Love Story escrita por Fofura


Capítulo 3
“— Não! Fica.”


Notas iniciais do capítulo

Hey Amorzinhos! Fiquei meio decepcionada, pois no início foram onze pessoas que me deram suas opiniões, mas quando atualizei, apenas quatro o fizeram. O que houve gente? uehuehe' Bom, vou continuar mesmo assim.
Agradeço muito à Ana Camila, Bruh, Aghata e Rafaela pelos comentários e dedico esse capítulo à elas ♥ Espero que gostem :3
Enjoy ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704963/chapter/3

No dia seguinte Gil apareceu na casa de Sara antes do almoço e a convidou para um passeio. Foram em um parque, conversaram, tomaram sorvete, riram. Foi super divertido.

Estavam sentados num banco da praça quando ele tocou sua mão e pediu para que ela o olhasse. O que ela fez prontamente.

Ele tocou seu rosto a fazendo fechar os olhos com seu toque.

— Acho que eu... – ficou com um pouco de medo de confessar. _ Acho que eu estou... apaixonado por você.

Ela abriu os olhos, surpresa.

— Eu... Eu sinto a mesma coisa.

— Mesmo?

Ela assentiu.

Seus rostos foram se aproximando lentamente e o beijo aconteceu.

Estavam nas nuvens.

O beijo foi ficando mais profundo e quando separaram seus lábios... Sara acordou.

Ficou olhando pro teto sem acreditar no sonho que teve.

Ela sonhou com Grissom! Mas parecia tão real. Ainda podia sentir sua boca quente. Precisava sentir aqueles lábios.

— Droga! - disse após se levantar.

— Falando sozinha, Sarita?

— Eu não sei o que está acontecendo comigo, Ray.

— O que houve? - sentou-se ao lado dela na cama.

— Eu sonhei com ele.

— Grissom?

— É.

— Hmmm! Me conta.

— Beijei ele.

— Ahhhh! Jura?

— E que beijo, Rayle! - caiu na cama sorrindo. _ Queria que fosse real.

— E você aí dizendo que não sabe o que está acontecendo com você. Sabe sim.

— O que?

— Está apaixonada, amiga! Acorda!

— Tenho que confessar que isso passou pela minha cabeça, mas... Rayle, isso deve ser só atração.

— Não é só atração, Sara. Vai por mim. E aquele encontro de ontem?

— Não foi um encontro, Rayle!

— Foi sim!

— Ele só foi gentil. Não está afim de mim.

— Sara, raciocina um pouco, use a sua mente de perita e preste atenção nas “evidências”. Se ele não estivesse afim de você, ele apenas ia lhe perguntar se está bem, lhe pediria desculpas por ter esbarrado em você e iria embora. Ou seja, não aconteceria de ele te convidar pra tomar um café e ainda te deixar sem jeito com seu insistente olhar de admiração.

— Como sabe que foi de admiração? Podia muito bem ser de reprovação, Ray.

— Absolutamente não, porque nenhum louco de pedra te reprovaria.

Sara riu.

— Esquece isso, Rayle. É loucura.

— Ah, mas não é mesmo.

O terceiro dia de palestras ocorreu no mesmo horário e muito bem, mas Sara e Gil não puderam se falar ao final dela, pois ele foi convidado para uma reunião entre os palestrantes e diretores. Ela foi para o laboratório e depois deu uma saída com seu colega Doug no bar Rusty Nickel. Sara amava aquele lugar.

Já o quarto dia de palestras foi diferente.

Após tomar café e passar no laboratório pra pegar algumas coisas em seu armário, Sara foi para a praça perto de casa e sentou-se na sombra de uma árvore para ler. Ela sempre fazia isso quando podia e como naquele dia era sua folga, por que não aproveitar o clima maravilhoso do outono? Seus cabelos estavam soltos e ela trajava um vestido azul escuro até o joelho e um sapatinho preto de cadarço.

Ficou lendo e sentindo o vento soprar seu rosto por uma hora até ser interrompida por uma voz conhecida.

— Olá senhorita! - não quis ser formal, apenas ganhar sua atenção.

— Grissom! Que surpresa!

Gil a avistou quando estava passando pra voltar pro hotel, havia acordado tarde e estava voltando da lanchonete onde tomou café. Ele gostava do serviço de quarto, mas preferia não comer lá e sim dar uma volta, afinal, só passaria uma semana ali, desfrutaria cada momento, e esse em questão com certeza. Quando viu uma moça sentada encostada na árvore, teve a leve impressão de que a conhecia, e estava certo. Ao perceber que era Sara a linda jovem que ele avistou, suas pernas bambearam. Estava tão linda – mais que o normal – seus cabelos estavam soltos, o que ele ainda não tinha visto, e estava de vestido mostrando aquelas maravilhosas pernas que ele só conseguiu ver bem quando se aproximou.

— Como está?

— Ótima, e o senhor?

— “Senhor” me faz parecer velho, Sara.

— Me desculpe. Força do hábito. Como está, Grissom?

Ele sorriu.

— Muito bem. Fiquei feliz em lhe encontrar aqui.

— Sempre que dá eu venho até aqui ler, relaxar, sentir a brisa... Ter um tempo só pra mim.

— Espero não estar atrapalhando.

— De maneira nenhuma. - sorriu.

— O que está lendo? – sentou-se ao lado dela.

— Sonho de uma Noite de Verão.

Os olhos de Gil brilharam! Era linda, atraente, inteligente, simpática, amava borboletas e gostava de Shakespeare? Casa Gil!

— Não brinca! Shakespeare?

— É. Gosta?

— Eu amo Shakespeare!

— Que bom! Temos algo em comum, além de sermos criminalistas. - sorriu.

— Podíamos conversar mais.

— Quer dar uma volta? - ela o convidou e fechou seu livro com um marcador de borboletas no meio.

— Adoraria.

Ele se levantou e lhe estendeu a mão para ela fazer o mesmo. Já de pé ele a elogiou.

— A propósito, você está uma graça.

— Obrigada. - agradeceu corando um pouco.

Caminharam lado a lado conversando sobre o que gostavam de fazer, de ouvir, de assistir e claro, de ler.

— Quer dizer que é chegada em Black Sabbath?

— Sou sim, mas você parece não ser chegado a Rock N’ Roll. - sorriu.

— Não muito, eu gosto, mas não escuto com frequência. Gosto mais de clássicos.

— Também gosto. Mas e filmes? Qual seu gênero favorito?

— Eu não assisto muita TV e nem vou ao cinema, não tem graça ir sozinho. - sorriu. _ Mas sempre que paro pra assistir um filme, eu prefiro os dramas, até gosto de ação, mas nem tanto. E você?

— Eu também adoro dramas. Meus preferidos são animações, mas também amo romance, sendo em filmes ou em livros.

Ele sorriu quando ela disse que gostava de animações.

— Gosto de todo tipo de gênero de livro. Menos essas coisas doidas que não existem.

— Exemplo?

— Vampiros, lobisomens, dragões, bruxos, duendes, gnomos...

Riam enquanto ele falava.

— Ah vai, tem histórias que são boas.

— Se você diz.

Sorriram.

Enquanto caminhavam e conversavam sobre Shakespeare, avistaram o carro do sorvete. Cada um comprou o seu e voltaram a caminhar. Ao terminarem, Gil pensou em levá-la naquele lugar que ele gostava tanto.

— Quero te mostrar um lugar. Isto é, se ainda não o conhecer.

— Que lugar?

— Venha. - segurou sua mão e atravessaram a rua correndo.

Caminharam até atrás daquele prédio executivo e Grissom mostrou a porta preta.

— Já entrou aqui?

— Não. Que lugar é esse?

— Você verá. - abriu a porta e como um perfeito cavalheiro a deixou entrar primeiro.

Subiram as escadas e ao chegarem lá em cima, Sara se encantou com a vista.

— Nossa! Nunca tive essa vista da Golden Gate.

— É lindo, não é?

— Demais. - ela adorou. _ Como encontrou esse lugar?

— Faz uns dois anos, a primeira vez que estive aqui, eu era um tanto curioso e entrei. Quando eu era criança eu era muito curioso, queria saber de tudo. - sorriu.

— Mais uma coisa em comum. - retribuiu o sorriso.

Os dois olharam pra frente e apoiaram as mãos no mármore. O silêncio reinou neste momento, até que Sara viu um enorme balão. Ela adorava ver um no céu, era lindo!

— Olha! Um balão! - quase gritou, como uma garotinha e sorriu apontando para o balão.

Sem que percebesse, ela foi pra muito perto de Grissom segurando seu braço.

Grissom, entretanto, não conseguiu olhar para o balão. Não tinha visto o rosto de Sara tão de perto, estava hipnotizado. Sem contar o perfume, cheiro de flores.

Sara não percebeu que ele a fitava até o balão sumir de sua vista. O olhou quase que imediatamente e ainda com uma das mãos em seu braço, frente a frente, ela perguntou:

— O que foi?

— Me tira uma dúvida? Se puder.

— Claro.

— Por que eu necessito tanto... ficar perto de você?

Sara se surpreendeu. Ela se perguntava isso o tempo todo. Grissom mexeu com ela de um jeito que nenhum outro homem havia feito.

— Eu... me faço a mesma pergunta.

Ela sentia o mesmo por ele! Não sabia o que era, mas era muito forte.

Automaticamente, suas faces foram se aproximando. Até que seus lábios se tocaram – apenas se tocaram – e ao sentirem uma certa eletricidade, afastaram-se em câmera lenta ainda de olhos fechados. Quando os abriram, ficaram extremamente sem graça. Sara até sentiu seu rosto queimar.

Gil precisava sair dali ou não responderia por si. Desde que a conheceu ansiava provar seus lábios, mas sua razão dizia que não era certo.

— Eu... preciso ir. - ele ia embora quando ela segurou seu braço.

— Não! - ele a olhou. _ Fica. - ela pediu sem jeito.

— Sara... Nós... não podemos.

— Por que não?

— Porque... Eu sou velho demais pra você.

— A idade é um problema?

— Temos dezesseis anos de diferença, Sara.

— E daí?

— Você é jovem. - tocou seu queixo. _ Tem um futuro inteiro pela frente. Não seria justo com você.

Sara abaixou a cabeça e pôs as mãos em seu peito.

— Você... disse que quer aproveitar cada momento aqui e que precisa ficar perto de mim. Então o que isso significa?

— Eu disse tudo isso, né? - sorriu sem jeito.

Ela assentiu.

— Isso é errado.

— É o que acha?

Grissom passou a olhar todos os detalhes do rosto dela e, involuntariamente, tocou seu rosto fazendo-a fechar os olhos. Sua pele era tão macia. Seu coração era indeciso, mas mandava-o beijá-la logo. Já sua razão insistia que aquilo era a coisa errada a se fazer, que ele não era bom o bastante pra ela. Ele olhou sua boca e não resistiu.

— Que droga, Sara. - pôs a mão em sua nuca e a puxou devagar para um beijo.

Eles não estavam sentindo o chão, estavam no céu. Seus lábios eram macios e quentes. Grissom enlaçou a cintura dela assim que ela aprofundou o beijo, já as mãos dela, uma estava em sua nuca e a outra continuava em seu peito.

Quando se separaram, demoraram um pouco pra voltar a realidade, e quando isso aconteceu não sabiam o que fazer. A salvação foi o celular de Sara ter tocado.

— Sara. - atendeu meio ofegante.

— Sarita? Você está bem?

— Estou. Estou bem. - tentou recuperar a respiração.

— Preciso de você aqui, fiz um estrago na cozinha. Onde você está?

— Eu já estou indo. - não respondeu, precisava sair dali. _ Eu preciso ir.

Ele fez a mesma coisa que ela fez com ele só pra saber o que ela diria. Segurou seu braço e disse:

— Não! Fica.

Ela corou e sorriu.

— A gente se vê na conferência. - beijou sua bochecha e desceu as escadas correndo.

Gil apoiou as mãos no mármore e esperou ela descer. Ao chegar na calçada, Sara olhou pra cima e o viu. Sorriu de lado e chamou um táxi, olhou pra ele novamente e deu um tchau com a mão, entrou no táxi após ele retribuir.

...

— Que droga aconteceu aqui, Rayle?

— Eu me distraí assistindo TV, e senti o cheiro de queimado. Derramou tudo.

— Por que não pediu comida, sua louca? Você sabe que nenhuma de nós sabe cozinhar.

— O dinheiro estava com você.

Elas se olharam e caíram na risada.

— Vamos limpar isso, vai.

Cada uma pegou um pano pra limpar tudo.

— Você ainda não me disse onde estava.

Sara nem precisou responder.

— Ai meu Deus! Estava com ele e eu atrapalhei!

— Não atrapalhou nada, eu dei graças a Deus que você ligou, não sabia o que fazer depois que ele me beijou.

— Ahhhh! - Rayle gritou. _ Por isso você estava meio ofegante, sua danadinha!

Sara riu.

— Mas falamos disso depois. Vamos nos concentrar nesta bagunça ou vou me atrasar pra conferência. Acho que vou com o cabelo solto hoje. - sorriu ao lembrar do que ele disse. “Você está uma graça.”.

Rayle sorriu. Sua amiga estava mesmo apaixonada.

Na conferência Grissom aguardava ansiosamente por Sara. Só gostaria de vê-la, trocar um olhar e um sorriso com ela.

E foi o que fizeram quando ela chegou.

As palestras ocorreram maravilhosamente bem. A de Grissom foi sobre Antropologia. E como de costume, Sara fez muitas perguntas. Ao final delas, Sara, mesmo um tanto hesitante, foi até Grissom.

— Que tal um jantar hoje?

— Claro. - sorriu sem jeito.

Combinaram tudo e foram embora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como estão os coraçõezinhos? Haha. Gostaram? Espero que sim. O quinto dia está chegando. Como será?
Deixem reviews, pois isso deixa a autora muito feliz :3. O próximo será surpreendente.
Abraços de urso :3