Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 17
Sacrifice


Notas iniciais do capítulo

Opa,
Primeiramente, sejam muito bem vindas pessoinhas S2
Não me matem, ta? Esse capítulo é só uma ponte.

Boa leitura!!!



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Lucy segurava fervorosamente em seu braço, como se o garoto pudesse sumir se ela o soltasse, ela estava tão aliviada de modo que não conseguia pensar em mais nada, queria que Alvo a levasse para bem longe dali, e foi o que o mesmo fez quando a arrastou para fora do castelo.

Alvo a levou para o que parecia ser um beco, por trás do grande castelo, que já despontava sua sombra abraçando o sol da manhã. Ele a encarou com o sorriso mais radiante que tinha no rosto, aparentando que iria a abraçar novamente.

— Eu nem acredito que é você! – Ela murmurava surpresa – Você está tão bonito com todo essa roupa.

— Assim como todos os outros? – Alvo riu segurando nos ombros da menina

— Meu Deus, Alvo! Procuramos por você em todos os lugares, eu ate morri inclusive – Ela estava tão empolgada em contar tudo que seu sorriso apenas crescia em seu rosto.

— Eu também morri – ele comentou e os dois riram

— Ah, achei que eles haviam pegado você e... – Lucy parou no momento em que notou algo.

Ela ergueu as mãos ate o pescoço do primo e puxou a gola da camisa para baixo, revelando profundas marcas que ela conhecia bem desde então, ela sorriu.

— Qual elemento é o seu? – Ela indagou subindo a gola da camisa novamente para cobrir

— Não tenho certeza ainda – O menino manteve o olhar sobre a prima

Os dois naquele momento estavam tão próximos, que faziam um voto silencioso de que não se soltariam. As mãos do Potter seguravam seus braços firmemente, e por alguns segundos eles conseguiram se sentir em casa.

— E você? Qual o seu? – Alvo quebrou o silêncio sorrindo largamente

— Rowan aposta que seja o ar – Ela riu consigo mesma e o primo ergueu uma sobrancelha

— Rowan...? – Ele mostrou os dentes em um sorriso amarelo e a menina corou

— Não é nada do que pensa, Al – Lucy balançou a cabeça em negação – Eu prefiro garotos do meu mundo, garotos normais.

“Normais", aquela palavra tivera um impacto nos ouvidos do menino, ele se perguntava o que era ser normal naquele momento, em qual hora exata ele tinha deixado de ser normal?

De um jeito ou de outro, o que importava para o menino é que iria tirar a prima dali, das garras do maldito rei, mesmo que ela fosse para o esconderijo mais distante ao norte, ela estaria segura, até que... Alvo não parara para pensar no sacrifício, era cedo demais.

Foi inevitável que o contato físico dos dois não se firmasse quando eles sentiram algo estranho correr pelo corpo, pelas veias, e já parecia tarde demais quando a multidão de guardas começaram a correr pelas ruas da cidade, suas armaduras podiam ser escutadas ao lado, eles podiam ouvir o próprio coração pulsar pelos seus ouvidos, o sangue mostrava sinais de vida própria, alertando que estava correndo mais rápido pelos seus corpos, eles viram as raízes um do outro tomarem um tom mais forte e radiante, e ali, naquele instante, Alvo temeu.

 

[...]

 

Pela janela do carro, a ruiva observava os aconchegantes estabelecimentos de Londres. Ela podia jurar que tinha visto algo estranho no que aparentava ser uma livraria, não era mais estranho do que o que a menina estava prestes a presenciar.

As grandes tempestades em sua vida tinham passado, nada de joguinhos por enquanto, quietos demais, ela pensara, tranquilos, a calmaria depois da tempestade, ela nem podia acreditar que a uma semana estava respirando fundo e aprendendo a lidar com os erros dos outros, aprendeu tão somente a perdoar de forma genuína, quem a visse diria que ela estava diferente.

O carro seguiu pela ponte, quando ela tornou a perceber que pessoas se aglomeravam ali, uma multidão estava se juntando no meio da ponte, e graças a quantidade de pessoas entre a pista e a calçada, os carros estavam engarrafados e parados, o motorista lançou um olhar para ela pelo espelho.

— Acho que isso pode demorar um pouco – Ele comentou educadamente com o sotaque mais puxado que ela já ouvira na vida

— Sem problemas – A jovem murmurou encostando a cabeça na janela.

O carro andou apenas algumas centímetros em poucos minutos quando ela percebeu o que estava acontecendo, seus olhos focaram em alguém, a frente da multidão, acima, exatamente, no parapeito da ponte, era um homem, ela ate cogitou coçar os olhos quando percebeu que ele estava prestes a se jogar, o desespero finalmente a tirou do seu transe quando viu uma loira em baixo do menino, ela parecia gritar com ele, o choque lhe tomou conta assim que ela percebeu quem eram.

Rose abriu a porta do carro e saiu correndo no meio das pessoas, ela não dissera uma palavra se quer ao motorista, ela apenas empurrava as pessoas ao seu redor com os ombros, sua respiração estava tão pesada que quem a observasse acharia que a mesma tivesse corrido uma maratona, enquanto as pessoas faziam uma meia lua ao redor do rapaz, gritando, exclamando para que o mesmo não pulasse, Rose chegou a passos largos por trás do menino e perplexa olhou para ele, ele a observou de esguelha, era notável que ele estava tenso.

— O que pensa que está fazendo, Potter? – Rose esbravejou recordando-se que ainda tinha voz

— Você sabe, o desafio...

— Uma ova que eu vou deixar você se matar assim – Ela o cortou rispidamente, ela queria gritar com ele e o puxar para trás, mas sabia que apenas um movimento errado e ele despencaria.

— O rio é profundo, ruiva, eu não vou morrer – Ele exclamou como se isso pudesse a tranquilizar.

Um James meio desequilibrado virou-se de lado para a olhar, Rose prendeu a respiração vendo aquilo, ela sabia que ele precisava obedecer o maldito jogo, todos viram o que aconteceu com Lucy.

Rose respirou fundo e se aproximou da beirada, em segundos que a multidão se calou, a menina começou a subir no parapeito também, e logo estava do lado do primo, em pé, tentando não tombar para frente e temendo olhar para baixo.

— O que você está fazendo? – Ele perguntou perplexo segurando no braço da garota

— Se eles vão matar você, vão ter que me matar também – Ela cuspiu as palavras determinada

— Eu não vou deixar que você faça isso!

— E eu não vou deixar que você pule isso sozinho!

A multidão voltou a clamar, agora para que os dois descessem dali, Samantha ao pé deles começou a chorar copiosamente, como se eles já tivessem pulado em direção a morte.

O silêncio prevaleceu entre os dois trocando olhares desafiadores, Rose soltou o seu braço do aperto dele e dessa vez segurou em sua mão, ela respirou fundo e fechou os olhos, James sabia que preferia morrer a ver aquilo, mas sabia também que ela não sairia dali até que ele desistisse, entre a possibilidade de todos os outros membros da família, e entre eles dois, ele sabia que aquele sacrifício teria valido a pena.

James segurou com força em sua mão, ela o encarou rapidamente, a olhando nos olhos.

— Não me solte – Ele murmurou e ela fez menção de sorrir, porém apenas assentiu

Os dois olharam para frente, como se contassem mentalmente, esquecendo de vários gritos atrás deles e de como aquilo era suicida e estúpido. Rose não queria mais obedecer aquele jogo assim, se eles tivessem que jogar, que fosse do seu jeito.

O mundo pareceu entrar em câmera lenta quando James apertou os olhos segurando a mão de Rose, ela sabia que era o sinal, ela deu um passo no vazio no mesmo momento que o moreno, ela não iria largar sua mão de forma alguma, mesmo apavorada, mesmo quando sentiu o impacto com a água e afundou profundamente ela não soltou sua mão, o ar comprimiu em seus pulmões pela profundidade, e antes que qualquer coisa acontecesse, ela sentiu que a mão que ela apertava com tanta força começou a puxa-la para cima.

 

[...]

 

O dia já estava indo embora quando Dominique alimentava o seu primeiro sobrinho, Anthony lançava aos mãos para o alto de alegria, e a loira só sabia rir da cara do menininho.

Louis do outro lado da mesa conversava com Victoire sobre o trabalho e como havia sido difícil nos últimos dias, tudo estava muito calmo quando a campainha tocou, da cozinha a visão para a porta a favorecia, Victoire rapidamente caminhou ate a porta, sem muitos rodeios ela a abriu, na porta, com os olhos arregalados e o corpo tremendo estavam duas meninas, uma ruiva baixinha seguida de uma loira.

O choque que percorreu o corpo dos Weasley fora grande quando Lily irrompeu pela casa sem pedir licença a Victoire e indo diretamente ate Dominique, com os olhos inchados de quem havia chorado e a expressão assustada, Lily a agarrou em um abraço.

— Eles sumiram, Domi – Lily murmurou desatando em choro

— Quem sumiu? O que esta acontecendo? – Louis rapidamente levantou da cadeira e se aproximou a passos largos

— Rose e James – Samantha se pronunciou da porta, entrando na casa.

Victoire permaneceu na soleira da porta confusa, Dominique e Louis tentavam digerir aquilo.

— Como? – Dominique sussurrou em choque

— Eles pularam da ponte – Samantha explicou se apoiando na mesa

— Meu Deus! Por que eles pularam de uma ponte? – Louis estava por trás de Anthony prestes a segurar o menininho que não entendia nada da conversa

— Foi o jogo – Lily exclamou com sua voz embargada.

Os dois irmãos congelaram ao ouvir aquilo, eles queriam acreditar que não era verdade, que não estava acontecendo.

 

[...]

 

Rose estava meio inconsciente quando sentiu seu corpo sendo arrastado pelo que pareciam pedrinhas e areia, ela sentiu a presença do outro ao seu lado, que por incrível que pareça, não havia soltado sua mão.

Longos minutos depois, quando a mesma recobrou a consciência, ela começou a tossir, tossir água, expulsando o que havia entrado em seus pulmões, a ruiva se sentou tremendo de frio e tentando controlar a respiração, ela só cogitou soltar a mão do primo quando se deparou com ele ali do seu lado, ela não sabia se estava dormindo ou se estava morto, num súbito Rose se aproximou dele e colocou a cabeça em seu peito, seu coração ainda estava batendo, ela escutava.

Rose se arrastou para mais perto e colocou as mãos sobre o tórax do menino, fazendo pressão como ela tinha visto nas séries de televisão, uma, duas, três vezes e ele tornou a tossir, ela voltou a segurar em sua mão quando o mesmo se sentou em um rápido movimento, ele cuspiu a água assim como ela e tomou uma grande respiração profunda, demorou alguns segundos até que o menino focasse na ruiva.

— Você esta bem? – Ele dissera em meio a tossidas, segurou o rosto dela com as duas mãos e a encarou

— Estou viva e você? – Ela murmurou preocupada segurando em seus braços

— Tudo bem – Ele tentava controlar a respiração.

James ergueu os olhos para o que havia ali ao redor, eles estavam estirados em frente a entrada do que parecia um templo, um templo, a beira do rio? Tudo se tornou mais estranho do que já estava quando ele olhou para cima e percebeu que se encontrava em uma caverna subterrânea, a água corria ao redor, havia uma bolsa de ar ali, ele notara, e como diabos tinham construído um templo ali?

Rose seguiu seu olhar e rapidamente ela já estava de pé, ela ajudou o moreno a levantar e tomada pela curiosidade foi diretamente em direção ao templo.

— Você não assiste filmes de terror, ruiva? – Ele perguntou tentando acompanhar a garota

— Assisto, por quê?

— Quem normalmente entra nesses lugares acaba morrendo – Ele murmurou um tanto amargurado

Rose revirou os olhos chegando ate a porta do templo, as portas eram enormes e haviam símbolos desconhecidos desenhados nela, as portas estavam claramente fechadas. Os pilares que erguiam a majestosa frente do templo eram cinzas, e eles podiam notar musgos se instalando ali pelo que pareciam muitos e muitos milhares de anos. Era um templo como aqueles de filmes, filmes de ficção claro, onde moravam deuses em templos, e esse tipo de coisas fantasiosas.

James seguiu a menina de perto e mais uma vez segurou em sua mão, ela não hesitou muito em empurrar a porta, notando o quanto era pesada ele a empurrou juntamente, era mesmo feita de pedra, eles perceberam, empurraram a porta para que uma brecha suficiente para os dois passarem se abrisse.

James foi a frente da prima e entrou no local, em uma primeira olhada o local ali dentro era escuro, porém luzes começaram a acender sozinhas, tochas, uma atrás da outra formaram uma estrada longa ate o que aparentava ser um altar enorme.

Rose coçou os olhos para ter certeza do que estava vendo, ela nunca tinha visto nada igual em toda sua vida, era surreal.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Vocês acharam mesmo que eu, euzinha aqui, não ia escrever o que aquece meu coração a anos?
Não tem nada que eu mais ame rs.
Espero que tenham gostado de verdade, prometo que o próximo vai ser ainda melhor.

Até o proximo,
XOXO.



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