Love Story escrita por Fofura


Capítulo 159
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Eu não estava de quarentena então não consegui escrever esses dias, sorry kkk risos nervosos
Mas espero que todos que estão lendo estejam EM CASA seguros e tomando as devidas precauções u.u
Vamos para mais um capítulo, espero que dê pra entreter vocês pelo menos um pouco nesses dias difíceis :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704963/chapter/159

E lá estava ela, uma semana depois, suspirando para controlar a respiração e o nervosismo, em frente a penitenciária feminina de Las Vegas. Estava ansiosa e receosa ao mesmo tempo. E se ela não estivesse sã como Gil falou? Se atacasse ela? Já fazia um tempo que Gil a viu, ela podia ter voltado a ser o que era, como Sara a conheceu, e ela temia por isso. Saiu de seus devaneios ao sentir as mãos dele em seus ombros.

— Hey…- Grissom percebeu que ela estava tensa e se aproximou antes de entrarem. — Calma amor.

— Estou calma.- respirou fundo olhando pros lados.

— Está com medo?- Sara assentiu meio sem querer admitir, mas estava sim. — Vai ficar tudo bem, eu estou aqui.

Sara o abraçou para recuperar a coragem que ela tinha até estacionar na frente do lugar, Gil tinha esse dom de lhe dar forças com um abraço. O abraço se desfez e eles se olharam.

— Pronta?

Sara respirou fundo mais uma vez antes de responder.

— Pronta.

Grissom sorriu de lado e beijou a testa dela. Pegou na mão dela e ambos entraram pra falar com os policiais responsáveis. Tinham ligado antes pra marcar a visita e só se informaram direitinho na recepção pra poderem entrar. O segurança os levou pra sala de visitas e outro foi lá buscar Natalie na cela.

Sara se sentou de um lado da mesa, e Gil ficou de pé atrás dela, com a mão apoiada em seu ombro pra continuar lhe dando conforto. Sara até estava conseguindo ficar calma, até Natalie aparecer. Ela até levantou do banco.

— Sara?- a garota ficou surpresa em vê-la, mesmo sabendo que um dia ela ia aparecer.

— Oi Natalie.- Sara tentou parecer tranquila e sorriu quase que imperceptivelmente. 

— Você veio mesmo.

Sara sorriu de lado e olhando para Grissom já que ele era o responsável por essa visita acontecer.

— Oi Natalie.- foi a vez dele cumprimentá-la.

— Olá Grissom.- ela se aproximou sorrindo, com um policial em seu encalço por segurança. — Cumpriu sua palavra.

— Aliás, desculpe a demora.

— Tudo bem, eu não vou sair daqui tão cedo.- sorriu simpaticamente e olhou para Sara meio sem graça. — Você parece ótima.

— Não parece que fiquei acabada por quase morrer no deserto?- ironizou sem querer, foi automático.

— Sara.- Gil chamou sua atenção sutilmente, se sentiu mal por ela que ouviu.

— Desculpa.- ela se arrependeu na hora quando percebeu o que disse.

— Não, tudo bem. Ela não tem culpa. Eu mereço ser tratada desse jeito.

— Não, não merece.- Sara logo a corrigiu se sentindo culpada pelo jeito rude que se dirigiu a ela. Natalie de fato não parecia ser a mesma de antes. — Sinto muito, é que… não é fácil esquecer.

— Eu sei. Por isso eu quis… pedir desculpas pessoalmente. Mas… pra isso acontecer, eu preciso saber exatamente o que causei a você.

— Quer que eu reviva tudo aquilo?- perguntou confusa. — Por quê? Quer se vangloriar com isso? Ouvindo da boca da própria vítima o quanto ela sofreu?

— Não, não é isso.- ela tratou de explicar antes que Sara ficasse com mais raiva. — Quero que minha pena seja completa. Eu não fui punida o bastante, Sara, eu só larguei você lá, não sei pelo que passou.

Sara suspirou.

— Vai ser bom pra vocês duas, amor…- Grissom apertou o ombro dela levemente. — Pra pôr um ponto final em tudo. As duas vão se sentir melhor com isso.

Mais uma vez a morena suspirou e olhou para a garota à sua frente.

— Quer mesmo saber?

— Por favor.- ela pediu com cara de cão sem dono. Sara assentiu, mas não começou. — Você se machucou muito?- ela quebrou os instantes de silêncio.

— Bem… Além das contusões da nossa luta dentro do carro, de quando eu pulei pra fora dele e da dor da arma de choque… eu fiquei com vários hematomas no corpo, arranhões e cortes no rosto, quebrei o braço esquerdo tentando sair de debaixo carro, além de ter tido insolação e desidratação por ter ficado mais de quinze horas presa naquele lugar. Eu praticamente morri por alguns minutos, me encontraram sem pulsação caída na sombra de um arbusto seco.

A cada palavra que saía da boca da CSI, Natalie se sentia pior. Até fechou os olhos com força só de imaginar todo o mal que causou a ela. Se arrependia de verdade pelo que fez.

— Quer que eu continue?

Com a cara mais triste e culpada do mundo, sentindo a culpa consumi-la, Natalie sabia que merecia ouvir cada palavra. Então Sara contou, com mágoa na voz meio sem querer, tudo o que passou. Teve que parar em alguns momentos pra não chorar, mas conseguiu colocar tudo pra fora. Tirou um peso enorme dos ombros e realmente se sentiu melhor com aquilo.

— Bom… acho que é isso.- Sara terminou de contar tudo e a viu colocar as mãos no rosto por se sentir a pior pessoa do mundo.

— Eu sou um monstro, me perdoa.

Grissom discordou.

— Você é uma pessoa doente, Natalie, só isso. Está indo bem no tratamento, se arrepende de tudo o que fez, está aqui pedindo perdão a ela. Ernie ficaria orgulhoso de você.

— Gentileza sua dizer isso, mas não acho que tenha razão.

— Ele tem razão sim.- Sara a surpreendeu com essa fala. — Grissom me disse que você ia se matar e… por mais dor que você tenha me causado, eu não desejaria isso.

Natalie olhou para Grissom e ele fez uma cara do tipo “eu disse”.

— Então… você me perdoa?

— É horrível ficar com rancor, mágoa e raiva guardados. E você realmente mudou, Natalie, eu percebo isso. Então sim, meu perdão você tem.

Grissom sorriu pelo esforço dela em estar ali, por conseguir superar aquilo e fazer com que a menina se sinta melhor mesmo tendo lhe causado tanta dor. Sara não ia ganhar nada tenho raiva de Natalie pro resto da vida. Com esse perdão as duas viveriam em paz.

A garota se emocionou e agradeceu. Só então ela percebeu a aliança nos dedos deles.

— Vocês se casaram?

Sorriram e assentiram.

— Fico feliz de não ter estragado a vida de vocês.

O policial chegou dizendo que o horário de visitas havia acabado.

— Ah… eu… posso te dar um abraço antes de ir?

Ficaram se olhando, os dois pra ela, depois pro policial, até que Sara disse ao homem que não teria problema. Meio receosa, Sara se aproximou e cedeu ao abraço.

— Eu sinto muito de verdade.

— Está tudo bem.- sorriu e desfez o abraço.

Despediram-se dela, Natalie voltou pra cela e o casal saiu do local.

Lá fora, Sara parecia bem mais leve e aérea também. Grissom a tirou do devaneio.

— Tudo bem?

— Parece que tirei um peso enorme dos ombros. E eu que pensava que já tinha tirado.

— Eu disse que seria uma coisa boa.- sorriu de lado acariciando seu cabelo.

— Ela mudou muito, de fato não é a mesma.

— Eu disse isso também.- fez cara de convencido. 

— Bobo!- ela riu batendo em seu braço de leve. Depois abraçou a cintura dele e o olhou com ternura. — Obrigada por estar do meu lado nesse momento e… em todos os outros.

— Sempre.

Sorriram de lado, encostaram seus rostos e suspiraram de olhos fechados. Estarem juntos era a melhor coisa, independente do momento.

~ ♥ ~

Era a terceira semana de dezembro, dia dezessete. Um tiroteio em uma loja de armas podia estar ligado à morte de uma jovem que se envolveu em um pacto de suicídio. O primeiro caso estava com Ray, Nick e Greg, o segundo com Catherine e Sara.

Nada de muito novo durante os casos que se entrelaçaram, somente uma curiosidade envolvendo a supervisora que Sara achou ótimo observar. Estaria a amiga se aventurando em algo que ela já se aventurou durante dois anos?

Sara e Catherine chegaram na possível cena do crime, porém para chegarem onde o corpo estava tinham que descer um barranco. Colocaram uma corda para facilitar a descida das duas, Sara foi primeiro e Catherine a seguiu. O detetive Vartann já estava lá embaixo e se aproximou.

Vartann ignorou Sara — não completamente, pois respondeu ao “oi” que ela lhe deu — e estendeu a mão para ajudar Catherine a descer. A ruiva agradeceu sorrindo e ele disse “de nada” já as informando sobre a situação em seguida.

Sara não escondeu o sorriso pelo que tinha acabado de presenciar. Eles precisavam de umas aulinhas com ela e Gil para saberem disfarçar. Era óbvio que tinha caroço naquele angu, Sara era uma observadora treinada. Catherine e Vartann estavam envolvidos!

Claro que a morena ia interrogar sutilmente a amiga a fundo de saber se suas suspeitas eram verdadeiras, pois ela mais do que ninguém queria que a ruiva seguisse em frente e fosse feliz. Esperou ficar sozinha com ela pra isso acontecer.

Esse momento aconteceu não muito depois, quando Sara estava na garagem checando o carro da vítima que acharam na estrada não muito longe da cena. Catherine chegou e ambas começaram a teorizar o que teria acontecido com aquela jovem e como ela foi parar barranco abaixo. Quando um breve silêncio se instalou, Sara aproveitou.

— E aí… O que está rolando entre você e Vartann?

Catherine foi pêga de surpresa e o olhou para Sara com essa mesma cara.

— Sabe que eu sou uma observadora treinada.- sorriu de lado.

Catherine riu, mas foi aquele riso nervoso. Sara foi muito direta, ela nem sabia o que responder, nem percebeu que tinha deixado tão na cara assim.

Como a ruiva não respondeu, Sara resolveu provocar.

— Tá legal, já vi que a investigação está apenas começando.

— Sem comentários.- ela respondeu ainda rindo de nervoso.

Pra não deixá-la mais sem graça, Sara não tocou mais no assunto. Pelo menos não por enquanto.

Depois de concluírem o caso e voltarem para suas respectivas casas, Sara ligou para o marido via Skype como o habitual, depois de tomar seu banho e se acomodar na cama.

— Oi abelhinha!

— Oi amor!- ela também o saudou sorrindo. — Como você está?

— Bem atarefado, mas bem.

— Então somos dois. Acabamos de concluir um caso. Foi complicado, mas não em termos criminais, sabe?

— Sei, mas você está bem?

— Estou sim. Não vai acreditar no que eu descobri.- mudou de assunto.

— O que?

— Tem mais alguém quebrando as regras.- disse com um sorriso escondido.

— Quem? O Greg?

— Não. Catherine.- sorriu.

— A Catherine??- arregalou os olhos. — Com quem?

— Adivinha.- riu da reação dele.

— Nick?

— Não!!- Sara respondeu imediatamente franzindo o cenho. — Não é CSI.

— É técnico?- abriu a boca chocado e Sara riu respondendo que não. — Detetive?- Sara assentiu sorrindo e Grissom resolveu zoar. — Meu Deus, é o Jim!!!

Sara gargalhou e Grissom a acompanhou.

— Não, é o Vartann!

— Não brinca! A Cath e o Vartann?? Ela que te contou?

— Não, eu que descobri. Tentei arrancar alguma coisa dela, mas falhei, ela ficou sem graça. Não fala pra ela que eu te contei, ela vai me matar.

— Pode deixar.- sorriu.

— Eu fiquei feliz em saber que ela está conseguindo seguir em frente depois da… bom…- ela parou de falar, pois achava que ele não sabia sobre os sentimentos da ruiva por Warrick, e não quis contar pra não trair a confiança que Cath depositou nela, mas Gil a tranquilizou.

— Depois da morte do Warrick?

— Ela te contou?

— Naquele dia que estávamos indo pra cena do crime onde Warrick morreu, lembra? Que íamos fazer uma reconstrução?- ela assentiu. — Quando estávamos no estacionamento ela me disse que eu tenho sorte. Perguntei o porquê e ela disse "você tem um grande amor e eu acabei de perder o meu".— Sara entreabriu a boca surpresa. Grissom prosseguiu. — Ela disse que não era pra eu te deixar partir, pois eu não ia querer sentir a dor que ela estava sentindo.

— Tadinha.- Sara ficou triste em saber daquilo, ela mesma viu o quanto a amiga sofreu com tudo aquilo, e saber que ela tinha aconselhado Gil a lutar por ela foi tocante.

— Cath é uma mulher muito forte, por fora ela parece nunca se abalar e realmente não deixa que a gente perceba isso.- Sara concordou. — Mas em relação a disfarçar envolvimentos amorosos… ah, isso ela não consegue não.- riu pra quebrar o clima tenso. Sara também riu. — Foi assim com Keppler, eu saquei na hora.

— Tenho que concordar. Ela e Vartann deixaram nítido, na minha frente. Acho que precisam de uma aulinha com a gente, Griss.

Grissom piscou e ambos sorriram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu imaginei essa cena da prisão acontecendo, achei bonitinho e quis colocar, se alguém não gostou desse final feliz, sinto muito kkkkk teve gente que queria a Natalie morta, mas eu não u.u
Essa cena da Sara "interrogando" a Cath é maravilhosa, amo ♥
Esse capítulo ia ficar maior, mas eu resolvi parar por aqui porque senão ia ficar grande, e eu ia demorar mais pra postar :D risos nervosos
Abraço de urso e até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Story" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.