Love Story escrita por Fofura


Capítulo 44
Acerto de Contas


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas! Dois capítulos no mesmo dia, eeeeh! ♥
A terceira temporada está chegando ao fim e é agora que vocês irão descobrir se acertaram a questão número dois do formulário de Love Story. Vou deixar o link pra quem quiser responder nas notas finais.
Boa leitura.



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O caso de investigaram naquela noite foi de uma mulher chamada Alison encontrada morta na cabine de um campo de futebol americano num colégio. As evidências os levaram a um antigo indivíduo condenado e preso por tráfico de drogas. Sara decidiu que seria durante aquele caso que chamaria Grissom pra jantar. Ele tinha que aceitar dessa vez.

A oportunidade surgiu quando estava dando a primeira mordida em seu lanche na tarde seguinte ao chamado a polícia.

Grissom estava falando com uma moça sobre algum resultado de análise bem na porta da sala de descanso onde Sara estava lanchando. O supervisor terminou de falar com a moça e seguiu pelo corredor, então Sara viu a oportunidade e foi atrás dele. Grissom entrou na sala de Greg e ela esperou ele sair. Quando saiu, a morena voltou a segui-lo, mas ele entrou na sala de áudio e vídeo onde Archie e Nick estavam, novamente, a morena esperou o chefe sair. Ele saiu, e quando estava prestes a entrar em sua sala Sara tomou coragem e andou um pouco mais rápido, mas um técnico chegou primeiro que ela perguntando se Grissom tinha um minuto e entrou com ele na sala.

Sara sorriu em ironia. Parecia que o mundo estava conspirando pra ela não convidá-lo ainda. Seguiu o corredor, quando estava chegando mais perto de onde Greg estava, sentiu um vapor quente e cacos de vidro cortarem seu rosto e sua mão. O laboratório de Greg havia explodido e o deixado muito ferido. Sara pode vê-lo “voar” no momento que aconteceu, pois estava bem do lado e quando ambos atingiram o chão, Sara o viu desmaiar. Queria ir ajudá-lo, mas sua cabeça estava latejando, sua mão estava sangrando e seu corpo doendo pelo impacto no chão.

A explosão ocorreu em frente a sala de Grissom e o mesmo saiu correndo pra fora depois do susto que levou. Sara estava caída no chão, mas ele não a viu, correu até Greg para ver se ele estava bem. Os bombeiros logo chegaram junto com os paramédicos.

Sara achava que não precisava de ajuda, que as outras pessoas precisavam de mais atendimento que ela, então a mesma saiu de onde estava e foi pra fora.

Grissom acompanhou o técnico até a ambulância que logo levou Greg pro hospital. Assim que a ambulância partiu e Grissom olhou em volta, estava todo mundo apavorado com a explosão repentina e quem estava ferido já havia sido atendido. Seu olhar foi parar na calçada, onde viu Sara sentada. De longe ele conseguiu ver seu rosto ferido e andou mais que depressa até ela.

Sara parecia pensativa, quando Grissom se agachou na frente dela, a mesma quase levou um susto.

— Você está bem? - perguntou carinhosamente e muito preocupado.

— Aham. - ela assentiu.

Ele viu que ela estava apoiando uma mão na outra com a palma pra cima, e supôs que estivesse machucada. E estava. Tinha um corte profundo na mão esquerda dela, e o sangue ainda escorria um pouco. Ele pegou na mão dela com cuidado pra ver.

— Honey, isso está feio.

— Tudo bem. - ela olhou pro machucado e pra ele, em seguida desviou o olhar pro caos em volta. Ainda estava assustada, e preocupada com Greg também. _ A limpeza vai dar trabalho, vamos começar logo?

Ela estava ignorando a gravidade de seu ferimento. Tinha que levar pontos ou pegaria uma infecção, mas não queria, precisava ajudar.

Grissom, preocupado com ela, disse:

— Você tem que levar pontos. - sua expressão deixou claro pra ela que ela iria levar os pontos mesmo se não quisesse.

— Eu estou bem. - ela insistiu.

Grissom olhou pra um paramédico e pediu para que ele cuidasse da mão dela. Pegou os pulsos de Sara com cuidado e a ajudou a levantar.

Sara foi com o paramédico e Grissom ficou pra falar com Robert, o dono do laboratório. Na ambulância, Sara pensava.

Honey. Foi a primeira vez que ele a chamou assim. Ela gostou muito de como ele a chamou e do modo como chamou, bem atencioso e preocupado como ele costumava ser quando o conheceu. Ele podia voltar a ser como era, e podia também arriscar um relacionamento com ela. Não custava nada tentar. Quando o turno acabasse, iria falar com ele.

Sara aproveitou e pegou uma carona com a ambulância pro hospital, precisava saber como Greg estava. Teve que esperar longos minutos pra poder falar com ele, pois ele ainda estava sendo examinado. Quando entrou no quarto ele estava dormindo. Com a mão boa, Sara acariciou o cabelo arrepiado dele. Greg acordou com a caricia.

— Sara...- Greg falava num tom baixo e fraco, ainda estava muito mal.

— Oi loirinho. - ela sorriu.

— Gostei desse seu jeitinho de me acordar. Quer tornar isso uma rotina?

— Mesmo machucado você ainda insiste em me paquerar, não é? - ela balançou a cabeça sorrindo.

Ele riu, mas de um jeito fraco, pois estava todo dolorido.

— Não resisto. - só então Greg viu a mão de Sara enfaixada. _ Você se machucou?

— Foi só um cortezinho. Eu estou bem.

— Estava perto quando aconteceu, não foi?

— Uhum. Bem pertinho.

— Desculpa.

— A explosão do laboratório não foi sua culpa, Greg. Fico feliz que esteja bem. - sorriu e acariciou de novo o cabelo dele, e isso fez com que ele fechasse os olhos.

— Ainda vai me aturar por muitos anos, Sarinha. - ele sorriu docemente.

— Assim espero.

...

Quando Sara voltou ao laboratório, ela foi com Nick até a cadeia falar com um preso suspeito de mandar alguém de fora cobrar uma dívida. E o cara endividado e suspeito de ter matado Alison, resolveu pagar a dívida com a mesma oferecendo-a ao cara que foi enviado pra cobrar. Descobriram o endereço do “cobrador” e Sara foi até lá com Brass e dois policiais. Mas ela cometeu um erro grave.

Todos sabem que os policias que devem fazer a vistoria, pois são treinados pra isso, e os criminalistas tem que esperar do lado de fora até que o local esteja limpo ou liberado. Sara entrou junto com Brass e os policiais e foi olhar no banheiro, onde encontrou o cara. Brass deu uma bronca muito grande nela, furioso, perguntando o que ela tinha na cabeça. Ela podia ter se ferido ou morrido se o suspeito estivesse armado.

Assim que a poeira baixou, Nick chegou e ajudou-a a analisar as coisas, mas não sem antes dar um toque nela. Foi errado o que ela fez, e ele se preocupava com o bem-estar dela.

— Soube que você se acha indestrutível agora.

Sara o olhou e não disse nada, voltou a se concentrar no que fazia.

— Alguém já te apontou uma arma, Sara?

“Lá vem ele com bronca também. Grr!”

— Não, nunca.

Enquanto isso, Grissom estava com Catherine na sala de Robert, pois descobriram que Catherine foi responsável pela explosão do laboratório, ela causou aquele desastre sem intenção.

— O investigador Brown e eu coletamos evidencias de um caso envolvendo uma mulher cujo o marido havia desmaiado, suspeitamos de veneno. Quando voltamos ao laboratório...- o diretor a interrompeu.

— Não haviam identificado o liquido?!

— Não, ainda não.

— E como ele foi consumido pela explosão, nunca saberemos o que era. De qualquer forma colocaram uma substancia não identificada no vaporizador.

— Certo. - disse a ruiva.

— Ao lado de uma fonte de calor ativa.

— Eu não sabia desse detalhe.

— Porque você não checou!

Grissom resolveu intervir na conversa.

— A evidência não catalogada é deixada no vaporizador. A chapa aquecedora estava ligada, isso acontece, ninguém teve culpa.

— A responsabilidade é minha, eu não segui o procedimento. - Catherine sabia que Grissom estava tentando defendê-la, mas não havia necessidade. Greg estava no hospital, Sara havia se machucado junto com outros técnicos, e várias evidencias foram destruídas, e tudo era culpa dela.

— Por que não?

Catherine se irritou um pouco.

— Porque o dia tem 24 horas e eu passo 16 trabalhando para o município, 3 tentando dormir e as outras 5 dizendo pra minha filha que tudo vai ficar bem!

— O DNA cuidava de treze casos. Agora estão todos comprometidos ou destruídos.

— O que você quer ouvir? Eu fiz besteira e sinto muito!

— Isso já é o bastante. Está suspensa! Cinco dias não remunerados.

Catherine levantou-se furiosa e saiu da sala. Grissom ia fazer o mesmo, mas Robert o impediu.

— Eu soube que você tem devolvido os relatórios da Willows.

— UM relatório. No caso Jenkins, ela fez um erro de cálculo e eu pedi que ela corrigisse o relatório. - ele explicou.

— Ótimo, talvez ela também possa corrigir a explosão do laboratório. - em seguida ele começou a falar sem olhar para Grissom, girando a cadeira pro lado. As falas do diretor iam fugindo dos ouvidos de Grissom, então o supervisor chamou sua atenção.

— Robert! Se tem alguma coisa a dizer, diga olhando pra mim!

— Certo. O seu trabalho não é proteger o seu pessoal, é proteger a integridade do laboratório!

— Sem o meu pessoal... não há laboratório! - dito isso, Grissom saiu da sala sem dizer mais nada.

...

“Bem, quero que saiba

Que poderíamos ser Romeu e Julieta

Baby, se sairmos por aí esta noite

Você e eu

Você tem apenas que dizer

"Eu amo você"

E então nós vagaremos em meio às estrelas” ― Bon Jovi

 

Grissom olhava o nome da doutora Karen num papel pensando se faria ou não aquela cirurgia quando percebeu Sara parada na porta.

— Você tem um minuto?

— Eu já estou de saída.

— É, eu vi que você está de folga hoje.

— Estou.

— Eu também.

Era ótimo os dois terem folgas no mesmo dia, pois podiam aproveitar juntos se ele quisesse, por isso estava ali pra fazer um convite mais uma vez.

— Você devia estar de licença.

“Ele ainda se preocupa comigo. Isso é bom!”

— Eu estou bem. - sorriu para que ele acreditasse. Não que não estivesse, fisicamente ela estava ótima. Agora emocionalmente... ia depender dele agora.

— Você teve sorte, e não estou falando a explosão.

“Por que merda tinham que se meter na minha vida?? Fui meio babaca? Fui. Mas pra quê ficar me apedrejando? Nem foi lá essas coisas o que eu fiz, não sei pra quê tanto fuzuê!”

— Ah, já sei. Falou com o Brass.

— E com o Nick.

— Nós pegamos o cara.

— É tudo o que tem a dizer? - caminhou até ela.

É a deixa!

— Você quer jantar comigo?

Grissom ficou meio sem jeito, mas respondeu como se o que disse não tivesse importância pra ela, mas tinha.

— Não.

— Por que não? Vamos jantar pra ver o que acontecesse. - ela insistiu.

Por que Grissom resistia a ela? Que se danem as regras! Ela o amava, será que tinha que dizer com todas as letras pra ele perceber?

— Sara...- ele respirou fundo desviando o olhar e escolhendo as palavras, não queria magoá-la. Olhou pra ela novamente. _ Eu não sei o que fazer. - disse apontando para os dois, na maior sinceridade.

Ele realmente não saberia o que fazer se saíssem juntos, pois não era como antes que eles saiam e conversavam descontraidamente fazendo piadas um com o outro e ficando próximos como amigos, pois Grissom tinha certeza que o que sentia por Sara não era só amizade e aquilo o deixava nervoso, custava a acreditar que eles poderiam dar certo, e a magoava ainda mais com esse pensamento e atitudes como essa.

— Mas eu sei. - foi o que ela respondeu deixando-o um tanto surpreso. _ E talvez quando você souber... já seja tarde demais.

Aquilo doeu, pois Sara sabia que dentro de Grissom havia um sentimento intenso e que ele só estava com medo de que aquilo se expandisse, e que um dia ela descobrisse que ele não era o “homem certo” pra ela. Sara sabia que ele tinha medo, mas por que não arriscar? Se ele soubesse o que ela faria para tê-lo em seus braços... Será que ele era tão cego assim?

Ao terminar de dizer tais palavras, Sara se virou e foi embora, deixando Grissom de boca aberta e com o coração apertado. Não existe a possibilidade de ele ficar com ela, por mais que fosse tentador e meio que um sonho realizado, pois ele já havia sonhado com ela várias vezes até aquele momento. Sara era muito importante pra ele, mas ela merecia muito mais.

A viu sumir pelo corredor e apagou a luz de seu escritório para ir pra casa.

Sara chegou no estacionamento com um esforço sub humano para não chorar ali. Entrou no carro, tentou respirar fundo, mas os soluços já queriam vir com força total. Os impediu de chegar só enquanto estava dirigindo, respirava fundo e fungava tentando apagar a visão de Grissom dizendo a ela que não sabia o que fazer em relação a eles dois.

Então existia o “nós” ali, já era alguma coisa, mas mesmo assim não deixava de ficar magoada com mais um fora que havia levado, mais uma resposta negativa, mais um ‘não’ pra sua lista.

Seu coração doía e seus olhos ardiam enquanto dirigia até seu pequeno apartamento.

Ao chegar lá não aguentou, caiu na cama e pôs-se a chorar. Os soluços enfim vieram com mais força do que quiseram no início, chacoalhando seu corpo como o braço de uma criança brincando com um chocalho.

— Por que ele? - ela se perguntava em meio aos soluços. _ Por que?

Suas lágrimas caiam como as águas de uma cachoeira e encharcavam seu travesseiro.

Sara precisava muito de um abraço, precisava de consolo, precisava de um ombro amigo. Não queria chorar entre quatro paredes sozinha de novo, como sempre fazia quando sonhava com ele ou quando seus convites eram recusados.

Tentou respirar um pouco e só um nome veio em sua cabeça.

— Nick.

Pegou seu celular e ligou pra ele ainda tentando controlar o choro.

— Stokes. - ele atendeu.

— Nick...- soluçou. _ Está ocupado?

— Sara? Não, por quê? Onde você está? - ele se preocupou ao ouvir o tom de voz da amiga.

— Em casa.

— O que houve? - perguntou ao perceber que ela parecia estar chorando.

— Eu preciso de você. - disse com a voz chorosa. _ Por favor. - soluçou novamente.

— Tabom, fica calma, tá? Eu já estou indo. - finalizou a ligação e saiu correndo ao encontro da amiga.

Não demorou muito pra chegar e ao ouvir a batida na porta, Sara correu pra abrir.

Ao ver o texano ali diante dela, Sara o abraçou com força e voltou a chorar.

— Hey...- afagou suas costas. _ O que houve? - perguntou num tom suave. Nunca havia visto Sara chorar daquele jeito, então o assunto devia ser sério. _ Shiii, calma, eu estou aqui.

— Está doendo, Nick. - foi o que ela conseguiu dizer.

— O que está doendo, Sah?

— Meu coração.

Doeu um pouco em Nick ouvir aquilo. A afastou um pouco para poder ver seu rostinho angelical que tinha um curativo bem na testa por conta da explosão. Secou as lágrimas dela e a guiou até o sofá. A puxou para mais um abraço fazendo-a apoiar a cabeça em seu peito e acariciou seus cabelos.

— Conta pra mim.

— Já não basta o Hank ter feito aquilo comigo... já não basta eu ter perdido minha melhor amiga... agora o homem que eu amo não me ama.

— Oh Sah, as vezes a vida é assim, difícil. Mas você tem que acreditar que tudo vai melhorar um dia. Hoje você pode estar aqui colocando toda essa tristeza pra fora e amanhã você pode receber uma recarga de alegria. Mas mesmo que isso não venha a acontecer por vontade própria do destino ou do que quer que seja, eu vou estar aqui com você, pra te fazer rir, pra te proteger e pra te ajudar no que for preciso. Tabom?

Sara sorriu e levantou a cabeça de seu peito para olhá-lo.

— Que bom que eu tenho você, Nick.

— Sempre. E se eu descobrir quem é o babaca que está te fazendo sofrer assim, eu acabo com ele.

Ops!


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Notas finais do capítulo

"Honey" aaaaaaaaaa *----* Mas mesmo assim, o Grissom é burro demais! Mds!
E aí? Quem acertou? Quem colocou que era o Nick? Melhor amizade sim *-*
O que acharam do capítulo, pandinhas? Digam aí ♥
Link do formulário:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc6Rs5kxVH0FzUHbd3WgU4WelkwrTH0RquYH9kurLkdVNdsiw/viewform
(Não dá pra clicar, copie e cole na barrinha ♥)
Abraço de urso :3



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