Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 13
Prince


Notas iniciais do capítulo

OPA,
Minha gente rsrsrs
Eu trouxe um capitulozinho mamão com açúcar pra vocês respirarem fundo.

Boa leitura!!!



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Lucy se deparou com um jovem, seus cabelos eram louros, puxando delicadamente para um alaranjado, cor de mel, e seus olhos eram exóticos demais para o normal, roxo vibrante, o cabelo do menino estava bagunçado, chegava a cobrir suas sobrancelhas, ele tinha traços perfeitos para o rosto, exatamente onde deviam estar, o nariz combinava com a boca e assim sucessivamente. Ele vestia uma camisa que parecia grande demais para si mesmo, estava abarrotada, e uma calça também larga o acompanhava, ele estava descalço.

Quando o menino começou a encarar ela confuso, ela percebeu que estava olhando por tempo demais, enrubesceu baixando o olhar.

 — Desculpe – A menina murmurou, e agora se tomando pela sua curiosidade ela o olhou rapidamente, sua expressão se tornou tão confusa quanto a dele – Quem é você? Onde estamos? O que eu estou fazendo aqui?

— Vamos com calma, melhor que se sente – Ele fez menção de ajudá-la, mas ela foi mais rápida e se encaminhou de volta a cama

A Weasley se sentou e o observou atenta.

— Eu sou Rowan – Ele sorriu de canto se aproximando da cama – Estamos no castelo, você foi trazida pelo meu pai, em um daqueles jogos idiotas dele – ele revirou os olhos

— Você disse castelo? – Agora seus pensamentos estavam a mil – Seu pai... Se seu pai é o rei, você...

As palavras da menina sumiram no ar, ela não sabia como agir dali em diante, olhava para ele um tanto assustada agora, lembrando do que acontecera mais cedo, ela deveria estar morta mesmo...

— Está tudo bem, não vou matar você – Ele explicou rapidamente, sentando do outro lado da cama

— Então, por que estou aqui? – Questionou confusa

— Porque eu preciso achar um jeito de tirar você daqui de Hirena – Ele sorriu timidamente

— Hirena... Hirena é um reino...

— É muito mais que um reino – Ele riu baixinho – É um mundo, Lucy – Ele acenou com as mãos, fazendo sinais como “muito maior"

— Se é um mundo, e eu vim de outro mundo... Meu Deus, Alvo está aqui! – Ela exclamou alertada e sua cabeça pareceu latejar

— Vamos com calma, uma coisa de cada vez por favor – Ele pediu apreensivo

Lucy se acalmou e se encolheu subindo em cima da cama, voltando a posição que estava quando acordou e se cobrindo, só então ela reparou nos seus pulsos, suas veias estavam quase brilhantes.

— O quê... – ela engoliu em seco arregalando os olhos

— Você ainda não viu? – Ele piscou calmamente, puxou a gola de sua camisa para baixo.

Lucy viu algo como uma tatuagem, era muito parecido com uma tatuagem, porém mais profunda e viva, tão viva que ela podia jurar que a vira reluzir em um tom roxo, como o de seus olhos. Eram como raízes, que recorriam do pescoço até os ombros, eram negros, raízes negras, ela estranhou a princípio, mas aquilo pareceu deixar o príncipe mais estranho ainda. Ela virou seus olhos rápido para os ombros e viu aquelas mesmas raízes assim, na sua pele branca elas contrastavam, ela agora as achou ate bonitas, diferente das do príncipe, ela brilhava em um tom laranja.

— É magia, magia que corre nas suas veias – Ele sorriu radiante, e seu sorriso era tão bonito quanto todo seu rosto, ela pensou

— Magia existe? – Ela fez uma careta estranhando e ele riu

— Sim, mas não conte para ninguém – O príncipe ganhou um bom humor inesperado – Agora descanse, preciso cuidar de alguns detalhes, não saia daqui, tudo bem?

Ele pediu formalmente e ela assentiu, antes que pudesse falar qualquer coisa o menino já se apressara em sair do quarto, ela sorriu sentindo as bochechas quentes, o que ele tinha? Será que todo mundo se sentia assim perto dele? Ela não pensou muito antes de virar para o lado e cair em sono profundo mais uma vez.

 

[...]

 

Samantha desceu do carro reclamando do mau humor de James, ele ignorava pegando uma caixa com as coisas de Lilian no porta malas, eram roupas e algumas coisas “úteis” que ela tinha pedido.

A menina se adiantou e bateu na porta da grande casa da matriarca dos Weasley, seu sorriso radiante se desmanchou um pouco quando ela se deparou com uma ruiva que abrira a porta, ela tinha os cabelos mais alaranjados que os de Lily e enrolados, tinha sardas em baixo dos olhos e no nariz, seus olhos eram azuis, um azul como o céu, ela pensou, abismada ela sustentou o sorriso, ela era mesmo uma Weasley.

— Rose, não é? – Ela sorriu de orelha a orelha amigavelmente – Eu sou Samantha, mas pode me chamar de Sam – Ela estendeu a mão e apenas então viu que a menina tinha a mão enfaixada e olhou confusa

— É um prazer, Sam – Rose respondeu sorrindo de canto – Não foi nada demais, só um acidente superficial – Ela respondeu rapidamente reparando o olhar da menina

— Melhoras, mesmo assim – Ela suspirou e Rose sorriu de volta para ela em agradecimento

Por trás da menina ruiva um James com um sorriso debochado surgiu, com uma caixa em mãos, ele entrou na casa sem falar muito. Samantha mudou rapidamente, ficando irritada.

— O que deu nele? – Ela bufou entrando na casa e esperando Rose fechar a porta atrás de si

— Eu não sei – Ela mentiu, se não fosse tão boa em esconder, ela também estaria daquele jeito, a ponto de explodir

— Onde está Lily? E Molly? – Sam agora a olhara curiosa, Rose se perguntou se ela tinha algum tipo de botão para mudar de emoção tão rapidamente

— Lily foi para o banho, vovó saiu com o vovô, foram ao mercado, achando que as visitas eram demais e que precisavam de mais comida, mas os armários estão cheios – Rose explicou comprimindo os lábios

— Eu adoro Molly – A menina riu caminhando ate a sala e se lançando no sofá

— Então você é a namorada do James? – Rose parecia querer manter assunto com a menina, por dentro ela sabia que precisava se distrair de alguma forma

— Namorada? – Sam riu ironicamente – James não tem namoradas, Rô... Posso te chamar assim ne? – Ela parecia prestes a contar a melhor historia de sua vida

— Tudo bem – Rose riu timidamente assentindo

— Não sei o quanto você o conhece, mas ele não passa muito tempo com ninguém, fora que James é bem ocupado com o trabalho, Alvo sempre diz que ele vai enlouquecer – Ela parou por alguns segundos – Que saudades de Alvo, ele normalmente deixaria muitas mensagens reclamando do atendimento do avião, ou que o hotel que ele está tem uma cama de “pedra" – Ela ria consigo mesma

Rose parou de a ouvir por um momento, ela estava contando coisas de sua própria família, e a ruiva estava adorando ouvir sobre, mas entrou em choque quando percebeu o que aquilo queria dizer, ela estava falando de sua família, sua própria família e Rose não a conhecia mais, onde ela estava com a cabeça quando foi embora? O que ela pensava quando entrou naquele avião? Ela percebeu que nada seria motivo suficiente para deixar todos eles para trás, e mesmo assim ela foi, fora tão ingênua, tão burra e tão desonesta consigo mesma.

Antes que pudesse continuar se maltratando mentalmente, Molly irrompeu pela sala com várias sacolas na mão, a mulher parou quando reparou a duas meninas ali na sala.

— Samantha! Que bom ver você, querida! – Ela sorriu maternalmente, do jeito que apenas Molly Weasley sabia – Venha aqui me ajudar!

Sam prontamente se levantou e foi ate a mulher, Rose pensou em ficar ali na sala, mas logo ela percebeu que não iria suportar por muito tempo, ela respirou fundo e seguiu para as escadas, a todo momento se contendo, ela estava prestes a correr pelo corredor, já não aguentava mais segurar suas próprias lágrimas, quando ela esbarrou em alguém, Rose ergueu os olhos marejados para encarar o primo.

James lhe lançou um olhar compreensivo, a ruiva era orgulhosa demais para chorar na frente de qualquer um e ela estava fazendo o que sempre fizera como de costume, fugindo, no fim, ela não era tão diferente assim de sua mãe, Rose pensava, deixando que a primeira lágrima a muito sufocada descesse pelo seu rosto. James não disse se quer uma palavra e não esboçou nenhuma expressão, ele apenas envolveu a menina em um abraço e ela desatou a chorar.

Rose chorava de soluçar enquanto suas mágoas escorriam como cachoeiras para fora de si, o sumiço por conta de um coração partido, a distância da família, o desaparecimento de Alvo, o erro da própria mãe, a morte de Lucy, e aquele jogo, aquele maldito jogo. Rose se culpava por deixar que tudo aquilo estivesse acontecendo, como se ela cobrisse os seus olhos para a verdade, como se não conseguisse enxergar.

Rose fugira porque não podia imaginar sua vida dali para a frente depois de ser rejeitada, de tantos sonhos que ela criou, tudo havia dito não para ela, o trabalho, o cara que ela supostamente amava, e ela odiava isso, odiava por ter sido tão estúpida, ela tinha abandonado tudo, sem imaginar as consequências, estúpida, estúpida, mais estúpida ainda por estar molhando completamente a camisa de James, mesmo que ele não parecesse reclamar ela queria empurrar o mesmo e sair correndo dali, mas Rose não podia, Rose não podia mais se esconder.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo?
Obrigadinha a todos os anjinhos que estão acompanhando, todo meu amor pra vocês S2
Me digam o que acharam rs.
Ate o próximo capitulo!
XOXO.



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