— Tohemmet! Tohemmet! — Guz sussurrou acordando o armador. O loiro já se encontrava com uniforme e secava os cabelos. — Seu despertador não tocou. Acorde Noah, vocês vão se atrasar.

Tohe bocejou e se sentou esfregando os olhos. Dividir a cama com Noah não era exatamente confortável uma vez que o outro chegava a ser maior que ele próprio. Não era o mesmo que dormir com Guz, que geralmente deitava sobre ele. O Capitão estava irrequieto e acordava vez ou outra.

— Não.  — respondeu. — Deixe-o descansar. Noah se mexeu a noite inteira e não conseguiu dormir direito.

— Imagino o porquê. — Guz dirigiu um olhar acusatório para o moreno, descendo os olhos para a calça desabotoada e voltando para o rosto do outro. Seus olhos encaravam Tohe como se estivessem indignados. Por que ele pode e eu não?, pareciam perguntar.

O armador esfregou a face com as mãos levantando-se e ficou em pé de frente para o outro.

— Noah está passando por um período difícil.

— Qual é. Ele quase morreu há pouco tempo, já passou por coisas piores.

— Dessa vez o problema não é físico. Sua namorada terminou com ele. — Tohe franziu o cenho.

— E agora ele vem buscar consolo nas camas alheias? — provocou.

— Guz...

— Tohemmet.

— Eu não vou discutir com você. — pôs um fim na conversa e dirigiu-se ao banheiro.