A respiração entrecortada de Guz encheu os ouvidos de Tohemment e o armador logo tomou a boca do loiro para si, invadindo-a de maneira brusca e territorial, forçando a entrada da sua língua no espaço e exigindo que Guvensiz o acompanhasse. O companheiro de quarto soltou sons de reprovação e o moreno puxou a cintura do outro para baixo causando um gemido de dor quando o armador entrou mais nele.

Guvensiz rangeu os dentes e segurou os ombros de Tohe para que ele parasse, o moreno entendeu o recado.

Tohe passou a língua no maxilar de Guz lentamente sentindo o gosto levemente salgado dele, o loiro desceu choroso a boca para a do outro como uma súplica para que Tohemmet fosse mais amável. O moreno desceu as mãos para as nádegas incrivelmente brancas do outro e beliscou a região, deixando mais marcas vermelhas do que já havia.

Uma corrente elétrica prazerosa foi descarregada em todo o corpo de Guz e o menino derramou duas lágrimas de dor e prazer, sendo o última mais duradoura. Ele estava tão excitado que doía, mas Tohe o proibira de tocar em si mesmo até que o armador estivesse completamente dentro de si. Guz soluçou.

— Desce. — Tohemmet ordenou, manso mas firme.

Guz levou a boca novamente aos lábios de Tohemment num pedido silencioso por ternura. Sobre as coxas deles, o menino desceu ainda mais rangendo os dentes pelo desconforto, mas quando pensou em parar as mãos de Tohemment desceram para o membro dele, proporcionando ao garoto prazer. Um longo gemido lamurioso foi ouvido quando Guvensiz por fim conseguiu acomodar todo o armador dentro de si.

Tohemmet sentia o coração estrondoso dentro de si, sua corrente sanguínea fazia uma greve contra a calma dele. Seu corpo pedia pra jogar Guz na cama e estocar nele até perder as forças. Queria, mas não faria. Ainda não. Deu um tempo para que ele normalizasse a respiração. Segurou a cintura de Guz e saiu uns centímetros dele, mas logo voltou a entrar ouvindo um protesto e um soluço do outro. Sentiu as curtas unhas dele fazerem um estrago nos seus ombros. Tohemmet franziu o cenho.

— Quer parar? — perguntou preocupado.

Guz ainda não conseguia responder imediatamente, por isso desceu sua cabeça até o espaço entre a cabeça de Tohemment e seu ombro. Respirou fundo algumas vezes e voltou a encarar o moreno.

— Não. — respondeu.

Tohemmet não retrucou.

O armador repetiu a ação mais uma vez e a queixa de Guz diminuiu. Outra vez. E outra. E outra. E outra. Os gemidos de dor de Guvensiz deram mais espaço aos de prazer e logo o próprio loiro flexionava as pernas para aumentar a rapidez dos movimentos, o garoto suava e gemia. Jogou a cabeça para trás e ejaculou a primeira vez quando Tohe acertou repetidas vezes sua próstata. Estava sensível aos primeiros prazeres, jamais imaginaria sentir algo assim, toda a sua pele estava sensível, a dor e o desconforto mal eram perceptíveis, estava em chamas e toda vez que olhava o rosto de Tohemment seu estômago se embrulhava e partes específicas do seu corpo formigavam.

Eles não pararam.

Tohemmet queria aumentar a velocidade, mas a posição não era a mais favorável para isso, apesar de bastante prazerosa. Além disso, ele precisava manter o controle.

— M-mais rápido, Tohe. — Guz parecia implorar choramingando.

Controle para quê mesmo?

O armador jogou o loiro na sua cama, abriu as pernas dele e ficou de joelho. Tohemmet tinha uma visão completa de Guz, o rosto do loiro estava vermelho e molhado pelas lágrimas que tentavam secar, seus lábios estavam tão vermelhos que Tohe tinha a sensação que se os beijasse mais uma vez a pele do local romperia, seu pescoço tinha tantos chupões que era difícil conferir, seus mamilos estavam duros e vermelhos com evidentes marcas de mordidas, aliás, chupões e mordidas competiam por espaço do abdômen às coxas do menino. E ele ainda estava excitado. O armador sabia que se o virasse veria mais marcas em suas costas e seu traseiro com certeza seria o mais destacado, com registros de mordidas, chupões, palmadas e beliscões. Tohemmet suspirou e o puxou pelas coxas, entrando mais uma vez no garoto, só que dessa vez num único impulso. O loiro arqueou as costas e o ganido do garoto foi o mais intenso desde então. O coração de Tohe se encolheu, mas antes que ele pensasse em se arrepender, viu um sorriso nos lábios de Guvensiz. Um sorriso diabólico. Um apaixonante sorriso diabólico. Guz tinha chegado ao ápice pela segunda vez. Revirou os olhos e prosseguiu.

Logo após aumentar a frequência de movimentos, Tohe juntou-se a Guz nos gemidos e nas arfadas. O som dos corpos se chocando bruscamente preencheu o quarto junto com o gemido final de Tohemment. Tinha chegado ao ápice.

O armador não saiu de onde estava, apenas retirou-se de Guz, tirou a camisinha, amarrou e jogou na lixeira. Cesta. A respiração de ambos estava ansiosa demais, davam lufadas procurando desesperadamente por mais oxigênio. Guz foi o que teve mais dificuldade, a vida de sedentário tinha seus contras, afinal.

— Você está bem? — perguntou o armador, preocupado com a situação do outro.

— Não. — respirou fundo mais três vezes. — Preciso de respiração boca a boca.

O moreno revirou os olhos e sentou-se. Guvensiz voltou a ser tão desbocado quanto era antes de Tohemment se declarar para ele. O armador precisava de um banho.

— Sinto que não posso andar. — Guz comentou sem olhá-lo.

— Provavelmente não pode mesmo.

O loiro riu.

— Você é brusco.

— Você pediu.

— E você nem tentou negar.

Tohemmet estava sério e Guz sabia porquê. Eles eram amigos, afinal de contas, mas agora eram amigos com mais cor. O armador levantou-se e o loiro pode ver novamente o amigo inteiramente nu.

— Você é gostoso. — Guvensiz disse para quebrar o gelo, esperava que o amigo risse e o provocasse. Mas Tohe estava tenso demais.

— E você é cruel. — retrucou indo ao banheiro, provavelmente voltaria apenas no dia seguinte se saísse.

Guvensiz se segurou até Tohemmet tomar banho, trocar de roupa e sair do quarto. Virou-se e chorou, agora apenas de dor. Pudera ser de dor física.