One Love Beyond Time escrita por Karoll Carvalho


Capítulo 4
Capítulo 4




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Ela sai da suíte, e Gema a ajuda secar os cabelos quando começam a conversar sobre o ocorrido. Depois de ter falado tudo e ter xingado muito o Bernardo, que até então não tem ideia de seu nome e que o mesmo faz da vida, Gema conta a Emília sobre um convite que a dona da mais famosa Osteria de Bellarrosa, fez aos novos visitantes. Um jantar! Cujo terá visitas ilustres. Quem será?

[...]

— Então Emília, vamos a esse jantar ou não vamos? Pergunta Gema.

— Confesso a você, Gema, que não queria ir, ainda mais pelo meu dia aqui em Bellarrosa não ter começado como eu gostaria. - Diz sem entusiasmo algum. 

— Coitado do seu Ariel! - Riu. Certamente, ela queria estar lá para ver esta cena.

— Coitado? Coitada é de mim que estive a mercê daquele senhor, naquela estrada deserta. Por pouco o seu Ariel nos vê... - Pensou alto. E Gema a interrompe sem entender aonde a amiga queria chegar.

— Nos vê? Como assim, Emília? - Perguntou. O que ela ainda não a contou?

— Não é nada importante, Gema. Eu saí do carro e ele foi atrás de mim, um louco, e como eu não queria voltar, você acredita que ele me agarrou para me colocar de volta no carro?! E caímos na lama.. Por culpa dele, é claro. - Responde Emília.

— E? - A questiona. Emília parecia muito estressada e envolvida por algo que não aconteceu.    

— E! E quando caímos, eu... Eu caí sobre ele, foi isso! E quase nos beijamos, Gema, quer dizer, ele ia me beijando. Mas em instantes depois, graças a Deus, o seu Ariel chegou com o carro. - Responde Emília envergonhada.

— E por que está preocupada com o seu Ariel? - Indaga Gema. Seria uma pergunta idiota, considerando Emília ser uma mulher casada.

— Ora por quê, Gema! Já pensou se ele nos vê daquela maneira?! Iria entender tudo errado. Ah, não quero nem imaginar a confusão que daria se Enrico soubesse. Mas não quero falar sobre isso, Gema! Me conta, quando será esse jantar? - Que pergunta mais sem nexo. O que gema queria afinal, que nos beijássemos alí mesmo?

— Hoje! - Responde Gema.

— Sério, Gema?! Hoje! - Em desânimo. Tinha que ser logo hoje?

— Sim, minha amiga. - Diz Gema.

— E quem irá a esse jantar? - A pergunta quase desistindo.

— Emília, a Rosa,  dona da Osteria, disse que irá alguns convidados, mas importantes mesmo, apenas dois. Se eu não me engano um fotógrafo, e um escritor. Foi o que me disse quando conversamos...

— Um Fotógrafo, e um Escritor? Mas Gema, o que eles tem a ver comigo. Ou com você? Sinto muito, mas eu não vou a esse jantar não! - Irritada. Afinal, o que ela e Gema, e por se só Lívia, iriam tratar com um escritor e um fotógrafo?! Simplesmente um diálogo nada interessante.

— Ah mais você vai sim! Nem que seja para se distrair Emília. E além do mais, é um convite irrecusável!  

 Eu sei, Gema. Mas não faz sentido ir a esse jantar! - Diz insatisfeita.

— Tudo bem minha amiga, não precisa fazer sentido algum. Só vamos para não fazermos nenhuma desfeita a Dona da Osteria. O que ela pensará de nós?! - Diz Gema advertindo a amiga.

— Vamos Gema, você tem razão! Mas você sabe pelo menos os nomes desses ilustres convidados? - Questiona Emília.

— Ela me disse os nomes. Mas preocupada com você acabei esquecendo. Isso que dá ter uma amiga tão difícil.. - Responde Gema com sarcasmo.

— Hunm.. E Lívia, Gema, como esteve na minha ausência? - Pergunta Emília preocupada com sua tão "complicada" filha.

— Bem, minha amiga. Enquanto você banhava ela saiu para conhecer um pouco a criançada do lugar. Mas me afirmou que não demoraria muito. Vocês só precisam conversar, curtir este paraíso que é Bellarrosa. Aí vocês verão como a relação de vocês irá mudar muito em pouco tempo. - Aconselha.  

— Sim, Gema, nós vamos. Mas você sabe que o problema é a ausência do pai. Já falei com Enrico, mas ele insiste em me ignorar. Nosso casamento está por um fio, Gema, e não sei mais o que fazer. E nem com Lívia! Ele não me procura mais. Gema, será que ele tem outra? Chego a pensar. - Diz Emília tentando segurar as lágrimas que mesmo sem querer, insistiam em cair.

— Ô minha amiga linda, isso é apenas uma fase! Esqueceu que eu já fui casada? - Diz Gema tentando consolar a amiga.

— Sim Gema. É difícil. Ainda bem que você está tendo a oportunidade de recomeçar. Mas no meu caso não sei se é possível. Não mais! Não é só porque ele não me procura, é por causa de Lívia. Não quero deixá-la mais longe do pai, não mais do que ela se sente. Entende?! - A dor da ausência, não só cai sobre os ombros da filha, mas o dela também. O que seria da filha se eles se separassem? Só iria piorar mais a situação da filha.

— Mas lembre-se que a sua felicidade também é importante minha amiga. Não pense mais nisso. Vai comer um pouco e descansar que depois temos um jantar. - Disse encorajando.

— Sim! Não vou mais pensar nisso, por enquanto. Gema, estou faminta! - Disse Emília enxugando as lágrimas de seu rosto.

— Enquanto você se arruma peço algo para você comer. Deseja alguma coisa em especial? - Diz Gema.

— Não Gema. Fique à vontade para escolher. Você conhece bem o que aprecio. - Disse Emília procurando uma roupa para vestir.

— OK! Não demoro. - Diz Gema fechando a porta. E aproveitando, chamaria Lívia.

Bernardo ao chegar no hotel, toma um bom banho para tirar o excesso de sujeira em seu corpo. Com uma toalha preta cobrido-lhe a cintura, e outra enxugando os fios ondulados de seu cabelo, conversa com Raul sobre o que aconteceu durante o seu passeio e da loucura que sem querer fez, ao jogar literalmente uma poça de lama em uma mulher com belos traços e curvas que mesmo se não quisesse poderia evitar olhar. Os olhos de Bernardo ao falar de Emília começam a brilharem e se dilatarem de tão forma a impressionar Raul. Que não entende muito a reação do amigo. A imagem da belíssima mulher, não saía de forma alguma da sua cabeça, ainda mais quando essa mesma imagem é a mesma que lhe encantou do outro lado da Osteria da adorável Rosa. Mas. Mesmo ela em seus pensamentos, fez seu semblante entristecer ao lembrar-se que essa tal mulher é casada. Talvez, por isso, não poderia lutar incansavelmente por ela, por seu amor. Amor esse que poderia ser real, de verdade. O mesmo amor que sentiu em seu peito quando seus olhos viram pela primeira vez àquela bela mulher. A mulher que em seus pensamentos nem nome tem. Nome esse que mesmo não sabendo o, Alegra.

— Está apaixonado, meu amigo? - Pergunta Raul.

— Não, não em tão pouco tempo. Mas é impossível negar a beleza daquela mulher. Os seus olhos firmes fitando os meus. Seus lábios que por um instante os vi de bem perto. Sua pele colada a minha. Ela é linda, Raul! Linda e teimosa. - Disse Bernardo ao lembrar-se da "doce" Emília.

— O conhecendo bem, diria que você está apaixonado! - Disse Raul tirando suas conclusões.

— Como poderia?! Não me atreveria se apaixonar por uma mulher casada, é sofrimento na certa. E eu não sou homem de me envolver com mulheres casadas, e muito menos lutar por elas. - Disse Bernardo se auto analisando.

— Como não! Claro que você pode lutar. Isso não lhe impede de nada! - Disse Raul o encorajando.

— Pode até ser, cara! Mas enquanto o passado estiver na minha cabeça, não conseguirei pensar nisso. Vamos ver o que o futuro me reserva. Mas que ela é linda, é inegável! - Responde Bernardo.

— Hunm... Bernardo temos um convite! - Disse Raul sem rodeios.

— Um convite? - Pergunta sem entender.

— Se lembra da Rosa? Dona daquela Osteria aqui perto? - O questiona Raul para fazer Bernardo lembrar-se de Rosa.

— Sim, lembro! O que tem ela? - Diz Bernardo.

— Ela nos convidou para um jantar em sua casa. 

— Ah é!?

— Sim, está a fim de ir? 

— Claro, cara! Não podemos recusar. E ela parece ser gente boa.

— É. 

— Irá mais alguém além de nós dois? - Pergunta Bernardo ao por uma camisa.

— Isso eu não sei exatamente. Ela disse que iria convidar algumas pessoas. E uma senhora importante no País e fora do País, ela chegou de viagem a pouca horas. 

— Senhora, é! Hunm... 

— É, precisamos conhecer novas pessoas, quem sabe novos amigos, afinal, seis meses em Bellarrosa nos esperam... - Disse Raul, confiante ao sentar-se no sofá.

— Ou mais, meu caro amigo, ou mais... E quando será esse jantar? 

— Hoje, as 20:00 horas! 

— Ótimo! São que horas mesmo? Estou perdido no tempo. 

— 14:13 hrs. Você vai sair? 

— Vou comer um pouco e descansar. E depois partimos para esse jantar! -  Disse Bernardo, discando o número do hotel para pedir uma comidinha rápida.

— OK! - Disse Raul finalizando a conversa.

[...]

Passaram-se as horas rapidamente. Emília orienta Lívia com o que vestir, e Gema a faz escolher um belo vestido para celebrar a chegada de alguns visitantes importantes em Bellarrosa...


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