Love Story escrita por Fofura


Capítulo 100
Feito Para Matar


Notas iniciais do capítulo

Hey meus pandinhas! Tudo bem com vocês?
Devo desculpas pelo atraso. O capítulo era pra ter saído ontem, porém houve um imprevisto de família. Eu tinha escrito boa parte do capítulo no sábado e deixei pra escrever o resto no domingo: o dia de postagem. Eu almoço na minha avó todo domingo e, neste domingo específico, meu priminho de 10 anos sumiu. Então a tarde que era pra eu estar escrevendo e postando o capítulo, eu estava com a minha família preocupada e procurando por ele. Felizmente nós o encontramos ileso. Por isso eu peço desculpas pelo atraso, eu não tive cabeça pra escrever nada na parte da noite, mas hoje eu consegui escrever o que faltava.
Quero dedicar esse capítulo as pandinhas Menina Vodka, Juliete Silva e Ana Camila por terem lido e comentado Parker no dia que eu postei. Eu fiquei muito feliz com os comentários de vocês. Muito obrigada mesmo ♥ A Rayle também agradece hahah ♥
Enfim, CHEGAMOS NA SÉTIMA TEMPORADAAAA!! õ/ Quem aí estava louco pra chegar nela? É um lado bom e um lado ruim. O bom é que a sétima só tem momentos GSR's maravilhosos e é a melhor temporada (na minha opinião). O ruim é que com o final dela vem as partes tristes, então sugiro que aproveitem bem esses momentos felizes que virão kkkk pelo menos com relação a Gil e Sara, porque o resto da equipe só se ferrou em 2006.
Mas... sem mais delongas, vamos ler essa bagaça ♥
Enjoy



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Dias se passaram e Brass se recuperou bem. Todos voltaram a trabalhar normalmente e naquela semana foram designados dois casos ao turno da noite. O corpo de uma mulher nos bastidores do Circo de Soleil, e o corpo de um homem na festa de Sam Braun, que demoliu o Rampart para inaugurar um novo cassino, o Eclipse.

O caso da mulher ficou com Grissom, Catherine, Nick e Greg já que era um lugar extenso para investigar, e o caso do homem na festa ficou com Sara e Warrick. Como o caso do circo não tem nada de relevante, vamos pro outro.

O corpo do homem identificado como Robert O’Brien, estava sentado e ele ainda mantinha a arma nas mãos. Tudo sugeria suicídio, mas o fato da arma ainda estar em sua mão os fez estranhar isso.

— A arma ainda está na mão dele. Quantos suicidas assim você já viu?

— Pessoalmente? Nenhum. - Sara respondeu.

— Nem eu.

— Eu não encontrei nenhum bilhete suicida.

— Talvez fosse encenado.

David se aproximou e Sara saiu de perto do corpo.

— Desculpe. Fiquei preso no jantar de apresentação dos meus futuros sogros. - explicou o legista.

— Gostaram de você? - Sara perguntou.

— Eu me empolguei falando de trabalho... e pararam de comer.

— Ah. - Sara fez uma careta.

— David, a arma ainda está na mão dele, é todo seu.

— Sim senhor. - ele respondeu. _ O rigor mortis está se instalando rápido. - disse ao tentar tirar a arma da mão do morto com dificuldade, não queria sair de jeito nenhum e isso acabou fazendo com que a arma disparasse sem querer assustando todo mundo. Warrick e Sara quase saltaram.

— Tudo bem? - perguntaram.

O pobrezinho balançou a cabeça e tentou se acalmar, e Sara tentou fazer o mesmo com as pessoas da festa dizendo que o tiro foi acidental.

Enquanto isso, Brass falava com Sam que dizia que o Eclipse seria seu legado e que as obras iniciariam em 2007. Depois de falar com o bilionário, Brass se juntou a Sara para conversar com Joe Hirschoff, o sócio da vítima. Quando perguntaram se a vítima tinha arma, Joe negou dizendo que ambos odiavam armas.

No necrotério, David foi mostrar a Albert o corpo do caso de Sara e Warrick e quando abriu o saco, estava encharcado de sangue. David deve ter esquecido de selar e o sangue acabou manchando as mãos do morto, o que corrompeu qualquer resíduo de disparo que tivesse, por conta disso, não poderiam provar que foi suicídio. Depois que David limpou tudo, Sara foi até lá ver se doutor já tinha terminado a autópsia. A causa da morte, obviamente, foi o tiro. A arma foi colocada na boca e a bala atravessou. O legista achou sementes de gergelim na boca dele, mas nada no estômago.

Quando Sara e Warrick fizeram uma pausa, logo depois da morena voltar do necrotério, viram que Brass estava em todos os canais. O Sheriff Burdick quis dar a ele uma plaqueta, era como uma “medalha de bravura” pelo que ele fez dias atrás no cassino. Ele achou um ato corajoso de Jim ter entrado do quarto de hotel desarmado para conversar com Willy, e o fato de quase ter morrido por conta disso o tornou um “herói”, mas para Brass aquilo era tudo papo furado. Para ele, tinha feito algo idiota e isso quase lhe custou a vida, aquela plaqueta não era um orgulho pra ele, e como foi obrigado a ir recebe-la, não estava muito contente.

— O Brass parece estar a ponto de vomitar. - comentou Warrick.

— Ou socar alguém. - disse Sara.

Ambos voltaram a prestar atenção na TV e assim que Brass recebeu a plaqueta, Sara desligou.

Grissom entrou na sala neste momento com duas embalagens de lanche na mão. Tinha ido comprar seu “almoço” e resolveu levar um para Sara também, mas não levou para Warrick.

— Sanduiche de vegetais pra você. - Gil colocou sobre a mesa, na frente dela.

— Valeu! - um pouco surpresa, Sara agradeceu.

— E pra mim? - Warrick, o injustiçado, perguntou.

— Eu não sabia que estava aqui, então desculpe. - Grissom respondeu Warrick olhando para Sara com um sorriso discreto.

Sara fez o mesmo, porém acrescentando seu biquinho.

— Cadê o amor hein? - ele perguntou enquanto Grissom saía da sala. Sara sorriu.

Oh amor aí na frente dele e ele não viu hahahah

— Nós encontramos uma gosma no cano do revólver. - continuou Warrick. _ Hodges identificou como sementes de gergelim derretidas.

— Robbins encontrou sementes de gergelim na boca da vítima. Alguma digital da arma?

— O cabo era xadrezado, não é comum digitais nesse tipo de cabo.

— Hm, está registrada? - perguntou saboreando uma batata frita.

— Na Califórnia em nome de Joe Hirschoff.

— É mesmo? - ela perguntou num tom de surpresa falso e ele assentiu. _ Ele disse que odiava armas! Dá uma olhada. - entregou a pasta aberta pra ele. _ Eu pesquisei os proprietários do projeto Eclipse. A vítima E Joe Hirschoff tinham participação conjunta.

— É mesmo? - ele perguntou.

— O que significa que com Robert morto, Joe automaticamente fica proprietário da participação.

— Parece um grande motivo pra matar.

— É.- Sara concordou e pegou mais uma batata. _ Você quer? Eu divido com você.

— Sanduiche de vegetais? Não, obrigado. - ele sorriu.

— É gostoso! - ela riu.

— Não sei como consegue ser vegetariana no mundo dos hambúrgueres e filés.

Sara riu mais uma vez.

— Já me acostumei. Não sinto falta da carne.

...

Brass interrogou Joe Hirschoff assim que saiu da vista da imprensa e enquanto isso, Warrick vasculhava a suíte dele e de O’Brien com o mandado que conseguiu. Logo depois levou tudo ao laboratório para analisar junto com Sara. A morena achou uma luva térmica numa mala, o que era estranho porque a suíte deles não havia cozinha. Dentro da luva havia sementes de gergelim, assim como na arma e na boca da vítima.

Warrick achou vestígios de metal dentro da luva, o que provou que a arma foi transportada dentro da luva. As sementes de gergelim estavam dentro da luva, quando a arma foi colocada, algumas sementes entraram no cano, e as ser disparada na boca da vítima por ele mesmo, as sementes foram parar em sua boca fazendo com que outras derretessem no cano com o calor na hora do disparo.

Sara então foi até a sala do namorado contar que o caso fora solucionado. Ele já tinha resolvido o dele também e até foi convidado por Catherine e Nick para ir até um bar pra beber e dançar, mas ele não confirmou nada.

— É a primeira vez que vejo um suicídio onde a arma permanece na mão da vítima. - disse Grissom assim que Sara confirmou que foi suicídio.

— Eu tenho uma explicação pra isso também. Contratura de Dupuytren. É um problema raro caracterizado por fibrose progressiva na palma da mão. Os tecidos ficam grossos, contraindo os dedos. - ela mostrou com sua mão como acontece. _ A arma não teria se soltado. A doença ainda estava em seu estágio inicial, o que faz parecer rigor mortis.

— Alguma ideia do motivo dele ter se matado?

— Depressão, talvez. - resolveu dar uma provocada, mas foi interrompida. _ Sabe, segundo meu supervisor não é da nossa área saber o porquê, mas...- seu celular tocou impedindo-a de continuar. _ Ah, eu tenho que ir.

— Tchau. - sorriu discretamente.

Sara, com aquela vontade de beijá-lo, sorriu e saiu da sala. Tinha que entregar os pertences de Robert para Joe. Em seguida, pegou suas coisas e foi embora.

No bar...

— E aí? Você acha que o Grissom vem? - o texano perguntou a ruiva.

— Não se ele pensar que vai ter que dançar. - ela respondeu e Nick sorriu.

Um homem subiu ao palco para anunciar a atração da noite, e era ninguém menos que John Mayer. Nick então arrastou Catherine pra pista.

Enquanto os dois amigos dançavam, Grissom aproveitava seu precioso tempo de outro jeito.

— Hm...- Sara se afastou sem fôlego. _ Vai devagar, chefe... Uff! Que beijo foi esse? - suspirou.

— O que acha? Beijo de saudade né, Sara. - ele perguntou também sem fôlego e apertando a cintura dela.

— A saudade era tanta que nem pro bar você quis ir?!

— Eu não frequento bar, e todo mundo sabe disso. Não foi surpresa nenhuma eu não aparecer lá.

— É, eu sei. - Sara passou os braços pelo pescoço dele e voltou a beijá-lo. Nada de beijos lentos com carícias suaves, e sim o oposto disso. _ Hm...- novamente Sara se afastou sem fôlego. _ Sabe o que esse seu... “comportamento” está me fazendo lembrar?

— Do que? - ele beijou seu pescoço ao perguntar.

— Daquela timidez toda que você tinha. Cadê ela? - sorriu se divertindo com aquela pergunta e a reação dele ao ouvi-la.

— Ainda tenho ela. - ele respondeu. _ Ela só está escondida.

Sara riu e Gil voltou a beijá-la. Ficaram assim boa parte da madrugada e depois dormiram. Acordaram pela manhã com o barulho do celular de Grissom.

— É o seu? - perguntou a morena sonolenta agarrada a ele.

— É.- ele bocejou pegando o aparelho em seguida. _ É a Sofia.

Sara bufou fazendo Grissom rir.

— Ciumenta...- disse ele beijando sua cabeça e atendendo a chamada da loira em seguida. _ Oi Sofia. - Sara revirou os olhos. _ Aham... Certo, tudo bem... Eu estou indo... Até logo. - desligou. _ É o fim do nosso descanso, amor. Vamos levantar.

— Ahhh não...- ela agarrou a cintura dele sem deixá-lo levantar.

Grissom riu.

— Sara!

Tiveram que se aprontar novamente para outra cena de crime. Las Vegas não dava trégua. Como Sara já estava com ele, Gil a levou junto para a casa de Izzy Delancy, um astro de rock. Pediu para sua morena ficar com o perímetro enquanto ele encontrava Sofia lá dentro. Ao ouvir isso, Sara o olhou com os olhos semicerrados e ele riu por conta disso.

Ao chegar na cozinha, cumprimentou a detetive e ao ver a cena não ficou tão chocado, mas ficou mais que chocado ao ver o que tinha em cima do balcão, em frente à mesa onde Izzy estava debruçado. Uma miniatura perfeita da cena do crime. A cozinha inteira, toda detalhada e com um boneco idêntico a vítima também debruçado na mesa. Uma cópia perfeita da cena do crime, até mesmo na poça de sangue.

— Você já viu uma coisa assim? - a loira perguntou.

— Não. - ele respondeu. _ Os detalhes são...

— Assustadores. - ela completou.

— Impressionantes. - ele corrigiu e apontou pra cena verdadeira. _ E sim, assustadores.

— Quem você acha que chegou primeiro, a galinha ou o ovo?

— Eu sempre fui a favor do ovo. Mas desta vez... eu não sei.

Grissom tirou fotos de tudo, onde ele olhava na cena real, ele ia na maquete e estava tudo lá, igualzinho. Não faltava nada. Dentro de uma gaveta havia alvejante, olhou na mesma gaveta na maquete e lá estava o alvejante. Era incrível. Assustador, mas incrível.

— Oi Griss! - Sara apareceu na cozinha e sorriu pra ele. _ O que é isso? - perguntou chegando perto dele.

— Veja você mesma. - disse e esperou sua reação, olhando pra ela com um sorriso escondido. Não conseguia parar de admirá-la, ela estava muito fofa com o cabelo partido pro lado, era raro já que ela sempre usava no meio. Linda de todo jeito.

Sara abriu a boca em choque.

— Meu Deus... Isso é ...

— Impressionante?

— E assustador. - ela completou. _ Acho que a Barbie de Malibu fez isso.

— Bom, então a Barbie deve ser muito mais do que apenas um rostinho bonito, porque esta é uma maquete perfeita da cozinha em escala de meia polegada. E supondo que o assassino seja a mesma pessoa que fez a miniatura.

— Teria levado semanas, talvez até meses pra criar isso com esses detalhes. Sem dúvida, se enquadra em premeditação.

— É, mas dá uma olhada nas poças de sangue.

— São idênticas.

— Não tem como prever isso. Poças de sangue são aleatórias.

— O assassino deve ter completado a coisa com a cena.

Sara se afastou um pouco pra olhar ao redor e Grissom coletou um pouco do sangue da miniatura pra testar.

— É sangue de verdade. - ele confirmou.

— Essa obsessão vai dar até mesmo a você um adversário e tanto! - disse ela. Gil ergueu as sobrancelhas, mas não surpreso. Em seguida, Sara olhou para a parede onde haviam vários discos. Ela leu um deles. _ If Dusty Fell, Izzy Delancy.

— O maior sucesso dele.

— Nunca ouvi falar dele.- Sara o olhou.

— Não deve ser da sua época. - disse ele.

— Vou fazer um download. Verifiquei o perímetro, o portão da propriedade tem um código, não há sinais de entrada forçada nas janelas ou nas portas. - Sara deu a volta na mesa e ficou atrás do corpo, de frente para Grissom que estava atrás do balcão. _ Claro, se uma garota consegue acesso à gaveta de cuecas do Brad Pitt e tira um cochilo na cama dele, acho que tudo é possível. – sorriu e em seguida se agachou ao lado do corpo e tocou o braço dele. _ Lividez sugere que ele não foi movido. Acho que ele estava sentado aqui quando foi morto. - Gil prestava atenção em tudo o que ela fazia e dizia. Sara se levantou e olhou a pancada na cabeça dele. _ Causado por um impacto não perfurante...- apontou a lanterna pra cima. _ Sem borrifos ou respingos... O que sugere um único golpe. - finalizou olhando pra ele.

— Às vezes é preciso apenas um golpe. - ele sorriu de lado ao dizer.

Sara sorriu fazendo seu biquinho logo em seguida. Ela havia entendido o que ele quis dizer.

— Ah é?

Grissom piscou pra ela.

Sara não aguentou e riu balançando a cabeça.

Foram interrompidos pelo celular de Sara que apitou anunciando uma mensagem.

“Sara, eu preciso de você! Por favor! Eu estou no motel Palm Tree Inn, eu não sei o que fazer, preciso de ajuda! Traz seu kit e disfarça, não deixa ninguém perceber.”

A morena leu e ficou preocupada com a mensagem de Catherine. Precisava saber o que estava acontecendo. Grissom percebeu sua expressão de preocupada e questionou.

— O que houve, honey?

— Nada. - ela logo tratou de negar que algo havia acontecido, mas percebeu que ele não acreditou então inventou alguma coisa. _ A Abby aprontou no orfanato, a responsável de lá me mandou uma mensagem. Eu posso ir lá rapidinho saber o que aconteceu?

— Claro, pode ir lá. Só liga pra alguém vir ficar no seu lugar.

— Vou ligar pro Greg. Obrigada. - sorriu e saiu apressadamente ligando para o amigo e esperou alguns minutos do lado de fora.

Grissom estranhou, mas deixou pra lá. Ela não mentiria pra ele. Ou mentiria?

Passaram-se alguns minutos e Sara resolveu ir até o portão onde a polícia estava contendo os fãs que queriam entrar, foi quando viu Greg entrar com dificuldade no local.

— Ah você está aqui! Obrigada por vir!

— Não acredito que está deixando o caso de Izzy Delancy, os fãs já estão começando a se aglomerar.

— Eu tenho que resolver uma coisa. A Sofia e o Nick estão conversando com a família, o Grissom está na cozinha, poderia cuidar dos quartos?

Greg assentiu sorrindo e Sara agradeceu. Passou pelos fãs e entrou em seu carro dirigindo rápido até o motel que Catherine mencionou. Assim que desceu do carro e andou alguns metros, avistou a ruiva e foi rapidamente até ela.

— Hey, o que aconteceu?

Catherine foi direto ao ponto.

— Eu posso ter sido dopada e estuprada. Acordei aqui.

— O que?? - Sara indagou chocada.

— Eu... improvisei meu próprio kit de estupro, tem... pelo púbico, resíduo da unha, coleta vaginal...

— Espera aí. - Sara a interrompeu. _ Você fez a ocorrência?

— Eu chamei você. - a ruiva respondeu, parecia desesperada. Só confiava nela naquele momento, não queria que ninguém soubesse.

— Catherine...- Sara não estava acreditando que aquilo podia ter acontecido com a amiga. _ O fato de você mesma ter feito isso torna a coleta inadmissível.

— Eu conheço o procedimento, eu não quero uma investigação oficial, eu só quero saber o que aconteceu. - Catherine estava mesmo desesperada e assustada. Ela não se lembrava de nada e tinha medo de que tivesse sido mesmo violentada.

— Tá... Tudo bem...- Sara ainda não tinha digerido a informação. Aquilo era horrível. Faria o possível para ajudá-la.

— Eu... tenho que levar isso pro laboratório... É o quarto 229, é lá em cima. E ... que fique entre a gente...? - ela pediu, quase implorou pela sua expressão. Estava mesmo com medo.

— Tudo bem. - Sara aceitou não contar pra ninguém.

— Obrigada. - Catherine sorriu e correu pro táxi.

Sara ainda ficou ali por alguns segundos vendo-a indo embora e tentando fazer com que a ficha caísse. Subiu correndo pro quarto para investigar o local minuciosamente. Depois disso, voltou ao laboratório, não havia achado nada, só uma digital desconhecida.

Grissom descobriu como mataram Izzy. O golpe foi dado com um rolo de mármore que estava limpo dentro da gaveta.

Na autópsia de Izzy, If Dusty Fell tocava no som de doutor Robbins e ele cantava juntamente com Grissom, com o morto ali “assistindo”. Albert fazia sua bengala de guitarra e foi quando Grissom pediu que ele parasse, tipo “já tá bom, meu querido, vamos voltar à autópsia!”.

 _ Causa da morte? - Gil achou que ao perguntar isso, seu amigo responderia normalmente, mas né... ele fez um rock in roll com a resposta.

— TRAUMA POR UM GOLPE ATRÁS DO CRÂNIO E UMA FRATURA NO LOBO OCCIPITAAAAL! HOUVE UMA FORTE HEMORRAGIA NO CÉREBRO...- ele apontou pra própria cabeça ao “cantar” isso. _ E A MORTE DEVE TER SIDO RÁPIDA, YEAH! - ao pronunciar esse final, ele esticou as duas mãos na direção de Grissom.

O supervisor sorriu e pediu desculpas ao morto. Em seguida pegou um raio x e perguntou:

— O que é isso?

Albert abriu o corpo exatamente na parte que mostrava o raio x e o que saiu de lá foi uma chave. Ao ver aquilo, Grissom perguntou com uma sobrancelha erguida:

— A chave para nosso mistério?

Izzy tinha engolido aquela chave – que era de seu cofre – para ninguém conseguir abri-lo, nem mesmo sua esposa que ele chamou de interesseira. Porém a babá descobriu o que tinha lá dentro e divulgou pra ganhar dinheiro. Até uma foto de Izzy morto ela tirou. Mas não fora ela quem o matou.

Na sala da mesa de luz, Gil estava com a maquete sobre a mesa, fotos da mesma, e abria o boneco de Izzy pra ver o que tinha dentro. Sara chegou e colocou-se ao lado dele.

— Descobriu alguma coisa?

— Não. - ele respondeu. _ Nenhuma digital, cabelo, fibras... Os materiais são comuns nas lojas, mas o sangue bate com o da vítima.

— E está interessado no motivo? - Gil continuou olhando para ela. _ Sofia acaba de passar as suas últimas horas com o xerife, o chefe do cassino Olympia e umas duas dezenas de advogados. Ao que parece, Izzy Delancy possuía os direitos de suas próprias músicas, O Olympia estava negociando compra-las para um show baseado em suas músicas. Izzy não teve a oportunidade de assinar o contrato. Um astro do rock morto, negócio de família maluco, e uma empresa faminta pelo próximo Mamma Mia.

— Quem herdou os direitos da música.

— O filho, Sven, mas ele é menor, por isso os direitos seriam controlados pela mãe, Dusty.

— É ilegal se beneficiar de um ato criminoso, caso um deles tenha cometido o crime.

— Então os direitos iriam pra atual esposa de Izzy, Madelyn.

— Bom, seria um motivo pra ela. Mas como isso se encaixa? - ele apontou pra miniatura.

Conrad entrou na sala.

— Talvez devêssemos liberar isso pra mídia. Talvez alguém tenha feito um componente da miniatura sem ter conhecimento disso. Se essa pessoa aparecer, poderia nos ajudar.

— Por que gratificar o assassino com publicidade?

— Izzy Delancy é famoso, a imprensa quer respostas. - rebateu Ecklie.

— Todos queremos. - disse Grissom com um sorriso falso.

— Sara, esse caso é seu também. O que acha?

— Eu... concordo com o Grissom. - fez uma careta ao responder.

Ecklie deu um sorriso irônico.

— Mas é claro que sim... - dito isso ela saiu da sala.

Gil e Sara franziram o cenho e se olharam.

— Mas o que...?

— Isso foi estranho. - comentou o supervisor.

— Acha que ele sabe?

— Não. Ele agiria bem pior que isso, Sara. Acho que ele falou sem ter conhecimento.

— Assim espero.

...

Enquanto isso...

Catherine voltou ao bar para ver se lá tinha câmeras de segurança, mas a única que tinha mostrava o caixa. E ela ainda não conseguia lembrar do rosto de ninguém. Seu carro ainda estava no estacionamento e não havia sido roubado, ainda estava tudo lá dentro. Lembrou que Lindsey tinha uma apresentação e ela foi. Pegou seu carro e foi buscá-la. No caminho de casa, enquanto ela conversava com Lindsey, um carro em alta velocidade bateu no dela, bem no lado do motorista. Catherine sofreu um corte profundo na testa, a lateral de seu rosto sangrava. Lindsey estava quase inconsciente quando alguém abriu a perto e a pegou no colo levando-a para uma van. Catherine se desesperou e tentou sair do carro, mas seu cinto estava preso e ela não conseguiu impedir que sequestrassem sua filha.

Ligou para os amigos avisando do sequestro e um paramédico chegou para atende-la, mas ela não queria cuidado nenhum, só queria achar sua filha. Warrick foi correndo até a cena e ela estava gritando com o paramédico. Ao ver Warrick, a ruiva se levantou em desespero repetindo que levaram a Lindsey, que foram para tal direção, que ela não viu quem era... Warrick tentava acalmá-la. Com muita relutância conseguiu com que ela fosse pro laboratório já que Grissom estava esperando por ela. Quando o amigo perguntou se ela tinha alguma ideia de por que levaram a menina, Catherine disse.

— Pelo mesmo motivo que me doparam noite passada, eu suponho.

— O que? Como assim? - Gil perguntou confuso enquanto andavam pelos corredores.

— Nick e eu fomos pro bar, dançamos, ele ficou com uma garota e eu fui beber alguma coisa. Nick foi embora e eu fiquei lá. Só lembro de acordar nua num quarto de motel. Eu não sabia o que fazer então mandei uma mensagem pra Sara e ...

— Sara sabia? - Grissom perguntou e lembrou-se da mensagem que a namorada recebeu. Ela mentiu pra ele.

— Sabia, mas não briga com ela, Gil. - pediu a ruiva. _ Fui eu que pedi pra ela não contar pra ninguém. Ela me ajudou, não briga com ela!

— Tudo bem, tudo bem, eu não vou brigar com ela, Cath.

— Eu devia ter te contado, mas eu não queria ouvir um sermão. Fiz meu próprio kit de estupro, deu negativo.

— Graças a Deus. - ele respondeu aliviado. _ Deve haver uma relação entre esses acontecimentos, vamos verificar seus antigos casos em busca de suspeitos. Vou ver se o Ecklie consegue alguma ajuda com o turno do dia.

— Eu agradeço.

— Você tem que ficar por perto, tá?

— Eu sei...- ela respondeu assentindo e foi em direção à garagem. Nick estava lá analisando o carro dela e até se desculpou por tê-la deixado lá no bar.

A ruiva recebeu uma ligação de Sam, ela foi até o cassino falar com ele e o confrontou. Perguntou quem estava as usando para chegar nele. Ele lhe mostrou duas fotos, uma dela desmaiada na cama com a legenda “Consegue adivinhar o que você vai me dar?” e uma de Lindsey amarrada numa cadeira com a legenda “Transfira 20 milhões”. Catherine, com os olhos cheios d’água disse que o culpava por tudo aquilo. Quando jogou na cara dele que ele não tinha negócios e que era um bandido com sapatos de mil dólares, Sam desferiu-lhe um tapa em seu rosto.

A ruiva voltou para o laboratório e Nick descobriu que a digital que ele encontrou no carro batia com um caso que Warrick investigou. Ao olhar as fotos do caso, Warrick viu que a cadeira da casa era a mesma que Lindsey estava amarrada. Com o endereço, eles invadiram o lugar e o suspeito saiu correndo sendo baleado pelos policiais. Soltaram Lindsey e levaram os dois ao hospital.

Olhando para o homem pelo vidro, Catherine se lembrou que ele estava no bar na noite que foi dopada. Grissom confirmou que ele quem tirou a foto de Catherine no motel, com a digital que Sara encontrou no papel da polaroide. Mas o acidente tinha sido trabalho de duas pessoas, só que Catherine não se lembrava do rosto do cara.

Sara foi até o hospital ver como elas estavam e assim que foi vista, foi abraçada pela ruiva.

— Você está bem? E a Lindsey?

— Estamos bem. - respondeu ela desfazendo o abraço. _ Obrigada por tudo. - Sara assentiu e sorriu de lado. _ Eu já falei pro Gil não brigar com você.

Sara olhou para o namorado e ele sorriu.

— É bom ver vocês duas se dando bem, confiando uma na outra.

Ambas sorriram e foram ver Lindsey.

...

Voltando ao caso de Izzy, a suspeita estava em Dusty e Madelyn, mas ambas estavam juntas e tinham um álibi. Então as suspeitas foram para Sven, mas ao ser interrogado, Sven desmaiou por alguns segundos quando viu o sangue nas fotos. Fizeram um teste e descobriram que ele não estava fingindo, ele realmente desmaiava quando via sangue então não podia ter matado o pai.

Sara foi até a sala do namorado depois de não solucionarem o caso. Bateu na porta e ficou ali. Gil olhava a miniatura e ao ouvir a batida na porta, olhou pra quem bateu.

— Soube que não temos suspeitos.

— Não necessariamente. Poderia ser qualquer um da cidade, ou mesmo qualquer um fora da cidade. O que faz com que haja muitos suspeitos.

— O que quer que a gente faça?

— Eu não sei. - ele respondeu. Estavam sem nada. Tinham que arquivar o caso até acharem mais evidências ou suspeitos. _ Eu cuido disso.

Sara assentiu.

— Eu vou pra casa então, tabom?

— Tabom. Eu não vou demorar, prometo.

Sara sorriu e saiu de lá.

Gil voltou a olhar pra miniatura em busca de algo que esteja fora do lugar. Achou, atrás da foto de Izzy com Sven no colo, a foto da cabeça de uma boneca.

Enquanto isso, Wendy descobriu pelo DNA, não o nome do sujeito que estava com a Lindsey, mas sim que ele tinha 18 alelos em comum com Robert O’Brien. Sim, o homem que cometeu suicídio na festa de Sam Braun, caso de Warrick e Sara. Mas não para por aí. Um fio de cabelo na fita que usaram para amarrar Lindsey tinha o DNA de Joe Hirschoff, o sócio de O’Brien.

Catherine foi atrás de Sam pôr as coisas a limpo. Tudo isso havia acontecido porque Joe e Robert investiram tudo o que tinham no projeto Eclipse, mas faliu antes que começasse a construção. Sam criou uma nova empresa pra terminar o projeto deixando eles sem nada. Robert e Joe perderam cerca de 20 milhões – a quantia que estava escrita na foto de Lindsey –, e como resolveram isso? Robert se matou e Joe quer que Sam o reembolse. E pra isso fez tudo aquilo com o irmão de Robert, pra poder arrancar dinheiro de Sam. Catherine perguntou ao pai onde Joe estava e Sam respondeu que não sabia. No entanto, Joe vinha na direção deles com uma arma, quando Catherine o viu, lembrou-se do rosto dele na hora e o mesmo levantou a arma para atirar nas costas de Sam. Catherine o avisou, mas era tarde. Joe o atingiu com dois tirou no peito fazendo com que ele caísse em cima de Catherine que tentou segurá-lo. Os seguranças de Sam atiraram em Joe quando ele tentou fugir e a ruiva gritava pedindo ajuda para o pai, mas já era tarde. Sam já estava morto em seus braços.

A equipe foi avisada e todos tentaram acalmar a amiga, que já tinha passado por tanta coisa e agora a perda do pai.

...

— Griss? - Sara chamou a atenção dele. Estavam sentados no sofá perdidos em pensamentos. Tudo o que aconteceu nos últimos dias os deixaram preocupados.

— Hm? - ele respondeu.

Sara se virou pra ele.

— Eu estou com medo.

— Medo de quê, honey? - ele ficou de frente pra ela também, bem pertinho.

— Olha tudo o que já aconteceu com a equipe esse ano. A Catherine foi dopada, teve a filha sequestrada e o pai assassinado na frente dela. O Brass levou um tiro e quase morreu. O Nick teve o carro roubado e passou por um perrengue por causa da corregedoria. Warrick está com problemas no casamento...- suspirou. _ E se acontecer alguma coisa com a gente também...?

— Não, não, não...- Gil segurou o rosto dela com as duas mãos. _ Não vai acontecer nada com a gente, amor. Nada. - tentou tranquilizá-la.

— Fala... Você também está com medo, não está? De descobrirem sobre nós ou algo pior...

Grissom suspirou.

— Com tudo o que vem acontecendo... sim, eu tenho. Mas vamos ser otimistas, Sara. Nada de ruim vai acontecer.

Sara abaixou a cabeça, Gil a ergueu novamente.

— Nada. - ele enfatizou.

Ela lhe deu um sorriso triste e ele a abraçou.

 


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Notas finais do capítulo

Chegaaaamos ao fim deste capítulo trágico. Me digam suas opiniões, meus amores, estou louca pra saber. A Cath levou uma surra no coração nesse começo de temporada. Foi dopada, a filha foi sequestrada, o pai foi assassinado... meo deos! Mas a amizade dela com a Sara só se fortaleceu agora, a ruiva confia nela ♥
Enfim, não hesitem em comentar, por favor, é muito importante ta? ♥
Aos pandinhas que ainda não leram Parker, eu gostaria muito de saber a opinião de vocês. Mas se não quiserem ler não tem problema, eu já agradeço muito por estarem aqui em LS comigo ♥
Abraço de urso :3



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