Um Presente para Grissom escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 2
Parte 1 - Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Fiquei tão feliz com a receptividade da história e com os comentários que resolvi postar mais um capítulo. Espero que gostem!!



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Grissom chegou ao seu trabalho, como sempre, um pouco antes do horário marcado. Gostava de ser o primeiro a chegar, pois dessa forma tinha um tempo para si sem a conversa paralela de seus companheiros de trabalho. Sempre que adentrava aquele velho prédio de corredores escuros e inúmeras salas, sentia como se tivesse entrado em um santuário, ao qual devia reverência. Aquele lugar, por incrível que pudesse parecer lhe proporcionava paz. Seu trabalho e de seus colegas consistia basicamente em desvendar os mais diversos crimes seguindo as evidências deixadas nas cenas de crimes que aconteciam na cidade de Las Vegas e seus arredores, auxiliando dessa forma a polícia a colocar os culpados atrás das grades. Seguindo seu ritual diário de trabalho, seguiu para seu escritório, que se localizava ao final do longo corredor principal a fim de organizar as fichas dos casos e assinar algum relatório pendente para o expediente daquela noite.

Aos poucos seus subordinados foram chegando e postando-se em seus respectivos lugares na sala de convivência. Não que tivessem um lugar marcado, mas cada um gostava de sentar-se em um determinado local e o restante respeitava. Sua equipe, a famosa equipe do Departamento de Criminalística de Las Vegas era composta por ele, Catherine Willows, a mais antiga entre os peritos, Nick Stokes, Warrick Brown e Sara Sidle, a mais nova integrante, porém não menos experiente. Estavam todos apenas à sua espera quando ele entrou no recinto.

— Boa noite! – Ele os saudou, demorando seu olhar um pouco mais que o necessário em uma das peritas.

— Boa noite! – ele recebeu de volta a saudação.

Assim que percebeu sua atitude inconveniente pôs-se a analisar cada um de seus colegas de trabalho. Ele sabia muito bem que imagem seus subordinados tinham dele. Para eles, ele não passava de um homem frio, calculista, um viciado no trabalho que não tirava folga ou férias. Talvez em parte isso fosse verdade. Greg, o jovem técnico de laboratório, tremia todas as vezes que ia falar com ele. Não sabia se isso o fazia rir ou o deixava preocupado. Ele não tinha culpa se causava essas sensações de temor nas pessoas. Fazia parte de suas características ser um líder e impor suas vontades. Isso não queria dizer que ele não estivesse aberto a diálogo, desde que sua vontade fosse acatada, claro.

Para seus companheiros, ele era desprovido de sentimento. Entretanto isso estava longe de ser verdade. Não era que ele não tivesse sentimentos, era cheio deles. Também não era que ele não amasse, ele amava, porém não sabia como demonstrá-lo. Além disso, tinha medo de entregar seu coração e se machucar caso se envolvesse com alguém. O seu trabalho tinha lhe mostrado o pior lado do ser humano, o mais sombrio. Tinha receio de envolver-se com alguém e que essa pessoa de um momento para outro se visse em perigo por sua causa. Não, ele não suportaria. Já era um martírio ver seus companheiros e amigos de trabalho saírem a campo e temer todos os dias pela segurança deles.

O grande entomologista do turno noturno escondia um segredo. Estava apaixonado. Se não fosse isso, pelo menos estava fortemente atraído por uma de suas subordinadas. E isso o incomodava sobremaneira, porque pelas leis do laboratório não podia haver relacionamento entre supervisor e subordinada. Maldita ética! A proibição, porém, não o impediu de nutrir um forte sentimento pela pessoa a quem lançou um olhar demorado quando entrara.

Voltou sua atenção para as fichas que continham os casos daquela noite. Não era hora de ficar perdido em pensamentos tolos.

— Temos uma noite tranquila pessoal – ele comunicou.

— Isso até parece um sonho. Vegas e tranquilidade não combinam – brincou Warrick.

Grissom ignorou a brincadeira feita pelo perito alto e moreno, de profundos olhos verdes.

— Temos somente dois casos. Nick, Catherine e Warrick, vocês ficam com o caso de uma jovem encontrada estrangulada na banheira de sua casa. Aqui está o endereço – ele entregou a ficha para Catherine – Sara e eu ficaremos com o caso de uma estudante que foi assassinada em seu dormitório na Faculdade. Estão todos dispensados.

As leis do laboratório podiam até impedi-lo de ter um relacionamento com sua subordinada, entretanto nada podia impedi-lo de designá-la para ser sua parceira no caso e ficar junto a ela, para poder pelo menos sentir seu perfume e ouvir sua voz.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Vejo vocês no próximo capítulo! Beijinhos da Bia!!



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