Gregory Sanders, ou Greg como era carinhosamente chamado por seus colegas de trabalho era o membro mais novo da família CSI. Ele tinha vinte e cinco anos e formou-se em Química pela Universidade de Stanford e era um competente técnico de laboratório, trabalhando um pouco mais no laboratório de DNA, porém comumente realizava outras funções também.

Naquele momento Greg estava diante de um grande desafio. Tinha diante de si o bilhete que Grissom lhe entregara. O papel estava bem esticado. Ele pegou o pincel e o pó revelador para digitais de sua maleta e os colocou em cima de sua mesa de trabalho. Pegou o pincel, mergulhou-o no pó revelador, retirou-o e delicadamente passou-o por toda a extensão do papel. 

Como em um passe de mágica, ele viu surgir várias digitais. Com cuidado ele as coletou e as passou pelo CODIS e AFIS, em qualquer um dos programas deveria haver alguma informação. A primeira que passou encontrou instantaneamente uma combinação. Era a digital de Grissom. A segunda que passou também encontrou combinação, pois também era digital do entomólogo. Assim seguiu-se com as três restantes. Greg já estava a ponto de desistir quando colocou a última digital no aparelho. A máquina levou alguns minutos para encontrar uma combinação. O alarme soou informando o achado e não era de Grissom. A digital pertencia a uma mulher. Ele sorriu. Abriu o arquivo digital e leu as informações que constavam nele. Grissom ia gostar. Imprimiu os resultados e partiu para a sala do chefe.

Ele não conseguia disfarçar sua ansiedade. Praticamente corria pelos corredores. Quem quer que o visse agir daquela maneira, pensaria que ele era um louco – muitos ali pensava que ele não passava de um moleque, quase ninguém ligava para seu desejo de ir a campo, o viam apenas como um menino com corpo de homem apenas porque ele era feliz e gostava de ouvir rock pesado enquanto trabalhava – porém sua descoberta podia dar nova luz para o mistério que envolvia o aparecimento de Mae na porta da casa de Grissom.

Chegou à porta da sala de Grissom um pouco esbaforido. Parou um pouco para poder se recompor. Respirou fundo, contou até três e bateu na porta. Ouviu um entre austero por parte de seu superior.

Novamente sentiu-se constrangido diante de seu chefe. Ele tinha o dom de intimidá-lo. No entanto, a notícia que tinha era muito mais importante, por isso deixou de lado sua timidez e pôs-se a falar:

― Tenho novidades – ele anunciou.

― Arrumou uma namorada? – Grissom pagou com a mesma moeda a brincadeira feita um pouco mais cedo pelos colegas de trabalho.

Greg arqueou a sobrancelha.

― Não. Eu encontrei uma digital no bilhete que você me entregou. Encontrei diversas digitais suas, mas uma não pertencia a você. Pertencia a uma mulher.

― Greg, se você tem amor ao seu emprego, pare de enrolar e diga logo a quem pertence essa digital – ele falou ríspido.

Greg entregou o papel com o resultado para Grissom.

― A digital pertence a Hilda Taylor – ele anunciou.