Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 15
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Notas iniciais do capítulo

Opa, rs
Eu notei que tem muita coisa pra acontecer, e que não posso demorar tanto pra postar rs.
Espero que gostem, oh, segurem as pontas.

Boa leitura!!!



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Depois de alguém quase derrubar a porta de Emily, ela apressadamente jogou um grande capuz sobre a cabeça do menino e pediu que ele a seguisse sem fazer mais perguntas.

Alvo tinha seus olhos fixos no chão, ele se esforçava para não olhar ao redor, sabendo que levaria um sermão da garota, eles saíram em silêncio já na calada da noite. Emily seguia um homem a frente, era um homem grande e magricelo, ele estava muito mais a frente que eles, como se precisassem despistar alguém.

Alvo notou primeiramente a calçada, então o barro que sujou seus calçados ate a altura do calcanhar, ele sabia que um rio corria ali por perto, ele podia escutar o barulho das águas ficando cada vez mais alto depois o caminho foi se tornando cheio de pedregulhos brilhantes, escorregadios, até se tornar uma pedra lisa. A jovem o tocou no ombro, sinalizando que eles podiam parar ali, Alvo finalmente ergueu os olhos.

Ele se deparou com o que parecia uma caverna, sua entrada era completamente escura, e a pedra lisa parecia ter sido feita para aquele lugar, como um piso que alguém tivesse ido escolher em uma loja.

— Pode tirar o capuz aqui, Alvo, se não você vai cair – Emily encarou o menino estendendo as mãos para pegar a vestimenta.

O Potter não hesitou muito em entregar para a menina, ele hesitou em entrar na caverna, o homem já havia sumido naquela escuridão. Emily seguiu a frente olhando a todo momento para trás para ver se o menino a seguia, ele começou a caminhar em direção ao escuro. A menina sumiu diante de seus olhos quando adentrou a caverna, ele estava um pouco atrás, o menino deu uma ultima olhada no céu estrelado antes de adentrar o local.

Alvo ficou por alguns minutos perplexo ao perceber o que havia ali, do lado de fora, era apenas uma caverna escura, porém ao passar para o lado de dentro, um vento suave balançou seu cabelo quando ele ergueu os olhos verdes encarando o grande jardim ali, e lá dentro estava iluminado por luzes de postes que ele notou serem muito estranhos, pareciam árvores magras demais, que no topo tinham apenas um galho, na ponta do galho, algo brilhava, ele não conseguiu identificar por estar tão claro.

Ele olhou embasbacado para o céu, ele podia ver as mesmas estrelas que estavam do lado de fora, brilhantes, ele não podia acreditar. Mais a frente se encontravam algumas casas, casas feitas de madeira, uma madeira clara e delicada, com os telhados de folhas, muitas folhas, como as folhas de uma trepadeira, elas cobriam toda a casa, ele contou seis casinhas a sua vista, e uma em especial bem centralizada, tinham folhas vermelhas em seu teto, o que a tornava destaque diante das outras.

— Vamos, Alvo, depois você pode admirar o quanto quiser – A menina riu sendo acompanhada pelo moço que estava a frente, já na porta da casa de teto vermelho.

— Como é possível? – Ele murmurou perplexo.

O moreno estava chocado demais para comentar qualquer coisa, ele apenas andou atrás da menina que exibia um sorriso risonho no rosto, ela abriu a porta revelando uma sala, que Alvo achou particularmente, bizarra. Com, o que ele pensou ser um sofá, feito inteiro de... Lã? Um tapete que parecia do mesmo material, um pequeno corredor que levavam a duas portas, e uma lareira do lado oposto do sofá.

Até que seus olhos recaíram sobre a menina parada ali, na frente do sofá de lã, ela tinha os olhos brilhantes como sempre, e sorriu quando o encarou.

— Você está tão saudável, senhor Potter – Ela comentou piscando rapidamente

— E você parece... Mais real – Alvo falava ainda chocado

Aurora riu um pouco com a expressão do menino, e ao ouvir um estalar no fundo, ela rapidamente se virou para o corredor, onde uma porta se abria. Os outros três se prontificaram em segundos fazendo uma meia reverência, Alvo continuou imóvel apenas observando.

— Vossa Alteza – Aurora cumprimentou com a cabeça reclinada

Alvo queria coçar os olhos para ter certeza do que via quando o menino louro saiu pela porta do que parecia um quarto, ele trazia um livro grande em uma mão e um bastão reluzente na outra. Ele reconheceria aquele menino em qualquer lugar, era de quem Emily o falara, o príncipe mais novo, que tinha salvo Lucy da morte iminente.

Os olhos dos dois se encontraram, Alvo sentiu o olhar curioso do menino, o príncipe caminhou em direção a ele, colocou a mão em seu ombro e sorriu amigavelmente.

— Você está bem? – Ele perguntara parecendo realmente preocupado, o Potter nada respondeu, apenas assentiu.

Ele se segurou para não perguntar sobre a prima, nem ao menos Emily sabia que ele tinha fugido mais cedo.

— Vocês sabem que não precisam dessa burocracia – O príncipe mais novo ralhou, se largando no sofá como se estivesse exausto

— É pelo respeito, Alteza – Emily respondeu timidamente

— Vamos logo ao que interessa – Ele revirou os olhos abrindo o livro em seu colo, que revelava um mapa solto, uma página que fora arrancada de algum outro lugar.

— Eles derrubaram o esconderijo do oeste, Rowan – Aurora se apressou apontando no mapa o local

— Conseguiram tirar os que estavam lá? – O loiro respirou fundo, ele estava claramente tenso

— Haviam apenas duas famílias, a transferimos para o norte – A menina explicou gesticulando em cima do mapa

— Então, Alvo, se você quer realmente ficar, preciso que conheça algumas coisas – Rowan se pronunciou encarando o menino, Alvo se aproximou desconfiando

— O que eu preciso fazer? – Alvo perguntou um pouco receoso, porém direto

— Trazer a magia de volta, Alvo – Aurora respondeu tomando a frente

— Como assim trazer a magia de volta? Isso não é impossível? – Ele ficou totalmente confuso

— É o lago, Alvo, o lago pode trazer tudo de volta, só precisamos do descendente certo – Rowan explicava calmamente

— Molly teve sete filhos, eles não chegaram a ascender, mas vocês sim.

Alvo queria acreditar em tudo que estava ouvindo, mas parecia como um conto de fadas aos seus ouvidos.

— E como que... – Ele comprimiu os lábios – a magia... Você sabe...

— Um de vocês é sacrificado – O homem que estava ali no canto quieto finalmente se pronunciou.

Alvo o olhou assustado, sacrificado? Alguém teria que morrer? Ele começou a se questionar se realmente queria ficar ali agora.

 

[...]

 

Hermione apertava as mãos nervosamente, enquanto uma Rose inquieta olhava pela janela do carro do seu lado. Rose aparecera logo que a manhã raiou, dizendo que as duas precisavam ir a algum lugar, ela mesma nem permitiu que a mãe dirigisse, havia sido curta e grossa.

Na noite anterior, a mulher havia passado muito tempo chorando e caiu no sono, quando acordou Ron não estava mais ali, mas ela estava muito grata por ele ter ficado lá, todos os outros lhe deram as costas pelo seu erro, ela se sentia fora do direito de discordar ate mesmo de sua filha, ela não se preparou para o que ainda estava por vir.

Rose não falou se quer uma única palavra a viagem inteira com ela, só respondia as perguntas do taxista, de vez em quando a ruiva olhava o celular.

Enfim o carro parou, Hermione saiu do carro com o coração mais apertado do que nunca esteve antes, a casa dos Greengrass, ela descobrira exatamente o que Rose queria fazer ali, ela teria que lidar mais uma vez com suas ações, não sabendo se conseguiria enfrentar os olhos tristes de Astória.

A ruiva foi quem bateu na porta, ela estava nervosa, Hermione conhecia alguns gestos da filha como reflexo seu.

— Você tem certeza? – A mais velha perguntou, a ruiva apenas assentiu quieta.

As duas quase se assustaram quando uma Astória com olheiras extremamente escuras despontou na porta, os olhos verdes dela rapidamente se encontraram com o de Hermione.

— O que faz aqui? – A voz de Astória fora baixa e melancólica

— Nós podemos conversar? – Rose se pronunciou antes que a mãe se quer abrisse a boca.

Astória apenas empurrou a porta, abrindo passagem para as duas. A Weasley entrou a frente, olhando atentamente para a casa, que tinha um corredor que terminava em uma grande sala, era uma sala comum, com sofás, uma televisão, era tudo muito comum, as janelas estavam fechadas, revelando que Astória não se importava muito em ficar no escuro, Rose engoliu em seco e por si só, se sentou no sofá.

— Então... – Astória murmurou, se sentando no sofá próximo, Hermione continuou em pé olhando para a mesma.

A menina levantou os olhos para encarar Hermione, a mãe entendeu o recado.

— Primeiramente, eu queria dizer que sinto muito por tudo que eu fiz...

Antes que Hermione começasse a suas explicações, Astória se levantou, caminhou até a frente da morena estirou os braços e puxou a mulher para um abraço, um abraço apertado.

— Eu perdoo você – Astória sussurrou encostando a cabeça no ombro dela

— Mas eu tirei tudo de você... – Ela respondeu perplexa juntando forças para retribuir o abraço

— Você não tirou nada de mim, Hermione, o que é nosso nunca vai embora de verdade – Ela rebateu.

Rose observou as lágrimas escorrerem silenciosas pelo rosto das duas, ela sabia que Astória já passara por inúmeras dificuldades, que sua mãe era culpada da maioria dessas coisas, ninguém esperaria que a Malfoy agisse daquela forma, ela não era, no final, uma pessoa ruim.

Hirena estava errado, seja lá quem fosse, ele não conseguiria destruir nada que a pertencesse, Rose sabia naquela ocasião, que tudo poderia a surpreender, não se permitiria temer.

 

[...]

 

Um Teddy desconfiado abriu a porta da casa, olhando para o rosto dos dois familiares ali ele esboçou um sorriso.

— Domi! Louis! – O homem exclamou já abraçando os dois e em seguida pegando suas malas no chão – Victoire avisou que viriam, estamos bem contentes, principalmente Anthony!

Os dois riram entrando na casa como se fosse sua, eles conheciam aquele lugar com a palma da mão, era difícil dizer quantas vezes já estiveram ali.

— Não é por muito tempo, eu só preciso de um apartamento novo – A loira se sentou no sofá com muito pesar.

Pela porta da cozinha saiu uma Victoire com um menininho nos braços, Victoire sorriu assim que os viu.

— Sabem que podem ficar quanto tempo quiserem – Ela exclamou deixando o bebê sentado na poltrona.

Victoire estava mais vibrante, pensou Dominique, várias noites sendo mãe não lhe surtiram o efeito de ficar com aparência de zumbi como as outras mães normais por ai, ela estava radiante, ou só sabia esconder as olheiras muito bem.

— Anthony! – Louis em um pulo caminhou ate o sobrinho, que já lhe olhou risonho.

Louis fazia cócegas na barriga do pequenino, enquanto Victoire trocava olhares preocupados com Dominique, a mais velha começou a caminhar para a cozinha e a menina entendeu, Dominique lhe seguiu escutando o sobrinho a desatar a rir na sala.

— O que aconteceu com sua casa? – Victoire não enrolara muito e assim que entrara na cozinha disparou a pergunta

— Tentaram me matar, para variar, eu e Rose, na verdade – Ela explicou comprimindo os lábios.

A irmã mais velha a encarou por alguns segundos, digerindo cada uma daquelas palavras.

— E por que você esta tão tranquila? – Victoire torceu o rosto em uma careta

— Porque não é surpresa, tem pessoas contra mim mesmo, mas tudo bem, eu já resolvi o problema – Ela deu de ombros como se aquilo não importasse muito para ela agora

— São aquelas mensagens não são? – Dessa vez ela sussurrou, atentando o olhar para a sala, Dominique a encarou com rapidez

— São, são sim – Ela murmurou de volta.
Victoire se aproximou da irmã e pegou em suas mãos a encarando nos olhos.

— Nós vamos proteger vocês, de tudo isso – Ela falou segura de si

— Não há como fugir do jogo – Dominique rebateu

— Você não precisa fugir, você precisa lutar contra ele.

Dominique a observou por um longo tempo em silêncio, não sabia o que se passava na cabeça da irmã, e seria melhor se não soubesse. Victoire a puxou para um abraço, afagando os cabelos da irmã mais nova, Dominique suspirou, a menina exalava a sua família, cheirava a lar e conforto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Eu acho que ta dando tudo certo por enquanto, ta até morno, isso é o que vamos ver nos próximos capítulos.

Ate o próximo,
XOXO.



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