We both escrita por natyL


Capítulo 4
Capitulo 4- Havens




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Não vi mais ele depois daquele dia, o que era lamentável, agora estou em Havens procurando por ele, mesmo sem saber onde exatamente.

—Ei- minha mãe me chamou.

—Oi?- a olhei.

—O que está procurando?- neguei com a cabeça e dei de ombros.

—Nada- disse.

Pode-se dizer que a cor vermelha era algo intenso nas minhas bochechas, eu estava tão nervosa, e se ela descobrisse?

—Menina! Eu te pari, eu te conheço muito bem- ri nervosa, as mãos suando e a cor vermelha desaparecendo, agora eu estava pálida, tenho certeza.

—Não é nada, mãe- me virei.

—Vou fingir que acredito- revirei os olhos e continuei a andar.

—__________________________________________________

Já se passou três semanas inteiras e eu não revi ele, o que não era ruim, já que eu não quero me envolver com ninguém além de mim mesma, mesmo que seja algo errado a se fazer, me enganar era a pior coisa, mas eu estava bem sem ninguém. Sorri.

As meninas estão na minha casa hoje, estamos ensaiando para uma apresentação da igreja, para minha surpresa iremos à Havenswood, o que me deixa intrigada, isso era uma indireta de Deus?

Ri internamente, eu e minhas ideias.

—Vamos meninas- dei o play na musica.

Repetimos os passos que havíamos feito, mas ninguém acertava na sincronia, o que me irritava.

—Para!- disse com raiva- não estamos acertando na sincronia.

Bufei, quanto mais demoraria para termos a sincronia? Eu não imaginava o porque de tanta dificuldade.

—1... 2... 3...- repetia os passos mas elas faziam em tempo diferente. Revirei os olhos.

—Raven, você está cruzando antes... - cruzei os braços- e Clarke, você está cruzando depois.

—Mary, estamos tentando- ri.

—Eu vejo, mas tentar não é o bastante- dei as costas e fui tomar uma água.

O que tinha de difícil em contar até três?

—_____________________________________________

—Mary- meu pai me gritou- Está na hora, se vista e vamos.

Não aguento mais ir para aquela cidade horrível, eu preciso ficar em casa, a coreografia estava uma legitima merda e eu estava sem animo nenhum.

—Mãe, não quero ir- murmurei.

—Vamos, Mary! Não discorde, você sabe como eu odeio seus momentos de birra- bufei.

—Ok!- me rendi.

Se eu apelei para a minha mãe e não deu certo, então eu estava mesmo ferrada. Me vesti e sai em direção ao carro.

—Gus não vai ir?- perguntei pelo meu irmão, meu pai negou.

—Aniversário do pai da Loren- assenti.

O caminho foi tranquilo, jogamos papo fora enquanto eu disputava o lugar do meio com meu irmão mais novo. Acreditem, não era pra parecer uma atitude tão infantil quanto pareceu.

Chegamos no evento e eu vi as meninas, elas estavam conversando em um canto.

—Raven- dei um beijo e um abraço- Clarke sua louca- ela me abraçou forte demais, agarrei na sua bunda e ela riu.

Clarke era minha prima, nosso nível de intimidade era incrível. Ela era magra e forte, o cabelo loiro e o olho azul herdados pelo nosso avô e o sorriso igual ao do meu tio, era uma mescla de Sommers e Bloom.

Era legal saber que na nossa família apenas nós duas herdamos os olhos do avô, isso nos unia mais ainda, costumava dizer que ela era minha versão loira-mais-clara e vice-versa.

—Você não tem jeito- sorriu.

—Estão prontas?- assentiram, é bom que estejam mesmo!- ansiosas?

Raven negou e sorriu, mas quando ela olhou para dentro do auditório onde nos apresentaríamos ela abriu os olhos, arregalando-os. Ela estava ansiosa com certeza, pelo menos a partir de agora. ri.

—Vai dar tudo certo- entramos no local.

Depois de algum tempo encontrei um outro primo- primo é o que eu mais tenho-, James era um bom rapaz e além do mais ele era divertido, sentamos todos juntos, Hope estava ali e não parava de alisar o braço de James, revirei os olhos.

—Ei- cutuquei Clarke que me olhou curiosa- terceira fileira, quarta cadeira, é ele!- sorri e ela apertou os olhos o procurando.

Sim, ele estava ali! Era para ser uma coisa boa, mas eu estou mais nervosa do que nunca. Ela sorriu.

—É o tal bonitinho-do-refri?— assenti mordendo o lábio.

—É sim- suspirei, que idiota da minha parte!

—Ele é bonitinho mesmo- revirei os olhos.

—Tira o olho!- brinquei, ela riu.

Depois de muitas apresentações e risadas, era nossa vez.

—Vamos?- era nossa vez, minha mãe me chamava.

—Vamos- sorri.

Eu andava com calma até o palco, tudo bem que eu estava nervosa, mas tinha que transmitir que, na verdade, não estava nervosa para as meninas, duas surtando já era ruim, três só pioraria.

—Preparadas?- elas assentiram mesmo querendo negar.

Nos posicionamos no palco e a música começou, repetimos os passos e graças ao bom Deus foi sincronizado, a apresentação terminou e nos aplaudiram, agora eu estava menos nervosa, mais ainda tremia. O evento estava terminando quando minha mãe decidiu me escalar para ajudar, bufei, odiava quando ela fazia isso. Agora eu estou dando cachorro-quente para o pessoal do lado de fora do evento, mas para minha surpresa a mãe dele estava ali também, ela era engraçada, fazia piada sobre as pessoas, o que era meio feio, mas continuava sendo engraçado.

—Parker- ela disse- pare de comer, seu gordo- olhei para trás e... Oh, meu Deus.

Ele estava ali! Não exatamente como eu imaginei que seria nosso primeiro "encontro", comendo um cachorro quente, mas ele estava.

Senti minhas bochechas arderem e percebi que estava olhando demais quando ele arqueou a sobrancelha e riu, preciso sair daqui- pensei.

Larguei as coisas que tinha na mão e me encostei no meu carro, a irmã dele estava ali.

—Oi meninas- sorri.

—Oi- Jennifer me respondeu com uma cara pensativa, ela pensava? Bem que eu senti o cheiro de coisa queimando.

—E ai?- Yasmin sorriu.

—Tudo bem com vocês?- Jenn apenas assentiu.

—Sim- Yasmin disse apenas, dei de ombros.

Depois de um tempo engatamos em uma conversa sobre coisas alheias, como por exemplo a vontade de comer mais.

—Ei! vamos embora, Mary- meu irmão me cutucou.

—Ok, beijo meninas- me despedi delas.

Me dirigi para o carro e entrei, me assustei quando vi alguém que não era meu irmão no carro.

—Lohanne! que susto!- coloquei a mão no peito assustada.

—Nossa, bonita- ela riu- to tão feia assim?

—Você me assustou, apenas- ri e dei de ombros- vai posar lá em casa?

Assentiu.

—Vamos fazer uma maratona?- ela perguntou.

—Mas é claro, ou eu não me chamo Mary Sommers- sorri.

—Aham, até parece que não dorme depois do quarto episodio- rimos.

—_____________________________________________

—Pega coberta pra vocês, filha- minha mãe gritou subindo as escadas.

—Ok- gritei de volta.

—Lo, pega o computador que eu vou buscar as cobertas- disse.

—Deixa que eu busco as cobertas, elas não quebram- eu ri.

—Ta legal!- fui procurar o computador.

Quando achei me sentei no sofá, já que Lohanne sabe se virar porque já é bem grandinha, eu vou mexer no computador enquanto ela não vem.

Estava na minha rede social azul quando uma solicitação de amizade chegou, fui checar pra ver quem era e me assustei, será? Aceitei a solicitação e logo uma mensagem chegou, AI MEU DEUS!

LOHANNE- gritei, ela veio correndo, eu não estava acreditando.

MIL VEZES OBRIGADA MÃE, POR TER ME OBRIGADO À IR AQUELE EVENTO CHATO, repeti varias vezes na minha cabeça isso.

—O que foi garota?- perguntou com a voz abafada pelas cobertas que carregava nos braços.

—É ELE!- sorri abertamente.

 

 


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Notas finais do capítulo

XOXO, NatyL



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