Love Story escrita por Fofura


Capítulo 160
Expectativas


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Obrigada Ana, por ter comentado no capítulo anterior ♥
Eu tentei postar antes esse aqui, mas não consegui :/



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— Como assim não vai passar o natal com a gente?- perguntou a ruiva decepcionada.

Era domingo, dia vinte, estavam todos na sala de descanso de plantão, com exceção de Ray que estava em um caso, e os outros quatro estavam conversando sobre o que fariam no natal. Foi quando Sara revelou que iria estar em Paris.

— Ah gente…- Sara ficou mal por eles terem ficado tristes, mas explicou. — É o nosso primeiro natal como marido e mulher, e queremos passar na nossa casa.

— Isso é tão meigo.- Greg fez Sara sorrir com esse comentário.

— O natal em Paris deve ser lindo né?- comentou a ruiva.

— É, estamos ansiosos pra ver.- sorriu.

— Se pudéssemos, iríamos lá encher o saco de vocês.

Sara riu e prometeu que no próximo ambos estariam em Vegas pra passar com eles.

Na segunda feira, dia vinte e um, ela estava desembarcando novamente em Paris, mas dessa vez pra ficar. Estavam com poucos casos e Ecklie disse que Sara poderia voltar pra casa se quisesse, e agradeceu a ajuda por hora. Disse que ainda poderia precisar dela, pois estava difícil achar um CSI, mas que ela podia voltar pra casa tranquila que eles dariam conta. Estava feliz da vida por ficar com Gil por mais tempo. Encontrou com ele no aeroporto, como o habitual ele estava esperando por ela.

Nem parecia que se viram só duas semanas atrás. Sara o abraçou e ele a tirou do chão.

— Ai que saudade!- lhe deu um monte de beijos na bochecha e ela sorriu. — Como foi sua viagem?- desfez o abraço ao perguntar.

— Vim o voo todo dormindo, então foi boa.

Ambos riram.

— Já estão decorando a cidade.- ele informou entusiasmado. — Eu dei uma volta ontem à noite.

— Estou ansiosa pra ver!

— Eu também! Já comprei a árvore pra gente montar.

Sara sorriu. Eles combinaram de decorarem a árvore com coisas simbólicas em vez de ser só bolinhas e pisca-pisca.

— Os pingentes também?

— Não, esses eu quero ir com você pra ver.

— Tabom, quer ir agora? Eu não estou cansada.

— Tá, vamos lá.- sorriu.

— Espera aí, e o meu beijo?

Grissom sorriu e segurou seu rosto com carinho pra lhe dar um beijo meigo e curto.

— Agora sim.- disse ela lhe dando uma última bitoca antes de seguirem pra fora do aeroporto.

Foram direto até uma loja para comprar algumas coisas e voltaram com pingentes de borboletas, abelhas, lanternas, uma árvore pra simbolizar a deles, alguns deles tinham imagens de São Francisco, Las Vegas, Paris — claro —, Lisboa, Roma, Veneza e Londres.

Ao chegarem em casa, prenderam Hank antes de começarem pra ele não comer as coisas da árvore.

Se conseguissem deixar do jeito que imaginaram, ia ficar linda. Passaram poucas horas montando e decorando a árvore ao lado da lareira, e ao terminarem suspiraram e sorriram satisfeitos.

— Ficou linda!- comentou ele admirado.

— Eu amei!- disse ela o abraçando com uma mão pela cintura. — Vou até tirar uma foto.- correu pra pegar a câmera, voltou e fotografou. — Vou mostrar pra Cath depois, ela vai adorar.

— Falando nela, estou me segurando pra não mandar uma mensagem parabenizando o namoro secreto.

Sara deu risada.

— Espero que dê certo.

— Eu também, ela merece. Mas olha só, mocinha, você disse que eles deviam aprender conosco, mas nós não éramos tão bons assim.

— Como não, Griss? Escondemos por dois anos. Jim e Greg só descobriram porque nos pegaram no flagra.- sorriu.

— É, mas a gente não disfarçava os olhares, isso você não pode negar.

— Tá, confesso que eles foram lentos nessa parte. Mas eu continuo achando que escondemos bem.

Ele riu e a abraçou forte pela cintura lhe dando beijos na face.

 

— Vamos deixar pra decorar o resto da sala e a fachada na véspera? Está frio, eu quero deitar com você naquele sofá e não levantar mais dali a não ser pra pegar mais chocolate quente.

Sara riu e concordou com a ideia.

Passaram o resto do dia no sofá enrolados por um edredom, só assistindo, comendo, dormindo e namorando um pouquinho.

Os dias que se seguiram também foram rotineiros, já a véspera, como prometido, foi dia de deixar o resto da sala e a fachada da casa bem natalinas. Muitas pessoas, aliás, a grande maioria delas costumam fazer isso com antecedência, para a casa ficar daquele jeito até o natal chegar, mas existem pessoas que gostam de deixar tudo pra última hora. Gil e Sara eram essas pessoas.

Da hora do almoço até mais ou menos quatro da tarde, eles decoraram o que tinham que decorar, Hank deu uma bela de uma “ajuda” então eles atrasaram um pouquinho. Estava muito frio pra deixá-lo no quintal, então ele estava com eles dentro de casa todo o tempo. Após decorar, foram direto tomar banho para se aprontarem. Paris já estava toda decorada só esperando pelo dia vinte e cinco. Gil e Sara, elegantemente bem vestidos, saíram às cinco e meia da tarde para explorar a cidade luz naquela época natalina, e ela — que já é luminosa por si só — possuía cada vez mais luz, de várias e várias cores. Era a primeira vez que viam uma cidade superar as luzes coloridas de Las Vegas. Estavam encantados.

A Torre Eiffel estava iluminada com uma luz vermelha. As ruas que cercavam o arco do triunfo estavam todas decoradas com luzes amarelas e azuis. A grande maioria das árvores continham pisca-piscas em seus troncos e galhos, principalmente por estarem quase todas secas por conta do inverno.

Passearam pelos principais pontos turísticos fotografando e admirando, estava tudo tão lindo quanto já era. Jantaram num restaurante, patinaram no gelo artificial da Torre Eiffel e assistiram a uma apresentação de natal na praça que começou perto da virada, umas onze e vinte. Aquela época do ano era encantadora!

Ficaram na rua curtindo as músicas e apresentações, além da paisagem até quase uma da manhã, mas muitas pessoas permaneceram por bem mais tempo.

Quando chegaram, vestiram seus roupões quentinhos e trataram de preparar um café bem quente pra aliviar um pouco o frio. Sentaram juntos em frente a lareira com um livrinho de palavras cruzadas pra resolverem juntos. Fizeram umas quatro e depois foram deitar pra dormir.

— A noite foi perfeita, não foi?

— Foi sim.- sorriu acariciando o rosto dela. — Nosso primeiro natal em Paris não podia ter sido melhor.

— Por que não me deixou abrir meu presente?

Grissom riu.

— Por que só pode abrir de manhã depois que acorda.

— Seu sem graça. Papai noel iria me deixar abrir.

— Vai lá pedir pra ele então.- brincou.

Sara riu.

— Não, eu já tenho tudo o que eu quero. Papai noel já me deu muitos presentes.

— Papai noel — ou Deus; destino; chame como quiser —, bem que podia nos dar mais uma coisinha.- colocou a mão na barriga dela ao terminar de dizer.

Sara se surpreendeu. Não só por Grissom ter dito aquilo abertamente, mas também por ela ter esquecido completamente de que estavam tentando ter um filho.

— Eu tinha esquecido disso.- foi sincera. — Acho que porque… eu não tive nenhum sintoma.

— Nada?

— Não, nada, nenhum enjoozinho. Não senti nada de diferente, nem minha menstruação atrasou.

Ele pareceu decepcionado e Sara ficou triste por vê-lo assim, mas nada impedia que eles continuassem tentando ainda, até aquele momento foram apenas quatro tentativas.

— A gente tenta de novo, amor.- ele sorriu de lado. — Imagina só uma miniatura sua correndo pela casa.- ela mesma sorriu ao imaginar.

— Ou sua.- sorriu e lhe deu um beijo na testa. — Mas não vamos tomar isso como uma prioridade, se for pra acontecer, vai acontecer. Deixa rolar, né?

— É...- o abraçou forte e suspirou. Assim, dormiram.

~ ♥ ~

Naquela manhã de natal, Sara acordou Grissom com beijos.

O ex supervisor despertou e sorriu ao sentir os beijos dela. Continuou de olhos fechados só se deliciando com os lábios dela em sua pele.

— Bom dia, vida!

Sorriu mais ainda ao ouvir esse bom dia e abriu os olhos.

— Bom dia, abelhinha!

— Dormiu bem? Sonhou comigo?

Ele sorriu.

— Sempre. E você? Sonhou comigo?

— Uhum, e não foi lá tão inocente.

— Hmm, por isso me acordou com beijinhos, né sua danada?

Sara riu.

— Não, eu te acordei com beijinhos porque eu te amo.

— Sei.- sorriu e recebeu mais beijos.

Sara provocou colocando a mão dele por dentro de seu roupão, e Gil logo percebeu que ela estava nua por baixo.

— Não estava com um pijama por baixo disso?- perguntou com um sorriso escondido.

— Estava.- ela sorriu maliciosa.

Grissom riu e resistiu à tentação só para provocá-la também, e não a despiu por mais que quisesse muito. Sara percebeu o que ele estava tentando fazer e não o deixaria no controle tão fácil assim.

— Vamos ver quanto tempo você resiste.- lhe deu um último selinho e se levantou o olhando com cara travessa.

Grissom balançou a cabeça sorrindo. Ôh mulher que lhe deixava louco!

Levantou-se e a seguiu para tomarem café e abrirem os presentes que cada um embrulhou pro outro, se é que abririam naquela hora já que Sara acordou meio acesa.

Tomaram café normalmente e enquanto Sara arrumava a cozinha, Gil foi pra sala, sentou-se no sofá e olhou umas mensagens que recebeu de seus amigos desejando feliz natal para ele e Sara. Respondeu todas pelos dois e assim que acabou, Sara foi até ele na sala.

Gil bateu as mãos nas coxas para que ela sentasse em seu colo. Ela sorriu e assim fez, mas sentou de frente, não de lado.

— Muitas mensagens?

— Algumas. Quer ler?

— Depois.- se aproximou devagar e o beijou sendo correspondida de imediato.

O tocou por baixo do roupão e parou.

— Não tinha um pijama por baixo disso?

— Tinha.- sorriu malicioso do mesmo jeito que ela antes.

Sara riu e voltou a beijá-lo.

Poupando detalhes do que houve a seguir, o Réveillon chegou quase uma semana depois.

Estavam prestes a sair pra ver a neve fina que caía, mas Sara estava demorando pra descer.

— Amor?- a chamou do pé da escada, mas ela não respondeu. Ouviu uns barulhos, grunhidos, e subiu devagar. — Sara?- quando estava perto, conseguiu identificar os barulhos como sendo vômito. Ela estava vomitando. — Amor, tudo bem?- foi até o banheiro onde ela estava debruçada sobre o vaso e ajoelhou ao seu lado. — Ei, calma…

Seus olhos úmidos e ela tentava não sujar o cabelo, pois não conseguiu prender antes de colocar as tripas pra fora. Acordou com tanta fome que misturou um monte de coisa e acabou passando mal. Grissom segurou seu cabelo e esperou que ela parasse de vomitar, nada saía agora, era só água.

— Você disse que estava um pouco enjoada, mas eu não achei que fosse tão sério. O estômago está doendo?

Sara assentiu fazendo careta e vomitando de novo.

— Quer ir pro hospital?

— Não.- ela gemeu secando a boca com o dorso da mão esquerda, depois se levantou e saiu do banheiro sentando-se na cama. — Eu estou bem, vai passar. É isso que dá comer que nem um monstro.

— Certeza que foi isso?

Por um instante eles pararam e se olharam. Será?

— Espera… eu tenho um teste aqui.- disse e voltou ao banheiro pegar na gaveta.

— Tem? Desde quando?

— Umas semanas, comprei na farmácia. Já volto.- e fechou a porta.

Sara ficou alguns minutos no banheiro deixando Grissom agoniado do lado de fora. Ele andava de um lado pro outro esperando que ela saísse. Quando a porta foi aberta, ela a olhou esperançoso.

— E aí?

Mas ela não parecia entusiasmada. Sara, que olhava para o teste que segurava, levantou o olhar e balançou a cabeça com certa tristeza.

— É mesmo só um mal estar. Deu negativo.

Os dois suspiraram derrotados.

— Desculpa.

Grissom a puxou devagar para seus braços e beijou sua testa.

— Está tudo bem, não é culpa nossa.

— Vai ver… não é pra ser… né?

— É, quem sabe…

A conversa foi cortada por mais uma ânsia de vômito de Sara e ela correu de volta pro banheiro.

— É melhor a gente ficar em casa hoje.- ele ajoelhou ao lado dela segurando seu cabelo novamente.

Sara limpou a boca de novo com o dorso da mão e ele percebeu que ela tinha ficado mal.

— Está tudo bem, amor. Pode não ser o momento, só isso. Vem cá…- a fez apoiar a cabeça em seu ombro. —... só não vomita em mim, tá?

Sara deu risada e ele ficou com ela ali até ela melhorar.

~ ♥ ~

Um mês se passou desde que Sara voltou para Paris por conta do Natal. E lá estava ela novamente em Vegas. A morena foi convocada para trabalhar com os amigos no caso de um profissional de golfe lendário que foi assassinado durante um torneio de alto nível. Todos estavam no caso, sem exceção. Nada de relevante a não ser por um comentário de Greg enquanto ele e Sara estavam no campo de golfe onde o crime ocorreu.

— Eu sempre achei que o golfe fosse um esporte que o Grissom gostaria.

Sara riu.

— Eu não sei, nunca surgiu o assunto.- foi sincera na resposta. De fato nunca falaram sobre esporte com exceção do dia em que Grissom disse que passou a apreciar beleza quando a conheceu.

— Eu fico só pensando se vocês são mesmo casados.

— Olha, agora que você mencionou…- olhou pra ele como se falasse sério, mas depois sorriu. — Brincadeira.

— Dez mil quilômetros, né?- ele provocou.

— Até agora tudo bem.

— Tabom.- ele riu e ela o acompanhou.

Eles não só estavam mesmo casados como no dia seguinte completaram um ano. Sara lembrou disso e se animou. Não importa o que Ecklie dissesse, quando concluísse o caso, estaria voando pra Paris.

— Por que está com tanta pressa, Sara?- a ruiva perguntou ao ver a amiga doida pra ir embora depois de escrever seu relatório.

— Tenho que ver o Gil. É nosso aniversário.

— Awn, bodas de papel!

— É bodas de papel que fala?

— É, um ano é.- afirmou a ruiva novamente. — Se não me engano de dois anos é algodão, o de três eu não lembro.

— Eu só sei o de prata e o de ouro.- disse Greg.

— Será que vocês chegam nesse?- Nick brincou.

— Claro que sim, nós vamos ficar juntos pra sempre, tá, Nick?!

— Ai que bonitinha!

Sara sorriu e pegou sua bolsa na cadeira ao lado.

— Fui. Tchau gente!

— Tchau. Feliz aniversário!- eles disseram.

— Valeu!

~ ♥ ~

Como de costume, ele estava esperando por ela e recebeu um abraço bem gostoso e apertado.

— Um ano!- disseram juntos e riram disso.

— Passou voando! Quem diria! Parece que nos casamos ontem e hoje estamos fazendo um ano de casados. Como pode isso?

— Feliz aniversário, amor…

Grissom sorriu e lhe deu um beijo curto.

— Feliz aniversário, honey.

— Cath disse que estamos fazendo bodas de papel.

— Tem nome pros primeiros anos também?- ele ficou surpreso. — Não sabia.

— Será que chegamos nas bodas de ouro?

Grissom sorriu.

— Nós começamos tarde, eu sou mais velho que as bodas de ouro.- riu e Sara o acompanhou. — Mas na de prata nós chegaremos com certeza.

Sara sorriu e lhe deu mais um beijo. Depois o olhou com carinho e perguntou:

— Qual a programação de hoje?

— Eu pensei em sairmos, mas quase não consigo vir te buscar no aeroporto com a quantidade de neve que tem lá fora.

— Vish.- ela fez careta. — Eu pensei da gente repetir o que fizemos no nosso primeiro aniversário de namoro. Só não vai dar pra almoçar fora, nem ir pra árvore.

— Saudade da nossa árvore.

— Eu nem consegui ir lá ainda.- lamentou ela.

— Bom, vamos ter que ficar em casa mesmo. Achei uma boa ideia essa de repetir nosso primeiro aniversário no nosso primeiro aniversário.- riram. — Eu posso fazer o jantar e depois a gente dança em frente a lareira. O que acha?

— Perfeito!

Lhe deu mais um beijo só pra finalizar e foram se dirigindo pra fora do aeroporto lado a lado. Ao saírem lá fora e verem a situação quando chegaram perto do carro, suspiraram.

— Bom, se não conseguirmos chegar em casa, comemoramos no carro mesmo.

Sara gargalhou.

Demoraram um bocado pra chegar, mas assim que entraram em casa foram tomar um banho quentinho e ficaram enrolados no sofá até dar a hora de preparar o jantar. Foi tão romântico quanto da outra vez. Mesmo ambos estando presos em casa, num frio da muléstia, de pijama dançando à luz da lareira, jogando jogos de tabuleiro e bebendo chocolate quente em vez de vinho. Mesmo assim, simples, foi tão marcante quanto o outro. E era assim que eles levavam cada momento juntos. Cada momento era único, não importava onde, como ou quando.


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