We both escrita por natyL


Capítulo 2
Capitulo 2- Ele




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A noite tinha começado, os convidados estavam chegando e eu estava começando a me "animar", deixei até fazerem um penteado diferente em mim! Era uma trança que servia de tiara, não sei explicar, mas até que estava bom.

Eu começava a entender o motivo da felicidade mutua de meus pais, era impossível não se alegrar! Mas como eu gosto de sempre violar o impossível, depois de um tempo nadando em tédio a alegria passou e a animação foi junto de arrasto, comecei a caminhar pelo local e sentei-me em um tijolo que havia ali perto, no terreno ao lado, sim! Em um tijolo.

De onde eu estava, mesmo sendo um pouco longe, eu ainda sim ouvia as risadas altas e monótonas de alguns homens engravatados que conversavam mais ainda, afobados e exasperados, por que não podiam apenas conversar como alguém normal? Bufei, estava com dor de cabeça.

—Mãe- A chamei quando vi seus cabelos vermelhos passarem por mim.

—Oi?- Respondeu assim que me viu ali.

—Estou com dor de cabeça- Fiz minha melhor careta de manha, arrancando um riso dela.

—Tem um remédio para isso na cozinha, seu pai sempre tem uma cartela nem que seja, pode ir lá e tomar- ela disse já saindo para recepcionar mais um homem engravatado que chega.

—Ok- suspirei indo até a cozinha.

A multidão de pessoas quase me matava sufocada, eu não conseguia passar sem que uma mão quase batesse em meu rosto o no meu braço. Realmente não sei por que alem de falar tão alto eles ainda tem que gesticular, ninguém aqui sabe ou precisa se expressar em libras pra justificar o fato de se mexerem tanto assim.

Quando enfim consegui chegar até a cozinha tomei aquele remédio na esperança de ficar melhor, eu odiava dor de cabeça.

Então fui sair e tive que enfrentar tudo de novo, me sentia em uma lata de sardinhas, sendo espremida ao máximo, e olha que eu odiava sardinha!

Depois de um tempo eu sai daquele aperto suando, além de ser um inferno de tão quente dentro d'aquele lugar, estava um calor insuportável, esse verão estava tão forte que eu mal conseguia dormir a noite.

Voltei para aquele mesmo lugar, naquele mesmo tijolo, ao menos eu sentia uma briza bater de leve, mas não adiantava muito! O calor ainda estava sendo maior que antes, até o ventinho era quente.

Enquanto as crianças dos vários empresários, sócios e amigos do meu pai corriam como condenadas na minha volta, rindo e suando, eu apenas olhava os convidados chegarem, eram tantos que alguns tiveram que ficar do lado de fora, mas para que isso não parecesse tão caótico, eles armaram uma barraca no lado de fora e eu estava a tentar descobrir "quem era o que". Acredite, tinha um bom olho pra isso.

—Mary- Era a filha de um amigo que me chamava.

—Oi?- A olhei sem animo algum.

—Bom, eu queria te pedir um favor- Ela disse sorrindo amarelo, o que é agora?

—Pode pedir- Já estava em pé na sua frente, disposta a lhe ouvir. Só que nunca!

—É que... Então, eu estava servindo alguns copos de refrigerante para os meninos- Ela olhou par'atrás- E... bem, meu pai mandou eu parar, mas eu tinha prometido que levaria para todos e... Faltou um só e... Bom, só queria que você... Bem, você sabe!- Franzi o cenho.

—Você quer que eu leve um copo de refrigerante pra eles?- perguntei e ela assentiu, rolei os olhos- Qual a dificuldade de falar de uma vez só?

—Sei lá- deu de ombros- você vai então?- assenti.

—Sim- ela sorriu.

—Eles estão ali- apontou para um grupo de adolescentes que conversavam do lado de fora.

—Tá bom- Suspirei e a deixei ali.

Entrei na cede e me dirigi a mesa dos refrigerantes servindo um copo cheio, não sei porque ela quer tanto levar esse refrigerante para o rapaz, nem porque ele simplesmente não vem e pega logo isso, não tem pernas?

Caminhei até o grupo que estava meio separado da massa de engravatados e dei um "Oi", pois conhecia grande parte do pessoal, entre eles estavam alguns amigos da igreja e outros amigos da família.

—E ai- cumprimentei enquanto sorria.

—Fala! O cara já buscou o refrigerante dele- bufei, sério?

—Não acredito!- revirei os olhos.

—É que eu achei que não iria mais trazer- olhei para quem falava e então eu entendi o porque de Hope querer tanto servi-lo.

Tudo bem que ela tinha um fogo descomunal e gostava de vários homens, mas isso não a faz cega nem louca, então ela sempre dava encima dos melhores e eu tenho que admitir, esse era lindo até demais! Foco Mary! Respirei fundo e dei meu melhor sorriso.

—Deixa, agora eu vou ter que tomar!- Dito isso saí de perto, senão já teria xingado a tudo e a todos.

Não acredito que Hope fez-me gastar tempo sendo a garçonete particular daquele cara, ele era bonitinho, mas não tinha o direito de me fazer perder tempo! Hope é a principal culpada, qual é o problema dela? Ao menos o cara provou ter pernas, o que não é tão ruim assim...

 


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Notas finais do capítulo

XOXO, NatyL



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