Love Story escrita por Fofura


Capítulo 72
Relacionamentos XVII - Grissom Finalmente Tomou Coragem?




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“Já vivi dias quentes, dias frios, dias de alegria e dias de medo, dias de choro, dias de rir. De todos eles sempre trago um, sempre os dias de medo...Medo de amar, medo de sorrir, medo de ajudar, medo de chorar... Aliás, será que realmente vivi esses dias? Será que com medo se vive?” ― Karina Pagliaro

...

Uma semana se passou e as coisas entre Gil e Sara já estavam melhores. Sara deixou aquela história de jantar pra lá e fingiu que não aconteceu pra não ficar chateada. Se ele não queria sair com ela, tudo bem, não ligava mais.

Sua relação com Sofia também estava indo bem, ela era uma pessoa legal. A morena só não gostava quando Sofia ficava de conversinha com Grissom. Era nítido que a loira gostava dele.

A semana em questão foi tranquila, mas teve uma hora específica que Sara não achou legal. Durante um caso de estupro que estavam trabalhando, o mesmo foi relacionado com outro de 5 anos atrás, um caso que Ecklie investigou. O diretor assistente chamou Grissom para contar os detalhes, porém Grissom chamou Sara e disse que era pra ela ir falar com ele.

— Ué, por que eu tenho que ir falar com ele? Conrad chamou você, Gil.

— Eu sei, Sara, mas vai ser uma ótima oportunidade pra vocês ficarem numa boa.

— Ah, eu não sei não. Você disse pra eu evitá-lo e agora está me mandando trabalhar com ele?

— Vai por mim, vai ser bom pra você.

Sara sorriu.

— Tabom.

A morena foi até a sala da mesa de luz encontrar o careca. Parou na porta e forçou um sorriso.

— Ecklie! O que foi?

— Eu chamei o Grissom. - ele respondeu.

“Acredite, eu não viria se fosse por vontade própria.”.

— E ele me mandou. - sorriu sem graça com a situação. Não queria bater papo com ele. _ Como posso ajudar?

O bom disso tudo é que só teve que falar com ele naquele momento, pois no resto da investigação Sara não encontrou mais com ele. Para seu alívio!

Sara e Greg investigaram os casos tão bem, de uma maneira tão eficiente – não que antes eles não fizessem isso, mas estavam se superando a cada dia – que Grissom ficou de queixo caído.

— Nossa! Assim vão me deixar obsoleto. - disse ele ao ouvir tudo o que seus subordinados e amigos disseram sobre o caso.

Greg e Sara sorriram.

No fim de tudo, os três conseguiram pegar o culpado dos dois homicídios.

...

A semana seguinte foi mais legal pra eles, pois as duas equipes puderam trabalhar juntas de novo. Gil, Sara e Greg pegaram um incêndio numa floresta, era perto de uma estrada> Só Gil e Sara foram pra cena, Greg ficou esperando pra depois ir ao hospital recolher as provas.

Gil e Sara olhavam o corpo queimado enquanto falavam com um dos bombeiros.

— Um morador local nos chamou. Conseguimos conter o incêndio.

— Ao contrário dele.- falou o supervisor. _ Baixa umidade, grama seca, condições perfeitas para desflexão máxima.

— Incendiários também ouvem a previsão do tempo, mas por motivos diferentes.

— Vai ver foi só algum idiota jogando o cigarro fora. - disse a morena.

— É uma otimista. - comentou o bombeiro

Sara o olhou e sorriu discretamente, assim como ele.

— Já tem o ponto de origem?

— Ainda não. - respondeu a pergunta do supervisor. _ O fogo desceu a ladeira, provavelmente começou no topo da colina. Eu grito quando for seguro subir.

— Tá legal, mãe. - Sara provocou sem olhar pra ele, o mesmo sorriu com a resposta dela.

O homem mais velho subiu a colina queimada enquanto os dois peritos ainda olhavam o corpo. Sara tirava fotografias enquanto Gil apenas observava o local.

— Essa área é um ótimo lugar para observar as estrelas. - comentou o supervisor.

Uma imagem dele e Sara deitados um ao lado do outro observando o céu estrelado veio em sua mente e ele gostou do que viu, porém ficou sem jeito com o que ouviu dela em seguida.

— Dizem que também é muito boa pra dar uns amassos.

Grissom levantou as sobrancelhas e nada disse.

Sara continuou tirando fotos como se não tivesse dito nada demais.

Gil se afastou um pouco e achou um outro corpo, e quando avisou Sara disso, a mulher que estava completamente queimada abriu os olhos.

Como o caso da equipe de Grissom se juntou com o da equipe de Catherine? Simples.

O marido de Tara – a moça que eles acharam viva na floresta – era o melhor amigo do homem do caso de Catherine, que estava morto junto com esposa e filha.

O caso foi difícil para Greg que se abalou com o que aconteceu com Tara. Ele não entendia como ela ainda estava viva depois de todo aquele incêndio. E foi ela que o causou. Tara ateou fogo em si mesma, provocou o incêndio e a morte de um observador de estrelas.

Sofia tentou falar com Greg e comentou que soube que ele costumava ser um cara engraçado. “Não perde isso”, foi o que ela aconselhou.

Fora isso, foi um caso bom de solucionar. Catherine e Sara não se desentenderam, Sofia não deu em cima de Grissom, nem Greg em cima de Sara, foi como antes, tudo tranquilo. Bom pra matar a saudade.

...

A semana seguinte foi muito, mas muito agitada. Muitos casos surgiram para as equipes. Catherine e Warrick ficaram com o caso de uma moça que apareceu morta num palco, Nick pegou o caso de um garoto que foi encontrado morto num banco, Grissom investigou uma batida de carro onde o motorista de um dos carros não estava no local, e Sara e Greg ficaram com o caso de um personal trainer que morreu em sua própria casa com uma paulada na cabeça (era o que parecia, pelo estado do rosto).

Mas vamos para o caso de Sara e Greg que é o que realmente interessa aqui. Os dois peritos chegaram na casa com um detetive que lhes deus as informações sobre a vítima.

O corpo foi levado ao necrotério e ambos continuaram a analisar cada cômodo da casa. Vendo todas aquelas fotos do cara na parede, todo musculoso, soado, só de cueca fazendo pose, Greg se olhou no espelho e fez um muque, certificando-se que Sara não ia ver. Foi bem engraçado.

Passaram horas naquela casa periciando tudo, mas foram interrompidos por dois homens vestindo roupas de proteção e mascaras azuis que entraram na casa e os obrigaram a sair, cada pegando um CSI pelo braço. Doutor Robbins havia ligado do necrotério dizendo que tinha um fungo na casa, a vítima inalou e isso acabou matando ele, a estrutura do rosto dele desmoronou e fez com que parecesse que ele tinha levado um soco. Robbins percebeu o fungo quando foi olhar a cavidade ocular esquerda e começou a sair pus preto do mesmo e escorrer pelo rosto.

Sara ficou assustada, não só pelo perigo, mas pelo modo como foram tirados da casa.

— É uma situação de perigo biológico. Vocês precisam ser descontaminados agora! - disse um deles descendo rapidamente com Sara as escadas da casa, com outro segurando Greg pelo braço logo atrás deles.

Levaram os dois pra dentro da tenda azul e pediram pra tirarem a roupa rápido.

Sara e Greg não estavam entendendo bulhufas do que estava acontecendo, mas tiveram que tirar para sua própria segurança. Os dois homens pegaram o chuveirinho e trataram de descontaminar os dois peritos que tinham que ficar com os braços levantados enquanto “tomavam banho”. Sara queria se enfiar num buraco, olhou pra trás pra ver a expressão de Greg, pra ver se ele estava do mesmo jeito que ela, mas quando ele a olhou, Sara desviou o olhar rapidamente, morrendo de vergonha.

Deram uma toalha pra eles e ambos foram pra canto da barraca se secar enquanto os homens pegavam macacões da perícia pra eles usarem, já que as roupas também precisavam ser descontaminadas.

Vestiram os macacões, Sara prendeu o cabelo molhado e ambos foram levados ao laboratório para encontrar com Al e descobrirem o que estava acontecendo.

Gil vinha andando pelo corredor, quando Sara e Greg passaram por ele. O supervisor não pôde evitar de ouvir o que eles diziam.

— Sara, eu só queria dizer que quando a gente estava no chuveiro... eu não vi nada.

— Sério? Nossa, eu vi tudo! - Sara só disse aquilo pra provocar, pois sabia que Gil ia escutar.

Sara e Greg continuaram andando e Grissom foi chamado por Judy que interrompeu seus pensamentos interrogativos.

Falou com ela e foi até sua sala. Como assim “quando a gente estava no chuveiro”? Eles tomaram banho juntos??? Não tinha outra explicação. Ou tinha?

Depois que solucionou seu caso, Grissom foi falar com Robbins, pois encontrou com David no laboratório e ele comentou que Greg e Sara foram expostos a um fungo e que doutor Robbins mandou que os tirassem de lá. Querendo tirar essa história a limpo, Grissom foi atrás do amigo para que ele lhe esclarecesse.

Grissom então foi falar com Greg e Sara na sala da mesa de luz pra saber como estava indo o caso deles. Ainda precisavam descobrir como foi que o fungo cresceu dentro da casa. Foi um tiro que ele deu em alguém. Ele atirou nela, a bala atravessou a parede levando sangue e tecido junto com ela e acertou um cano, a água do cano vazou e alimentou o fungo. Os poros se soltaram, entraram pelo ar-condicionado da casa e foi inalado pela vítima. Só precisavam saber quem ele havia baleado.

— Checamos os telefones da agenda da vítima. Encontramos todo mundo, menos uma mulher chamada Tiffany.

— Sem sobrenome? - perguntou o supervisor.

— Tiffany é o nome de guerra de Ângela Willer, uma prostituta conhecida. - respondeu Greg. _ A família relatou o desaparecimento dela mês passado.

— Bom, talvez uma pessoa tão narcisista prefira pagar uma prostituta a desperdiçar seu amor numa namorada.

— E, além de imunossupressão e problemas cardíacos e hepáticos, o uso de esteroides também pode atrofiar os testículos e causar impotência e agressividade. É perigoso. Então se o DNA do tecido e da bala baterem com o da Tiffany...

— Tem uma amostra?

Greg quem respondeu.

— Uma amostra de referência foi coletada no apartamento dela durante a investigação inicial. Está com a Mia.

— Muito bom! - Grissom elogiou.

— É igual aquela história do Edgar Allan Poe em que o coração da vítima embaixo do piso revela o crime.

— O Coração Revelador! Achava que não lia os clássicos, Greg.

— Leio, quando são sobre corpos desmembrados. - ele respondeu.

Grissom olhou para Sara e sorriu.

— Hey Sara! Comprei uma caixa de chocolate pra você no intervalo, está na geladeira da sala de descanso.

— Comprou chocolate pra mim?

— Claro, já é páscoa. Peguei do branco, seu favorito. - ele sorriu.

— Obrigada! - Sara abraçou o pescoço dele e lhe deu um beijo estralado na bochecha, sem se importar com a presença do chefe ali. _ Grissom, a gente pode tirar uns minutos de intervalo?

— Claro, podem ir, eu guardo isso aqui.

— Valeu! - Sara puxou Greg pela mão e ambos foram pra sala de descanso.

Gil não gostou nada daquilo.

...

Depois desse caso e do que ouviu, Grissom só conseguia imaginar como tinha sido aquela descontaminação e os ciúmes lhe corroíam. Não só por isso, mas por toda aquela história de chocolate. Como assim ele sabia até o chocolate preferido dela?

Ele não tinha achado um motivo forte – além do que sentia por ela – que o encorajasse a perder suas inseguranças, ir atrás de Sara e dizer que o que sentia por ela era amor. Sim, ele a amava. E o motivo forte que o encorajou foi pensar e ter a certeza de que não queria Sara com nenhum homem que não fosse ele.

Ver Sara com Greg todos esses anos, o carinho que ambos tinham um com o outro, e a possibilidade de que fosse acontecer alguma coisa entre ambos se ele não tomasse uma atitude, fez Grissom criar coragem de tentar.

Sara disse que o amava e que esperaria por ele. Já faziam seis semanas que Sara havia brigado com Catherine e que foi suspensa por isso. Desde que teve aquela conversa com ela, a vontade de protegê-la em seus braços, de querer fazer parte da vida dela e fazer com que ela não derramasse mais uma lágrima sequer daqueles lindos olhos âmbares, se tornou mais forte. A vontade de provar aqueles lábios mais uma vez, de abraçá-la pra nunca mais soltar, de deitar com ela no sofá num dia frio e fazer carinho na cabeça dela até ela dormir, de sentir a mão dela em sua nuca fazendo aquele carinho que só ela sabe fazer.

Nunca Grissom sentiu tanta vontade de ter Sara em seus braços como estava tendo naquele momento. Se fechasse os olhos ele podia vê-la nitidamente, com aquele jeitinho de sorrir mais fofo do mundo. Às vezes se pegava olhando para a foto deles juntos em São Francisco, que ela havia lhe dado de natal, emoldurada num delicado porta-retratos. E lembrava dos poucos, mas lindos e memoráveis momentos que tiveram naquela cidade linda na semana que se conheceram. E todos os que teve com ela desde que a mesma chegou em Vegas.

“Moça curiosa” “Cara dos insetos”. Como sentia falta disso.

Tudo o que Sara disse a ele depois do caso de Debbie Marlin fez sentido naquele momento.

Que ele começava a gaguejar quando a elogiava; que ele havia se declarado num interrogatório, mas não dizia o que sentia pra ela; que ele não conseguiu dizer que não a amava quando ela pediu; que ele ficava incomodado quando ela saia com alguém; que ele disse pra ela “ter uma vida”, mas que quando ela tentou fazer isso ele a tirou de sua folga; que ele não deixou ela ir embora do laboratório; que ele disse coisas que a fazia ter esperanças, mas quando ela o convidava pra sair ele recusava; e que ele não conseguia tirar os olhos dos lábios dela, mas quando ela se aproximava, ele recuava. Se ele não a amava, por que fez tudo aquilo?

Sara disse que estava cansada de amá-lo e não ser correspondida. Mas ela era sim. Ele a amava, agora ele sabia que não era só atração ou paixão. Era tudo junto. Ele era apaixonado por ela e não tinha se tocado disso! Desde o primeiro momento em que sua pele entrou em contato com a dela, desde o primeiro momento que ouviu sua voz, desde o primeiro momento que sentiu seus lábios nos dela.

Mas se tinha uma coisa que martelava a cabeça de Grissom naquele momento, era a frase que Sara havia dito a ele assim que solucionou seu primeiro caso em Vegas. Uma coisa que ele nunca esqueceu.

“_ Mas o marido também estava errado. Se importava mais com o trabalho do que com a mulher que amava.”

Esse era Grissom. Se importava mais com o trabalho do que com a mulher que amava. Estava farto disso, que se dane as regras! Sua carreira ia acabar um dia, mas seu amor por Sara não.

Havia chegado a hora de procurá-la e dizer que queria arriscar. Mas mesmo estando certo de que era aquilo que queria e tendo certeza de que o amor que nutria por ela era muito forte, ainda assim estava nervoso. Nunca foi bom em demonstrar sentimentos em palavras, como iria declarar seu amor por ela?

Bom, sabendo ou não como fazer, ele faria. E a hora era agora!

“Tudo que eu quero é você

Farei qualquer coisa que você quiser

Tudo que eu quero é você

Eu não quero comer, eu não quero dormir

Não quero sentar o dia todo e ver TV

Quando você está ao meu lado é onde quero estar

Tudo que eu quero é você” ― Bon Jovi


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA É O PRÓXIMO MEUS PANDINHAS!!!!
Já não era sem tempo, não é mexxmo? Grissom abriu aqueles lindos olhos azuis e decidiu o que fazer!
Obrigada Greg ♥
Deixem suas opiniões sobre esse capítulo e até o próximo ♥
Abraço de urso :3



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