Um Presente para Grissom escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 32
Parte 1 - Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Ressurgi pessoal! Não pensem que esqueci da história! Longe disso! Essa fanfic é meu amorzinho... Irei finalizá-la custe o que custar, nem que leve um século!
Fiquem a vontade para retomar a leitura e divirtam-se!



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Sara estava no laboratório. Assim que o enterro terminou, ela se dirigiu para lá. Ela ouviu seu telefone celular tocar, pegou-o do bolso, olhou o visor e viu o nome de quem lhe chamava. Seu coração falhou uma batida. Era ele! Atendeu-o sem pestanejar.

― Sid... – a voz do outro lado da linha não a deixou terminar sua apresentação.

― Sara, sou eu, o Grissom. Preciso de você urgente.

Ela era capaz de reconhecer qualquer expressão na voz ou qualquer gesto corporal de Grissom. Era relativamente fácil para ela lê-lo, isso quando ele deixava. Naquele momento em especial, Sara notou a voz de choro dele.

― Estou indo para aí – ela informou.

Alguma coisa não estava certa. Ela não sabia o que era, mas certamente não tardaria, a saber. Pegou as chaves de seu carro, sua bolsa contendo seus documentos de identificação, avisou a Catherine sobre sua saída e partiu em direção à casa de Grissom.

Não demorou muito para chegar ao seu destino. Desceu do carro, postou-se a frente da porta, deu alguns toques e aguardou que ela fosse aberta.

A porta da residência foi aberta pelo próprio dono da casa. Gabi já havia ido embora. Ela havia aproveitado a chegada de Yolanda para partir sem fazer alarido. Ele tinha uma expressão cansada. Seus olhos estavam vermelhos e inchados. Era evidente que estivera chorando. Restava saber o porquê.

Assim que a viu Grissom a abraçou e chorou novamente. Ela nunca o tinha visto tão frágil, tão sentimental, tão humano. O silêncio permaneceu durante longos minutos até que ele mesmo o quebrou:

― Eles a levaram, Sara. Eles a levaram – foi tudo o que ele conseguiu dizer entre lágrimas em uma torrente.

― Calma Gil! – ela pediu – Por favor, me explique direito o que está acontecendo. Quem foi levada?

O supervisor respirou fundo antes de responder:

― Mae. Eles levaram a Mae – ele conseguiu explicar, embora sua voz transmitisse desespero.

― Eu não entendo. Quem a levou, Gil? Ela foi sequestrada? – a aflição em Sara crescia a cada instante. Ela sabia que havia algo errado. E tinha.

― Não. Ela não foi sequestrada. Foi o serviço social que a levou – ele disse enfim.

― O que? O serviço social? Mas como? E quando? – ela estava atônita com a informação. Sua menina, sua bonequinha havia sido levada pelo serviço social. Ela conhecia muito bem aquela realidade e era algo que não desejava a ninguém.

― Eu não sei! – ele deu de ombros – Quando cheguei aqui em casa, passou somente alguns minutos e a campainha tocou. Eu pensava que era você querendo ver a Mae, pois eu havia lhe dito que podia vir quando quisesse – ela assentia enquanto ele relatava os acontecimentos – mas quando abri a porta era uma pessoa totalmente desconhecida. Era a assistente social dizendo que viera buscar Mae – ele concluiu.

Os dois sentaram-se no sofá. A mente de Sara fervilhava. Havia muitas perguntas e poucas respostas.

― Mas como eles descobriram?

― Eu não sei. Eu simplesmente não sei.

A verdade sobre a repentina busca de Mae pelo serviço social se deu pelo simples fato de aquela investigação particular ter que ser relatada e arquivada no serviço de rede do país. Fazia parte da burocracia guardar todas as informações sobre os casos investigados no laboratório fossem casos criminais ou não. Foi dessa maneira que Yolanda se informou sobre a morte de Hilda Taylor e que a menor Mary Ann Taylor, estava sob os cuidados de Grissom. Para o serviço social, todo e qualquer órfão que não tivesse um tutor legal, fosse da família ou não, deveria ficar sob seus cuidados.

― O que você vai fazer Grissom? Vai deixá-la lá? – Sara perguntou aflita. Ela sabia muito bem o que era estar naquela situação.

― Eu? Nem pensar! – ele negou – Quero minha abelhinha aqui comigo. Farei o possível e o impossível para tê-la de volta – ele afirmou categoricamente – Eu juro!

Sara pegou a mão de Grissom tentando passar-lhe confiança. Novamente sentiu uma forte corrente elétrica passar sob sua pele.

― Temos que resgatá-la Gil – ela praticamente rogou – Não quero que Mae passe pelo mesmo que eu. Não desejo que ela sofra o mesmo que sofri.

Ele a olhou confuso. Não sabia sobre o que ela estava falando, mas tinha certeza de que ela lhe contaria. Queria ter o poder de tirar aquela tristeza de seu olhar. Doía-lhe tanto vê-la sofrer.

Sara fitou Grissom. Não havia como fugir. Ela devia uma explicação a ele.

― Eu passei parte de minha infância e adolescência em abrigos – ela começou – Meus pais brigavam bastante, você já sabe e eu achava que isso era normal. Sempre havia idas ao hospital. Até o dia em que minha mãe esfaqueou meu pai. Eu fiquei atordoada, sem saber o que fazer. Minha mãe foi para o manicômio e eu para o orfanato. Vivi em diversos lares, em nenhum tinha amor. Até que encontrei uma família que me acolheu e me deu amor. Igual ao que você fez com Mae – ela concluiu. Nunca havia falado para ninguém sobre sua vida nos lares adotivos, nem mesmo para Grissom. Era muito doloroso.

Foi a vez de Grissom tomar a mão de Sara e acariciá-la. Agora ele entendia a dor que ela sentia e compreendia a empatia que ela sentia por Mae. Ela mesma vivenciara o mesmo que Mae. Ele foi tomado por uma ternura sem tamanho e quando deu por si, seu rosto já havia se aproximado do de Sara, e sua boca, como se tivesse vida própria, tomou a dela em um beijo avassalador.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês ainda deleitem-se com a história e que ainda me acompanhem! Aguardando os comentários, opiniões e sugestões...
Beijinhos da Bia!!



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