Love Story escrita por Fofura


Capítulo 99
“— Eu não estou pronta pra dizer adeus.”


Notas iniciais do capítulo

Heeeey pandinhas!
Demorei mas cheguei hsuahsa
Desculpem a demora, eu estava com um bloqueio dos infernos nessas ultimas semanas, quem é autor sabe como é ruim.
Mas enfim, cá estou com mais um capítulo pra vocês.
Quero dedicá-lo a Aline Sidle que comentou pela primeira vez no capítulo anterior. Muito obrigada e seja muito bem vinda, minha nova pandinha! ♥
Dedico esse capítulo a RozaMazurBelikov também ♥
Enfim, enjoy :3



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Depois de analisar o suspeito no hospital, Sara foi até o laboratório. Robbins foi falar com ela na sala da mesa de luz.

— Oi Sara. Está trabalhando no tiroteio do escritório?

— Sim, e no caso da esposa morta. - ela respondeu.

Al foi até ela.

— Aqui está a autópsia dos dois corpos. - entregou o relatório a ela. _ Grissom queria isso o mais rápido possível. Já que está por aqui...

— Obrigada, eu dou pra ele.

O legista então observou as fotos que Sara havia tirado e a mesma dava uma olhada no relatório que ele havia acabado de lhe dar.

— Alguém no escritório foi esfaqueado?

Sara estranhou a pergunta.

— Não...

— Isso parece um ferimento de faca.

— A vítima sobreviveu ao tiroteio, disse que foi atingido de raspão por uma bala perdida.

— Mesmo? - ele olhou com mais atenção e constatou. _ Essa é uma laceração irregular em características definidas. Um tiro de raspão, em geral, é acompanhado por algum tipo de esfolamento leve, não isso aqui.

— Sabe o que poderia provocar um ferimento como esse? - a morena perguntou.

— Muitas coisas... Alguma coisa afiada. - olhou mais uma vez pra foto e perguntou. _ O que é essa descoloração azulada?

— Isso parece tinta... não acha?

— Uhum. - ele murmurou.

Sara então pegou um saco de evidencias que continha uma caneta manchada de sangue dentro.

— A Catherine achou isso debaixo da mesa de Willy Cutler. Ela achou que o sangue fosse incidental.

— Talvez não fosse.

— Eu vou até a sala de evidências verificar. Obrigada doutor.

— Disponha. - ele sorriu.

Sara pegou a camisa do sujeito e foi até a sala de evidências. Encontrou Grissom no corredor.

— Griss! Vem comigo. - Grissom começou a segui-la e ela continuou falando. _ Doutor acha que Willy não foi baleado e acho que posso provar. - entraram na sala e Sara tirou a camisa do saco de evidencias, abrindo a mesma sobre a mesa. Pegou um cotonete e passou por todo o rasgo do tecido. Em seguida pingou rodizonato de sódio. Nada apareceu no cotonete. _ O rodizonato de sódio deu negativo. Sem presença de chumbo no rasgão. Nada de bala.

— Então... Willy fez parecer como se ele tivesse sido atingido. Ele pega uma esferográfica e a usa para fazer um corte na altura das costelas. - assim que terminou de falar, Grissom percebeu algo na gola. Com a caneta que segurava ele mexeu um pouco na mesma pra ver melhor.

— Perdi alguma coisa? - ela perguntou.

— Não sei. - ele respondeu. Mas sim, ela tinha perdido alguma coisa. _ Vamos encontrar.

— São borrifos de sangue? Eu não vi.

— Tudo bem. - ele sorriu de lado. _ Deixa que eu cuido disso, tabom? Vai lá comer alguma coisa.

Sara sorriu.

— Há alguns anos seria fofo assim comigo?

— Claro que seria. - ele sorriu descontraidamente.

Sara olhou pra ver se ninguém estava passando, lhe um beijo em seu rosto e saiu da sala.

Ao analisar o borrifo da gola, Grissom descobriu que o sangue era da esposa de Willy. Ou ele a matou ou estava lá quando aconteceu. De um jeito ou de outro, ele mentiu. Ligou para Brass imediatamente e o capitão foi direto até o cassino procurar Willy. Ainda estavam procurando pelo irmão dele, Sammy, que era quem ele havia jogado a culpa. Com homens armados, Brass cercou a porta do quarto onde Willy estava com uma refém. Brass entrou, desarmado, para conversar com ele, e Willy exigia falar com o irmão. Porém, Sara acabou com a farsa de Willy.

 _ Griss! - ela entrou apressadamente na sala do namorado. _ Você tem que ver isso, achei na internet. - lhe entregou uma folha com uma notícia.

Grissom leu e gelou “Turista americano morto em acidente. A vítima foi identificada como Samuel Cutler.”. O supervisor olhou para a namorada preocupado.

— Brass ainda está com ele no quarto do cassino.

— Temos que avisá-lo, Griss. Willy já mentiu antes, ele sabe da morte do irmão, tenho certeza.

— Fica calma, eu vou ligar pra ele.

— Tabom. - Sara respirou fundo e se sentou, preocupada também.

Grissom discou o número de Brass e esperou.

— Alô.

— Oi Brass. - suspirou. _ Sammy Cutler está morto. - Brass gelou também. _ Ele morreu em um acidente de carro no México dois meses atrás. Willy deve saber, ele está jogando com a gente.

— Tabom. Obrigado.

Desligaram.

— Só nos resta esperar.

— Estou com um pressentimento ruim.

— Vai ficar tudo bem. - ele segurou a mão dela em cima da mesa. Sara apertou.

Em menos de cinco minutos o telefone tocou. Gil e Sara se olharam esperando serem boas notícias.

Não eram.

— Grissom. - ele atendeu, era Warrick. _ Ai meu Deus...- ele passou a mão livre da testa para o cabelo com um semblante de derrotado. _ Tudo bem, já estou indo.

— Amor, o que houve? - Sara perguntou assim que Grissom desligou o telefone. Pela cara dele não era coisa boa.

— Jim foi baleado. - disse se levantando.

Sara levou as mãos à boca e seus olhos começaram a acumular lágrimas.

— Eu vou pro hospital.

— Vou com você. - ela se levantou, sua voz já estava embargada.

— Não honey, eu preciso de você aqui. - ele a impediu de passar segurando seus braços. _ Eu prometo que ligo dando notícias, tabom?

Com aquela carinha triste de dar dó, Sara assentiu e Grissom lhe deu um beijo na testa, saindo em seguida.

Ao chegar ao hospital, o médico responsável pelo capitão lhe disse que ele estava com hemorragia interna e perguntou sobre a família dele. Grissom lhe disse que para questões médicas, tinha a procuração dele. O supervisor se lembrou que uns dias antes, seu amigo tinha lhe dado a procuração dizendo que não tinha ninguém que ele confiasse sua vida ou sua morte a não ser ele.

— Talvez tenha uma decisão a tomar, eu aviso. - disse o médico se retirando em seguida.

Grissom recebeu uma ligação e depois de alguns segundos desligou virando-se para o sub xerife.

— Um corpo em Henderson, nos trilhos do trem.

— Muito bem, eu fico aqui de plantão, você vai trabalhar.

Grissom assentiu e foi até o local, no caminho ele ligou para Sara.

— Griss! Demorou, estava preocupada.

— Desculpa honey, o estado do Jim é grave, ele está com hemorragia interna, ainda estão tentando parar o sangramento.

— Meu Deus…

— Te liguei pra você me encontrar em Henderson, tem um corpo lá esperando a gente.

— Tabom, vou pegar as coisas.

Ao chegar na cena, Gil encontrou com Sofia que o informou sobre o caso. Nick e David já estavam lá. O corpo estava no meio do trilho, decapitado pelo trem. Nick foi procurar a cabeça.

Assim que David abriu a camisa do cara, a cintura que viram os deixaram chocados. Mínima. 48 centímetros.

— David, está tirando a temperatura do fígado ou fazendo acupuntura? - Grissom perguntou ao perceber que ele estava demorando muito. Enquanto isso, Sara chegava perto deles e colocava sua maleta no chão.

— O fígado não está onde deveria estar. - respondeu o legista. _ Será algum defeito de nascença?

— O que você acha? - Gil perguntou pra namorada.

— Acho que… eu me sinto gorda. - ela respondeu olhando pra cintura do corpo.

— Isso! Achei o fígado! - disse David.

— Suicídio? - perguntou a ele colocando a mão nos bolsos. _ O sujeito perde até a camisa no jogo e resolve tirar um cochilo pra sempre nos trilhos?

— Bom, ele morreu com as botas…

Depois de acharem a cabeça e saberem a causa da morte – um tiro na cabeça com um calibre 44 –, Grissom teve que decidir se Brass faria a cirurgia pra tirar a bala ou não. Também ligou para Ellie para avisar sobre o pai dela e pedir que ela fosse até lá. Algumas horas depois, Gil foi até o hospital e encontrou Greg lá.

— Cadê o McKeen?

— Mandei ele pra casa. - Grissom o repreendeu com o olhar. _ Brincadeira, ele foi pegar alguma coisa pra comer. O Brass acabou de ir pra cirurgia. - Grissom assentiu. _ Vocês se conhecem há muito tempo?

— Nós trabalhamos juntos desde que ele veio de Nova Jersey.

— Só entre nós dois... ele sempre usa terno? - Gil estranhou a pergunta. _ Tipo, quando vocês vão jantar, ao cinema ou seja lá o que vocês fazem quando saem. Porque tenho que te dizer, pensar nele usando um suéter me apavora.

Grissom sorriu.

— Nós não saímos juntos, Greg.

— Sério? Achei que sim.

Grissom então ouviu discussões no corredor e ao olhar, era Ellie discutindo com uma enfermeira dizendo que queria ver o pai policial. Quando a mesma pediu para Grissom a chave da casa do pai e Gil respondeu que arrumaria um quarto num hotel pra ela, Ellie se irritou dizendo “Quer ver meus braços? Pelo jeito meu pai te contou tudo sobre mim, nem sei porque me dei o trabalho de vir até aqui!”. Chateado, Gil voltou ao laboratório, foi quando recebeu a linda visita de sua namorada em sua sala.

— E aí? - ela disse ao entrar e foi até ele. _ Você está bem? - tocou sem ombro ao perguntar.

— Estou bem. - ele respondeu olhando pra cima, já que ela estava em pé.

Sara olhou o que ele fazia. Estava vendo um livro.

— É um homem usando um corset?

— De treinamento. Uma prática respeitável.

— Talvez pra Scarlett O’Hara. Desde quando tinha oportunidades iguais?

— A época Vitoriana, era considerado parte do vestuário masculino. Estudantes britânicos eram encorajados a perder uma polegada por ano à partir dos quatorze anos.

 _ Devo me sentir confortada por ideias sádicas de beleza não se restringirem as mulheres. - sorriu se sentando ao lado dele.

— É chamada de cintura de vespa, o que explica bem. A vespa é do grupo himenóptera. A percepção do hímen indica virgindade. Nas vespas predadoras, a genitália não funciona como órgão reprodutor, mas é usada como ferrão.

— Ir atrás de sexo e levar uma ferroada, o medo de quase todo homem. - ela comentou.

Grissom só balançou a cabeça concordando. Sara continuou a olhá-lo e ele ficou meio sem jeito.

— A ... vítima foi baleada, corpo desovado, roupas queimadas.

— O espartilho também. O fragmento de osso que o Nick encontrou era de baleia que era do que os espartilhos eram feitos. Onde aprendeu tanto sobre espartilhos?

— Eu tenho minhas fontes.

— Que seriam? - ela brincou.

— Honey...!

Sara sorriu.

— Eu vou ver se consigo identificar a vítima. - Grissom assentiu. _ Você está bem mesmo?

Grissom sorriu de lado.

— Estou sim.

— Tabom. - ela sorriu do mesmo jeito e beijou sua bochecha antes de ir embora.

...

Sara identificou a vítima como Caleb Carson, um grande fã da era Vitoriana e que tinha antepassados da mesma. Era recriava as cenas de guerra de Gettysburg.

Quando foram à casa dele, Sofia informou a Grissom sobre Brass, disse que retiraram a bala e que ele ainda não tinha recobrado a consciência. Acharam o homem que ajudava o senhor Carson a amarrar o corset todas as manhãs. O senhor disse que a última vez que o viu foi em um duelo. Ao ser questionado por Sofia em onde era esse duelo, ele respondeu “Gettysburg”.

Gil, Sofia e Sara foram até lá conversar com o “oponente” de Carson. Enquanto Gil e Sofia faziam isso, Sara olhava por aí, com muito cuidado pra não ser atingida por uma bala de mentira.

O sujeito estava com o braço enfaixado. Ele alegou que Carson ficou irritado com ele quando o mesmo estava falando com a mulher no telefone, no meio da recriação. O desafiou para um duelo e assim que deram os dez passos, Carson atirou nele, mas com uma bala de verdade. Ele disse que imaginava que eles fossem atirar balas de festim e depois comer panquecas, mas que Carson quis algo mais realista. Sofia perguntou porque ele não deu queixa.

— O cara atirou em mim porque eu atendi o celular. O que ele faria se eu chamasse a polícia? - respondeu o homem. _ Quando a bala me atingiu eu saí correndo, entrei no meu carro e dei o fora daqui.

Grissom então viu que a arma dele era calibre 44, a mesma que havia atingido Carson e pediu para levá-la.

Assim que coletou a arma do sujeito, Grissom pediu para que Sofia levasse ao laboratório para o técnico em balística, enquanto ele e Sara testavam a história do duelo.

De costas um pro outro com suas câmeras levantadas na altura do ombro, eles se preparavam.

— Pronto? - ela perguntou.

— Pronto. - ele respondeu.

Então começaram a contar cada passo, do um ao dez, e assim que chegaram no dez viraram-se rapidamente e tiraram uma foto, usando o flash para simular o tiro. Ao fazerem isso, sorriram um pro outro.

Não foi só a simulação de um duelo, mas também uma brincadeira entre namorados, e foi até divertido.

— Achei gotas de sangue! - ela disse alto para que ele pudesse ouvir. _ Coincide com a história do duelo.

— Eu também achei sangue aqui. - ele respondeu no mesmo tom. _ Esse pode ser o sangue que não achamos nos trilhos do trem, é muito sangue. - ele tirou uma foto e voltou a falar. _ Talvez Carson tenha sido morto aqui.

Sara o olhou e foi até ele depois de coletar o sangue que achou.

— Só temos que descobrir como ele foi parar nos trilhos.

— É…- ele suspirou. _ E quem o matou.

— Estamos quase lá.

— Assim espero. Vamos embora?

— Me dá um beijo antes? - Grissom a olhou com cara de “não posso!”. Sara entendeu. _ Estamos no meio do mato, ninguém vai ver.

Grissom olhou para os lados certificando-se disso, segurou seu rosto com a mão livre e lhe deu um beijo curto.

— Foi rápido demais. - disse ela.

Grissom balançou a cabeça sorrindo e começou a andar. Sara riu e juntou-se a ele.

Descobriram que o homem que ajudava Carson toda manhã foi quem o matou, porém acidentalmente. Quando Carson atirou no sujeito no duelo, ele que estava junto tentou impedi-lo de atirar mais e mata-lo, quando isso ocorreu, a arma disparou sem querer atingindo a cabeça de Carson. Ele disse que não chamou a polícia porque o espartilho era segredo e não queria que o encontrassem daquele jeito.

— Você está certo. - disse Sara ao ouvir isso dele. _ É muito melhor ter o corpo achado no trilho do trem com a cabeça decepada.

Ele então tentou explicar dizendo que um dos antepassados de Carson morreu tentando parar um trem Yankee para não entrar na Virgínia. A lenda diz que ele ficou nos trilhos atirando no maquinista até que o trem o atropelou. Carson falava disso com frequência, dizia que fora uma morte honrada. Finalizou dizendo que só quis dar o mesmo a ele.

Depois do caso resolvido, no hospital, Brass teve uma parada cardíaca, quase se foi mais uma vez, mas os médicos conseguiram que ele voltasse. Todos os amigos policiais e a equipe de Grissom estavam atrás do vidro observando-o enquanto o supervisor falava com o amigo.

— Oi. - Grissom sorriu aliviado em vê-lo bem.

— Oi. - ele respondeu com a voz fanha.

— Tome um pouco d’água. - Grissom levou o canudo pra perto da boca dele e Brass tomou um pouquinho só pra molhar mesmo o lábio.

— Obrigado por não desligar os aparelhos.

Mesmo quase entre a vida e a morte ele ainda conseguia fazer piada.

— O seu... fã clube está aqui. - Grissom se virou saindo um pouco da frente dele, para que ele visse a equipe toda do lado de fora acenando pra ele.

Sara não aguentou a emoção e nem viu Jim acenando de volta com um sinal de paz, grudou no pescoço de Warrick e chorou de alivio em vê-lo bem, como Grissom sorriu. Todos se abraçaram, Cath abraçou Albert, depois Greg, e assim que Sara desfez o abraço com Warrick, Nick a confortou também. Estavam todos juntos.

Catherine e Sara quiseram entrar pra dar um beijo no capitão. E quando Grissom sugeriu que fossem embora pra ele descansar, Ellie apareceu na porta.

A equipe resolveu deixá-los sozinhos.

...

— Graças a Deus ele ficou bem. Achei que íamos perdê-lo.- Sara comentou do banheiro do quarto. Estava arrumando o cabelo, tinha acabado de tomar banho e estava de roupão.

— Eu também achei. - disse Grissom que estava deitado de lado na cama vestindo seu pijama azul. _ Assim como achei que Ellie não iria vê-lo.

— É verdade que ela ligou pra saber da pensão dele?

— Sim. Sofia me contou.

— Por que ela tem tanta raiva dele? O Jim é tão legal. - Grissom sorriu. _ Ele é um paizão comigo.

— Ele já me disse uma vez que gosta de aconselhar e cuidar de você como filha.

— Jura?

— Uhum. - ele murmurou.

— Acha que ele gostaria de morrer assim? Em ação?

— Eu não sei. - Gil respondeu pensativo. _ A maioria das pessoas quer morrer enquanto dorme, sem saber o que está acontecendo. Como uma cena do crime, “surpresa! Você está morto!”. - Sara ouvia tudo atentamente, agora terminando de passar seu hidratante nas pernas. _ Eu gostaria de saber de antemão que eu vou morrer. Gostaria de ser diagnosticado com câncer, ter mais tempo pra me preparar. Ir à floresta tropical mais uma vez, reler Moby Dick…- Sara terminou o que fazia no banheiro e foi até ele enquanto o mesmo falava. _... possivelmente entrar em torneio de xadrez internacional. Pelo menos ter tempo suficiente pra dizer adeus para as pessoas que amo.

Sara ajoelhou no chão e se debruçou no colchão juntando as mãos. Olhou pra ele e respondeu:

— Eu não estou pronta pra dizer adeus.

Grissom sorriu e apenas a fitou com todo o amor no olhar.

— O que foi? - ela sorriu de volta com o mesmo olhar.

— Ainda bem, não é?

Ela sorriu mais abertamente e Grissom se aproximou mais de seu rosto para beijá-la.

— Sabe…- ela comentou assim que finalizou o beijo. _ Ficamos tão empolgados há alguns dias que eu nem lembrei de te dar o seu presente.

— Nossa! É verdade, eu também esqueci.

— Mas Griss…- ela não entendeu. _ Tudo aquilo que você fez… Não foi um presente? Eu até fiquei sem graça por ter comprado só aquela coleção de livros pra você e…

— Espera… Que coleção de livros?

— Você não viu? Eu deixei na sua sala.

— Não, eu nem prestei atenção. - respondeu sem graça.

— Três livros do Sherlock, capas duras e bem detalhadas, eu achei lindos.

— Obrigado honey. - ele sorriu e lhe deu mais um beijo. _ Desculpe não ter notado, já estou louco pra ver.

Sara sorriu.

— Tudo bem.

— Além de tudo aquilo, que foi sim um presente, eu ia te dar a chave da minha casa, mas…

— Espera… Ia me dar a chave da sua casa? - ela ficou chocada e ele assentiu. _ Eu também ia te dar a chave daqui.

— Sério? - agora ele quem ficou chocado.

— Aham, está aqui. - ela foi até a gaveta do criado mudo e pegou uma caixinha preta onde estava a chave. _ Mas sabe… acho que nem precisa. - disse colocando a caixinha de lado na cama. _ Eu ia te dar a chave porque nós praticamente já moramos juntos. Tem uma escova de dentes minha lá, tem uma escova de dentes sua aqui. No seu banheiro tem produtos de beleza, no meu tem produtos para barbear. - Grissom sorriu. _ Tem roupas suas aqui, tem roupas minhas lá. Na minha gaveta tem uma cueca e na sua tem um sutiã. - ela riu e ele também. _ Cada um já tem seu lado certo na cama. Hank era seu cachorro e agora é nosso cachorro. Somos praticamente uma família, só não caiu a ficha ainda. - Sara acariciou o rosto dele com um sorriso de lado.

— E por que acha que não precisa mais? - ele fez o mesmo com ela.

— Eu disse que esperaria uns dois anos, não é? - ele assentiu. _ Mudei de ideia.

Grissom não sabia como reagir, estava surpreso.

— Você quer ir morar comigo?

— Se você ainda quiser que eu vá…

Grissom sorriu e nada disse.

— Esse ano que passei do seu lado só me fez querer mais.

— E toda aquela coisa de manias e hábitos?

— Já te conheço o bastante pra dizer que aguento. - ela sorriu e ele fez o mesmo.

Grissom a beijou e em seguida perguntou:

— Quando quer ir?

— Ah, vamos esperar a poeira abaixar um pouco. Aconteceram muitas coisas nos últimos dias.

— Ok. - ele sorriu e a beijou mais uma vez.

— Está cansado? - perguntou assim que abandonou seus lábios.

— Não, não muito. - ele respondeu. _ Por que?

— A gente podia fazer palavras cruzadas. - ela olhou para o jornal que estava sobre a cama.

— Ah, eu estava fazendo enquanto você tomava banho. - Sara sorriu. _ Quer me ajudar mesmo?

— Uhum. - ela assentiu ainda sorrindo. _ Posso?

— Claro, será um prazer.

Eles se ajeitaram na cama, meio inclinados, Gil segurava o jornal e a caneta. Sara estava ao seu lado com a cabeça encostada em seu ombro.

— Hmm, animais é?

— É. Geralmente são fáceis, mas essa é avançada.

— Eu aposto que essa aqui é ornitorrinco.

— Ornitorrinco? - ele a olhou surpreso. _ Sério que o primeiro que você descobriu foi ornitorrinco?

— Oque que tem? - ela riu.

— Você é estranha, Sara. - ele riu voltando sua atenção ao papel.

— Igual meu namorado. - ela rebateu.

Grissom riu e beijou sua testa.

— Esse é tigre? - apontou perguntando.

— Acho que não porque intercala com o boto. Não tem b em tigre.

— Mas é só o que se encaixa nessa descrição. - Sara pensou mais um pouco e… _ Pode ser sabre. Tem b.

— Que mulher inteligente!

Sara riu.


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Notas finais do capítulo

Eeeeeeh o/ Quando eles começam a morar juntos? Alguma ideia?
Lembram que eu disse que o ano seria bom pra eles e não pros outros? Já foi ruim pro Nick que teve o carro roubado, foi ruim pro Jim que foi baleado, e vai ser ruim pra Catherine no próximo capítulo :/
Quem respondeu "fazem palavras cruzadas" na pergunta 13 do formulário, ACERTOOU! kkkk sem brincadeira, foram 2/21. Todo mundo achando que eles iam fazer amor, vocês são muito danadinhos kkkk
Me digam o que acharam do capítulo tabom? Espero pelos lindos reviews de vocês ♥
AH! Antes que eu me esqueça, amanhã eu vou postar o primeiro capítulo de Parker. Quem vai ler?
Abraço de urso :3



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