We both escrita por natyL


Capítulo 3
Capítulo 3- Luau


Notas iniciais do capítulo

Oi, eu sei que tem só um leitor mas eu gostaria que comentasse, eu preciso de ajuda e apoio, não é fácil escrever para o nada... Obrigada



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Já se passou algum tempo depois do primeiro contato com o bonitinho-do-refri, como eu originalmente decedi o chamar já que não sei seu nome. A verdade é que eu tentava a todo custo desviar a atenção do rapaz, mas os meus olhos grudavam nele quando eu menos esperava, eu o encarava e me concentrava em tentar descobrir algo sobre ele.

Já se fazia um tempo que eu o olhava, ele notava e eu disfarçava olhando pros lados enquanto esperava ele desviar o  seu olhar para repetir o "ciclo".

Hora ou outra eu via que uma moça de cabelos ondulados me encarava ao lado dele, será que é a namorada? se fosse as minhas esperanças morriam e eram enterradas ali mesmo.

Mas que esperança? Dessa guerra eu não era mais refém, o amor não me faz mais de prisioneira, não o dedico nenhuma gota de sangue mais, nem pingos de suor, que eu sobreviva só, com o único amor sendo próprio.

—__________________________________

Já fazem alguns dias do encontro com o bonitinho-do-refri, não descobri o nome dele, mas ao menos sei que morena não o namorava, era sua irmã, ela e mais outra, uma garotinha pequena e cheirosa, linda demais, aparentava ter em média dois anos e não mais que isso.

Hoje eu iria novamente à cidade da empresa, haveria um luau de uma empresa sócia na beira da praia .

Eu quero só ver no que vai dar! O luau é em céu aberto, com direito à fogueira e tudo mais, nós iremos todos de moto.

O meu segundo amor, depois do próprio, são as motos. Como se fosse a oitava maravilha do mundo, no meu sangue ferve óleo e o meu coração pulsa ao ronco do motor e o cantar do pneu. Poético não?

Agora estou tentando decidir minha roupa, estava: noite, escuro e quente.

Decidi pôr um short e uma camiseta básica, nada muito formal, afinal era na areia e tudo mais. Coloquei meu tênis que tem me acompanhado faz um tempo e peguei minha jaqueta de courino preta.

kit motoqueira completo!

—Você vai assim?- era a minha mãe.

—Pretendo- respondi.

O que havia demais na roupa?

— Vai encarangar- dei de ombros e ela riu.

Não sei se troco ou não, geralmente na moto o vento bate e esfria demais, qualquer parte descoberta do corpo vira alvo de frio, mesmo sendo verão e quente, dei de ombros mais uma vez, vou assim, aguento o peso!

—Vamos?- assenti.

Saimos em bando. Eu e meu pai no nosso xodó, Fazer 600. Minha mãe e meu irmão menor na bis. Meu irmão mais velho e sua esposa na moto deles.

Meu pai acelerou em direção ao asfalto e meu coração palpitou no peito, eu amava aquilo!

 

Depois de alguns quilômetros nós chegamos. estacionamos as motos na beira da calçada.

O evento não estava tão clichê, posso dizer que estava até legal e organizado, tinha várias frutas, comi bastante morango, minha fruta favorita.

Agora eu e dona Edna- minha mãe- estamos sentadas com uma prima- em um banco de pedra gelado, enquanto o promoter do evento distribuí brindes para à plateia.

—Mary, acho que ali é o tal bonitinho-que-toma-refri- apontou com a cabeça para uma sobra de bermuda e camiseta preta. Revirei os olhos.

Bonitinho-do-refri, mãe!- a corrigi e ela riu.

—Tanto faz!- deu de ombros.

Espremi os olhos para tentar enxergar melhor a sombra que pegava algumas madeiras no chão, era ele mesmo?

Mas acho que não- ela negou com a cabeça- ele parecia ser muito engomadinho para estar carregando madeira- ri.

—Você quem diz, dona Edna- sorri para ela, enquanto Lohanne apenas ria da situação.

—Agora nós vamos acender a fogueira e será dado início ao show de talentos- o cara no palco avisou, mas não nos movemos, não estou a fim. Ninguém está!

Acabou que não teve show de talentos nenhum, não tinha ninguém para disputar, ao menos ninguém se prontificou em o fazer, mas a fogueira foi acesa.

—Mas eu acho que é ele sim!- era minha mãe, eu ri.

Ela estava mesmo empenhada em descobrir se era ou não ele. Eu até queria saber também, pois não o imaginava carregando esse tipo de coisa e se mobilizando para ajudar.

Suspirei, nunca saberei, eu acho...

—___________________________________

Está na hora de irmos para a cidade novamente, o evento se tornou um pouco chato demais! Deixou a desejar, poderia ter tido mais animação, deveriam ter envolvido mais o pessoal. Me sentia mais morta do que eu estava sentindo ultimamente, é possível?

Subi na moto pronta para ir, meu pai na frente girando a chave e eu atrás segurando sua barriga.

—Igual a minha- ouvi uma voz e olhei na direção de origem dela, era ele!

—Han?- meu pai perguntou.

—Igual a minha- repetiu mais alto.

Meu pai assentiu e riu.

—É mesmo?- ele riu também.

—Sim, a que um dia eu vou ter- me permiti soltar um riso leve.

A primeira vez em algumas semanas que eu ri de verdade, pondero dizer que foi a primeira em meses!

—Ta certo!- meu pai disse e abaixou a viseira dando partida, não sem cortar giro, óbvio!

Era o showiznho particular dele, eu dei uma de sonsa e esqueci o capacete aberto, fui fechar e quase caí, cada coisa!

A viagem de volta foi fria e nesse momento eu me perguntei:

Porque? Porque senhor?  Porque é tão difícil pra mim ouvir a minha mãezinha?

Suspirei quando finalmente avistei a minha casa, agora era só dar um balão na esquina e pronto! Chegamos.

Desci da moto e abri o portão.

Acho que eu deveria ter notado antes que ele não era tão idiota quanto parecia ser, talvez ele só fingisse para não passar uma impressão errada, mas agora acho que estou com as mais erradas das impressões-barra-intenções, o que não era bom.

Isso atrapalha todos os meus planos, eu havia desistido e nada me faria voltar atrás! Mas aquele sorriso estava me atormentando, qual era o meu problema?

Me troquei e deitei-me em minha cama, ainda pensando nele.

Foi impossível não perguntar à mim mesma: "será que ele me notou?"

Pensando nisso adormeci, pensando nele!.


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Notas finais do capítulo

XOXO, NatyL



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