Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 19
Alive


Notas iniciais do capítulo

Opa,
Minha vontade era de chamar esse capitulo de Cute rs, porque ele aquece meu coraçãozinho.

Espero que gostem hein,
Boa Leitura!!!



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Ela não queria acordar, se aquilo tudo fosse um sonho maluco na sua cabeça, ela não queria acordar desse sonho maluco, estranhamente a fazia bem, em seu íntimo ela torcia para que não fosse apenas um sonho.

Quando a mesma sentiu o chacoalhar do corpo, ela foi puxada para fora, fora do seu descanso, abriu os olhos relutante, demorou alguns segundos para reparar no que estava acontecendo, ela se sentia fraca, fraca e com frio.

Um James desesperado a sacudia, como se ela estivesse morta, ele quase gritava seu nome, só quando a menina abriu a boca puxando ar ele parou de sacudi-la, ele arregalou os olhos e a puxou, a acolhendo em seu braços, ele estava tão gelado quanto ela, Rose tremeu levemente.

— Você está frio – Ela sussurrou entredentes.

— Estou? – James perguntou, sua voz soava confusa, Rose queria olhar seu rosto agora porém não tinha forças o suficiente para se quer se mover.

— Muito frio – Ela reclamou novamente, apertando os olhos com força.

Por dentro ela sentia os ossos reprovarem o frio, como se todo seu corpo estivesse em rejeição, era estranha a sensação.

— Eu preciso esquentar você – O menino murmurou a apertando contra si.

Rose respirou fundo, era confortável, ele tinha a pegado no colo, ela pensou que sua situação realmente estava precária, a ponto do primo ter que segura-la como uma criança, Rose era mais forte que isso e ele sabia.

As gotas que escorriam pelo seu rosto foram parando aos poucos, Rose teria reparado que seu corpo estava evaporando toda a água que a cobria, ela sentia como quando Hermione fazia uma vitamina pela manhã, ela tomava e estava pronta para o resto do dia inteiro.

— Você está febril – James comentou tocando na testa dela.

O momento que ele presenciava era estranho, ela estava ficando seca, seca e quente, com a cabeça encostada em seu peito ele viu seu cabelo inteiro secar, nenhum tipo de vento forte o suficiente para secar o cabelo dela passava por ali.

Ele se concentrou em olhar seu cabelo e viu que uma camada de fumaça se formava ao redor, como uma auréola, subindo e desaparecendo no ar, ela estava evaporando toda aquela água.

— Rose, eu sei que parece loucura, mas você ta parecendo a chaleira da mamãe – Ele disse surpreso, Rose finalmente abriu os olhos e inclinou a cabeça para olhar para ele.

Ele não estava brincando, nem aparentava algum tipo de riso, estava falando tão sério que sua expressão demonstrava surpresa. A ruiva sentia seu corpo confortável, e se recuperando, em alguns minutos de silêncio ela deitou novamente no peito do moreno e esperou, esperou ate ter forças para ficar de pé, e quando tinha certeza que estava pronta para levantar, eles ouviram um barulho alto, de vários pés marchando sobre o chão.

James girou a cabeça tão rápido que ela não teve tempo de acompanhar, ela não podia enxergar nada atrás do moreno, seus olhos estavam somente a altura de seu peito, e ele continuava molhado, com as roupas grudadas ao corpo e o cabelo colado na cabeça.

Rose reparou ao seu redor, folhas de árvores tampavam a visão do céu, muitas folhas, muitas copas de árvores, ela estava em uma floresta era notável ao respirar ar puro, James estava escorado no tronco de uma arvore, sentado no chão, com os olhos alarmados e a boca entreaberta.

O barulho era alto o suficiente para eles saberem que eram pés batendo contra o chão, com calçados de metal, e ao mesmo tempo era distante, ofuscando pelos barulhos das águas, águas... Então fora dali que eles saíram.

— O que está vendo? – A ruiva se acomodou ainda mais em seus braços tentando se apoiar em seu ombro para enxergar.

— São soldados, ruiva – Ele respondeu olhando atentamente.

Rose alcançou seu ombro e se impulsionou para cima apoiando o pescoço ali. Era um grande lago, enorme, ela não conseguia enxergar o seu fim dali. Do outro lado da margem estava o que aparentava ser um exército, não sabia dizer quantos homens, mas com certeza eram mais de cem, eles usavam o mesmo uniforme branco, e espadas negras, agora Rose conhecia aquele material, que havia deixado um corte em sua mão dias atrás. O fato de lembrar da faca a trouxe arrepios, ela se voltou pra trás, virando o seu rosto para o primo, seus olhos estavam a altura da tempôra do menino.

— Seja lá o que estão fazendo aqui, não é coisa boa – Ela exclamou.

 

[...]

 

Ao se aproximarem de uma abertura entre as árvores, Lucy arregalou os olhos, era um lago enorme, e muitos soldados estavam ali, ela imaginou que a cidade estivesse vazia pela quantidade de guardas ali. Ela seguia o encalço de Rowan, que parecia mais radiante naquele dia, de repente ele travou o cavalo, parando com um impulso que fez seu corpo balançar na cela, ele segurou firmemente, Aurora que estava mais a frente parou o cavalo e deu meia volta, Alvo que estava atrás dela repetiu o mesmo eles estavam a poucos metros do lago.

Rowan desceu do cavalo, tirou o capuz da cabeça, ele estava boquiaberto, Alvo foi o primeiro a perceber o que se passava por debaixo da capa do menino.

— Eles conseguiram – Alvo sussurrou surpreso

Rowan ergueu os braços para fora da capa, as raízes percorrendo seu braço reluziam, parecia lava correndo por suas veias, brilhava, os olhos de Rowan encandeciam da mesma forma, ele estava irradiando, acendendo, o menino sorriu e ergueu a mão a altura de seu rosto, a palma de sua mão acendeu, o fogo serpenteou do seu cotovelo ate a mão, a chama encheu a palma da sua mão, ele sorriu ainda mais vendo aquilo.

Lucy coçou os olhos pra ter certeza do que estava acontecendo, não demorou muito para que ela sentisse algo novo.

Alvo parou, depois de alguns segundos fora estranho, dentro de si invadiu uma força inestimável, ele se sentia forte o suficiente para correr uma maratona e não se cansar.

Lucy queria gritar, o que a preenchia por entre suas veias a tornava mais leve, ela respirou profundamente, o seu sangue fluía suavemente, a menina queria gritar, um grito de liberdade, um grito ao vazio.

Aurora sabia o que estava acontecendo, ela puxou o capuz e ergueu a cabeça, ela ergueu os dois braços bruscamente, o que remediou a seu redor foi um vento veloz, ela sorria tão empolgada quanto Rowan.

— Eu sabia que eles iriam conseguir – Rowan exclamou, sua alegria era refletida em seus olhos

Alvo torceu o nariz, não sabia direito o que devia fazer agora, mas ele podia sentir a magia, a magia estava viva.

— Meu Deus – Lucy murmurou levando as mãos a boca, ela olhava para além de Alvo.

Aurora e Alvo se viraram para observar, uma enorme coluna de ventania se erguia sobre o lago, os soldados começaram a se afastar do lago, assustados, a coluna se erguia ate as nuvens e abria um espaço entre as nuvens no céu, e desse buraco uma luz radiante surgia, a agua do lago se remexia e retorcia, toda a floresta ao redor respondia, as folhas das árvores gritavam, balançando com os ventos fortes, Rowan cravou os pés no chão, para não ser carregado de alguma forma.

Os ventos se tornaram tão fortes e velozes como um tornado, as duas garotas se entreolharam.

— É o ar... – Lucy disse abrindo um sorriso, o vento nem chegava a abater a mesma.

O vento disparou para todos os lados, avançou como uma adaga cortante, passando por cada corpo, cada árvore, subiu e repudiou o que estava no ar, Rowan tombou para trás tentando se segurar sob os pés. Alvo agachou e pós as mãos no chão, segurando firmemente enquanto o vento passava.

E assim como surgiu, do nada, ele cessou, caiu sobre as aguas a coluna, e ergueram ondas enormes que chegavam a beira do rio e se dissipavam.

Então tudo parou, e voltou a vida, tudo parecia mais brilhante agora, tudo tinha vida e era vibrante, inclusive os quatro ali, nunca estiveram tão vivos.

 

[...]

 

Depois de todo o alvoroço Rose conseguiu ficar de pé, com as costas contra a árvore ela sentia aquilo no ar.

— O que está acontecendo? – Ela perguntou mais para si mesma

— Acho que caímos num conto de fadas sem querer – James murmurou

Rose levantou os olhos para ele, ela fez menção de rir, mas aquela sensação em seu peito a conteve, aquele grito de liberdade dentro de si, ela deu um passo a frente de encontro com o primo, tão perto que se erguesse a mão tocaria nele.

— Você está sentindo isso também? – Rose tocou suas próprias bochechas, seu corpo respondia suas dúvidas

James se concentrou a olhar em seus olhos, profundamente, ele também podia sentir, como se rastejasse por sua pele, um arrepio, carregado de emoção, uma emoção inexplicável.

— Sim – Ele respondeu simplesmente abrindo um sorriso confortável

Rose piscou, o encarando de volta, ela retribuiu o sorriso e tocou o ombro do menino, ele se encolheu com o toque.

Ele observou bem os traços no rosto dela, as sardas sobre o nariz e abaixo dos olhos ainda estavam ali, enquanto o cabelo dele ainda estava molhado e bagunçado o dela estava seco, os cachos ruivos desciam ate os seus ombros, os olhos dela eram tão profundos como o oceano, ele não tinha reparado que ela crescera tão rápido.

— Você... – James começou e foi interrompido novamente

Outro barulho quebrou o silêncio entre os dois, dessa vez eram os soldados se dividindo em pares, eles marchavam juntamente, e como se o capitão tivesse dado alguma ordem, cada par seguiu para um lado.

James segurou com firmeza a espada na cintura, ela era um pouco pesada, mas nada difícil de carregar, deu as costas, começando a guiar a menina pela floresta.

— Pra onde vamos? – Ela perguntou olhando de relance para trás.

— Algum lugar onde eles não nos achem – Ele respondeu – Não tô muito afim de ser preso por enquanto.

Rose se permitiu rir dessa vez, com a outra mão ela segurou o arco, era tudo muito bizarro, a algumas horas atrás ela estava apenas indo encontrar Dominique, passeando por Londres como se fosse uma turista, agora, ela parecia ter mergulhado diretamente em um filme medieval, com príncipes, exércitos, guerras e dragões. Rose riu baixinho, se fosse um sonho, ela já teria acordado no momento em que a água invadira o templo.

Mas ela estava acordada, acordada e viva, com bastante sorte estava viva, sorte? Foi quando ela se recordou de algo.

— James? – Ela indagou discretamente

— Sim?

— Você pode respirar dentro da água?

Curiosamente ela ergueu os olhos, James a olhou por cima de seu ombro, continuando sua caminhada.

— Parece que sim – O moreno sorriu de canto

— E isso acontecia antes?

Os olhos arregalados da menina eram de pura curiosidade.

— Não que eu me lembre.

Rose torceu o nariz.

— Você acha que você... – Ela começou meio desconcertada – Você sabe... A água...

— Só testando pra saber – Ele falou e não percebeu que aquilo só incentivou a garota.

— Você pode então... – Ela sorriu amarelo.

James parou e olhou para a menina, risonho.

— Assim que a gente achar água, ruiva – Ele disse bagunçando seu próprio cabelo.

Rose sorriu envergonhada e voltou a caminhar, passando na frente do menino, ele riu abafado e a seguiu.

 

[...]

 

Alvo ainda estava agachado no chão, mesmo a tempestade tendo passado a algum tempo, Lucy estava junto a Aurora, olhando para ela surpresa.
Rowan lembrava uma criança que acabava de ganhar um doce do seu pai, Lucy podia jurar que ele sairia saltitando de alegria.

Alvo suspirou, soltando a tensão que tinha dentro de si, porém antes de levantar, notou que suas mãos estavam agarradas no chão, na areia, ele sentiu algo, algo distante, que viera pelas entranhas do chão abaixo de si, percorrendo um caminho, Alvo olhou para as próprias mãos, ele podia sentir, era sangue, em algum lugar perto dali, sangue do seu sangue.

— Eu acho que sei onde eles estão.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Capítulo mamão com açúcar pra não assustar ninguém rs

Espero que tenham gostado, me digam o que acharam!

Até o próximo,
XOXO.



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