Um Presente para Grissom escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 3
Parte 1 - Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Agradeço de coração os comentários que vocês deixaram. Não sabem como eles me deixaram felizes. Então aproveitem mais um capítulo! Boa leitura!



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Os casos foram incrivelmente fáceis de solucionar. Não era sempre que isso acontecia. Geralmente ele e sua equipe precisavam dobrar turno para terminar de concluir um caso. Tanto ele e Sara quanto Catherine, Warrick e Nick finalizaram seus afazeres em seu respectivo horário de trabalho. Nem mais nem menos.

Grissom ficou feliz por poder estar junto a Sara pelo menos por algumas horas durante a investigação que eles fizeram. Ela era muito bonita e inteligente. Talvez fosse isso o que a atraía nela. Seus lindos olhos castanhos e seu encantador com dentes separados o cativavam. Não queria admitir, porém aquela formosa perita morena exercia um poder fora do comum sobre ele. Entretanto, ele sabia que um relacionamento entre eles estava fora de cogitação. Primeiro porque era impossível que uma mulher maravilhosa daquelas se interessasse por ele, segundo, havia a enorme diferença de idade entre eles – ele era quinze anos mais velho que ela – terceiro, havia uma regra idiota no laboratório de que o supervisor não podia manter um relacionamento íntimo com uma subordinada. Era uma regra idiota porém, não deixava de ser uma regra. Regra era regra. E Grissom não as descumpria de forma alguma. Além disso, eles eram amigos e ele não queria estragar a amizade que eles tinham construído. Era melhor fingir que não tinha coração, pelo menos assim sofreria menos. Ou não.

O caso que coube a ele e a Sara, após a análise da cena do crime, das evidências e do depoimento de algumas testemunhas, provou que a culpada pelo assassinato da estudante foi sua colega de quarto. A companheira de quarto estava enciumada porque a vítima havia sido destaque da turma da faculdade através de subterfúgios. Segundo ela a companheira não merecia tal honra, justificando assim o crime cometido por ela.

— Quando eu penso que não há como o ser humano me surpreender, me deparo com isso – comentou Sara entristecida, referindo-se ao caso recém solucionado, sentando no sofá da sala de convivência – Como alguém pode matar uma pessoa que era sua amiga? É por isso que eu prefiro ficar sozinha.

— Tenha um pouco de fé na humanidade, Sara! – ele pediu.

— E você tem? – ela o questionou.

Ele pensou um pouco antes de responder.

— A cada dia que me levanto torço para que o ser humano tenha um pouco mais de compaixão e essa violência toda acabe.

— Eu também torço por isso. Mas se não fosse essa violência, o que seria de nossos empregos? Se não houvessem crimes a serem solucionados, nós não teríamos serventia nenhuma.

— Nisso você tem razão – ele concordou.

— Eu sempre tenho razão – ela respondeu sorrindo.

*****

Grissom retornou para sua casa logo após o termino do turno. Repassava sua conversa com Sara vezes sem fim. Adorava dialogar com ela. Eles não precisaram dobrar o turno. Se bem que se tivesse dobrado não teria sido nada mal permanecer mais algumas horas junto daquela mulher com rosto angelical. Entrou na sua residência, deixou sua pasta sobre o sofá e dirigiu-se ao seu quarto. Como era solteiro sua casa não era tão grande, mas também não era tão pequena. Sua casa tinha um tamanho adequado para caso ele precisasse fazer uma reunião de emergência com seus subordinados. Despiu-se e tomou um banho refrescante e reparador. Deitou-se em sua confortável cama. Não demorou muito para que caísse no sono.

Ele acordou sobressaltado. O toque insistente da campainha o retirou de um sonho maravilhoso. Sonhara que estava casado com Sara e que tinham uma linda menininha igualzinha à mãe. Havia sido apenas um sonho.

Quem poderia ser naquela hora? Não esperava ninguém. Todos os seus amigos e conhecidos sabiam que ele trabalhava no turno noturno e que, portanto, ele dormia durante o dia. Levantou-se ainda sonolento, olhou o rádio relógio que havia ao lado da mesinha de cabeceira ao lado de sua cama. Tinha dormido umas duas horas. Pelo menos a pessoa teve a dignidade de deixa-lo descansar um pouco. Vestiu o roupão, dirigiu-se até a porta da sala de estar e observou através do olho mágico. Não havia ninguém. Estranho. Quem ousara tirá-lo de seu descanso para logo em seguida ir embora?

Já ia voltando pelo mesmo caminho pelo qual viera quando ouviu um barulho o qual lhe deixou perturbado e curioso.

Abriu a porta e tal não foi sua surpresa quando se deparou com uma cestinha em frente a sua porta. Dentro dela havia um lindo bebê que chorava a plenos pulmões. Olhou ao redor procurando vestígios de quem poderia ter deixado aquela criança na sua porta. Não havia nada. Nem um único sinal. Agora havia uma pergunta que não queria calar: quem teria sido o doido ou a doida que abandonara um bebê na porta da casa de um completo desconhecido?


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Já sabem, né? Comentários, favoritos e recomendações são sempre bem vindos! Beijinhos da Bia e até o próximo!!