Love Story escrita por Fofura


Capítulo 172
Relacionamentos XXX - Tretas, Perigos e Arrependimentos


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem voltou de um mês sabático hsauhsajk
O desafio de drabbles acabou, concluí com sucesso as duas histórias (inclusive estou pensando em participar ano que vem com uma GSR, quem sabe e.e) e chegou a hora de voltar com essa belezinha aqui para capítulos sofridos. Quem está preparado? sahushajsak
Pelo título vocês já devem imaginar que tá tudo lindo né KKKKK
Bom, vai ter uma boa mudança de cronologia agora. CSI gosta de confundir as datas nessa season 13. Gil e Sara casaram em janeiro, mas no episódio que eles “comemoram” o aniversário de casamento se passa em outubro. Sara faz aniversário em setembro, mas no episódio que ela comemora o aniversário se passa em fevereiro (?????) mano, cagou com a cronologia toda, não fez sentido.
Não vai ter como eu avançar os meses, nem atrasar, então desconsiderem as datas nessa temporada, vamo seguir só a ordem dos episódios mesmo, senão vai virar uma confusão danada. Vamo seguir o baile shaushajk
Enfim, de volta a programação normal :’) Boa leitura!
ps: não revisei, se tiver erro, desculpa kkk



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Naquela semana os CSI’s estavam com um caso grande, um homem foi morto com um tiro no meio de um cassino e o suspeito ainda estava no local, um cara branco de barba e camiseta laranja.

O cassino foi cercado de todos os lados e pelas câmeras, Archie os guiava pra onde ele estava indo. O problema é que o cara aparecia e sumia, como se estivesse em vários lugares ao mesmo tempo. Sara quase teve um ataque cardíaco quando Archie disse que o cara estava na discoteca, o mesmo lugar onde ela estava, mas ela não viu ninguém, só os policiais que a assustaram.

65 policiais, 40 seguranças, câmeras por toda parte, e nada do cara.

Continuaram procurando e Sara foi com Brass até o quarto onde a vítima estava hospedada. O filho dele, Avery, estava lá. Perguntaram onde estava a mãe dele e triste ele revelou que ela tinha morrido um ano antes, e agora o pai. Sara ficou com dó. Quando Brass disse que uma policial ia ficar com ele até acharem o atirador, Sara lhe mostrou apoio.

― Vou voltar pra ver como você está daqui a pouco, tá? Eu prometo.- o menino assentiu.

Acharam o cara que jurou de pé junto que não era ele, mesmo o DNA batendo, e tiveram uma surpresa. Realmente não era. Ele tinha um irmão gêmeo (que ele afirmou não ter) e fizeram um perfil anticorpos pra definir qual dos dois havia atirado. E opa, nenhum. Havia um terceiro gêmeo.

A advogada de um dos gêmeos foi falar com Brass e surpresa! Além de advogada, ela era mãe dele também. Sara estava junto com eles na sala de Jim e perguntou se ela conhecia a vítima. Ela disse que não, mas eles sabiam que conhecia. 

― Eu entendo. Já faz o que? Uns 25 anos?

A mulher fez cara de paisagem. O cara era médico e tinha especialidade em fertilização in vitro. Os trigêmeos eram dela, mas ela só criou um, pediu pra ele se livrar dos outros embriões, o que no caso ele não fez.

― Deve ser muito difícil querer tanto um filho… a batalha pra engravidar… e aí, um milagre acontece.

Sara sentiu o peso de sua frase em si mesma. O milagre não aconteceu com ela, mas ela sabia o quanto era difícil pra algumas pessoas, pra ela também era. Afinal, tentaram algumas vezes consideráveis, porém sem resultado. Acontece.

Pensou em Gil e seu coração apertou.

Enfim, quando acharam o terceiro cara, o atirador, ele estava morto, enfiaram um garrafa na garganta dele com drogas e ele morreu de overdose. Ok, quem tinha matado ele então? Suspeitaram dos gêmeos, mas olha só, os anticorpos da garrafa não bateu com nenhum deles. Pois é, tinha um quarto gêmeo.

Como prometido Sara voltou para ver Avery, achando que ele pudesse ter visto alguma coisa. Ele disse que tinha visto o pai conversando com dois dos gêmeos, mas só isso. Sara deu a notícia que ele ficaria com os primos em Wisconsin recebendo a reação negativa dele. Vendo como ele estava triste, quis ajudar a melhorar.

― Olha… eu estou doida pra tomar um sorvete agora. Tem uma sorveteria ótima aqui. Quer tomar sorvete?

Ele disse que sim e os dois foram. Até que se divertiram e quando já estavam acabando, Sara recebeu uma ligação de Nick que estava com Archie olhando as câmeras.

E surpresa! O quarto gêmeo estava com ela o tempo todo, se fazendo de vítima. Sara teve que levá-lo pra delegacia. Ele que armou tudo, e armou muito bem, pois quase foram enganados. O caso estava encerrado. Mais uma vez Sara sendo boazinha com quem não merecia, ela odiava quando isso acontecia.

~ ♥ ~

Uma semana se passou e ela enfim conseguiu viajar para ver Grissom. Encontraram-se como de costume no aeroporto de Paris e se demoraram num abraço forte mais do que das outras vezes.

Em dois dias eles mataram enfim a saudade de mais de um mês sem se verem.

E quando Sara voltou, quis tentar resolver o problema de uma amiga. Edie, a garçonete do Frank’s, um amor de menina, cabelos castanhos claros e olhos azuis, sempre sorridente, porém com um medo recente. Um ex namorado maluco parece que estava a perseguindo e ela estava com medo. Sara percebeu seu comportamento estranho, sempre olhando pro lado de fora quando estava prestes a acabar o expediente.

Percebeu também que o cara era um psicopata manipulador e tentou ajudar Edie a se livrar dele. Foi na justiça e tentou conseguir uma medida cautelar pra ela. Sem sucesso, o juiz negou. Sara tentou de tudo, mas o maldito cujo nome era Ronald Basderic, sabia exatamente até onde ir. Nunca passava do limite, não passava da área segura pra ele em termos jurídicos e criminais.

Como agradecimento por toda a ajuda, Edie comprou um colar de corda preta, pingente redondo com um coração no centro, e presenteou Sara com ele.

Sara guardava com todo carinho e esperava que ele não estivesse mais fazendo mal a ela. Sempre que ia no Frank’s perguntava e Edie agradecia a preocupação. Sara e os amigos eram clientes frequentes há doze anos e conheciam praticamente todos que também frequentavam, fizeram amizade e se preocupavam com todos.

~ ♥ ~

Seis meses se passaram na mais perfeita paz até que Jeffrey McKeen reapareceu.

Era um caso que corrupção, já tinham lidado com isso antes, a mulher de um protegido da sheriff foi assassinada, suspeitavam dele e que tinha gente suja no departamento. Até que uma arma levou ao nome de McKeen. Ele estava agindo de dentro da cadeia.

Sara, Greg e Nick explicaram aos novos colegas quem era aquele traste, e o levaram sob custódia para um interrogatório.

O desgraçado se gabou dizendo que as balas que ele meteu em Warrick fizeram dele um herói. Nick teve que sair da sala pra não arrebentar a cara dele inteira.

Mas o problema foi que Russell ameaçou mexer com a família dele se ele não abrisse o bico, e esse foi o erro.

Numa perseguição, Conrad acabou atirando num suspeito que logo depois, pelo DNA, soube que era filho de McKeen.

Estava tudo uma loucura. O turno acabou, o caso ainda estava em aberto. Russell foi pra casa ficar com a família, Ecklie foi jantar com Morgan, Hodges e a mãe dele, Finn foi beber com o detetive Moreno, a sheriff resolveu dar uma coletiva de imprensa e Nick, Sara e Greg assistiam a ela na sala de descanso.

― Isso aí é ridículo!- exclamou Nick.

― A investigação ou o departamento?- indagou Sara.

― Os dois.

― Mas tem que admitir que a sheriff tem razão.- disse Greg.― Isso aconteceu há quatro anos e quando McKeen foi exposto, as coisas melhoraram.

― A Liston foi eleita, fez mudanças…- falou Sara antes de morder um sanduíche.

― E agora ela está falando de mudanças de novo. É o que eu estou dizendo! O Warrick está morto e o McKeen ainda está na ativa! Isso é papo furado!

― Como é que é?

― Eu estou dizendo que não vai fazer a menor diferença, porque nessa cidade quem manda é o jogo. O jogo nunca muda, só os jogadores.- Greg e Sara franziram o cenho. ― Eu estou começando a achar que a Catherine tinha razão.

― Em quê? Ir embora?

― Não, Greg, em desistir.

― Qual é, Nick… Eu sei que está tudo um caos agora, mas…- Nick a interrompeu.

― Olha só, uma vez ela me disse que se você não dá conta do trabalho, a porta fica logo ali!- Greg e Sara o olhavam sem acreditar no que ele dizia. ― Quer saber?... Estou fora!- simplesmente disse isso, levantou e saiu da sala.

― Nick!- Sara tentou processar o que estava acontecendo. ― Espera aí!- Nick não parou e Sara olhou para Greg. ― Não acredito no que eu ouvi.

― Ele está muito nervoso. Reencontrar o McKeen e ainda ouvir aquilo, deixou ele desse jeito. É passageiro, eu sei disso.

― A gente vai atrás dele?

― Não, Nick é bem grandinho. Provavelmente vai conversar com a Catherine depois.

Sara suspirou.

― Vamos deixar ele esfriar a cabeça… né?

Greg assentiu.

Não demorou muito tempo e Sara recebeu uma ligação de Morgan chorando desesperada dizendo que atiraram no pai dela no meio da rua.

Sara arregalou os olhos em choque. Era pior do que ela pensava.

Ligou imediatamente para Russell avisando e correu com Greg para o local.

Assim que encerrou a ligação com Sara, Russell olhou pra esposa que tinha acabado de atender um telefonema também e estava pálida. Na ligação disseram para olharem lá em cima, no quarto da neta deles. Kate não estava lá.

Moreno deixou Finn sozinha no bar, e o parceiro corrupto dele acabou levando ela pra um lugar estranho.

Nick tinha sumido e não atendia as ligações de Sara.

Realmente estava tudo um caos. McKeen pegou todos eles.

Na cena do crime onde Ecklie foi baleado, ele estava já sendo atendido pelos paramédicos e sendo colocado na ambulância. Sara e Greg estavam juntos vendo Morgan acompanhá-lo até o hospital.

Greg suspirou.

― Olha, eu vou cuidar de tudo aqui, pode ir pra casa do Russell.

― Toma cuidado.- ela disse morrendo de medo de algo ruim acontecer com ele também e seguiu sua rota.

No caminho para a casa de Russell, Sara recebeu uma ligação do marido.

― Oi honey.

― Oi Griss. Já ia te ligar.- ela estava tensa e ele percebeu pela sua voz. ― Se receber alguma ligação ou e-mail desconhecido, não responde de jeito nenhum. Eu não duvido nada de tentarem fazer algo contra você também.

― Como assim, Sara?- perguntou preocupado. ― O que está acontecendo?

― McKeen. Ele está agindo de dentro da cadeia.

― O que???

― Tem capangas dele por aí. Atiraram no Ecklie, sequestraram a neta do Russell e o Nick não está me atendendo.

― Meu Deus!- aí que ele ficou mais preocupado. ― Greg e Jim estão bem?

― Estão. Greg está na cena do tiroteio e eu estou indo pra casa do Russell. Não sei onde a Finn está.

― Amor, se cuida, por favor.- não ia conseguir se concentrar em nada agora pensando no perigo que ela e os amigos estavam correndo. ― Fique atenta. Vou ficar na linha até você chegar lá.

― Está bem.- ela suspirou mais aliviada, se alguma coisa acontecesse, ele ia escutar.

― Como isso tudo aconteceu?

Sara contou tudo desde o início da investigação até aquele momento. Grissom ficou perplexo com as descobertas.

― Desgraçados. Agora McKeen quer atingir toda a equipe.

― Cheguei.- anunciou. ― Vou tentar ligar pro Nick de novo.

― Está bem. Me ligue assim que possível, tá?- Sara concordou. ― E amor… toma cuidado.

― Vou tomar. Te amo.

― Também te amo.

Sara encerrou a ligação e antes de entrar na casa, como disse, tentou mais uma vez contatar Nick.

― Nick, cadê você?- o medo em sua voz era nítido. ― Eu estou ligando e ligando… O McKeen fez o maior inferno essa noite com o Russell e o Ecklie, e os capangas dele podem estar atrás de você. Eu sei que desistiu, mas dá pra me ligar, por favor? Eu...- a garganta deu aquele leve nó. ― Eu preciso da sua ajuda… preciso saber que você está bem…

Desligou e enfim entrou.

Russell estava tão abalado com o sumiço da neta que acabou sendo grosso com ela umas duas ou três vezes, mas ela relevou, entendia o lado dele.

Enquanto examinava o quarto da menina, Sara enfim recebeu uma mensagem de um policial. Seu querido amigo tinha dado sinal de vida e pra variar, arrumado confusão.

Nick se embebedou, fez arruaça, saiu no soco com dois policiais, levou uma surra também e foi preso.

Sara foi direto até a cela onde ele estava, sua cara não era boa e a vontade era deixar o rosto dele mais machucado do que já estava. O olho estava roxo e a boca sangrando. Estava muito brava com ele.

A cela foi aberta e ela entrou, séria.

― Te liguei mil vezes!- jogou o celular na cara dele. ― Mas você sabe disso!

Nick olhou para as ligações perdidas dela, e jogou o celular no chão.

― Eu não quero conversar.- ainda estava tonto de bêbado.

― Eu não vim pra conversar, Nick, vim te arrastar pro trabalho. Fala aí, quantas cervejas você bebeu?

― Não o suficiente.- sorriu.

Sara não. Sua expressão era de dar medo, mas Nick não ligou.

― Eu já te disse, Sara, eu estou fora.

― Hoje não!- disse com firmeza. ― Amanhã você pode fazer o que quiser.- Nick franziu o cenho. ― McKeen ordenou que atirassem no Ecklie e que sequestrassem a neta do Russell. Finn desapareceu, Morgan está traumatizada no hospital, Jim mal sabe em quais policiais confiar, Greg e eu morrendo de preocupação, e você fazendo arruaça num bar???- bronqueou furiosa.

― Aconteceu tudo isso, é?

― Saberia se atendesse minhas ligações!- continuou a bronca. ― Levanta. Vamos pro laboratório trocar essa roupa e limpar essa cara.

Nick obedeceu.

― Está parecendo a minha mãe.

― Acho melhor você calar a boca antes que eu deixe seu outro olho roxo.- ele ia falar, mas ela não deixou. ― Nem pense em retrucar. Você é um idiota irresponsável. Abby tem doze anos e é mais madura que você. Anda logo.

Nick fez o que ela mandou de cara emburrada e resmungando.

Com muito trabalho conseguiram finalmente achar Finn e Kate, Ecklie estava no hospital se recuperando bem com Morgan lhe fazendo companhia, e o caso foi encerrado. Uma limpa no departamento foi feita e McKeen foi transferido pra penitenciária federal de Indiana, na solitária pro resto da vida.

Novamente, Sara, Greg e Nick assistiam ao noticiário, vendo os policiais ligados a McKeen serem presos.

― Parece que a polícia de Las Vegas está voltando com tudo.- disse Greg sorrindo e virou a cadeira para olhar para os amigos. ― E você, Nick?

Sara também virou a cadeira para olhá-lo.

― Eu o quê?- Greg fez um sinal de tipo “tu não falou que ia sair?”. Nick entendeu. ― Eu não sei, ainda não falei com o Russell.

― A questão não é o Russell.

Sara tomou a palavra.

― Palavras tem consequências, sabia? Se você diz que vai sair, tem que ser pra valer.

― Você saiu.- ele argumentou.

― É, mas eu não falei em voz alta. Deixei na recepção uma carta pro Grissom e simplesmente dei o fora daqui.

― Mas você ainda está aqui, então para de dar sermão sobre integridade, tabom?

Sara ficou indignada.

― Espera aí, eu não estou dando sermão sobre integridade, eu estou apoiando você!

― Mas está parecendo sermão!- eles falavam um por cima do outro e Greg suspirou colocando a mão no queixo.

― Eu saí por um tempo, pra colocar a cabeça no lugar...

― É muita cara de pau você falar pra mim sobre desistir…

― Ah, dá um tempo! Qual é!

― Parou! Parou! Parou!- Greg levantou bronqueando e fazendo eles ficarem quietos. ― Não é assim que uma família se trata!- os três se olharam. ― Na verdade, é sim. Mas nós somos uma equipe! E significa que a gente tem que saber que tem o apoio do outro não importa o que aconteça.- Nick e Sara se fitaram. ― E aí? Você está dentro ou está fora?

Nick olhou para os dois sem nada dizer. Enfim, respondeu.

― Dentro… Por enquanto.

― Desde que não apronte mais uma dessas…- apontou pro olho roxo dele. ― Pra mim está ótimo.

― Olha só, Sara…

― Aí, vocês não vão começar de novo, vão?- sem paciência, Greg bronqueou mais uma vez. ― Cadê aquele “maninho” pra cá, “maninha” pra lá de vocês?

Nick cedeu e sorriu, gostando da lembrança.

― É que você não viu o jeito que ela falou comigo na cela.

― Vai me dizer que não mereceu?- ela arqueou a sobrancelha. ― Ai de você se o Grissom te visse assim.- Nick quem ergueu a sobrancelha agora. ― Espera aí, vou mandar uma foto pra ele.- ela brincou pegando o celular.

Nick pegou um pedaço de papel que estava em cima da mesa, amassou e tacou nela.

Sara riu.

― Ai… irmãos… Sempre um morde e assopra.

Sara pegou a bolinha que foi jogada nela e jogou em Greg sorrindo.

― Cala a boca.

Já em casa, Sara deixou o marido ciente e despreocupado, disse que estava bem e que os colegas também estavam.

Tudo na paz depois disso? Claro que não.

Na semana seguinte, Nick, Sara e Greg estavam a toa no plantão e resolveram ir no Frank’s comer alguma coisa. O clima no carro estava super agradável.

― Sabe do que estou falando, daquele prato com as tortilhas e…

― Sim, sim…- Greg ria. ― Eu sei o que quer dizer.

― Caramba. Eu não acredito que a gente vem aqui todos os dias há doze anos e você nunca comeu chilaquile.

― Eu não curto chilaquile.

― Sério? Você já comeu o do Vincent?- Vincent era o novo dono. Greg fez um “érr”. ― Sara!

― Ãhn?- ela respondeu sorrindo.

― Me ajuda aqui.- ele riu.

― Ué, eu também não sou fã.

― Ah não, sério??

― Sério.

Dois policiais, Akers e Metcalf, chegaram no mesmo instante.

― Hey gente! Vincent chamou vocês também?

― Não. A gente veio comer alguma coisa.- Nick respondeu. ― Por quê?

― Ele disse que está preso dentro do freezer e o irmão não atende o celular…- os três começaram a rir.

― Deve estar comendo chilaquile escondido.- disse Greg fazendo Nick e Sara sorrirem.

Os cinco estavam risonhos e alegres até entrarem no restaurante e verem a chacina. Todo mundo morto, todos que eles conheciam, aqueles que sempre frequentavam, até mesmo Edie. Sara correu até ela e checou o pulso. Nada.

Chamaram reforços e checaram todo o local. Vincent estava mesmo preso no freezer e quando saiu ficou desesperado ao ver o que viu.

Estavam todos muito tristes com as perdas. Jim falou com Nick, com Greg, e depois com Sara.

― Akers transmitiu a descrição do suspeito.

― Ronald Basderic.- Sara sabia quem era muito bem. ― Aterrorizava a Edie há seis meses. Matá-la não foi o suficiente, queria destruir o mundo dela.- Sara estava contando os minutos pra encontrar com ele e lhe dar uma surra, mas não podia.

― Baleada na cabeça, de perto. Execução.

― Tentei pegar um mandado contra ele, mas o juiz negou. Basderic sempre foi muito cuidadoso, ele ia até o limite e nunca atravessava. Até agora.- Sara tinha plena certeza de que o culpado era ele.

― E essa pegada com sangue?

― Não é de nenhuma das vítimas.

Depois de umas duas horas, Sara foi chamada no necrotério. Foi informada de que Ronald estava lá querendo ver Edie. A morena desceu correndo já com um policial pra prendê-lo.

― É ele.

O policial o colocou contra a parede e Sara o cumprimentou quase sem ódio na voz, leia-se ao contrário.

― Olá Ronald.- puxou o pé dele pra trás pra comparar com a pegada com sangue, e bateu! ― É dele!- levantou e olhou bem pra ele, ainda com pouquíssima raiva na voz. ― Você já era, seu desgraçado!

Ronald sorriu.

O levaram para interrogatório e ele não colaborou, não quis dar DNA e disse que a pegada dele estava lá porque ele chegou depois do ocorrido, não viu ninguém e não chamou ajuda porque Edie já estava morta. Sara não caiu nessa e foi a fundo na vida dele pra saber se conseguia algo contra ele. Greg chegou no áudio e vídeo onde ela estava e sorriu.

― Nossa, você está com uma cara tão séria. O que você está pesquisando?

― Esse suspeito que seguia a Edie, ele conhece a lei, até noite passada ele sabia exatamente até onde podia ir sem passar dos limites.- Greg assentiu. ― Mas esse cara é um doente. Talvez a Edie não tenha sido a primeira, ele deve ter aprontado alguma antes, só que…- ela suspirou tentando controlar a raiva. ― Eu não consigo encontrar.

― E você já tentou procurar registros jurídicos de algum mandado ou algum pedido?- ele foi pra outro computador.

― Já. Estou pesquisando registros criminais.

― Tá, e se eu pesquisar as cortes civis? Basderic não é um nome comum. Nunca se sabe. Ah, encontrei.

Rápido.

― Parece que o Basderic se envolveu num processo.

― Quem o processou?- ela perguntou.

― Na verdade, ele foi o autor. Pediu indenização depois que um cara agrediu ele.

― Quer apostar quanto que o cara era marido ou namorado de alguma coitada que ele estava perseguindo?!

― É, o juiz ficou do lado do Basderic. Ele foi indenizado em quase duzentos mil dólares.

― Eu odeio esse cara!- Sara expressou com fervor. ― Odeio como ele manipula a lei!

― Isso… provavelmente não vai diminuir a sua raiva, Sara...- curiosa, Sara foi até ele olhar. ― Durante a tal agressão, o Basderic baleou o cara.

― Ele baleou o agressor?

― Legalmente foi em legítima defesa.

― A questão é que ele tinha uma arma. No interrogatório ele disse a mim e a Brass que odiava armas. 

Depois de tentarem recriar toda a cena no local, acharam a arma de Basderic perto da cena do crime, numa caixa de jornais. As evidências todas apontavam pra ele até… não apontarem mais. O cara era um tremendo de um filho da puta, mas estava falando a verdade. O culpado era quem eles menos esperavam… Vincent.

Quando ele foi preso e levado pra cela por Nick, Sara estava na sala de espera da delegacia vendo os dois passarem por si pelo vidro, e Basderic? Atrás dela.

― Viu só?- Sara sentiu náusea ao ouvir aquela voz. ― Você estava errada sobre mim.

Sara se virou para olhá-lo.

― Eu nunca fiz mal a ela. Eu a amava.

― Você a amava? Está brincando comigo?- Sara não conseguia dirigir a palavra a ele sem sentir nojo do ser humano que ele era. ― Você aterrorizava ela! Não deixava ela dormir!- começou a quase gritar com ele, insultar mesmo. ― Ela tinha pavor de andar na rua! E você sabe mais o que o seu amor doente fez? Ele a matou, Ronald!! A Edie devia ter saído do trabalho às quarto! Não devia estar lá quando isso tudo aconteceu, mas ela ficou com medo de voltar pra casa, porque ela tinha medo de você estar lá fora! Ela ficou lá por sua causa! E agora ela está morta!!

Ronald não se atreveu a dizer nada e Sara, cheia de ódio, lhe deu as costas e foi embora.

Com isso, ela não sabia o que a esperava meses depois, nem com sua segurança, nem com seu casamento, e era melhor mesmo ela não saber.


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Notas finais do capítulo

Ihhhh
O que acharam do capítulo? Postei tarde, mas postei shaushajs
Eu amei a Sara dando bronca no Nick e é isto u.u hahah
Abraço de urso quentinho e forças porque já começou a dar merda já :')



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