1 ano e meio depois...

》10:00《
Estava sentada no sofá da sala, melhor dizendo deitada. As minhas pernas inchadas descansavam em cima de uma almofada a ver se desichavam. Pois está bem... é melhor ir sonhando. Há nove meses que não sabia o que era ter pernas normais. Estavam mostruosas: enormes tipo o dobro ou o triplo do que eram. E o mesmo aconteceu com a minha barriga. Tudo isto era no mínimo horrível e no máximo era... algo mais do que horrivel. As náuseas,os vómitos,as dores de costas,as pernas e os pés inchado,as noites mal dormidas ,o mal estar geral. Todas estas coisas valiam a pena. Como Rosalie me tinha dito um dia "Isto de estar a gerar uma vida é muito bonito mas está a dar cabo de mim". Saber que dentro de nós está a crecer uma nova vida é um sentimento indescritível. É algo mágico... mas chato como tudo! Mas eu sei que quando tiver a minha pequena Sophia nos braços não vou querer saber de nada do que se passou. Talvez nem me vá lembrar das coisas más,só das coisas boas não é?
Isso até podia acontecer mas de momento as dores, ou seja as coisas más,estavam muito presente.

Desde a noite de ontem que sentia algumas contrações,de início eram leves e muito espaçadas mas agora estavam cada vez mais fortes e juntas. A médica já me tinha avisado que eu podia entrar em trabalho de parto a qualquer hora. Também me disse que era normal sentir algumas contrações nos dias antes afinal o meu corpo tinha de se preparar para o parto. A dor vinha do fim das minhas costas e era bastante desconfortável e começava agora a sinti-la na minha barriga. Quando mais uma contração de atingiu,cerca de meia hora depois de outra,achei que era melhor ir para o hospital. Obviamente não era correto da minha parte pegar no carro por isso tinha de chamar alguém para me levar lá.

—Porque é que o Jake tinha de ir a Seattle logo hoje? - reclamei enquanto me levantava do sofá. -Okay... -tentei raciocinar-... preciso se ir buscar a minha mala e a do bebé e ligar para alguém.

Peguei no meu telemóvel,que estava na mesa de centro da sala. Agora... ligo para quem? Para o Jacob não... ele ia demorar muito tempo a chegar,mas tinha de o avisar. Procurei na lista de contactos...

—É melhor só ligar quando estiver no hospital para ele não vir disparado. - disse em voz alta. Era mais fácil de pensar assim,neste momento. -Para a Rose também não... ela têm a Evie. A Tanya têm o Anthony... A Alice... isso para a Alice!

Procurei o número da minha amiga e mal o encontrei liguei-lhe logo.

—Bella,está tudo bem? - disse ela aflita. Sempre que eu ligava para os meus amigos, eles atendiam assim. Acho que tinham medo que me estivesse a acontecer alguma coisa...o que era o caso.

—Sim. - disse com uma voz calma. Não a queria assustar. -Achas que podes vir buscar-me?

—Porquê? O que é que se passa? - perguntou ele com a voz ainda mais aflita. Pude ouvir Jasper a perguntar o que é que se passava.

—Não entres em pânico ... está tudo bem ... só preciso que me leves ao hospital.

—AO HOSPITAL?? -Gritou.

—Sim Alice ao hospital... estou a ter contrações e o Jake não está cá. Preciso que venhas,ou tu ou o Jasper ou os dois se quiserem... As contrações ainda estão afastadas mas é melhor ir agora para lá... só para controlar.

—Contrações?? OH MEU DEUS ESTÁS A PARIR! - Gritou ela. E eu tive de me rir.

—Sim Alice. Mas acalma-te ainda vai demorar okay? Podes vir buscar-me?

—Se posso? Claro que sim! Eu e o Jasper já estamos dentro do carro e vamos arrancar neste momento!

—Allie... calma,sim? Venham devagar,não quero que vos aconteça nada. As contrações são apenas de meia em meia hora por isso...

— Okay...calma... calma... - repetia ela como se de uma mantra se tratasse.

—Vou desligar, okay? Vou buscar as minhas coisas e as do bebé... - disse eu.

—Okay. Nós já estamos quase a chegar... mais dois minutos,nem isso.

Assim que Alice desligou fui até ao andar de cima onde se encontravam os quartos. Jake e eu acabámos por comprar uma das casas que Tanya tinha falado. As casas eram maravilhosas. Eram espaçosas,tanto no interior como no exterior. O desingn era tipicamente americano, o telhado com "bicos" onde estavam as janelas,a escadaria que dava acesso à porta de entrada,o alpendre na parte de trás com vista para o jardim que havia nesta.

Tinha acabado de pegar nas malas quando ouvi a campainha tocar. Como estava no andar de cima e a barriga não ajuda,demorei algum tempo a abrir a porta.

—Porra Bella! Pensávamos que tinha acontecido alguma coisa! - disse Alice assim que abri a porta.

—Eu não demorei assim tanto - disse-lhe.

— Mas demoraste o suficiente. - disse ela resmungando - Está tudo bem? Estás com dores? Queres...

—Allie... está tudo bem. Podemos ir ou queres continuar a ter o teu break down?

—Eu não estou a ter um break down! Só estou ansiosa e com medo!

—Imagina quando fores tu a ter o filho... aí sim vais passar-te de vez...

—Eu tenho de estar nervosa por ti... olha para a tua cara... estás completamente calma!

—Meninas? -chamou Jasper - Querem continuar aí a discutir ou??

—O Jasper têm razão! - disse Alice. -Anda Bella... pára lá com essas coisas e vamos!

—Eu? Eu é que tenho de parar?

—Claro... - disse ela.

—Alice...-comecei

—Meninas vamos! - disse Jasper pagando nas duas malas e partindo para o carro.

(...)

5 horas depois...

》15:00《

—Por favor alguém pode mudar de canal?? - pedi. - Já não aguento mais ver raparigas a exprimentar vestidos de noiva!!

—Mas... Bells...eu quero saber que vestido é que ela vai escolher! - disse Alice.

—Alice muda de canal!!! Mete outra coisa qualquer... por amor de Deus!

—Tu estás chata! - disse ela.

—Quando tiveres tu no meu lugar,nós falamos!

—Allie dá-lhe um desconto! - disse Rosalie-Ela está num momento complicado.

—Ela nem grita! - disse Alice.- Como é que pode ser complicado?

—Nem toda a gente têm de ser escandalosa como a Rose! - resmungei. -Desculpem se eu gostar de sofrer em silêncio,sim?

—Ei! - gritou Rosalie. -Eu defendi-te!

—Desculpa estou num momento complicado! - disse sarcástica.

—Podem acalmar-se?- perguntou Tanya. -Daqui a bocado explusam-nos do quarto.

Nós estávamos todas no quarto devido a Edward.  O facto de ele ser um dos médicos do hospital fez com que as enfermeiras facilitassem a entrada de tanta gente. Eu bem que não quis interferir com as vidas de Tanya e Rose, afinal elas tinham filhos pequemos que estavam a precisar delas e hoje não os podiam deixar na escola uma vez que era sábado,mas mal as duas souberam que eu tinha entrado em trabalho de parto deixaram os filhos com as respetivas avós e vieram apoiar-me. Péssima ideia não? De início as coisas até que corriam bem,mas agora eu já estava a ficar cansada...não que não agradece-se o apoio delas era só que... sei lá... queria despachar isto!

— Olha que ótima ideia!- disse eu. -Talvez assim eu possa ver outra coisa sem serem pessoas com orçamentos extravagantes a exprimemtar vestidos de noiva!

—Bella sê simpática! Nós estamos a fazer-te companhia! - disse Tanya.

—Eu sei... -choraminguei-... mas isto nunca mais acaba e eu quero distrair-me!

—Okay... eu mudo de canal! - disse Alice.

Quando ela finalmente encontrou uma série qualquer que todas gostávamos de ver,a minha atenção foi exigida para outro assunto.

Levei as mãos à minha barriga e fechei os olhos. Inspira,expira, inspita,expira,inspira,expira...

—Bella... precisas de alguma coisa? Queres que chame a enfermeira? - disse Tanya. Abanei com a cabeça sabendo que não conseguia responder.

—As contrações estão cada vez mais próximas. -disse Rosalie

—Cinco em cinco minutos - disse eu quando a dor suavizou devolvendo-me a capacidade de falar. -E estão a ficar cada vez mais fortes.

—Mas a dilatação ainda não está bem... pois não? -perguntou Alice.

—A última vez que a enfermeira veio ver só tinha 4 cm... - resmungei,já sem qualquer vestígio da dor-  A médica disse que estava a avançar lentamente.

— Há mulheres que ficam muitas horas em trabalho de parto... algumas até ficam quase um dia- disse Rose

—Acho que sou uma delas... - disse-lhes... -Acham que o Jacob ainda demora? Eu quero-o aqui... preciso de apertar a mão dele com o máximo de força que tenho só para ele sentir um quarto daquilo que eu estou a sofrer! Ele pode esquecer a ideia dos dois filhos... juro que vou pensar seriamente antes de fazer sexo!

Todas se riram. Até eu me ri. Mas a sério... quero mesmo aleijá-lo!

—Estão todas muito bem dispostas! - disse Edward entrando no meu quarto. Ele tinha vindo fazer-me visitar regulares. Como era pediatra e trabalhava no mesmo piso da obstetrícia,podia esquivar-se de vez em quando para me vir ver a sofrer... sim porque era isso que ele vinha fazer.

Depois da nossa... conversa,ou algo do género, há um ano  e qualquer coisa eu afastei-me um pouco dele. Sentia- me usada por ele, afinal ele só me beijou porque estava confuso e porque achava que o casamento dele com Tanya não estava bem.  No dia seguinte ele deu a desculpa que precisavam dele no hospital e não nos acompanhou na nossa busca pela casa perfeita e no dia em que mw fui embora ele acompanhou-nos ao aeroporto e despediu-se de mim com um abraço um pouco impessoal. Não trocámos nenhuma palavra.

No entanto quando voltei,definitivamente, para Forks, três meses depois de ter regressaso à Austrália, Tanya veio falar comigo. Acho que foi a conversa mais honesta que as duas tivemos. Sempre fomos amiga,mas naquele dia pude perceber que ela era realmente uma grande amiga,talvez tanto como Rosalie e Alice. Ela disse-me sobre toda a sua conversa com Edward ,de como ele tinha dormido os últimos meses no sofá e das suas inseguranças. Eu falei-lhe de todos os meus sentimentos em relação a Edward e de como tinha superado os errados,assegurei-lhe que nunca a odiei por Edward a amar a ela e não  a mim e disse-lhe que ela não se tinha de sentir insegura em relação a Edward porque ele a amava com todo o seu coração e a única coisa que o tinha levado a beijar-me foi o facto de ele próprio se sentir inseguro em relação a eles. Depois dessa concersa esclarecedora, comecei a tratar Edward melhor. Não da mesma maneira, reduzi um bocado as confianças com ele. O que não durou muito tempo... a cima de tudo ele era o meu melhor amigo e eu amava-o. Foi impossível ficar chateada com ele.  Jacob também soube daquela noite e também sabia que eu ia acabar por perdoar Edward, mais cedo ou mais tarde. Ele apostava que ia ser mais cedo... o que é que posso dizer? Ele conhece-me bem!

—A Bella é engraçada! - disse Tanya

—Sou uma graça.... - disse eu,novamente sarcástica.

—Ainda não ultrapassas-te o mau humor? - disse ele chegando-se mais perto de mim.

—É difícil quando a médica te diz que ainda tens um longo caminho para percorrer,e tu sabes que isso significa mais horas de dor e tortura.

—Vais ver que não demora assim tanto - disse ele. -O Jacob chegou. Ele já está  a subir.

Sorri. Finalmente ele ia puder sofrer ao meu lado!

(...)

5 horas depois...

》20:00《

10 horas... eu estava em trabalho de parto á 10 horas e ainda só tinha 7 cm de dilatação!

—Como assim 7 cm??? Veja bem! Você deve estar a medir isso mal! As contrações são muito,muito fortes! É impossível só serem 7! - disse eu à médica.

—Isabella, são 7. Eu já confirmei... duas vezes! - disse a Dra. Grace pacientemente. -Eu sei que dói mas não há nada que eu possa fazer agora. Bem eu volto daqui a bocado sim? Se precisarem de mim chamem a enfermeira.

—Okay Dra. E desculpe... eu não estou a duvidar das suas capacidades só...

—Eu entendo querida. - disse ela docemente- Está ansiosa,quer ter a sua menina nos braços.

—Sim. - disse eu. Estava mais a pensar nas dores mas pronto... estar à espera de ter a minha pequena Sophia nos braços também era motivo de ansiedade.

—Bem a enfermeira já vem ver se precisão de alguma coisa. - disse ela.

Mal a médica saiu do quarto outra contração atingiu-me. A dor vinha da minha barriga e apanhava um bocado das minhas costas. Jacob ao aperceber-se deu-me uma mão,que eu apertei furiosamente,e a outra mão foi até á minha barriga acariciando-a. Era im gesto bonito e muito querido ,só era pena que não fizesse com que a dor passase ou suavizasse.

—Sabes que passares a mão não faz com que doia menos,não sabes? - disse-lhe depois de a contração passar. Só de pensar que daqui a 4 minutos ir ter outra,parecia que a dor não passava.

—Sei,mas... eu não sei o que fazer. Não quero ficar só a olhar para ti! - disse ele envergonhado enquamro abria e fechava a mão que eu tinha apertado.

—Desculpa lá a mão. - disse eu. - Não é  deprepósito.

—Eu sei amor- disse ele e chegou-se a mim,juntando as nossas testas. -A nossa filha está quase a nascer.

—Espero bem que sim- disse eu fazendo-o rir. Ele beijou-me a testa,sentou-se no seu lugar e voltou a dar-me a mão.

(...)

2 horas depois....

》22:00《

A enfermeira bisbilhotava para dentro de mim. Com bisbilhotar eu quero dizer que ela me examinava para ver se já tinha dilatação suficiente. Edward e Jacob estavam os dois ao pé de mim,um de cada lado. Edward tinha acabado de chegar quando a enfermeira Eleanor entrou para me examinar. Ele fez questão de sair,o que eu achei uma enorme estupidez . Hello,ele era médico! Já viu mulheres de pernas abertas sabe  Deus quantas vezes e além disso não era como de ele fosse para a minha frente ver tudo da primeira fila não é?  Depois de muita insistência minha ele acabou por ficar.

—Dr.Cullen,será que posso falar com o senhor? - disse a enfermeira tirando as luvas que usava e colocando-as no tabuleiro que estava ao sei lado.

—Claro. - disse Edward. Ele ainda vestia a sua farda de médico uma vez que ainda estava de serviço.

Foi com a enfermeira até um canto da sala e os dois conversaram durante pouco tempo. Edward parecia aborrecido e nervoso com o que a enfermeira lhe dizia. Assim que  os dois se separaram Edwrd veio ter comigo e Jacob,que também olhava para os dois interrogantivamente,e a enfermeira Eleanor saiu da sala apressadamente.

—Bella... tenho boas notícias! - disse ele e eu quase sorri. -Já tens a dilatação suficiente e necessária para realizar-se o parto.

—Ótimo! Vamos a isso! - disse eu animada,mas ao ver a cara de Edward percebi que  algo não estava bem.-Edward o que é que se passa? Está tudo bem com o bebé?

—Sim,sim. Está  tudo bem como a Sophia...

—Então o que é que se passa?-perguntou Jacob

—Houve um acidente de carro muito  grave e havia uma grávida envolvida nele. A Dra.Grace foi chamada à urgência e não poderá fazer o teu parto Bella.

—Então...chama-se outro obstreta! Eu não me importo.... - assegurei-lhe.

—Infelizmente a Dra.Grace era a única de banco. O outro obstreta que temos está pronto para vir a qualquer momento mas... ele vai demorar algum tempo. Tempo esse que não convém que esperes.

—E agora? -perguntei começando  a chorar. Não havia ninguém para me ajudar!

—Bem.. pode ser outro médico não obstreta a realizar o parto,mas têm de ser com o consentimento da direção e dos pais. A enfermeira Eleanor foi ligar para a direcção agora e imprimir os formulários que vocês necessitam de assinar.

—Sim. Sim. Nós assinamos. Edward,chamem o outro médico! Eu aceito! Só não quero que a minha filha corra perigo nenhum!

—Muito bem.. Bella esse médico vou ser eu,pode ser? Sou a pessoa mais qualificada para fazer isto,tenho experiência com bebés e realizei alguns partos durante o internato ... sentes-te incomodada com isso? Nós podemos chamar outro médico...não há problema.

Pensei durante breves segundos. Olhei para Jake e ele assentiu.

—Não há problema nenhum. - disse eue e Edward respirou de alívio. -Edward?

—Sim Bella? - disse ele.

—Vai tudo correr bem não vai?

—Prometo que sim boneca. Agora vamos preparar as coisas para recebermos a nossa bonequinha!

(...)

No dia seguinte...

Sophia dormia ao meu colo. Ela era a coisa mais querida do mundo.  Tinha imenso cabelo preto  e sua pele era clarinha como a de uma boneca de porcelana. Os seus olhoa ainda não tinham um cor definida,pareciam ser castanhos mas com uma leve tonalidade verde (herança da avó materma).

Mais uma vez devido à influência de Edward no hospital,todos os meus amigos eatavam aqui. E quando digo todos,são todos mesmo. Alice,Jasper, Rosalie,Emmett e a pequena Evie que não ligava para mais nada se não a sua chupeta. Edward,Tanya e Anthony que estava cada vez mais bonito,fofinho e parecido com o pai,mas que de momento olhava desconfiado para o pequeno embrulho que eu tinha nos braços.

—Bebé? - perguntou ele quando o pai o aproximou de mim,dando-lhe uma visão mais privilegiada sobre Sophia.

—Sim é o bebé da madrinha- disae Edward

—Mainha mia! - disse ele.

— E agora é  da Sophia. - disse Edward.

—Mas a madrinha continua a amar muito muito muito o seu Príncipe! - disse-lhe eu.

—Eu sou o pincipe da mainha!! - disse Anthony com uma voz muito orgulhosa. -papá pô no chão. Queo bincar com a Vie!

Edward pouso-o no chão  e ele foi ter com Evie,tentando reclamar a atenção da menina.

—Ela é mesmo bonita! - disse ele.

—É minha filha! - disae eu convencida. Edward riu-se lembrando-se de uma conversa que tínhamos tido sobre Anthony e onde ele disse algo parecido.

—Tenho uma coisa para ela... - disse ele e foi até ao sofá onde Tanya estava sentada,trazendo algo atrás das costas. Não sabia mesmo o que era. Estava tanta confusão no quarto,com tanta gente dentro dele,que eu não  tinha tempo para reparar nas coisas que casa um trazia. Quando ele chegou ao pé de mim e a tirou sorri.

—Bola de Neve! - disse eu.

—Eu prometi não foi? - disse-me com  um sorriso magnífico.

—Sim. Acho que a Sophia vai adorar a primeira prenda do padrinho! - disse-lhe.

—Eu também acho. - disse ele beijando  a testa a mim e á Sophia.

Edward foi ter com Anthony que resmungava porque não tinha ninguém para brincar e eu aproveitei o momento para observar as pessoas à minha volta.

Jasper estava sentado no chão ao pé de Evie tentando,assim como Anthony,chamar à atenção da pequena  loira de olhos azuis . Tão linda e com tantas parecenças com os pais,seja psicologicamente seja fisicamente. Alice observava-o e eu podia ver o brilho nos olhos dela ao observar o marido. Não havia dúvidas que eles se amavam e que,quem sabe,daqui a algum tempo não nascia um fruto desse amor.

Rosalie estava sentada ao colo de Emmett e eu vi-a os dois a sussurarem e a soltarem risonhos aqui e ali. Dali não vinha coisa boa,mas eles eram assim e era por isso que os amava.

Edward estava sentado  no chão no meio das pernas de Tanya,que estava sentada no sofá,  e os dois falavam com o filho que parecia muito feliz por estar a receber a atenção dos pais quando havia tanta gente a volta deles.

Jacob estava sentado ao meu lado na cama e também observava o ambiente à nossa volta, perdido nos seus pensamentos.

Estas eram as pessoas que eu amava. Isso não podia nem queria questionar. Quando me afastei de todos pude ver que a minha vida sem eles não era a mesma coisa. O que era de mim sem as piadas constantes de Emmett? Ou as crises histéricas de Rosalie? Onde estaria a minha animação sem Alice a saltitar à minha volta? Quem é que me faria rir com das suas palhaçadas como Jasper fazia? Ou quem é que seria uma das minhas mais valiosas conselheiras como era o caso de Tanya? O que seria de mim sem o meu melhor amigo? Aquele ser chato e por vezes otário, mas que eu sabia que estaria sempre lá para mim?

Sim,houve um altura em que eu sobrevivi sem nada disto. E esse tempo fez com que eu amadurecesse e percebesse que a vida não é sempre como queremos. As pessoas não se apaixonam por nós porque nós nos apaixonamos por elas. E existem vezes em que nos apaixonamos pela pessoa errada e temos de ser capazes de superar isso. Sim,eu apaixonei-me pelo meu melhor amigo e vive nessa sombra durante muito tempo. Quando finalmente me apercebi que  não fazia sentido estar ali,estagnada no tempo, pude viver a minha vida. Encontrei alguém que me faz feliz,que me ama com todo o seu coração e que eu amo com a mesma força. Alguém que é  capaz de me defender ,de amar,de apoiar.  Alguém que foi capaz de largar o sítio onde nasceu,para me fazer feliz e para eu puder voltar para ao pé de todas as pessoas que amo. Alguém que me deu uma família e um sorriso que eu acho que nunca vou conseguir tirar do rosto.

—Bells? - chamou-me Jacob distanciando-me dos meus pensamentos .- Eu amo-te.

—Também te amo - disse ele e ele encostou a sua cabeça à  minha.

—Bells... - sussurrou-... casas comigo?

Olhei para ele e respondi com maior certeza no mundo.

—Sim.