Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 16
Past


Notas iniciais do capítulo

Opa, meus anjos.
Voltei rs
Eu demorei? Foi por uma boa causa.

Fiquem com esse capitulo docinho como mel.

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/705016/chapter/16

“Rose,

Onde está todo o medo que te fez sair correndo com o rabo entre as pernas?

Não acha que já passou da hora de resolver?

Eu conto ou você conta?

O desafio está lançado,

Hirena.”

Ela releu a mensagem pela décima vez consecutiva, o que exatamente ela precisava fazer dessa vez?

Dedilhando a mesa com muito pesar, ela releu a mensagem novamente para ter certeza, ela precisava falar pra todo mundo o que tinha acontecido? De como parecera uma adolescente magoada fugindo de Londres, com o coração quebrado dentro da mala, tão infantil, tomada por um sentimento bobo, ela devia ter parado para escutar Alvo, devia ter escutado quando ele dissera que aquilo era uma bobagem, quando escutou ela chorar copiosamente no seu quarto, com a mala aberta em cima da cama.

Ela passara a vida toda nutrindo aquelas esperanças, “a vida toda", Rose riu com o pensamento, aos 18 anos ela achava que sabia muito da vida, quando na verdade não sabia de nada, era apenas jovem demais, ela cometera muitos erros, principalmente com a sua família, ela errara com eles, se sentia na necessidade de pedir perdão.

Hirena não estava de todo modo errado, talvez o jogo fora sua desculpa para voltar para casa, ela não se permitia ser influenciada, já estava com o pé em casa, só nunca pensou que teria que voltar dessa forma, e as coisas desandaram enquanto ela estava longe, como teria sido? Se ela tivesse ficado?

Estava determinada a mudar aquela situação, agora ela podia consertar tudo o que...

— Rose?

A voz de Scorpius a arrancou de seus pensamentos, ela ergueu os olhos para o loiro, ele estava parando ali, a frente de sua mesa, não percebera a movimentação, estava entardecendo, e era Londres, esquecera que os ingleses adoravam um chá as cinco da tarde, mas Scorpius adorava café.

— O que faz aqui? – Ele perguntou sem muita cerimônia ao sentar de frente para ela.

Se sentiu no colegial novamente, esperando o seu suco na lanchonete de esquina do colégio, Alvo sentado do lado de Scorpius discutindo sobre algo que acontecera na aula, Rose do outro lado com Dominique, prestando atenção na conversa dos meninos, e revirando os olhos na maioria das vezes, Dominique logo arrastava Rose dali e iam para o pátio de frente ao colégio, onde encontrava Roxy reclamando de alguém, os motivos eram na maioria das vezes meninos, fazia todo sentido Roxy ser assim, diferente, diferente de um jeito bom.

— Você ta bem? – Scorpius estalou os dedos e ela piscou assustada

— Estou – A menina pareceu acordar de um transe – O que faz aqui? – Ela suspirou

— Café – Ele apontou para o copo em sua mão, Rose notou a existência do copo naquele segundo.

— Entendi – Ela respondeu em baixo tom – Eu pedi um suco, você sabe...

— Morango? – Ele sorriu e ela apenas assentiu.

Sem demora, a moça trouxe uma bandeja com o suco de morango, Rose sorriu agradecida pegando o mesmo, os minutos seguintes foram constrangedores, ela focou em tomar o suco como se nada ali estivesse acontecendo. A ultima vez que falara com Scorpius, antes de sair de Londres, ela segurara as lágrimas, com o pouco de força que lhe restara, agora dessa forma, olhando para ele, Rose percebia que não sentia mais nada do que a fizera tão magoada.

— Por que veio sentar aqui, Scorpius? – Ela quebrou o silêncio o fazendo a encarar

— Achei que não devia ficar sozinha – Ele deu de ombros simplesmente

Rose se recordou do desafio no seu celular, parecia que tudo conspirava com aquele jogo, como peças de um quebra cabeça. Ela entendeu o que a mensagem queria dizer.

— Acho que precisamos conversar – A ruiva murmurou relutante

— Sobre? – Tomou um gole do seu café

— Sobre você ter quebrado meu coração – Ela soltou as palavras rapidamente, sem pensar duas vezes.

Scorpius rapidamente a fitou, encarou os seus olhos, ele pareceu levar um choque, Rose não sabia se alguma vez vira o mesmo chocado.

— Como é? – Ele engoliu em seco

— Você sabe, Scorpius – A ruiva revirou os olhos – Quero que saiba que não guardo mais ressentimentos disso, nós éramos bem jovens e...

— E imaturos, nós éramos imaturos – Scorpius completou quase inaudível

— Eu fui totalmente boba em alimentar um sentimento não correspondido por anos, e eu ainda culpei você – Ela riu consigo mesma – Eu podia ter me apaixonado por muitos outros garotos que gostariam de mim, porque eu acabei estragando nossa amizade...

— Você não estragou nossa amizade, Rose – O loiro cortou e rapidamente pegou as mãos dela, Rose o olhou surpresa

— Nós nunca mais conversamos como éramos, antes do que eu confessei pra você – Ela piscou confusa

— Eu devia ter te contado que eu amava outra pessoa – Ele sussurrou meio sem jeito

— Você sabe que pode contar comigo pra tudo, Scorp – Rose exclamou apertando as mãos do mesmo de volta – Eu superei a muito tempo atrás.

Os dois riram e permaneceram se olhando por alguns segundos, ela nem notou a mudança no tempo quando Scorpius se levantou e a fez fazer o mesmo, ele a abraçou, apertado, Rose correspondeu o abraço.

— Você fez falta, doce limão.

Eles mantiveram o silêncio, até que voltaram a sentar, dessa vez Scorpius sentou do seu lado, e os dois conversaram sobre o que acontecera nos últimos anos.

 

[...]

 

Alvo se deparou com a menina sentada na janela, com os olhos vidrados no céu, ela não reparou que ele entrara na sala. Ela vestia algo como um vestido longo, um pijama, como os de Lily, porém mais longo, ele pensou, refletia o luar, tão branco quanto.

Ele se aproximou silenciosamente e logo estava de frente para ela, escorando na janela, ela não desviou o olhar do céu.

— Sem sono? – Ele perguntou voltando seus olhos para o céu também, algo o dizia que o amanhecer estava próximo.

— Sim, praticamente todas as noites – Ela respondeu sorrindo de canto

— Eu sou bom em contar historias de ninar, se quiser... – Alvo argumentou fazendo a menina rir.

— Sabe, senhor Potter...

— Alvo – Ele a interrompeu, a menina respirou fundo antes de continuar

— Sabe, Alvo, mamãe me contava sobre a magia – Ela começou como se contasse uma incrível história – Sobre dominadores que podiam fazer oceanos se levantarem em imensas ondas, e fazer as mesmas baixarem também, me contava histórias sobre cavalos alados que toda a família real possuía.

Alvo escutava atentamente enquanto sua imaginação lhe trazia aquelas imagens, pareciam sair de um conto de fadas.

— Do romance proibido entre fogo e água, porque... Parece clichê, mas você sabe que são opostos e que... Você entendeu – Ela ria timidamente – A família real acabavam, mesmo que involuntariamente, casando com dominadores do ar, eu sempre achei que dominadores do fogo e do ar se complementavam, assim como terra e água.

O Potter já ouvira aquilo em varias histórias, os quatro elementos, naquele momento eles se tornavam reais, reais e palpáveis.

— Claro que não dá para rotular essas coisas, mas os livros relatam os dominadores de mais sucesso de toda a história, e o maior deles podia dominar todos os elementos, não sabemos como isso era possível, mas realmente aconteceu, o parceiro de Kirsten podia, chamamos eles de fundadores, porque são os primeiros de quem temos conhecimento.

— Eles surgiram do nada? – Alvo perguntou curiosamente

— Não, não, os livros dizem que eles vieram do seu mundo, mamãe disse que a rainha Kirsten nasceu de um evento único em todos os mundos. – Ela explicou gesticulando

— E como se chamava o marido dela?

— Noah – Ela abriu a boca em um sorriso pensativo – Diziam que ele era muito, muito bonito, estonteante, nem mesmo o seu filho nasceu tão bonito quanto.

Alvo sorriu debochado e a menina riu.

— E quanto a Kirsten?

— Ela era muito bela também, antes de toda essa bagunça, tínhamos estátuas dos dois pelas cidades, eles não eram idolatrados, mas eram amados, eles nos fizeram perceber que éramos especiais... – Os olhos dela brilharam – que não somos esquisitos, ou diferentes, mas que nos somos incríveis, especiais e únicos.

Aurora falava maravilhada, Alvo se impressionou enquanto a assistia olhar as estrelas, tudo nela era especial e único, ele realmente nunca vira ninguém igual. Aurora percebeu o olhar do menino sobre si e corou.

— O que está olhando, senhor Potter? – Ela perguntou ajeitando sua postura, ela era boa em disfarces.

— Você – Alvo sussurrou sorrindo abertamente.

Aurora sorriu corada, ela queria enfiar a cabeça em algum lugar, aquela sensação estranha na barriga não era comum, era a reação de seu corpo.

— Acho que já passou da hora do senhor dormir – Ela se levantou, saindo do parapeito da janela e deu as costas para o mesmo.

— Boa noite, então – Alvo respondeu ainda a observando.

— Boa noite, senhor Potter.

Aurora se retirou da sala tão rapidamente que nem percebera que a porta do quarto de Emily estava entreaberta.

Aurora fechou a porta atrás de si, com o coração batendo rápido no peito, ela nunca sentira isso antes, o que Alvo havia feito com ela? Ela reprimiu aquela emoção, guardando a para si, com um sorriso no rosto a menina deitou na cama, e finalmente dormiu.

 

***

 

Alguns dias se passaram desde que Rowan e Aurora recorriam a um plano, Alvo caminhava pelos corredores do castelo, fardado como um guarda real, constituído como um, pelo príncipe. Ele segurava o chapéu sobre os olhos, nunca se sentira com tamanha autoridade em toda sua vida, e ele queria rir daquela farsa.

Ele sentia os nervos a flor da pele, entrou em um debate pela manhã com Aurora para poder estar ali, estava se esquivando de Cal à vários dias.

Alvo seguia Rowan para todos os lados, como seu guarda particular, apesar de o Potter nunca ter empunhado uma espada na vida, o príncipe confiava nele, ou talvez só estivesse prezando por ele ate que o jogasse dentro do lago pra morrer e resgatar a magia a muito perdida, Alvo tremeu com o pensamento.

Ele cumprimentou gentilmente duas aias que saiam da cozinha, e ao verem o rapaz se encheram de risadinhas, Aurora dizia que elas eram bobas, e que não devia dar atenção ao que cochichavam pelo castelo, ele não ligava realmente.

Ao empurrar a porta da cozinha, naquele momento o coração lhe pesou dentro do peito, ele prendeu a respiração correndo os olhos por dentro da cozinha, o local vaporizava, era tão difícil enxergar, se não fossem pelas raízes em seu pescoço, o moreno talvez nunca a reconhecesse.

— Lucy! – Alvo praticamente gritou tirando o chapéu da cabeça.

Os olhos da menina se ergueram de encontro aos olhos completamente esverdeados do Potter do meio. A menina arregalou os olhos e largou a colher com que estava cozinhando algum tipo de sopa, ela se virou e começou a andar com passos pesados, arrancando o avental do seu pescoço e o jogando ali no chão. A medida que seus passos se apressavam o cabelo quase ruivo da menina se soltou. O espaço de tempo foi curto quando os dois se encontraram em um impacto, um abraço urgente, pareciam desesperados.

Todos pararam o que estavam fazendo na cozinha para observar. Lucy soltou o fôlego que a muito estava preso dentro de si, ela segurou a vontade de chorar e Alvo a apertou ainda mais, se dependesse dele, ele nunca mais a soltaria.

 

[...]

 

Sam segurou no braço de James, tentando olhar por cima de seu braço enquanto ele lia uma mensagem atentamente.

— Você pode... – James virou de frente para ela guardando o celular no bolso – Chegar um pouco pra lá?

— O que tem aí? – Ela perguntou apontando para o bolso da calça do moreno

— Nada que seja da sua conta – Ele rebateu e ela conteve a vontade de revirar os olhos – Vou te deixar em casa, tenho coisas para fazer.

James encerrou o assunto e ela apenas assentiu, ela podia sentir que ele estava tenso. Sam colocou sua mão sobre a do menino, a apertando, ele se voltou para o volante, ignorando a menina, ela cruzou os braços no banco de trás.

— Eu vou com você – Ela determinou com a voz firme.

— Você não pode – James suspirou, já se cansara

— Você não pode mandar em mim – A menina quase esbravejou de volta.

 James deu de ombros, cedendo.

— Depois não diga que eu não avisei – Ele murmurou tirando o celular do bolso antes de dar partida.

O Potter mais velho respirou fundo, ele nunca achou que esse dia chegaria, não dessa forma.

“James,

Acho que você prometeu coisas demais.

Proteger sua família foi uma delas?

Vamos colocar suas promessas à prova.

Você conhece pontes suficientemente altas?

Eles ou Você?

O desafio esta lançado,

Hirena"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Eu juro que não farei vocês esperarem muito tempo rs, o proximo capitulo ta de tirar o folego oh.

Até o próximo,
XOXO.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hirena" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.