Tohemmet não poderia dizer que ficara surpreso, mas tampouco esperara por aquilo. Quando os lábios de Noah abocanharam os seus ele apenas o acompanhou, sentiu as mãos dele desabotoarem sua calça enquanto sua língua invadia a boca do outro sem pudor. Mas foi só eles se separarem tem que o armador sentiu seu rosto quente e molhado.

— Eu sinto falta dela. — o capitão lhe segredou com a voz rouca.

— Sério? Eu nem tinha percebido.

Noah riu.

— Eu sou um babaca. — sentenciou deitando-se novamente.

— Verdade. — concordou apoiando sua cabeça na mão e seu cotovelo no travesseiro para melhor encarar Noah. — Mas é um babaca que Margot ama. Ela vai voltar. Só que precisa de um tempo. Capitão, você mentiu pra ela. Sua namorada já achou que ia te perder uma vez, ela não quer passar por aquilo de novo.

Noah o encarou por uns segundos e com o indicador delineou os lábios de Tohe.

— Sabe, percebi que essa sua boca não serve só pra beijar. — disse um pouco mais alto sorrindo.

— Calem a boca. Vão dormir. — ouviram Guz do outro lado do quarto.

— Vamos, Tohe. A princesa precisa dormir. — Noah zombou fechando os olhos e voltando a por sua perna direta sobre as de Tohemmet. — No caso, a princesa sou eu.