Love Story escrita por Fofura


Capítulo 171
Relacionamentos XXIX - É Hora de Dar Boas Vindas


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Atualização de quarta feira porque hoje é o último dia de setembro e eu precisava dar mais uma atualização pra vocês antes de parar. LS vai entrar em hiatus nesse mês que se inicia agora por conta do Desafio Drabble que ocorre todo o mês de outubro, e eu preciso me concentrar só nas histórias do desafio. Vai ser a mesma coisa que fiz ano passado, ela vai ficar pausada em outubro e em novembro eu volto com as atualizações normalmente.
Se tiver algum erro de digitação, perdão, não tive tempo de revisar :') E creio que esse será o último capítulo mais felizinho, pois é daqui pra pior, estejam com as emoções controladas, tá? Não vai ser fácil não :')
Ps, bem vinda a família LS ♥ Capítulo seu :3
Avisos dados, vamos lá ^^ Finn chegou ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704963/chapter/171

Na semana seguinte os CSI’s tiveram que lidar com outro serial killer. O cara cortava uma parte do cabelo de garotas em lugares públicos como se fosse uma marcação e depois ia atrás delas em casa, cegava, matava, tingia o cabelo de loiro e depois as vestia como uma mulher dos anos 70.

Russell se apegou a uma das vítimas que também acabou morrendo. Ele ficou muito mal, até desabafou com Sara no necrotério.

Quando encontraram um suspeito, Nick e Sara foram interrogá-lo e o cara não parava de olhar o cabelo de Sara, ele tinha certa fixação por cabelo. Sara até brigou com ele “para de olhar meu cabelo!”.

O caso foi um tanto complicado de resolver, causou pânico na cidade, todo mundo falando do maníaco da tesoura, mesmo com a xerife Liston tentando manter a ordem.

Claro que depois daquele caso difícil, Sara falou com Grissom, pois só isso a deixava 100% de novo. Catherine estava fazendo falta.

Estavam com um a menos e Russell ― depois de uma cena de crime que precisava de uma análise sanguínea pesada na semana seguinte ―, teve a brilhante ideia de chamar sua amiga e ex colega de trabalho em Seattle, Julie Finlay, ou Finn como ela gostava de ser chamada. Eles tinham um passado complicado já que ele a demitiu em Seattle, porque ela havia obtido ilegalmente uma amostra de DNA de um suspeito em uma investigação em uma festa e saiu com o vidro de champanhe do suspeito em sua bolsa. Mesmo com esse passado que ainda magoava os dois, eles tentavam esquecer as diferenças e birras, mas sem deixar as zoações de lado já que eles gostavam de se irritar com nomes que não gostam. Russell odiava ser chamado por seu primeiro nome, por isso usava o codinome DB e não Diebenkorn, e Finn sabia disso, por isso provocava. Mas ele devolvia a chamando que Jules, coisa que ela também detestava. “Não me chama assim!!” ela dizia.

Russell tanto insistiu pra ela se juntar à equipe que ela aceitou contanto que o passado não se repetisse. Finn então “substituiu” Catherine como a nova assistente do supervisor do turno da noite. E lá estava ela em seu primeiro dia oficial de trabalho depois que ajudou no primeiro caso.

Julie era loira, estatura baixa, uma mente brilhante e um incrível humor ácido. Em sua entrevista pra entrar ela não poupou sinceridade. Estavam usando um detector de mentiras nela.

― Você tem ficha criminal?- perguntou o cara.

― Eu casei duas vezes. Já cumpri minha pena.

― Já fez sexo com um animal?

Julie riu.

― Meu Deus, isso é sério?

― Sim ou não?

― Bom, meu primeiro marido era um cachorro, e o meu segundo… era um porco. Isso conta?

Russell, que assistia tudo, suspirou com as respostas. Ela sempre fazia isso.

Enquanto Julie mostrava pra quê veio, Nick e Sara lidavam com uma casa roubada. Mas não é que entraram na casa e roubaram o que tinha nela, não, roubaram A CASA. Casa de dois gêmeos esquentadinhos. Um deles que os recebeu, a mulher dele também tinha sumido junto com a casa. Pense numa família que só briga.

Foi difícil pra eles acreditarem que a casa foi roubada, a cena foi hilária.

― Qual é a sua casa?- perguntou Nick.

― Ali, 528.- ele apontou.

Nick e Sara olharam e só tinha o número mesmo.

― Um terreno baldio?- Nick riu sem acreditar.

― É, UM TERRENO BALDIO, PORQUE ROUBARAM A MINHA CASA!- gritou o cara.

― Está dizendo que quando foi trabalhar ontem, a casa estava ali, com sua esposa dentro…- Sara estava tentando digerir a informação.

― Isso…- o esquentadinho respondeu sem paciência nenhuma.

― E as duas sumiram…

― É O QUE EU ESTOU TENTANDO DIZER, PELO AMOR DE DEUS, EU ESTOU FALANDO GREGO??

Nick e Sara se olharam enquanto o cara se afastava, nervoso. Cercaram o local e voltaram pro laboratório antes de já começarem com as buscas.

Lá, Russell falava com Finn e entregava sua nova identidade. Era oficial, Finn estava no CSI. Russell aproveitou que Sara e Morgan estavam no corredor e as chamou para conhecer a nova colega de trabalho.

― Ah, por favor, venham até aqui um segundo! Eu quero que conheçam alguém.- as duas foram até eles e até uma loira que elas não conheciam. ― Sara Sidle, Morgan Brody, essa é Julie Finlay.

― Finn. Com dois n’s.- ela corrigiu com simpatia e apertou a mão das duas. ― Prazer em conhecê-las.

― Ela vai trabalhar com a gente.- explicou Russell.

― Ah!- Sara disse animada. ― O Greg falou sobre a sua incrível reconstrução do sangue.

― Ah…- ela sorriu agradecida pelo elogio.

― Vocês podiam fazer um tour com ela.

― Eu adoraria.- disse a morena. ― Mas tenho que voltar pra cena do crime. Temos uma... casa pra achar.- era estranho falar isso. ― Muito prazer, Finn.- Sara sorriu e se despediu.

― O prazer foi meu.- respondeu a loira.

Morgan então ficou responsável pelo tour, e depois dele, elas se juntaram à equipe na busca pela casa.

Todos gostaram de Finn, ela era divertida, bem direta em relação a tudo, e meio doida também. No fim do caso, quando acharam a casa e os irmãos estavam brigando por ela, Finn deu um show pra discussão acabar. Ela estava com Sara assistindo a gritaria da família pra ver quem ficaria com a casa ― que foi encontrada num campo vazio ―, e não estavam conseguindo manter a ordem. Então Finn teve a brilhante ideia de pegar uma serra elétrica e se aproximar de cada um deles com ela ligada, ameaçando cortar a casa ao meio. E ela realmente cortou um pouco da madeira da casa pra eles verem que não estava brincando. Todos gritaram pra ela parar e Sara deu a opção de que eles podiam doar a casa pra não ter que pagar o prejuízo que ela causou a cidade no caminho até lá.

Felizmente esse caso estranho foi resolvido, e Finn havia gostado do lugar e dos novos amigos que fez.

~ ♥ ~

A semana seguinte finalmente chegou e Sara pegou folga depois de um caso complicado. Complicado porque aconteceu um apagão na cidade e os peritos tiveram que voltar a velha escola e usar métodos antigos para resolver o caso de uma criança desaparecida. Foi tudo na gambiarra mesmo. Mas enfim conseguiu a merecida folga depois do caso solucionado.

Gil iria viajar pra Vegas pra eles matarem a saudade da árvore juntos, como ele disse. E foi tão mágico quanto a primeira vez que subiram aquela montanha.

Ele chegou em casa lá pelas seis da tarde de surpresa, já que disse que só chegaria pela manhã. Ela estava no banho e levou um susto quando ele lhe abraçou por trás. A porta do banheiro estava aberta, ela nem ouviu nada, estava escutando música. Ele nem se atreveu a desligar ou abaixar o volume já para não se anunciar. Ela não conseguiria ouvir nem o código de segurança da porta sendo digitado. Nem mesmo Hank latiu, ficou quietinho. 

― Por Deus, Gilbert! Você é maluco? Quase me matou de susto, achei que alguém tinha invadido a casa.

― Nu?- perguntou rindo tanto pelo susto dela quanto pela cena que imaginou.

― Ah, tem doido pra tudo.- ela também riu tirando o resto de shampoo do cabelo. Virou-se pra ele e lhe deu um beijo.

Mesmo acostumada, ela ainda sentia arrepios quando ele a tocava, ainda mais no chuveiro com seu corpo nu e quente.

― Adora fazer surpresas, né?- disse ela sorrindo ainda quase colada em sua boca.

Grissom também sorriu e voltou a beijá-la. A saudade era demais e fizeram amor ali mesmo. Começaram no chuveiro e acabaram na cama.

Assim que recuperaram o fôlego, vestiram seus robes e foram pra sala. Hank os seguiu na mesma quietude. Sara queria inaugurar o piano mesmo sem saber tocar, ela tinha visto alguns vídeos na internet ensinando as notas, afinal, não tinha sentido ter um piano em casa pra nunca ser usado. Então nas folgas e nos dias sem preguiça, ela ensaiava.

― Ah, eu aprendi a tocar um pouquinho de Für Elise.

Grissom arqueou as sobrancelhas surpreso.

― Beethoven? Uau! Essa eu quero ver.

Ambos sorriram e sentaram-se lado a lado no banquinho macio com Hank aos seus pés. Bem na parte de cima do piano havia um leãozinho de pelúcia e a segunda fotografia deles em São Francisco, com Sara sorrindo pra ele.

A morena então começou a tocar, bem devagar, pois não sabia tocar com rapidez ainda, era uma tecla de cada vez, mas o som saía perfeitamente e dava pra saber que melodia era.

Algo que eles nunca acharam que fariam. Sentados na sala numa noite fresca, tocando Beethoven no piano, sentindo o amor transbordar pela casa inteira.

Depois de passarem um tempo assim, foram tirar um cochilo, pois queriam ver o amanhecer do topo da montanha, como fizeram uma vez depois que Grissom voltou da viagem para Massachusetts. E como dito antes, foi tão mágico quanto da primeira vez.

 Estavam precisando daquilo, daquela paz, daquele momento só deles num cantinho só deles, com uma paisagem e um significado que só tinha ali. Não precisavam de mais nada.

~ ♥ ~

Um mês depois, a alegria de se verem naquele mês evaporou, pois nenhum dos dois conseguiria viajar. Grissom ficou preso em reuniões e Sara teve que ajudar a equipe com um caso grande. Ladrões de casamento estavam tocando o terror em Las Vegas e um acabou em morte. Um casamento cujo tema era Alice no País das Maravilhas (amo, inclusive quero) foi alvo do casal de bandidos que mataram o noivo vestido de chapeleiro depois do mesmo defender a noiva vestida de Alice. O cerimonialista? A lagarta azul. E os bandidos? Vestidos de coelho branco e gato risonho. A repercussão foi tão grande que até Ecklie estava lá no meio do caso com eles, sem perder a oportunidade de se aproximar de sua filha que nem deu bola pra ele. Morgan estava com um pé lá e outro cá em relação ao pai.

Sara ficou chateada por não conseguir ver Gil naquele mês, tentariam adiar pra outra semana, mas os dois já tinham firmado compromisso com seus superiores, era quase certeza que não daria. Estava sendo um tanto desgastante, mas não iriam desistir tão fácil assim. Garantiram se encontrar em uma chamada de vídeo bem longa assim que Sara concluísse o caso.

Dois momentos engraçadinhos entre Sara e Conrad rolaram antes do fim do caso. No interrogatório com o cerimonialista, ele fez umas perguntas à Sara que deixou o sub xerife um tanto desconcertado. Primeiro por não ter caído a ficha ainda de que Sara e Grissom eram casados, segundo que mesmo já tendo passado um tempo considerável, ainda não aceitava muito bem o fato de ter sido feito de bobo por eles quando lhe esconderam o relacionamento e quebraram as regras.

― Você é casada?- o cara perguntou.

Conrad ergueu as sobrancelhas com um sorriso forçado e olhou pra ela de relance. “Graças a uma regra quebrada, sim, ela é casada”.

Mesmo estranhando a pergunta, Sara respondeu.

― Sou sim.

― É… especial… não é?

― Sim, claro.

Eles ficaram se olhando sem dizer nada e Ecklie olhou pros dois de um jeito engraçado, depois quebrou o silêncio.

Após um tempo foram chamados para outro lugar, onde um corpo com a máscara de gato risonho estava com ouro derretido na garganta. Sara e Ecklie chegaram lá juntos.

― Meus detetives falaram com informantes no comércio de joias roubadas. Vários apontaram um cara que tem uma loja que compra ouro num shopping aqui perto.- informou o sub xerife.

― É, como nos anúncios!- disse ela. ― “Quebra do mercado! Dinheiro vivo!”

― Sério, eu acho que você está vendo muita TV.

― Eu trabalho no turno da noite e meu marido mora fora do país. Dá pra me dar uma folguinha, por favor?!

Ecklie suspirou assentindo e dando espaço pra ela entrar no local.

Foi um caso longo e complicado, mas no fim recompensou, pois ao passar na recepção, Juddy disse que tinha chegado algo pra ela, e apontou para uma planta linda que estava em cima do balcão. Sara logo viu um pequeno cartão preso à planta. Para a sua surpresa ― não pelo remetente, já que era óbvio ―, estava escrito “Do Grissom” e sua mente voltou há anos atrás quando ele fez a mesma coisa e lhe enviou uma planta com o mesmo cartão. Foi uma linda surpresa. Sorriu ao pegar o pedaço de papel. Quando o assunto era agradá-la e fazê-la sorrir, ele sempre acertava.

Quando chegou em casa, colocou a planta junto das outras na estufa e foi tomar seu banho relaxante. E já na cama, ela fez a chamada de vídeo.

― Oi meu amor!- ela o saudou.

Grissom sempre sorria quando ouvia essa frase, ainda mais com aquele tom de voz.

― Oi honey! Como você está?

― Bem. Recebi uma planta hoje, sabia?

― É mesmo?- ele fingiu surpresa. ― E quem foi o espertinho?

― O espertinho quis repetir o que ele fez anos atrás só pra me deixar toda boba. E funcionou! Cheguei na recepção e lá estava ela.

Grissom abriu um lindo sorriso.

― Não escrevi nada de propósito, mas pode ter certeza que eu não me enrolaria dessa vez.

Sara riu.

― Eu sei. Amei a surpresa, obrigada.

― De nada, abelhinha.- sorriu de volta pra ela. ― Quis fazer uma coisa bonitinha já que não conseguimos nos encontrar. E... queria fazer outra.

― Outra?- perguntou curiosa.

― É. Estava relendo Shakespeare hoje e tem um texto tão lindo, que reflete tanto meus sentimentos e acho que até o seus... como o soneto 47 que lhe escrevi uma vez, lembra?

― Como esquecer?!- sorriu com todo o amor do mundo o olhando pela tela.

― Queria recitar pra você.

Sara sentiu um arrepio. Lembrou de quando ele recitou sonetos de Shakespeare pra ela dormir depois dos pesadelos horríveis que teve, e sentiu necessidade daquilo. Então assentiu, ansiosa para ouvi-lo.

Ele então, com o texto quase todo decorado, começou… olhando pra ela e só desviando em alguns momentos pra lembrar do texto no livro a sua frente.

― “Quando penso em você me sinto flutuar, me sinto alcançar as nuvens, tocar as estrelas, morar no céu…- Sara sorriu. Conhecia aquelas palavras. ― Tento apenas superar a imensa saudade que me arrasa o coração, mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser. Lembrando desses momentos em que juntos nosso amor se conjuga em uma só pessoa, nós.- sorriu. Ela também. ― É através desse tal sentimento, a saudade, que sobrevivo quando estou longe de você. Ela é o alimento do amor que encontra-se distante.- Sara deixou seus olhos molharem um pouquinho. Era tão lindo ouvir sua voz dizendo coisas tão lindas e vendo seus olhos azuis olhá-la com tanto amor, mesmo através de uma tela de computador. ― A delicadeza de tuas palavras contrasta com a imensidão do teu sentimento. Meu ciúme se abranda com tuas juras e promessas de amor. A longa distância apenas serve para unir o nosso amor. A saudade serve para me dar a absoluta certeza de que ficaremos sempre unidos.- Sara estava com a mão apoiada no rosto, abobalhada e ainda mais apaixonada, sem desviar os olhos da tela, hipnotizada. ― E nesse momento de saudade, quando penso em você, quando tudo está machucando o meu coração e acho que não tenho mais forças para continuar, eis que surge tua doce presença…- ele sorriu involuntariamente ao dizer. ―... com o esplendor de um anjo, e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante. Tudo isso acontece porque amo e penso em você.~ William Shakespeare”.

― Quer me fazer chorar… né?- ela fungou segurando as lágrimas que só ameaçaram cair. ― Isso foi lindo.

Ele, vermelho, mas aliviado por ter conseguido recitar direitinho do jeito mais romântico possível, sorriu satisfeito com sua reação. Mesmo sem terem conseguido se ver, ele conseguiu mais uma vez fazê-la se sentir amada, mesmo distante.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não aguento esses momentos fofos ♥
O que acharam do capítulo? Deixem aqui nos comentários pra eu saber, tá? ^^
Abraço de urso e até novembro :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Story" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.