Mi Vida Comienza Contigo. escrita por Caroline Bottura


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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Estevão não me respondeu, apenas se despediu da Alice e foi embora, me sentei na poltrona, meu coração estava em pedaços, o amava sempre vou amar, mas a magoa e a lembrança de tudo o que ele fez ainda esta cravada em mim, por isso é melhor acaba com tudo de uma vez. Fui até o berço, Alice abriu os olhos, era perfeita minha bebe, a peguei no colo e fiquei ali com ela.

Já havia se passado 5 meses, final do ano estava próximo, já estávamos em dezembro, Alice crescia cada vez mais linda e parecida com o pai, nosso contato era apenas esse, as crianças, ele trazia os meninos, uma semana sim e outra não, Alice ficava com ele o sábado inteiro e voltava a noite, ele não falou mais nada sobre nós e nem eu, mas hoje nas minhas mãos esta o papel do divórcio, esse sábado não era pra ele ficar com a Alice mas tenho um compromisso, combinei com ele de ficar com ela aqui em casa pois ela não dormia fora, tentamos uma noite ela dormir na casa dele, ele teve que vir de madrugada porque ela não parava de chorar, esse dia foi difícil, ele veio apenas com a calça do pijama desesperado porque ela não parava, a vontade que tive de me jogar em seus braços foi enorme, mas me contive, Alice se acalmou e ele foi embora, mas hoje o divorcio esta em minhas mãos, saio dos meus pensamentos com a batida na porta, olhei o relógio era 21:00, era ele, abri.

— Boa noite. – Percebi o olhar dele pra mim, estava bem arrumada, vestido um pouco acima dos joelhos, cabelo solto, maquiagem bem feita. – Entra Estevão.

— Boa noite.

— Cadê os meninos? – Perguntei.

Ele parou no meio da sala, com as mãos nos bolsos, estava lindo. – Carmen pediu pra eles ficarem com ela, João precisou viaja volta amanha e ela não queria fica sozinha.

— Entendi, bom Alice esta dormindo no berço, se ela acordar tem leite na geladeira, você conhece a casa.

Andei, e passei por ele, até que o escuto. – Esta linda, vai sair com alguma amiga?

Me viro para responder. – Não, vou sair com Eduardo, boa noite. – Sai sem esperar ele fala nada, entrei no carro e fui para o restaurante.

O jantar foi muito bom, afinal Eduardo era uma companhia maravilhosa, sempre tentava algo a mais, só que não tinha como, o via como amigo, depois que jantamos saímos, ele me chamou para tomar um café na casa dele, eu sabia as intenções por isso neguei, apenas andamos pela praça conversando, já passava da meia noite, voltei pra casa, quando entrei Estevão estava dormindo no sofá, com Alice em cima dele também dormindo, sem que ele percebesse tirei uma foto com meu celular, a peguei no colo e levei para o quarto, com cuidado para não acorda-la, a deitei no berço, e sai, desci novamente ele estava sentado no sofá com a cabeça baixa.

— Obrigada por ter ficado com ela.

Ele se levantou. – Você esta com Eduardo, esta tendo um relacionamento com ele?

Olhei pra ele . – Isso não é da sua conta Estevão.

— Claro que é, você é minha mulher. – Esbravejou se aproximando.

— Não Estevão, não sou sua mulher, nosso casamento acabou, alias... – Me afastei dele indo ate a mesa da sala, peguei o envelope e estendi. – Nosso divorcio, falta assinar.

Ele arregalou os olhos, pegou o envelope e jogou de lado, me encostou na parede da sala. – Maria não vou te dar o divórcio, eu te amo, por Deus me perdoa.

— Vai me obrigar a ficar casada com você, tudo bem eu entro com o litigioso.

— Só quero mais uma chance, nós nos amamos, eu sei que errei, mas nosso amor...

O interrompi. – Amor, você matou o amor que eu tinha, não tem amor mais da minha parte.

Era mentira, o amava tanto, mas não podia demonstrar mais, ele se aproximou mais, com a respiração acelerada. – Não me ama mais, tem certeza?

Apenas consegui balançar a cabeça, o empurrei e sai da parede, mas ele me puxou e encostou nossos corpos, me beijou, resisti, bati nele mas não me soltou, me prendeu em seus braços, me virando e me colocando contra a parede, desceu os beijos pelo meu pescoço, ainda tentava me livrar, mas minhas forças estavam acabando, quando senti o beijo dele de novo na minha boca, cedi, o meu desejo por ele era tão grande quanto o dele, o sentia duro contra mim, ele abriu meu vestido e o arrancou do meu corpo, me deixando apenas de calcinha, desceu e tomou um dos meus seios na boca, gemi, ele mordia de leve, chupava com força, enquanto acariciava meu corpo com as mãos, tirei a camisa dele, que voltou a beijar minha boca, passei as mãos por todo seu peitoral e costas, matando aquela saudade e vontade, ele me pegou no colo, o abracei pela cintura com as pernas, sentia seu membro roçar em mim, apertei mais, ele me beijava inteira, não falamos nada, apenas nossos corpos, ele me tirou da parede, ainda comigo no colo e me deitou no chão da sala, no tapete, onde pela primeira vez fizemos amor, ele foi baixando os beijos, chupou de novo um por um dos meus seios, desceu, retirou minha calcinha, e começou a beijar delicadamente minha intimidade, arfei e gemi alto, ele intensificou os movimentos, estava a ponto de gozar, quando ele parou, tirou as calças e se deitou sobre mim, beijando meu rosto com carinho, sem deixar de me acariciar.

— Não sabe a saudade, o desejo que estou de ti, Maria, minha Maria, te amo tanto, quero entrar em você, te fazer gozar, chama por mim, ouvi meu nome da sua boca com prazer, mas se você quiser que eu pare, fale agora.

Apertei as costas dele, arranhando. – Não para, me faça gozar Estevão.

Ele entrou em mim forte, com movimentos rápidos, como eu queria e ele também, ele beijava todo meu rosto, boca, seios, sem para de se mover, ele era perfeito, me fazia ir as nuvens, ele me virou, eu fiquei em cima, coloquei as mãos sobre o peito dele, estava louca de tesão, rebolava, ouvia ele respirar com desejo, gemia junto comigo, me inclinei e ele tomou um dos seios com a boca, foi minha ruina, gozei, e gemi o nome dele.

— Estevão...ahhhhh...

Ele veio junto comigo, gozamos juntos, matando aquela vontade, aquele desejo e saudade, saudades dos nossos corpos se fundindo em um só, deitei a cabeça no peito dele, e relaxei, ele passava as mãos pelas minhas costas, beijou minha cabeça, não queria falar nada, não agora, e parece que ele entendeu, começou a beija meu ombro, desceu a mão até minha intimidade e começou a acariciar, já estava molhada de novo, precisava de novo dele, e assim foi, a noite toda nos saciamos do tempo em que estávamos separados.

Acordei, olhei para o lado ele estava dormindo, Alice ainda não tinha acordado, olhei para o teto, eu cedi, droga, me levantei, ele se mexeu e acordou.

— Bom dia. – Me cumprimentou com um lindo sorriso, mas não podia me deixar levar de novo.

— Oi.

Ele se levantou, veio até a mim. – Essa noite foi maravilhosa, Maria vamos reconstruir nossa família, juntos de novo meu amor. – Ele me abraçou por trás, fechei os olhos, era meu desejo, mas meu orgulho e medo não permitiam, me desvencilhei dele.

— Não Estevão, não tem mais jeito.

— Maria, ontem fizemos amor, você se entregou a mim de corpo e alma.

— Sim, me entreguei a você, mas foi um erro, na verdade foi desejo, faz tempo que não tenho relações com ninguém e me deixei levar.

Ele ficou parado me olhando. – Maria, escuta o que você esta falando, nós fizemos amor...

— Não Estevão, fizemos sexo, só isso, não quero reconstruir família com você, acabou, você fez acabar.

— Eu errei, eu sei, mas sabe ninguém me perguntou como eu me sentia, era a placa do seu carro, era seu carro que matou a Lara, minha cabeça virou, ai depois fiz a merda toda descubro que não foi você que ela estava com depressão e se matou, que ela não pensou no filhinho que ela ia deixar de 4 anos, não pensou em nada só se jogou na frente do carro e se matou, por minha culpa, porque eu não estava prestando atenção nela, isso ninguém pensou, eu fui um canalha com você, e me arrependo muito, estou pagando por isso, mas acho que também mereço um pouquinho de piedade, nossa história merece, mas eu já entendi, eu perdi o seu amor, preciso por isso na minha cabeça, te peço perdão por tudo, e de agora em diante vou me por apenas no papel de pai da sua filha, porque eu também tenho um pouco de dignidade.

Alice começou a chorar, nada respondi, apenas subi peguei um roupão no meu quarto e fui até minha filha a peguei e dei de mamar, olhei para a porta ele não veio atrás, depois que ela mamou, desci com ela, ele já tinha ido, fui até a sala, na mesinha estava o papel do divorcio assinado, sentei no sofá e chorei.

Sai da casa da Maria, entrei no carro, soquei o volante, era o fim, minha culpa ia ser eterna, mas não podia obriga-la a me perdoar, era meu castigo, castigo por não ter salvo a Lara, por ter agido como sempre, um idiota com a mulher que mais amo, agora me dedicar ao trabalho e aos meus filhos. Sai com o carro e fui buscar os meninos na casa da Carmen, hoje passaria o dia com eles, já que amanha era a semana dele ficarem com a Maria.

O dia passou rápido, brincamos, nos divertimos muito, encostei o carro e saímos todos, estávamos entrando na varanda, quando passa um carro, escuto barulho de tiros, me jogo no chão levando os menino junto comigo, tentando os deixar embaixo de mim, quando não escute mais nenhum tiro, me levanto, olhos para os meninos, Arthur chorando de medo, olho para o Pedro ele esta imóvel, vou até ele, quando tento levanta-lo vejo o sangue, me desespero.

— Pedro, filho. – Pego ele no colo, coloco dentro do carro, pego Arthur que esta em estado de choque, e corro para o hospital, chego desço correndo do carro o pego no colo.

— Ajuda, socorro, meu filho levou um tiro. – Tinha alguns médicos e enfermeiras fora do hospital, já pegaram ele e correram pra dentro, peguei o Arthur e entrei, perguntei onde o levaram, pediram para esperar, sentei tentando acalmar ele e me acalmar, meu filho levou um tiro nas costas, não consegui fazer nada. Peguei o celular e liguei para o João, contei e ele e a Carmen já estava vindo pra cá, liguei para Maria também mais ela não me atendeu, precisava fala com ela contar, liguei para casa dos pais dela, ela não estava lá, contei o que houve e pedi pra avisarem a ela o mais rápido possível. João e Carmen chegaram logo no hospital, ficamos esperando noticias, um hora e nada, nem dos médicos nem da Maria, Carmen resolveu levar Arthur para casa, e esperar as noticias lá com ele que já estava dormindo, João foi leva-los, estava de cabeça baixa, quando ela chegou.

— Estevão. – Olhei pra ela e me levantei, ela me abraçou. – O que houve?

Olhei para ela, atrás dela esta Eduardo, estavam juntos, respirei, era o meu filho o importante agora. – Não sei, estava entrando em casa, quando passou um carro atirando, me joguei no chão com eles, mas não fui rápido o bastante e atingiram ele, o meu bebe Maria.

Ela segurou minhas mãos, estava com o sangue seco. – Vai dar tudo certo, nosso menino vai ficar bem. – Apenas balancei a cabeça, olhei minha mãos.

— Vou lavar minhas não, já volto. – Passei pelo Eduardo, apenas acenei e entrei no banheiro, me olhei no espelho, minhas mãos cheias de sangue, minha roupa, sangue do meu filho, mais uma pessoa que amo mais que a mim mesmo correndo risco por minha culpa, senti ódio de mim, e sem pensar soquei o espelho, agora meu sangue se misturava com o dele, chorei, mas precisava voltar pra lá, lavei as mãos, mas meu sangue não queria parar de sair, peguei papel toalha e enrolei, sai do banheiro só estava ela e o João que já havia voltado, parei perto deles.

— Alguma noticia. – Ela me olhou, olhou minha mão.

— O que aconteceu?

Me sentei, com uma banco nos separando. – Nada, apenas um corte. – Ouvimos um senhor fala que o espelho do banheiro masculino estava quebrado, ela me olhou e arqueou a sobrancelhas, eu encolhi os ombros, João deu uma risadinha, ela pegou minha mão, tirou o papel, fez uma careta.

— Vai precisar de ponto. – Uma enfermeira passou perto, ela a chamou mostrou o corte, explicou que estavam esperando noticias, ela saiu e voltou com um carrinho, pegou minha mão e começou a cuidar, limpou, levei 5 pontos, ela olhou pra mim e sorriu.

— Prontinho senhor, agora juízo e não se preocupe seu filho vai ficar bem. – Ela piscou pra mim e sorriu, eu agradeci, Maria olhou pra mim.

— Prestativa né.

Apenas balancei os ombro, estava desesperado, Maria também. – Ele tem que ficar bem Maria, meu bebe.

Ela tocou meu ombro. – Ele vai fica, ele é forte, nosso bebe é forte. – Ela acabou de fala o médico entra na sala.

— Doutor como esta meu filho? . – Maria fica do meu lado e pega minha mão.

— A cirurgia foi complicada, a bala ficou alojada em lugar difícil, mas ele respondeu bem a todo o procedimento, esta na UTI as próximas horas são importantes, mas tudo indica ele vai ficar bem.

Abraço Maria, aliviado os dois. – Podemos ve-lo?

— Por alguns minutos.

Entramos na UTI, vestidos adequadamente, ele estava tão frágil, fiquei de um lado e Maria do outro, dei um beijo na testa dele.

— Ei campeão, meu menino, vai fica tudo bem, papai e mamãe estão aqui, com você.

Maria estava chorando – Meu pequeno príncipe, que susto me deu, estamos aqui te esperando.

Saímos do quarto e ficamos na sala de espera, olhei pra Maria. – Você precisa ir pra casa, a Alice tem que comer.

— Minha mãe esta com ela, na minha casa, ela já mama mamadeira, não saio daqui.

Sabia que não adianta discutir, passamos a noite no hospital, acordei e fui pegar um café, voltei ela já estava acordada, entreguei um chá pra ela e me sentei, logo depois o médico veio.

— Ele esta estável, já tiramos ele da UTI esta no quarto, ainda sedado, mas no quarto, podem ficar com ele.

Fomos até o quarto e ficamos com ele, liguei pra avisa ao João e Carmen, pergunta sobre o Arthur, Maria avisou os pais e perguntou da Alice, estava tudo bem, ficamos ali com ele, até a hora do almoço ele não tinha acordado, o médico disse que ele despertaria mais a noite, fomos almoçar na cantina do hospital.

— Graças a Deus ele esta bem, fiquei com tanto medo, e sua mão como esta?

Dei uma mordida no meu lanche. – Bem, nem esta doendo.

Terminamos de comer e voltamos para o quarto, antes das 18:00, estávamos Maria, João, Carmen, Arthur dormindo no sofá e Maria com ele, Pedro começou a acordar, nos aproximamos, eu e ela.

— Em pequeno príncipe, como esta?

— Filho, consegue fala?

— Mamãe, papai, estou estranho.

— Como assim estranho, com dor? – Olhei para Maria.

— Minha perna... – Ele respirou.

— Esta com dor nas pernas príncipe? – Maria perguntou.

— Não, não estou sentindo elas...

Continua...


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