Um caso de traição escrita por CCris


Capítulo 5
A casa


Notas iniciais do capítulo

Oiii
Voltando aqui com mais um pouquinho da história pra vocês.
Agradeço de coração ao comentário das minhas queridas Bruh e Ana Camila, valeu mesmo pela força!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/705996/chapter/5

Sigo até o endereço que Julia me entrega e inicialmente só observo a casa estacionando meu carro um pouco distante, a casa tinha as luzes acesas, mas estava silenciosa, tinha um carro estacionado na frente da casa.

— Julia você foi à distração perfeita pra que eu arejasse minha cabeça dos acontecimentos recentes, mas tenho quase certeza que isso será uma perda de tempo. – Baixa a cabeça rindo da própria desgraça e balançando a cabeça saindo do carro. Ao virar o rosto para o lado oposto ao da casa que Julia lhe indicou, viu uma casa com fitas de isolamento.

Sabia que era o mesmo bairro do caso do cara com OCD...

Viu que a cena inda não estava liberada, já que alem das fitas amarelas, viu uma viatura estacionada em frente à casa, resolve não chamar atenção e atravessa a rua longe o suficiente para que não fosse reconhecida. Chega a porta e bate uma, duas, três vezes até que uma moça branca de cabelos negros põe o rosto na brecha da porta.

— Oi? É... Você é a Val? – Pergunta um pouco sem jeito.

— Quem é você?

— Desculpa, é que a Julia é a baba do meu cachorro e ela me pediu pra vir aqui buscar Marry, ela me disse mais cedo que não sabia se daria tempo de vir buscá-la e hoje era dia de banho então...

— Ela já veio aqui e eu já expliquei que hoje Marry não iria... – A garota é nova demais para ser dona dessa casa, talvez fosse a filha ou irmã.

— Você é a Val?

— Não... Sou... Uma amiga. – Claramente estava inventando aquilo.

— Esta tudo bem?

— Sim, sim, claro.

— Tem certeza? – Sara já tinha a plena certeza que algo de errado acontecia naquela casa e estava pronta para empurrar a porta com a arma em punho, mas antes que pudesse mover um músculo a mais a porta é aberta um pouco mais revelando outra mulher loira de olhos claros.

— Oi! Algum problema? – Pergunta a moça.

— Não sei! – Diz Sara com a melhor cara de paisagem que consegue. – Vim pra buscar a Marry para o banho...

— Há sim, sim! Pode entrar! – Dá passagem para Sara que acha estranha a atitude, mas mesmo assim entra. Assim que entra sente seu braço ser puxado e o cano gelado da arma ser colocado contra suas costas.

— É o seguinte moça, eu sei bem que você é uma policial e não quero que cause maiores confusões, mas já que resolveu ser curiosa será uma boa garota e ficará quietinha aqui! – A voz de um rapaz, pela voz não deveria ter mais que vinte e cinco anos.

Guia Sara até um quarto sem permitir que ela veja seu rosto e a empurra pra dentro do quarto junto com a moça de cabelos escuros que agora tentava controlar o choro. Assim que foi empurrada Sara tentou se virar para observar o rosto do homem, mas ele estava usando uma marcara preta que lhe cobria a cabeça inteira, como uma meia.

Logo o homem começa a revistar ela passando as mãos pelo seu corpo e encontra a arma, seu celular e o rádio portátil que ela carregava.

— Isso fica comigo querida!

— Não precisa fazer isso, posso te ajudar a sair daqui sem ser visto se me prometer liberar todos os reféns... – Antes que Sara responda leva uma coronhada na cabeça que a leva ao chão.

— Não quero saber o que pensa, quero que fique quieta e não chame atenção! – Sai fechando a porta e logo a moça de cabelos escuros chega para lhe ajudar a levantar.

Sara levanta e olha ao redor, estava em um quarto de criança que possuía duas beliches e ao lado um armário embutido, porém o que mais lhe causou choque foi as duas crianças sentadas na cama beliche. Josh e Josef.

— What a hell? – Se pergunta ela e logo se aproxima dos dois garotos.

— Você os conhece? – Pergunta a moça.

— Tia, ela conversou com agente lá onde levaram o papai. – Responde o mais novo.

— Então você realmente é policial? – Sara se vira para responder a mulher e nota que ela era jovem, talvez vinte anos no máximo e a olhava com esperança em seu olhar choroso.

— Não exatamente, eu sou perita forense...

— Mas isso quer dizer que pode nos ajudar?

— Não sei... – Sara senta ao lado dos garotos, pois se sentia tonta devido a coronhada forte, leva a mão ao local e sente algo pegajoso e ao observar os dedos confirma suas duvidas de que a pancada foi suficiente para abrir um corte em sua cabeça.

— Qual o seu nome? – Sara pergunta tentando se manter acordada, já que não sabia a gravidade do ferimento, e também para acalmar a garota.

— Suely.

— Tudo bem Suely, senta aqui um pouco e vamos conversar ok, precisa se acalmar, está assustando os garotos.

Ela senta também na cama e os dois garotos ficam observando a tia.

— Você é tia deles?

— Sim...

— Então a sua irmã é a moça da casa da frente que está desaparecida?

— Não, sou cunhada dela, aliais sou irmã adotiva de Scot...

— Entendi, então foi você quem foi buscar os meninos na delegacia hoje mais cedo?

— Sim...

— E como vieram para aqui?

— Bem... Eu precisava pegar roupas para as crianças, mas quando cheguei à porta da casa os policiais disseram que só eu poderia entrar e se fosse acompanhada de um dos policiais e os meninos estavam assustados entende... Não quis deixar eles sozinhos com desconhecidos e como Valeria sempre foi amiga de Scot e da esposa pensei em deixá-los com ela para que eu voltasse lá e pegasse o necessário. Assim que cheguei aqui Val estava estranha e logo pediu para que eu entrasse e quando entramos aparecem dois homens encapuzados apontando uma arma pra mim e o resto já sabe...

— E a Valeria é esposa de James?

— Isso! Fiquei sabendo que por ela que ele foi levado a delegacia também...

— Eu recebi a informação que eles não têm filhos, não entendo esse quarto... – A moça respira fundo e vai até um canto do quarto onde havia um MP3 e conversa com os meninos colocando música para que eles ouvissem nos fones. Depois me convida ao canto oposto do quarto que a sigo sem entender sua atitude.

— O meu irmão é estéril...

— Mas...

— Quando Josh nasceu não sabíamos de nada disso e ficamos extasiados com a ideia de uma criança na família e Josh é realmente a cara de Scot, então não desconfiamos de nada, mas quando Josef veio achamos estranho os olhos claros já que ninguém na família tem essa característica.

— Está me dizendo que o pai dos dois meninos não é Scot?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Bjooo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um caso de traição" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.