Eu estava desesperado sem noticias, andava de um lado para o outro, os pais dela estavam se consolando, levaram ela a mais de uma hora e ninguém veio fala nada, João se aproxima.

— Se acalma, vai dar tudo certo.

— João a mulher da minha vida esta lá dentro, não sei se viva ou...- Não consegui completar, meus olhos já estavam molhados.

— Não vai acontecer nada, ela é forte. – Passo a mão no rosto.

— Ela é forte, João preciso pedir desculpas, dizer o quanto a amo e que não me importa não ter mais filhos que ela me completa.

— Você vai dizer. – Balanço a cabeça, e me afasto, vou até a janela, olho o relógio agora já faziam 2 horas, depois de mais uma hora o médico apareceu, cercamos ele.

— Como esta minha filha? - Ele nos olha.

— Fora de perigo, apenas uma batida forte na cabeça, levou alguns pontos, fizemos alguns exames não quebrou nada, ela esta dormindo, vai fica por um tempo, mas podem ir vê-la, dois de cada vez no máximo.

Dei um suspiro de alivio, ela estava bem, João foi pra casa avisa a Carmem, os pais dela entraram e ficaram bastante tempo, eu esperei, como não podíamos ficar com ela e já estava anoitecendo e ela acordaria amanha, quando os pais dela saíram eu entrei só pra poder fica perto dela, mesmo por pouco tempo, entre no quarto, me aproximei, toquei a mão dela, havia um corte na testa, passei a mão pelo cabelo dela.

— Graças a Deus você esta bem, não vejo a hora de te abraçar, te beija, te amar e mostra pra você que só você me basta, entendi isso de uma vez, não vou deixa mais seus medos nos fazerem sofrer, meu amor. – Me inclinei e dei um beijo de leve nos lábios dela, fiquei mais um pouco e a enfermeira disse que teria que sair, enrolei não queria deixa-la sozinha, mas tive que ir, pensei em fica na sala de espera so que precisava ver Pedro, ele devia estar assustado, nessa cidade as noticias correm rápido, sai e fui para a casa da Carmem.

Acordei com dores no corpo, meia desorientada, cabeça doeu na hora, coloquei a mão e senti um curativo, lembrei do acidente, os freios não funcionaram, tento me ajeitar mas tudo doi, queria pelo menos sentar, tentar entender o que aconteceu, quando uma enfermeira entra no quarto.

— Bom dia, como esta se sentindo?

— Confusa e com dores.

— É normal, vai fica dolorida por um tempo, a batida foi forte.

— Eu queria sentar um pouco, posso?

— Pode, vou te ajudar. – Ela levantou a cama, e me ajudou a sentar um pouco, gemi de dor.

— Vou chamar o doutor. – Ela saiu e poucos minutos depois o medico veio.

— Bom dia, como esta se sentindo Maria?

— Com dor, o que aconteceu?

— Não se lembra de nada? – Ele estava com os papéis na mão.

— Lembro que sai da escola, peguei o carro e quando fui parar no farol o freio não funcionou, depois disso não lembro mais de nada.

— Você bateu em outro carro, e desmaiou, bateu a cabeça forte no seu vidro e cortou a testa.

— E o outro carro, estão bem?

— Sim, não sofreram nada, fizemos alguns exames, você esta com dor vou pedi para darem algo indicado no seu estado.

— Meu estado, que estado, eu tenho alguma coisa grave? – Olhei assustada para o medico, será que tinha câncer, alguma doença grave.

— Não você não tem nada grave... – Não deixei ele terminar de fala.

— Então do que esta falando, esta me assustando. – Ele sorriu, fiquei mais nervosa.

— Maria você esta gravida. – A voz dele entrou como um raio na minha cabeça, tinha algo errado, eeu não podia estar gravida, eu era estéril, balancei a cabeça e olhei para ele de novo.

— Você esta enganado, os exames estão errados eu não posso estar gravida.

— Você esta, não tem nada de errado nos exames, são seus.

— Dr refaça os exames, vai ver que houve algum erro no laboratório, eu não posso ter filhos. - Sussurrei a ultima parte.

— Não precisa refazer, os exames não estão errados, você esta esperando um filho, se alguém disse que não podia ter filhos mentiu, foi algum medico?

Eu estava sem reação, atônita, expliquei pra ele as tentativas, e o golpe final, ele sentou na cadeira ao meu lado.

— Maria sinto muito mas seu ex marido mentiu, aqui esta a prova, você esta gravida.

Minha mão foi em direção a minha barriga. – E ta tudo bem, por causa do acidente?

— Vamos fazer um ultrassom agora que acordou, mas a batida não deve ter causado nada porque não tocou sua barriga, vou deixa você sozinha, daqui a pouco faremos o ultrassom.

Eu apenas balancei e quando ele saiu, a emoção tomou conta, estava gravida, com a mão ainda na barriga, as lagrimas desciam sem medo de serem vista, chorei de emoção, de surpresa e de raiva, como ele pode mentir pra mim, fiquei um tempo assim, até que batem na minha porta, era meus pais e meu irmão, ainda estava com cara de choro, minha mãe me abraçou e eu voltei a chorar.

— Graças a Deus você esta bem, o que foi, porque esta chorando, o que aconteceu?

Assustei os três, respirei fundo me acalmei. –Ta tudo bem, na verdade tudo ótimo. – Olhei pra eles e sorri. – Mãe, pai, Luiz, estou gravida.

Eles ficaram tão surpresos quanto eu, viram meu sofrimento durante aquele tempo, a tristeza.

— Como assim gravida, mas...- Minha mãe não soube como continuar, meus pai e irmão estavam sem reação.

— Eu também fiquei assim como você, pelo jeito o Lucas mentiu pra mim, eu sempre pude ter filhos e agora ele esta aqui. – Minha mãe sorriu e me abraçou de novo, fomos envolvidas pelos braços do meu pai e irmão, ficamos um pouco assim, nos separamos.

— Estou muito feliz meu amor, já contou pro Estevão. – Meu sorriso sumiu, contei a eles tudo o que tinha acontecido.

— Acho que ele não vai mas querer saber de mim. – Minha mãe se levantou, me olhou.

— Você não devia ter se deixado levar por essa zinha, filha Estevão te ama tanto, aqui no hospital totalmente desesperado por você, mesmo que essa mentira daquele canalha fosse verdade pra ele não importava, só queria fica com você. – Olhei para a janela.

— Sua mãe tem razão filha, vocês se amam, e agora necessitam ficar juntos, ele é o pai e vai fica radiante com essa noticia, você precisa conversar com ele, não deixe sua felicidade ir embora por nada.

Olhei para meu irmão, estava quieto. – E você não vai me da nenhum conselho?

Ele encolheu os ombros. – Quero você feliz, se ele te faz feliz, não o deixe escapar.

Ficamos conversando, depois de um tempo bateram na porta, era ele acompanhado de Pedro que veio correndo, me abraçou, senti dor no corpo mas não me importei, correspondi, ele começou a chorar, me afastei e olhei pra ele.

— Ei meu amor, que foi, porque esta chorando? – Limpei as lagrimas do rostinho dele.

— Fiquei com medo de você morrer, como a minha mãe, não quero que você me abandone por favor. – Eu o puxei e o abracei, forte, eu amava aquele menino, olhei para Estevão, eles eram o amor da minha vida, só faltou o pequenino, me afastei.

— Eu estou bem, esta vendo, não vou a lugar nenhum. – Peguei a as mãozinhas dele e coloquei no meu rosto. – Agora para de chorar. – Ele balançou a cabeça, me abraçou de novo, vi o Estevão se aproxima.

— Oi, como esta se sentindo, esta bem? – Pedro me soltou, mas não saiu do meu lado.

— Estou bem, um pouco de dor mas muito bem. – Ele cumprimentou meus pais e meu irmão, Pedro fez a mesma coisa.

— Bom já que Estevão chegou vamos na cantina, vamos Pedro? – Ele relutou um pouco mas foi, ficou apenas eu e ele dentro do quarto.

Ficamos em silencio por alguns momentos, ele se aproximou e se sentou na cama, pegou minha mão e beijou, se aproximou, tocou meu rosto e falou baixo.

Olha, você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei pra mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo, eu gosto mesmo assim

— Você nunca mais me assuste assim, morri de medo de te perder, te proíbo de sair da minha vida. – Os olhos dele trasbordavam amor, toquei o rosto dele. – Preciso te pedi perdão, desculpa por tudo o que disse nesses dias.

Olhei pra ele sem entender. – Você não tem que me pedir desculpas, eu preciso, perdão por ser fraca, por não jogar meus medos fora de vez... – Ele ia me interromper mas não deixei, precisava fala tudo de uma vez, contar tudo. – Não fala nada só me escuta, eu me deixei levar por palavras de uma pessoa insignificante, eu te amo tanto meu amor, tanto que só queria sua felicidade, mesmo me privando, ela me procurou e...- Ele me deteve.

— Eu sei, ela me confessou, corri pra te encontrar só vi você naquele acidente, meu mundo veio abaixo. – Ele se ajeitou na cama. – Maria eu te amo, só faltava você pra completa minha vida, entendi de uma vez que você é minha felicidade, por Deus não me deixa mais, sofri tanto sem você, você só você me completa, não preciso mais de nada. – Ele me beijou, senti tanta falta desse beijo, dele, o beijo foi regado a saudade, nos separamos, encostei minha testa na dele.

Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui

— Estevão, prometo nunca mais vou te deixar, nós não vamos te deixar nunca. – Ele me olhou, peguei as mãos dele e coloquei no meu ventre. – Estou esperando um filho do nosso amor. – A expressão dele foi igual a de todos, eu expliquei tudo, ele me abraçou, se afastou.

— Eu estou, não sei, um filho nosso, depois de tudo o que sofreu, é o nosso presente.

— Tinha que ser com você, fruto de um amor sincero e forte, um amor pra sempre.

Olha, você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
Eu que sempre fui tão inconstante
Te juro, meu amor, agora é pra valer

Nos beijamos. – E como ele esta, depois do acidente, esta tudo bem né?

— O médico disse que sim, vou fazer o ultrassom acho que daqui a pouco, fica comigo?

— Sempre, não te deixo por nada. – A porta se abre, era minha mãe.

— Filha já vamos, vou deixa o Estevão cuidando de você, Pedro pode ir conosco?

— Se ele quiser sem problemas.

— Ele se animou quando disse que tinha uma bicicleta pra ele. – Demos risadas e minha mãe se despediu e saiu. Ele me beijou de novo, estava com tantas saudades desse beijo, dele e agora estávamos completos. Mais do que podia imaginar, nos separamos ele me olhou e levantou da cama, a expressão mudou.

— O que foi?

— Maria eu te amo, me prometa que nunca mais vai fazer isso, me deixa por causa daquela mulher.

Abaixei a cabeça. – Estava pensando em sua felicidade, sei que agi errado, e não digo isso por estar gravida. – Parei um pouco, coloquei as mãos de novo em meu ventre. – Gravida, eu não estou acreditando nisso ainda, parece os sonhos que tinha, mas dessa vez não vou acordar. – Sorri pra ele, que veio ate mim novamente, desfiz o sorriso.- Ele mentiu pra mim, disse que eu não podia... – Não aguentei e chorei, chorei lembrando de todo sofrimento que senti pensando que jamais poderia gerar um filho, ele me abraçou.

— Calma meu amor, acabou, não é bom ficar assim, o sofrimento acabou, estamos aqui e você esta gerando nosso filho, fruto desse amor maravilhoso que é tão grande que não coube só em nós e transbordou de uma maneira perfeita, te amo, te amo tanto. - Me beijou com as mãos junto das minhas em cima do meu ventre. 

Olha, vem comigo aonde eu for
Seja minha amante e meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor

Fui me acalmando, depois de um tempo o medico entrou. – Oi, como esta se sentindo Maria?

— Bem, muito bem. – Apertei a mão de Estevão e sorri.

— Esse é o pai do bebe, vejo. – Estevão estendeu a mão e se cumprimentaram.

— Sou eu mesmo, como eles estão?

— Estão bem, vamos fazer um ultrassom agora e saber ao certo tudo. – Mudei da cama para a cadeira de rodas, e fui até a sala de ultrassom acompanhada por Estevão que não soltava minha mão, entramos eu deitei na cama, ele passou o gel e começou o exame, estava nervosa, ainda acho que a ficha não caiu, eu gravida, ele passou o ultrassom.

— Esta tudo bem com bebe, você esta com 3 meses e meio já, não sentia nada?

Esta mais surpresa ainda, 3 meses e meio, balancei a cabeça. – Na verdade comecei a sentir alguns enjoos a umas semanas atrás só que como não podia... não dei importância, mas esta tudo bem?

— Sim, vocês estão ótimos, na próxima consulta com o obstetra que melhor marcar pra semana que vem, já vão poder ouvir o coração dele ou dela.

Sorrimos, Estevão me deu um beijo. – E quando ela pode ter alta?

— Amanha, pela manha ela já pode sair, mas repouso, até pelo menos a prox consulta com o obstetra.

Me levaram de volta para o quarto, me deram um remédio para dor, estava com dores na costela, no corpo todo, acabei adormecendo com Estevão ao meu lado.

Vendo ela dormindo, parecia um sonho, vou ser pai de novo e com ela, o amor da minha vida, eu amei minha esposa, amei muito, quando ela se foi parecia que jamais meu coração iria sentir isso novamente, vivia recluso nas minhas lembranças e sede de vingança, ainda que o fato de nunca ter descoberto o assassino mexer comigo, sinto vivo depois que ela entrou na minha vida, é um amor maduro, simples e eterno, poderia ser que se ela não tivesse morrido poderíamos ter nos separados não sei, mas com ela não me vejo separado nem longe dela, e agora um filho. Ia ficar com ela essa noite, Pedro estava com os pais dela, queria ela comigo agora, vou tentar convence-la de ficar la em casa, no momento por enquanto, depois será pra sempre.

Acordei com uma enfermeira entrado no quarto, olhei para cama ela estava desperta, sorrindo para a enfermeira, me ajeitei na cadeira, senti meu pescoço doer.

— Bom dia. – Olhei pra ela, estava feliz.

— Bom dia meus amores. – Fui até ela, a beijei e passei a mão na barriga dela.

— O medico daqui a pouco vem para te dar alta, com licença.

Ela passou a mão pelo meu pescoço. – Alguém dormiu de mau jeito. – Iniciou um beijo calmo, nos separamos.

— Estou bem, e você como acordou?

— Bem, com um pouco de dor no corpo mas o medico disse que é normal, louca pra embora pra casa, tomar um banho.

Precisava fala com ela, fazer entender que o melhor era fica na minha casa.

— Maria, quero que você fique lá em casa, ai eu te ajudaria, por favor.

Ela me olhou. – Não quero te dar trabalho, vou ficar bem.

— Não vai ser trabalho, eu quero, preciso de você, fica comigo? – Peguei as mãos dela e beijei.

Ela sorriu. – Me pedindo assim, não posso negar, mas até me recuperar 100%.

A abracei com cuidado e distribuir beijos pelo rosto dela, enquanto escutava aquele riso que me alegrava tanto. Um tempo depois o medico deu alta, ela estava um pouco chateada, só poderia voltar a dar aulas daqui 2 semanas, nada de esforço por uma semana, fomos direto para minha casa, eu preparei a banheira, enquanto isso fui buscar o Pedro na casa dos pais dela, ela já tinha avisado que ficaria comigo, depois ia passa na casa dela pra pegar algumas roupas, fiquei preocupado de deixa-la só mas me prometeu que estava bem e que depois do banho iria deitar. Fiz tudo o mais rápido que pude, quando chegamos em casa Pedro e eu, subimos e encontramos ela dormindo, pedi para Pedro ir tomar um banho, desci para preparar o almoço, depois de um tempo vou ver como ela esta e onde esta meu filho, quando entro no quarto vejo Pedro deitado com ela, ainda acordado, me aproximo.

— Pai juro que não acordei ela, só queria ficar pertinho. – Sorri pra ele.

— Não se preocupe, só a deixe descansar.

— Ela esta bem né papai? – Baguncei o cabelo dele, mas não foi eu que respondi.

— Eu estou ótima meu príncipe, ainda mas com companhias perfeitas, só faltou o Arthur aqui. – Ela abraçou ele, e deu um beijo na cabeça.

—  Ele vem hoje a noite né papai.

— Sim, eu vou busca-lo daqui a pouco e você toma conta dela pro papai.

— Pode deixar. – Demos risadas.

— O almoço esta pronto, vou te trazer.

— Eu estou bem, posso ir comer com vocês, não quero comer sozinha.

— Não é bom ficar fazendo esforço até semana que vem pelo menos, faz assim almoçamos os três aqui.

Ela não gostou muito mas teve que aceitar. Almoçamos, depois fui buscar o Arthur, não falei nada com ela, apenas peguei meu filho e fui pra casa, passamos a noite juntos, dormiram os dois com a gente, a pedido de Maria, no dia seguinte vieram almoçar conosco os pais dela, João e Carmem, o irmão já voltou para a faculdade, o fim de semana foi ótimo.

A semana passou rápido, trabalhei meio período e voltava pra ficar com eles, queria o Arthur aqui também, estava conversando com Maria sobre isso, estávamos nos arrumando para ir ao medico, iriamos conversar com Pedro essa noite.

— Quero pedir a guarda do Arthur, acho que ele não é bem tratado pela mãe.

Ela estava sentada na cama, me olhou. – Eu acho ótimo, que ela não o trata bem é nítido, e você tem muitas chances, estou do seu lado sempre. – Ela veio até mim, me abraçou e me beijou, estava morrendo de saudade e vontade dela, mas tinha que me controlar, pelo menos até a consulta de hoje.

— Não sabe como eu queria ter você agora, estou morrendo de saudades meu amor.

Senti o sorriso dela entre meus lábios. – E eu também, quero tanto te sentir em mim novamente, passou uma eternidade já. – Nos beijamos mas um pouco, e saímos para a consulta.

Estávamos na sala do médico, Maria já tinha sido examinada.

— Você esta ótima Maria, esta de alta, apenas mais uma semana e pode voltar a trabalhar, vamos marcar o ultrassom para semana que vem. - Marcamos a data do ultrassom, saímos e fomos buscar Pedro na escola, íamos contar a novidade, paramos na frente da escola.

— Senti falta não é?

— Muita, não vejo a hora de chegar semana que vem.

Pedro veio e fomos para casa, depois de almoçarmos chamamos ele ate a sala.

— Pedro precisamos fala com você filho.

— Da ultima vez vocês me disseram que estavam namorando, agora que vão casar?

Maria riu. – Ainda não é isso, é outra coisa.

— Filho, além do Arthur você vai ter outro irmãozinho, Maria esta gravida.

Vi ele, olhar para nós dois. – Legal, e aonde esta o bebe?

— Ainda esta na minha barriga, você esta bem com isso meu amor?

— Sim, mas estou confuso.

— Com o que filho?

— Como você conseguiu um bebe na sua barriga? – Ele fez uma cara de confusão, Maria gargalhou, eu fiquei sem reação, ela viu que não ia consegui fala e tomou a frente.

— Meu príncipe, isso é pra quando você fica mais velho ta bom.

Ele não ficou muito satisfeito mas aceitou, como criança já trocou de assunto.

— Pai vou poder dormir na casa do Alex na sexta?

— Pode. – Ele voltou a brincar.

— Achei que você ia enfartar aqui na nossa frente. – Voltou a dar risada, peguei ela e a coloquei no meu colo.

— Vai rindo, quando nossa filha perguntar sobre essas coisas vou rir de você tmbem.

— Como sabe que é uma menina?

— Eu sinto, uma menina linda como você. – A beijei. – Na sexta tenho uma surpresa pra você, quero você mais linda que já é.

— Posso saber pelo menos como me vestir?

— Social, vestido mais lindo que achar.

— Certo, então você deixa Pedro dormir na casa do amigo foi proposital?

— Exato. – Ela sorriu.

— Mas e o Arthur?

— Já falei com a Carmem, ela vai busca-lo e ficar com ele, ele adorou ela.

Ela me abraçou, ficamos um pouco namorando, estava louco para ama-la, só que iria segurar até sexta, a semana vai ser lenta.

A semana passou devagar, estava a esperando na sala, ouvi os passos dela, me virei, prendi minha respiração, ela estava mais que perfeita, um vestido azul escuro frente única, meio aberto na perna esquerda, o cabelo em um coque bem feito com algumas mechas soltas, salto, maquiagem na medida certa, me aproximei.

— Você esta...me deixou sem palavras, linda, perfeita e só minha. – A abracei pela cintura e a beijei, sem pressa, ela se afastou e tocou minha gravata.

— Você não fica atrás meu amor, vamos estou curiosa pra sabe onde vai me levar.

Entrelacei nossas mãos e saímos, abri a porta do carro para ela que entrou, fomos em direção a nossa noite, que seria perfeita.

Não fazia ideia da onde Estevão estava me levando, ele me evitou a semana inteira, estava louca pra me entregar a ele, saudades do seu corpo, agora essa surpresa, ficamos em silencio apenas trocando olhares apaixonados, depois de um tempo no carro paramos em um restaurante chique, ele todo cavalheiro abriu a porta e me ofereceu a mão, eu aceitei e quando sai do carro ele me olhou.

— Essa noite será inesquecível, para nós dois, te amo. – Me deu um selinho, e entramos, o garçom nos levou até uma área reservada do restaurante, era apenas nós dois e uma banda, a musica era só nossa nessa noite, ele puxou a cadeira eu me sentei e ele a minha frente, pegou minha mão sobre a mesa.

— Meu amor isso é perfeito, obrigada. – Ele beijou minha mão e sorriu pra mim.

— Na verdade nunca tivemos um encontro adequado, e resolvi fazer tudo certo dessa vez. – Sorri pra ele, esse homem me deixa sem palavras.

O garçom aproximou, pedimos as entradas, eu fiquei apenas no suco, Estevão me acompanhou, jantamos em um som romântico, trocando olhares, e conversas amenas.

— Vão querer a sobremesa agora? – Estevão sorriu pra mim.

— Por favor. – Garçom saiu.

— Sobremesa, estava louca por um chocolate. – Ele deu risada.

— Não se preocupe, essa sobremesa é toda sua, a minha eu saboreio depois. – Me deu um sorriso faceiro, eu ri.

— Espero que saboreei sem moderação. - Mordi o lábio inferior.

— Maria, não faz isso, senão saboreio aqui mesmo minha sobremesa.

Dou risada, quando o garçom chega com um prato tampado, coloca a minha frente e sai, olho para Estevão.

— Abra meu amor, saboreia sua sobremesa.

Sorri pra ele e destampei o prato, era uma sobremesa de chantili, só tinha isso e uma cereja maior na ponta quando olhei bem pra ela, algo brilhava, um anel de diamante, coloquei a mão na boca de surpresa, senti meus olhos se encherem de lagrimas, ele se levantou pegou o anel de cima da cereja, me virei para ele que se ajoelhou, as lagrimas já escorriam pela minha face, ele pegou minha mão.

— Maria, essa noite além de ser nosso ‘’primeiro encontro’’ quero que você me de a alegria de ser minha para sempre, você me fez reviver, plantou novamente no meu coração um amor que nunca pensei em sentir de novo, ainda mais forte, amo você hoje e sempre, quero te ver todos os dias, acordar e dormir agarrado a você, te fazer minha, te amar com loucura a vida toda, além do presente lindo que você esta carregando aqui dentro. – Tocou de leve meu ventre e continuou. – Me de outro presente que é você, um presente embrulhado de branco, sendo minha esposa, mulher, amiga e amante pelos resto de nossas vidas, me faça feliz, te prometo que só vou te dar alegrias, vamos enfrentar todo os problemas juntos, e fortes como é nosso amor. – Ele respirou e emocionado, não tanto quanto eu, me fez a pergunta. – Aceita se casar comigo e me encher de felicidade?

Continua...