Margot estava deitada na cama do dormitório que Noah dividia com Drake enquanto seu namorado estava deitado sobre ela com a cabeça pousada no abdômen da garota. Ela lia algumas notícias irrelevantes no celular e ele opinava superficialmente sobre elas.

— Naomi acabou de avisar que eles já chegaram ao aeroporto. — ela notificou. – O casamento da irmã dela será em três dias, certo?

— Aham. — o capitão murmurou de olhos fechados.

— Eu nunca vou entender porque as pessoas querem envolver o estado e a igreja no relacionamento deles.

— Aham.

— Noah, — ela bateu na cabeça dele com o celular. — você está pelo menos vivo?

— Eu quero transar, Margot. — o moreno se queixou.

— De novo? Esqueceu que quase morreu? E não faz muito tempo. Falando nisso, você tem médico amanhã.

— Você parece a minha mãe. — Noah reclamou, mas nem se mexeu.

— Você transa com a sua mãe?

— Eu não transo nem contigo.

— Tenho uma pena de você, Capitão. — ela ironizou voltando-se para o celular.

— Deveria. Meu coração fica tão triste quando você não está perto. Meu corpo entra em estado profundo de abstinência. A minha alma...

Batidas foram ouvidas à porta.

— Salva pelo gongo. — Margot suspirou aliviada ao levantar-se e deixar Noah reclamando sozinho na cama.

Quando abriu a porta, a moça encontrou Tohemmet desabando em lágrimas e com os olhos completamente injetados. Ele estava ofegante, vermelho e trazia uma bebida na mão.

Ela o encarou por uns segundos e pareceu entender o que havia ocorrido.

— Noah! — ela chamou sem tirar os olhos do armador. — Entra. — Margot disse a Tohe e fechou a porta depois que ele entrou.

— O que foi? — questionou Noah levantando-se todo desarrumado e assustou-se ao ver o amigo naquele estado. — Santa mãe, o que houve com você? Você não costuma beber.

Com passos trôpegos o armador chegou até o capitão e o abraçou forte enquanto não parava de soluçar: "Ele é tão cruel.".