A porta foi aberta por uma mulher de estatura mediana, rechonchuda, cabelo castanho e olhos castanhos.  Definitivamente ela não era Hilda Taylor. Devia ser a governanta ou algo semelhante.

― Em que posso ajuda-los? – ela perguntou sem abrir espaço para que eles pudessem entrar. Ela não ofereceu nem mesmo um copo de água.

― Gostaríamos de conversar com a senhora Hilda Taylor. Somos da polícia de Las Vegas – Grissom tomou a frente.

― Sinto muito, mas a senhora Hilda não está – ela esclareceu – Posso ajudá-los em mais alguma coisa? – ela insistiu.

― Sim, a que horas ela volta? – foi a vez de Sara perguntar.

― Ela não voltará – foi a resposta da mulher.

― Como assim ela não retornará? – indagaram ambos ante a resposta da anfitriã mal educada.

― Ela não mora mais aqui.

A mulher entrou em casa e fechou a porta. Grissom e Sara já se preparavam para arrombar a porta quando a mulher retornou com um pedaço de papel em mãos e entregou a eles.

― Não sei o que vocês querem com a pobre senhora Hilda. A pobrezinha já sofreu demais, porém se são da polícia deve ser algo importante ou se não, não estariam aqui. Ela se encontra nesse endereço.

Grissom recebeu o papel da mão da governanta. Ele e Sara viram atentamente o endereço. E sem mais esperar seguiram para lá.

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Eles olhavam para o endereço e para o prédio não acreditando no que viam. Algo estava errado. Das duas uma: ou a governanta lhes havia enganado ou na certa Hilda tinha um bom motivo para estar ali naquele prédio.

Confirmaram o endereço pela placa: North Raimbow Boulevard, 5061. Estava correto. Era um prédio grande de quatro andares, paredes brancas e janelas de vidro. Em sua placa se lia Cannyon Medical Center. Provavelmente Hilda estava acompanhando alguém muito doente.

― O endereço é realmente este. Vamos conversar com Hilda e ver o que ela tem tanto a esconder – propôs Grissom.

Eles entraram no prédio e se dirigiram à recepção. Lá se encontrava uma jovem atendente na casa dos vinte anos, de cabelo preto preso em rabo de cavalo. No seu crachá se lia Summers.

― Bom dia senhorita Summers, gostaríamos de conversar com a senhora Hilda Taylor. Em que quarto ela está?

― Sinto muito, não posso dar essa informação – lamentou a jovem recepcionista.

Grissom mostrou-lhe sua identificação.

― Eu pensaria novamente e não atrapalharia uma investigação criminal – ele mentiu.

― Ela está encrencada? – indagou curiosa a mocinha.

― Sim, está e precisamos conversar com ela para esclarecer alguns fatos – isso não era de todo mentira.

― Tudo bem – ela concordou.

A senhorita Summers digitou alguma coisa na tela de seu computador e logo em seguida lhes informou:

― A senhora Taylor se encontra no apartamento 423B. Fica no quarto andar. Basta vocês subirem no elevador e quando chegarem ao andar, o quarto estará a frente.

Eles seguiram a orientação da recepcionista. Assim que chegaram ao andar indicado, eles viram a placa que indicava que aquela era uma ala de oncologia. Verdadeiramente Hilda Taylor tinha uma boa razão para estar ali. Certamente a pessoa que ela acompanhava sofria daquela doença pavorosa.

Como senhorita Summers comentou, o apartamento ficava diante da porta do elevador. Eles bateram levemente na porta para não acordar o paciente. Ninguém veio atender. Eles entraram. A imagem que viram diante de si os deixaram sem fala, estáticos.