga. – Claramente estava inventando aquilo.
— Esta tudo bem?
— Sim, sim, claro.
— Tem certeza? – Sara já tinha a plena certeza que algo de errado acontecia naquela casa e estava pronta para empurrar a porta com a arma em punho, mas antes que pudesse mover um músculo a mais a porta é aberta um pouco mais revelando outra mulher loira de olhos claros.
— Oi! Algum problema? – Pergunta a moça.
— Não sei! – Diz Sara com a melhor cara de paisagem que consegue. – Vim pra buscar a Marry para o banho...
— Há sim, sim! Pode entrar! – Dá passagem para Sara que acha estranha a atitude, mas mesmo assim entra. Assim que entra sente seu braço ser puxado e o cano gelado da arma ser colocado contra suas costas.
— É o seguinte moça, eu sei bem que você é uma policial e não quero que cause maiores confusões, mas já que resolveu ser curiosa será uma boa garota e ficará quietinha aqui! – A voz de um rapaz, pela voz não deveria ter mais que vinte e cinco anos.
Guia Sara até um quarto sem permitir que ela veja seu rosto e a empurra pra dentro do quarto junto com a moça de cabelos escuros que agora tentava controlar o choro. Assim que foi empurrada Sara tentou se virar para observar o rosto do homem, mas ele estava usando uma marcara preta que lhe cobria a cabeça inteira, como uma meia.
Logo o homem começa a revistar ela passando as mãos pelo seu corpo e encontra a arma, seu celular e o rádio portátil que ela carregava.
— Isso fica comigo querida!
— Não precisa fazer isso, posso te ajudar a sair daqui sem ser visto se me prometer liberar todos os reféns... – Antes que Sara responda leva uma coronhada na cabeça que a leva ao chão.
— Não quero saber o que pensa, quero que fique quieta e não chame atenção! – Sai fechando a porta e logo a moça de cabelos escuros chega para lhe ajudar a levantar.
Sara levanta e olha ao redor, estava em um quarto de criança que possuía duas beliches e ao lado um armário embutido, porém o que mais lhe causou choque foi as duas crianças sentadas na cama beliche. Josh e Josef.
— What a hell? – Se pergunta ela e logo se aproxima dos dois garotos.
— Você os conhece? – Pergunta a moça.
— Tia, ela conversou com agente lá onde levaram o papai. – Responde o mais novo.
— Então você realmente é policial? – Sara se vira para responder a mulher e nota que ela era jovem, talvez vinte anos no máximo e a olhava com esperança em seu olhar choroso.
— Não exatamente, eu sou perita forense...
— Mas isso quer dizer que pode nos ajudar?
— Não sei... – Sara senta ao lado dos garotos, pois se sentia tonta devido a coronhada forte, leva a mão ao local e sente algo pegajoso e ao observar os dedos confirma suas duvidas de que a pancada foi suficiente para abrir um corte em sua cabeça.
— Qual o seu nome? – Sara pergunta tentando se manter acordada, já que não sabia a gravidade do ferimento, e também para acalmar a garota.
— Suely.
— Tudo bem Suely, senta aqui um pouco e vamos conversar ok, precisa se acalmar, está assustando os garotos.
Ela senta também na cama e os dois garotos ficam observando a tia.
— Você é tia deles?
— Sim...
— Então a sua irmã é a moça da casa da frente que está desaparecida?
— Não, sou cunhada dela, aliais sou irmã adotiva de Scot...
— Entendi, então foi você quem foi buscar os meninos na delegacia hoje mais cedo?
— Sim...
— E como vieram para aqui?
— Bem... Eu precisava pegar roupas para as crianças, mas quando cheguei à porta da casa os policiais disseram que só eu poderia entrar e se fosse acompanhada de um dos policiais e os meninos estavam assustados entende... Não quis deixar eles sozinhos com desconhecidos e como Valeria sempre foi amiga de Scot e da esposa pensei em deixá-los com ela para que eu voltasse lá e pegasse o necessário. Assim que cheguei aqui Val estava estranha e logo pediu para que eu entrasse e quando entramos aparecem dois homens encapuzados apontando uma arma pra mim e o resto já sabe...
— E a Valeria é esposa de James?
— Isso! Fiquei sabendo que por ela que ele foi levado a delegacia também...
— Eu recebi a informação que eles não têm filhos, não entendo esse quarto... – A moça respira fundo e vai até um canto do quarto onde havia um MP3 e conversa com os meninos colocando música para que eles ouvissem nos fones. Depois me convida ao canto oposto do quarto que a sigo sem entender sua atitude.
— O meu irmão é estéril...
— Mas...
— Quando Josh nasceu não sabíamos de nada disso e ficamos extasiados com a ideia de uma criança na família e Josh é realmente a cara de Scot, então não desconfiamos de nada, mas quando Josef veio achamos estranho os olhos claros já que ninguém na família tem essa característica.
— Está me dizendo que o pai dos dois meninos não é Scot?
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O que acharam?
Bjooo