Hirena escrita por Nathyy Weasley
Notas iniciais do capítulo
Opa, voltei rs
Ja perceberam o cronograma?
Muito, muito obrigada as pessoinhas que começaram a acompanhar a historia nos últimos dias, vou tentar entreter vocês rs
Boa leitura!
Dominique andava com os pés arrastando pelo chão, evitando pisar em algum estilhaço, estava tudo quebrado, tudo parecia poeira agora, e ela não se sentia segura naquele lugar, não como se sentiu quando quis ver o apartamento pela primeira vez, ela observou o quanto era tudo lindo ali, e o quanto combinava com ela, tinha sua cara, seu jeitinho, agora no mínimo estava em pedaços.
Ela tinha escolhido passar na casa de Roxy, e pedir que a prima fosse com ela até o local, Roxy não relutou muito, e pelo desespero aparente da prima ela foi junto. Louis estava nesse momento no outro lado da cidade, informando a Percy e Audrey, que Lucy viajara no dia anterior, de última hora e que escolhera não contar a ninguém, era uma mentira, mas somente eles sabiam disso.
— O que aconteceu aqui, Nick? – A voz da prima quebrou o silêncio que fazia Dominique mergulhar dentro de sua própria mente.
— Eu acho que alguém tentou me matar, não sei porquê alguém faria isso – Dominique pigarreou, outra mentira.
— Por isso me pediu para vir até aqui? Ah, Nick – Roxy suspirou pesadamente – Seus pais já sabem disso?
— Não, e nem saberão, eles surtariam e tentariam me prender em casa, seria um absurdo – A loira revirou os olhos.
— E a polícia? Você avisou a polícia?
— Ainda não, mas estava prestes a fazer isso – ela soava atordoada agora.
— Você não faz ideia de quem seja?
Dominique deu de ombros e balançou a cabeça levemente em sinal de negação.
— De qualquer forma, você não pode mais ficar aqui, Nick – A morena cruzou os braços como se estivesse pedindo um ultimato a loira.
— Tudo está uma bagunça, Roxy, papai e mamãe estão viajando, Louis não tem condições de ficar sozinho agora e...
— Você pode vir para minha casa, você sabe, não é? Você e o Louis – Ela interrompeu se aproximando da prima.
— Talvez seja melhor que eu vá passar uns dias com Victoire – A menina agora baixou seus olhos, ela sabia que Victoire cuidaria melhor de Louis.
— O que houve, Nick? Está me rejeitando? – Roxy soltou uma risadinha abafada.
Dominique fitou a menina, ela não poderia mentir muito mais, mesmo que Roxy estivesse no jogo ou não, ela não sabia, nem queria arriscar a vida da prima daquela forma, era melhor deixar quieto. Por outro lado, Victoire faria perguntas, e iria bater o pé até que a mesma respondesse.
— Vai ser melhor para o Louis, você sabe disso, Tory o protege com dentes e unhas – Suspirou se desvencilhando das perguntas da menina.
— Você sabe que não tem problema, não vai incomodar nada – Roxy insistiu, e encarou a loira que não parecia mudar de ideia por nada – Tudo bem, Nick, mas se precisar, pode me ligar.
A menina deu de ombros e Dominique a abraçou, ela era uma das poucas amigas que a lembrava que ela ainda tinha uma vida fora de tudo isso, que ela ainda tinha vestidos, blusas e calças para desenhar, a lembrava do que ela lutou sua vida inteira para ser, que um jogo idiota a tirou de tudo isso em tão pouco tempo, ela se esquecera das chamadas perdidas, de que o celular não tocava somente para aquele jogo idiota, ela precisava acordar, acordar de tudo isso que a deixava dormente, quando de repente uma ideia se acendeu na sua cabeça, Dominique precisava acordar.
[...]
— Você está atrasado tipo umas vinte e quatro horas – A menina bateu o pé quando viu o jovem descer a janela do carro e a olhar com um sorriso debochado.
James abriu a porta do carro e a morena entrou, ela se inclinou para beijar o moreno e ele nem sequer virou para olhar a menina.
— Além de ter sumido, mudou também? – Ela riu debochada beijando a bochecha do jovem enquanto ele dava partida no carro.
— Foi um dia ruim, Sam – Ele murmurou com os olhos vidrados na estrada.
Ela perdurou por alguns minutos antes de começar a fazer perguntas.
— Por que não atendeu o telefone?
— Estava ocupado - Ele deu de ombros.
— Ocupado com quem? – Ela finalmente fizera o menino olhar para ela, mesmo que de relance, agora ele exibiu um sorriso irônico no rosto.
— Você está com ciúmes, Samantha? Desde quando eu lhe devo tantas satisfações?
Ela enrubesceu com o que parecia uma fúria interna.
— Você não tem jeito mesmo, James! – Ela ralhou revirando os olhos – Mas o que era mais importante do que eu?
— Muitas coisas – Ele riu descaradamente sabendo que a menina ficaria com raiva, antes que ela pudesse abrir a boca e soltar xingamentos ele continuou – Estava com Lily, emergência de família.
— O que aconteceu? Está tudo bem? – Ela pareceu mudar da água para o vinho ao ouvir o nome da Potter mais nova.
— Está sim, só uma prima nossa que precisou de ajuda – Ele disfarçou dando de ombros mais uma vez.
— Eu conheço sua família inteira, James, sem enrolação, por favor! – Sam bufou já irritada novamente – Está me traindo, James?
— Solteiro não trai – Ele respondeu debochado.
— Então me conte, por favor, Jay – A morena ignorou e insistiu.
— Meu Deus, menina! – Ele revirou os olhos – Foi a irmã de Hugo, ela voltou ontem para Londres e agora está com Lily na casa da vovó.
— Irmã de Hugo? – Agora ela parecia bem confusa – Não ouvi Lily comentar sobre.
— Ai está o porquê precisávamos ajudar ela, acabaram as dúvidas agora?
James entrou no estacionamento do seu prédio um tanto desconfiado, estacionou o carro olhando para todos os lados, enquanto a menina pensava ao seu lado.
— Você nunca me apresentou a sua família como sua... Você sabe, “namorada" – Ela levantou os dedos sinalizando as aspas no ar, agora James lhe olhava assustado.
— Nós não estamos namorando – Ele parecia ofendido agora.
— E por que estamos indo para a sua casa agora? – Um sorriso malicioso pintou os lábios da menina.
— Pegar umas coisas para Lily, ela vai ficar com Rose na casa da vovó – Ele apressadamente já saíra do carro fugindo das perguntas da menina.
— Rose, que nome bonito, por que nunca falaram dela? – Ela o acompanhou, saindo do carro vagarosamente.
— Porque... Porque não ué, ela foi embora, não manteve contato, nós não...
— E por que ela foi embora? – A morena o interrompeu novamente.
— Não sei – James já perdera a paciência e começara a andar a passos largos para dentro do prédio, ela o seguiu.
— Você é próximo de praticamente todos os seus primos, James, é impossível que você não sai...
Ele se virou sem paciência alguma e encarou a menina, respirou fundo quando percebeu que ela não mudara nem um pouco a expressão de curiosidade.
— São assuntos dela, pergunte a ela – ele suspirava se segurando para não xingar a mesma.
— Desculpe, é importante para mim – Ela se aproximou encostando as mãos no peito do moreno, que respirava rapidamente, pela explosão recente de raiva.
— Vá catar coquinhos – Ele exclamou sorrindo debochado para a menina.
— Você sabe que eu am...
— Não, não diga – Ele a parou segurando em sua mão com certa determinação – Não quero que se arrependa também, então não diga isso.
James mais uma vez deu as costas para ela e se retirou, ela passou um tempo pensando antes de seguir ele, se perguntando quantas vezes James já tinha escutado aquelas três palavrinhas das meninas, ela sabia que não o amava, ela não poderia amar alguém que a trocava tão rápido por um outro pedaço de carne mais suculento, e ela não podia julga-lo, ela cometia o mesmo erro a anos.
[...]
Seus olhos arderam incomodados com a luz, parecia que ela não via o sol a muito tempo, estava anestesiada. Ela piscou algumas vezes para que conseguisse enxergar, em poucos segundos, ela se perguntou se não estava sonhando.
Lucy estava deitada em uma cama imensa, a menina se perguntou que pessoa tão grande assim dormia ali. Era um quarto espaçoso também, ela percebeu, haviam grandes janelas, contou três, do chão até o teto, ela estava muito surpresa agora. A morena empurrou os cobertores que estavam estranhamente pesados, ou talvez seu estado de saúde não a tivesse deixado com muita força, força alguma, ela percebeu quando saiu da cama e suas pernas fraquejaram ao ficar em pé, ela se apoiou na cama.
Sobre seus pés estava um tapete, de cor creme, tão macio quanto a cama, era felpudo e seus pés agradeceram. Ela reparou que havia algo como um grande sofá no lado esquerdo, uma porta entreaberta na direita, que ela reparou ser algo como um closet, a porta de saída era a da esquerda, perto do sofá, ela pensou.
A menina caminhou vagarosamente até uma das janelas, agora ela sabia que a janela era alta o suficiente para caber no mínimo quatro dela mesma ali em pé, uma em cima da outra, ela riu com o pensamento.
Ela perdeu o fôlego quando chegou à frente da janela, além de estonteante, era alto demais, ela podia ver toda uma... Não, não uma cidade, todo um reino, com casinhas lá embaixo, pessoas que pareciam formigas dali, e o mar, ah, o mar... Então, Lucy se recordou do que tinha acontecido com ela mesma. Mas ela deveria estar morta...
— Eu sugiro que descanse um pouco mais – A voz quebrou o silêncio do local assustando a menina.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram?
Tem tantos fios soltos para pôr em ordem.
Comentem o que acharam, meus amores.
Ate o proximo capitulo!
XOXO.