Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 20
Hope


Notas iniciais do capítulo

Opa, meus anjos.

Eu to tentando postar toda segunda hein kkk, acho que to conseguindo nesses horarios mesmo.

Enfim,
Fiquem com esse capítulo que eu amo muito.

Boa leitura!



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Victoire olhou perplexa para Lily que tomava um copo de agua tremendo da cabeça aos pés.

— Como deixaram isso acontecer? – Ela perguntou pegando o filho no colo, o mais novo pareceu sentir o clima pesado e desatou a chorar.

— Eu tentei parar eles – Sam explicou.

Ela de alguma forma se sentia culpada.

— Nós vamos achar eles – Dominique apertou o ombro de Lily para a confortar

— Assim como achamos Alvo? – Louis indagou, atordoado

— Não fale assim, Louis, eles estão bem, todo eles – Dominique o olhou com a cara amarrada – James é o garoto mais forte que conheço, ele não morreria tão facilmente.

Lily esboçou um sorriso de canto, ela sabia disso, ele podia vencer qualquer coisa, talvez por ser irmã mais nova ela tinha essa imagem do mesmo, pensou, mas sabia do que ele era capaz.

— Ele não deixaria Rose pular se soubesse que morreria – Lily murmurou com o copo próximo a boca.

— Você acha que eles os levaram? – Louis se sentou a frente de Lily

— Achar? Eu tenho certeza – Lily assentiu veemente

— Eles quem? – Sam interrompeu.

Os primos se entreolharam engolindo em seco, tinham esquecido completamente da menina ali.

Dominique fez menção de falar alguma coisa, porém sua irmã fora mais rápida.

— Os marginais que destruíram a casa de Dominique – Victoire respondeu calmamente.

Uma ótima mentirosa, Dominique pensara, se ela não soubesse a verdade, acreditaria na irmã.

— E por que eles estão fazendo isso? – Sam continuou, ela parecia desconfiada

— É isso que estamos tentando descobrir – Victoire disse outra vez, afagando o cabelo menininho.

Samantha aparentou se conformar com a resposta, ela estava atordoada também, Dominique sabia como ela estava grudada no primo, mas ela não queria pensar desse jeito, passara tempo suficiente perto de James para o conhecer, e conhecer tão bem que sabia que a menina não deveria se importar tanto assim, ele nunca permanecia com ninguém, e o olhar de pena de Dominique permaneceu sobre a garota até que todos escutaram o menininho começando a rir.

Anthony ria inocentemente, passando as mãos pelo rostinho, eles fitaram atentamente o menino, quando algo estranho começará a acontecer, os bracinhos cobertos do bebê se ergueram balançando no ar, pegando algo invisível, ele parou de rir e puxou uma respirada profunda, os olhinhos fecharam, caindo no sono, Victoire encostou sua cabeça no ombro, todos voltaram pro seu momento interior, porém Dominique notou algo estranho.

— O que é isso aqui...

A loira puxou o macacão do pescoço do sobrinho, abaixando um pouco, e engoliu em seco ao ver aquilo, eram marcas claras, acinzentadas, como uma tatuagem na pele da criança, mas era muito mais delicado do que uma tatuagem, como se estivesse por baixo da pele, elas desciam ate suas costas, pelos seus ombros também, como raízes de uma árvore.

— Isso estava aqui antes? – Dominique murmurou assustada.

Victoire inclinou a cabeça do filho para o lado e arregalou os olhos ao ver aquilo. Todos voltaram os olhares para o menininho, Lily se levantou e olhou por cima do ombro de Dominique, observando aquelas marcas estranhas.

— Não... – A mãe do menino sussurrou temerosa – Louis, ligue o carro. – Ela exclamou encostando a mão na cabeça do menino e notando como estava gelado.

— Por quê? Onde vamos?

— Ao hospital.

Victoire alcançou a sala a passos largos, pegou o cobertor do filho e o cobriu em seu colo, ela sentia medo agora, ela não era tão inabalável assim.

— Domi, ligue para o Teddy – Ela ordenou, Dominique apenas assentiu pegando o celular.

Ela saiu as pressas atrás de Louis, com o menino no colo e o coração nas mãos.

 

[...]

 

Rose fincou os pés no chão, James acabou trombando com a menina por estar distraído.

— O que foi? – Ele perguntou claramente em reclamação

Ela levou o dedo a boca, em sinal de silêncio, ele ergueu os olhos olhando ao redor, como instinto a sua mão encontrou o cabo da espada.

Pequenos galhos quebrando na mata, alguém estava se aproximando, era muito mais fácil identificar o barulho de alguém andando ali por perto, na mata.

Rose rapidamente encostou em uma árvore, se comprimindo para se esconder, James olhou para a mesma confuso, o menino procurou um lugar para se esconder, naquele momento ele se arrependeu de ter crescido tanto, outro galho quebrado, em passos longos e discretos ele se escondeu na árvore do lado.

Então eles ouviram vozes, dois homens conversando sobre algo que não podiam entender pela distância. Rose se agachou e puxou uma das flechas da aljava.

— O que pensa que está fazendo? – James sussurrou alto o suficiente para que ela ouvisse.

Rose respirou fundo e se concentrou, ela podia apenas atirar na perna de um deles, e eles seriam obrigados a retornar de onde vieram, parecia fácil na teoria.

Rose avistou os dois, dois soldados, dos que vira antes do outro lado do lago, eles tinham grandes espadas, e rostos ferozes. Rose segurou a flecha por entre os dedos e ergueu o arco, nunca fizera isso antes, sem prática também não saberia usar, ela pensou, encostou a corda do arco rente ao rosto, seus dedos fraquejaram um pouco ao puxar a corda junto a flecha, ela mirou.

— Eu não acho que seja assim que...

— Cala a boca, Potter – Ela rosnou entre dentes e o menino abafou a risada.

Ela respirou fundo, e então soltou a flecha, como via nos filmes, a flecha subiu e voava velozmente a frente, a seta cravou numa árvore, bem a frente dos dois soldados, eles travaram nos lugares e olharam alarmados ao redor, ao mesmo tempo tirando a espada do coldre, Rose arregalou os olhos e agachada se arrastou para o lado, se aproximando do primo. Ela pegou outra flecha e mirou novamente.

— Ruiva, você... – James começou e ela bateu com o cotovelo no joelho do menino, ele a olhou com cara feia.

Rose voltou a se concentrar em acertar, enquanto os soldados olhavam para todos os lados procurando quem havia atirado ali, eles estavam a uma certa distancia, alguns poucos metros.

Ela respirou fundo, pronta para lançar de novo, porém abriu seus olhos rapidamente quando ouviu os dois gritarem, dessa vez James se inclinou, para olhar o que estava acontecendo.

Os dois soldados estavam simplesmente pegando fogo, dos pés a cabeça, gritando pelas chamas que os consumiam.

— Foi você que fez isso? – James perguntou perplexo

— Claro que não – Ela respondeu ficando em pé

Os gritos cessaram tão velozmente quanto iniciaram, a floresta estava silenciosa de novo, os corpos dos soldados jaziam no chão, sem os cabelos e as roupas chamuscadas, apenas cinzas.

Um barulho se fez ouvir, outro galho quebrando no chão, Rose que estava observando atentamente os corpos se assustou, o primo a puxou pro lado, chocando o corpo da menina contra o do mesmo, por trás da árvore, James prendeu a respiração escutando.

Dessa vez eram mais pessoas, com... Animais, ele escutou o relinchar de cavalos, soldados com cavalos pareciam mais perigosos do que os outros dois, e eles estavam se aproximando, agora lentamente, de repente pararam, estavam próximos o suficiente para que os dois escutassem que eles estavam descendo do cavalo.

— Como você fez isso, Rowan? – Uma voz familiar exclamou perplexa.

— Fogo – A outra voz masculina murmurou, havia um tom de felicidade em sua voz.

— Silêncio – Uma outra voz pediu, dessa vez, a voz foi totalmente familiar.

James arregalou os olhos e encarou Rose, ela abriu a boca chocada.

— Você acha que... – Ela sussurrou surpresa, James assentiu, eles estavam próximos o suficiente para sentir a respiração um do outro.

Rose impulsivamente inclinou a cabeça, olhando por trás da árvore, os olhos da menina arregalaram e ela se soltou do moreno.

— Alvo! – O grito que ela soltou assustou todos os quatro, eles viraram rapidamente, olhando para onde a voz vinha.

Alvo prendeu a respiração ao ver Rose ali, em pé, em carne e osso, o peito subindo em adrenalina, Alvo acelerou o passo, quase correndo em direção a prima, ela fez o mesmo, e os dois se encontraram em um abraço apertado.

— Eu sabia que você estava bem, eu sabia – Ela murmurou.

Cheios de emoções dentro de si, Alvo sentiu o corpo da prima esquentar, esquentar, ficando febril, ele afastou um pouco e a olhou atentamente, reconheceu as marcas em seu pescoço, ele sabia o que estava acontecendo, Rose o olhou confusa.

Alvo ergueu os olhos para além dela quando viu uma movimentação ali, os olhos encontraram com os castanhos esverdeados, tão familiar que ele reconheceria a quilômetros de distância, ele afastou a prima gentilmente para o lado, caminhou parando em frente ao irmão, que era só um pouco maior que o mesmo, ele não parecia o mesmo de sempre, as suas raízes no corpo despontavam por fora da gola da camisa. James segurou os ombros do irmão e o menor o abraçou, os dois se abraçaram firmemente, um abraço do qual Harry dava em seus filhos quando eles saiam de alguma enrascada. Um abraço confortante.

— Você não morreu – James sussurrou afagando os cabelos do irmão

— Nem você – Alvo riu abafadamente

— Somos duros na queda – James riu se afastando, olhando nos olhos do irmão.

Só eles mesmo sabiam do sufoco que fora os dias longe.

— Rose, James... – Uma voz ao fundo se fez ouvida.

Rose virou para olhar, quando viu a menina ali, ela entrou em choque, pensou estar vendo um fantasma, ou algo do tipo. Os olhos da ruiva se encheram de lágrimas, Rose começou a chorar, largando as mãos ao lado do corpo.

Ela quebrou o espaço que a separava da menina e a abraçou, fortemente.

— Eu achei que você estava morta... – Rose sibilou entre lágrimas

— Eu também achava – Lucy respondeu rindo baixinho.

Rose a olhou e sorriu carinhosamente.

— Eu nunca mais vou perder vocês de vista – Rose exclamou olhando para os dois primos.

Ela estava tão aliviada.

 

[...]

 

Enquanto ela colocava seu bolo dentro do forno, ao se virar foi surpreendida, isso estava acontecendo constantemente.

Rony segurava firmemente no ombro de Hugo, com os olhos marejados, Hugo estava de mãos dadas com uma Kyla preocupada.

— O que aconteceu? – Hermione encontrou a sua voz, já esperando pelo pior pelas feições dos mesmos

— Se você puder se sentar um pouco...

Rony começou, caminhando ate a mesa e puxando a cadeira mais próxima de si, Hermione temerosa foi ate a cadeira e se sentou.

— Aconteceu algo com Rose – Hugo se pronunciou inseguro, Kyla ao seu lado apertou a mão do mesmo.

Kyla se aproximou da mulher e colocou a mão em seu ombro, Hermione estranhou o gesto da menina, olhou para a mesma confusa, e depois voltou seus olhos para Rony, todas eles ali para confortar ela... Não podia ser algo bom.

— O que aconteceu com a minha filha? – Hermione insistiu já ficando desesperada

— Rose pulou de uma ponte hoje a tarde...

— Como é? – A mulher cortou, sua voz saiu como um fiapo no ar

— Rose e James pularam de uma ponte hoje – Rony continuou pesaroso

— E até agora não encontraram os corpos – Hugo completou, em um sussurro

Hermione engoliu em seco, sentia como se alguém tivesse cortado seu corpo no meio, feito ela mesma em pedaços, ela se sentia sufocada, era como uma faca cravada em seu coração, não, Rose não podia estar morta, não sua menina, não dessa forma, desse jeito.

As lágrimas rolaram pelo rosto de Hermione, seus olhos transpareciam o vazio dentro de si, a dor que nem sua pior expressão poderia sugerir.

Não podia ser, não dessa forma, ela nem saberia se Rose havia a perdoado, e não se deixou dizer que sentiu falta dela e o quanto a amava desde que descobrira que uma nova vida habitava dentro de si, ela jamais se perdoaria, se Rose morresse sem a perdoar.

Rose era o fruto de algo que ela construira aos poucos, Rose era sua fortaleza quando estava no meio da noite e Hermione chorava por não poder dormir e ter que cuidar da pequena ruiva, Rose lhe abria aqueles grandes olhos azuis e ela sabia que o que estava fazendo era certo.

Ela deixara sua filha ir embora muito cedo, tentou preencher o buraco que a mesma deixara, mas ninguém no universo inteiro substituiria sua filha, ela prometeu protege-la e cuidar dela, ela tinha quebrado sua promessa? Não pudera proteger a filha dela mesma.

— Ela não pode... – Hermione sussurrou com a voz embargada, ela não conseguia falar mais, suas palavras apenas lhe abandonaram.

Rony se agachou em frente a cadeira e a puxou para um abraço, Hermione não se movia, ela estava em choque, seu corpo tremia, a única coisa que a segurava agora era Rony ali. Ela não podia se quer suportar a ideia da sua menina ter morrido.

Rony abafou seu choro encostando a cabeça no topo da cabeça dela, afagou os seus cabelos e ficou ali por muito tempo, tanto que não vira Hugo e Kyla indo para a sala. Ele sentia Hermione chorar.

A esperança sempre gritava dentro de si, ele não aceitaria a morte da menina, ele sabia que ela era inteligente demais para pular até a sua morte, forte e inteligente, a mais brilhante de todas, Rose cresceu rápido demais e ela sabia muito bem lutar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Digam me, o que acharam? Eu fico com o coração quentinho aqui no peito.

Ate o próximo, amores.
XOXO.



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