Love Story escrita por Fofura


Capítulo 157
Relacionamentos XXIV - De Volta à Paris




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Dois dias depois, Sara desembarcava em Paris. Novamente estava na cidade luz, estava em casa.

Quando saiu do aeroporto, viu Gil acenando pra ela com o melhor sorriso do mundo.

Sorriu de volta e também acenou. Foi até ele rapidamente, colocou a bagagem no chão e o abraçou forte.

— Oi vida!!

— Ai meu Deus, fala de novo!

— O que?- Sara desfez o abraço sorrindo.

— Me cumprimenta de novo.

Sara deu risada e repetiu.

— Oi vida!!

— Own!- Gil lhe deu um selinho e encheu o rosto dela de beijinhos enquanto ela sorria. — Que linda! Ficou com tanta saudade assim que me deu até apelido novo?- perguntou parando de beijá-la no rosto.

Sara riu.

— Claro, duas semanas são muita coisa. Acordar e já te ver sorrindo, te abraçar, te beijar o tempo todo... isso faz falta, sabia?

Grissom sorriu, segurou seu rosto e a beijou com vontade, sem se importar por estarem em um local público com pessoas passando a todo momento.

— Também senti saudade, abelhinha!

Fazia tanto tempo que ele não lhe chamava assim que Sara não resistiu e tascou-lhe mais um beijo, porém menos demorado.

— Tem alguém que também quer te ver, ele está no carro.

— Trouxe o Hank?- ele assentiu. — E por que o deixou no carro?

— Porque eu sabia que ele não ia deixar eu te beijar em paz.

Sara gargalhou.

— Tadinho, vamos lá.

Gil pegou as bagagens de Sara: colocou a mochila nas costas, a mala na mão direita e com a esquerda ele a abraçou pelo ombro guiando-a até o carro no estacionamento.

Quando a porta do veículo foi aberta, Hank saltou pulando em Sara que conseguiu se equilibrar enquanto Hank a lambia e latia. Nem parecia que foram só duas semanas sem se verem.

— Oi coisa linda da mamãe! Eita saudade danada, meu Deus!- lhe deu vários beijinhos e carícias. — Calma, calma.- ela pedia enquanto ria do alvoroço dele. — Eu sei, também te amo.

Grissom riu disso, como se Sara soubesse de fato o que o cão estava querendo dizer com aquela festa toda.

— Vamos pra casa, eu estou ficando com ciúme.

Sara riu e foi no banco de trás com Hank pra ele não causar um acidente pulando no banco da frente.

Ao chegarem, Hank rodeava Sara com a intenção de brincar com ela, mas a morena estava cansada demais pra isso. Foi exatamente o que Grissom disse ao cão.

— Para filho, mamãe está cansada.

Mas ele nem quis ouvir, continuava pulando todo alegre pra perto dela. Sara não resistiu e saiu correndo pro quintal chamando ele. Era tudo o que ele queria.

Grissom balançou a cabeça e correu atrás.

Sara pegou uma bolinha que ele tinha e ficou de um lado do quintal enquanto Gil estava parado na outra extremidade, já identificando que bobinho seria a brincadeira.

Ficando jogando a bolinha um para o outro pra ver se Hank conseguia pegar deles. Hank estava se divertindo muito e não cansava nem um pouco, quem cansou primeiro foram seus pais.

— Ai, já deu.- disse Sara sem fôlego colocando a mão na cintura.

— É.- Grissom concordou inclinado com as mãos nas coxas. — Intervalo, Hank. Vai beber água, vai.

E ele realmente foi, estava de fato com sede. O casal aproveitou a deixa pra saírem do quintal e fechar a porta.

Caíram muidinhos no sofá.

— Ai, acho que vou tomar um banho e cair na cama. Sem condições.

— Topa um filminho? Eu te perdoo se você dormir.

Sara riu.

— Tabom, topo sim.- levantou-se. — Quer tomar banho comigo?

Grissom sorriu, se levantou e a seguiu pra suíte.

Ficaram alguns minutos no banho e saíram com seus pijamas bem adultos, leia na ironia, principalmente tratando-se de Sara.

Eles desceram pra sala, deitaram juntinhos no sofá e colocaram um filme de ação para assistirem. Estava tão interessante que nem dormiram, nem pararam pra namorar, assistiram até o fim empolgadíssimos.

— Nossa, foi muito bom!

— Concordo, tem perseguições que eu acho cansativas, mas esse foi bom.

— Vamos assistir mais um? Mas eu quero um mistério agora, o que acha?

— Acho ótimo, vamos lá.

Caçando na programação viram que um já estava acabando pra começar outro, Sara se empolgou.

— Ah! Vai começar O Sexto Sentido!

— Já assistimos esse.

— Eu sei, mas eu adoro, a última vez que assisti foi quando estreou, isso já faz uns dez anos. Vai Griss, vamos assistir esse?!

— Tudo bem, eu também gosto.- sorriu. — Confesso que esse menininho me dava arrepios.

Sara riu.

— Protegemos um ao outro, lembra? Se você ver um fantasma… eu corro e deixo você aqui.

— Hey!- apertou a barriga dela. — Isso é o oposto de proteger.

Sara riu mais uma vez e lhe deu um beijo, e mais um, e mais um... só pararam quando o filme de fato começou.

Mesmo adorando o filme, o sono venceu e Sara só assistiu até a metade, Gil perdeu só o finalzinho porque também cochilou. Em pleno domingo à tarde e eles lá capotados no sofá.

Quando acordaram eram quase sete da noite. Estavam com preguiça de preparar o jantar e resolveram jantar fora, no Le Cinq que ficava dez minutinhos da casa deles.

Assim que pagaram a conta, quiseram voltar pra casa a pé, por isso na ida resolveram ir de táxi ao invés do próprio carro. Com isso, levaram cerca de meia hora pra voltar. Ficaram com um pouco de dor nas pernas, mas nada se compara ao passeio gostoso e romântico que eles fizeram por Paris, pra matar a saudade desses poucos dias que ficaram longe um do outro.

~ ♥ ~

Era uma tarde de quinta feira, e Grissom estava enfurnado no escritório desde o almoço tentando corrigir todas as provas antes do fim de semana. Era quase três da tarde. Havia conseguido uma folga, pois os alunos pegaram aquele dia pra começarem os preparativos para o Halloween no fim do mês, e havia muita coisa para ser feita. Gil aproveitou esse tempo pra adiantar as coisas, pois desde que Sara voltou ele passava todo seu tempo livre com ela, então ficou atrasado.

Sara super entendeu que ele precisava ficar no escritório resolvendo as coisas, até ofereceu ajuda, mas ele disse que não precisava, então ela ficou lendo na sala com Hank dormindo sem seu colo. De vez em quando ia até lá lhe dar um beijo, perguntar como estava indo, e se precisava de alguma coisa.

Depois de quase duas horas que fez isso, resolveu fazer de novo, pois já estava ficando com sono lendo o livro. Subiu pro segundo andar e encostou no batente da porta, dando duas batidinhas na mesma pra chamar sua atenção.

Grissom sorriu ao vê-la.

— Juro que estou acabando.

— Tudo bem, não vim te apressar.- riu e se aproximou da mesa, dando a volta na cadeira e o abraçando por trás, pelos ombros envolvendo seus pescoço suavemente. Grissom fechou os olhos e tocou seus braços, suspirando. Sara então lhe deu um beijo na têmpora direita. — Quer que eu traga um café quentinho pra você?

Ele sorriu e abriu os olhos.

— Você é um anjo, quero sim.

Sara beijou o topo da cabeça grisalha dele e disse que voltava num instante.

Foi até a cozinha preparar o café, fez uma omelete deliciosa e levou pra ele.

— Olha só, ganhei até uma omelete!- disse ele ao vê-la entrar na sala com um item a mais.

Sara sorriu.

— Está desde o almoço sem comer, tem que pelo menos beliscar alguma coisa. Sabe que eu não sou a melhor pessoa pra ir pro fogão.

— Ah para, amor, você melhorou bastante.

— É, não sou um completo desastre na cozinha graças a você.- lhe deu um beijo que ele retribuiu e sentou-se ao lado dele enquanto ele comia. — E como anda a papelada?

— Pra você ver como são as coisas, né honey, nem fora daquele laboratório eu consigo me livrar da papelada. Já passei da metade, ainda bem.

Sara sorriu.

— É verdade. Lá no laboratório ainda está dando pra aturar escrever tantos relatórios, essa chatice não supera o prazer de concluir um caso.

— Estava realmente com saudade, não é?- sorriu ao perguntar. Ele mesmo confessava que sentia falta, mas só dos enigmas, não da burocracia.

— Sim, inclusive estou há uns três dias sem falar com a Catherine, ela deve estar querendo me esganar.- pegou o celular e tratou de enviar uma mensagem pra amiga. — Eu disse a ela que mandaria notícias. Ela está morrendo de saudade de você, Griss.

— Sinto falta dela também. Como ela está se saindo como supervisora?

— Ah, bem melhor que aquela época que o Ecklie separou nossa equipe e a colocou como supervisora da tarde, lembra?

— Lembro, você não podia respirar o mesmo oxigênio que ela que as duas já queriam sair no tapa.

Sara riu.

— Mas vamos combinar, a Cath estava insuportável naquela época.

— Estava mesmo. E ela vai me matar se me ouvir dizendo isso.

Deram risada juntos.

Grissom terminou de comer e de tomar o café, e Sara pegou as coisas pra levar de volta pra cozinha, porém, antes de sair se inclinou pra lhe dar um beijo curto.

— Quando terminar, sobe pro quarto pra gente namorar um pouquinho, tabom?

Grissom sorriu.

— Pode deixar.

~ ♥ ~

Sara só passou duas semanas com Gil e teve que voltar pra Las Vegas, pois Ecklie ligou para ela novamente pedindo ajuda por mais tempo. Ela queria dizer que não, mas não conseguiu, eles precisavam mesmo de ajuda. Então, a morena voltou novamente para a cidade do pecado, dizendo que também demoraria no máximo duas semanas pra voltar como da outra vez.

Grissom estava de acordo dela ficar indo e voltando, contanto que ela voltasse. Não a impediria de trabalhar novamente no CSI já que ela sentia falta, mas não ficaria longe dela por culpa de Ecklie não conseguir um CSI novato.

Sara estava entrando no necrotério quando Conrad apareceu atrás dela.

— Sara! É bom ter você de volta!

Quem diria! Conrad Ecklie dizendo tais palavras!

— Ecklie!- ela o cumprimentou ainda de costas, sem muito ânimo, pois queria estar com Gil naquele momento.

— Como foi sua semana em Paris?

— Doutor Grissom mandou lembranças.- não se estendeu muito no assunto e foi logo ao ponto. — Fez a notificação?

O caso daquele turno era complicado, um policial havia matado outro policial no estacionamento de uma lanchonete, e a equipe de Catherine precisava determinar se o tiro foi acidental ou premeditado. A evidência sugeriu que a “causa da morte” podia ter sido racismo. Era um tema pesado pra se abordar, principalmente quando se tem uma gravação do policial dizendo palavras tão horríveis antes de fazer o último disparo.

Foi complicado, mas conseguiram resolver.

Sara ligou para o marido assim que chegou em casa e passou o resto da noite toda falando com ele. No dia seguinte viajou de volta pra Paris pra passar mais uma semana com ele antes de voltar de novo na semana seguinte. E nessa semana em questão, o caso foi um tanto diferente. Um amado treinador de futebol de uma faculdade foi assassinado em sua casa, e toda sua equipe estava sob suspeita no caso. O inquérito revelava que a morte podia estar ligada a um crime anterior sem solução. E esse caso reaberto foi entregue a Sara e Greg.

Até que foi divertido em alguns momentos, e aquele não foi tão difícil de resolver quanto os outros, não como o da semana seguinte que Sara pegou um caso solo em Pahrump que ficava a quase uma hora e meia de Las Vegas, passando pela Paradise, Enterprise, Condado de Clark e Condado de Nye, pra finalmente chegar lá. Passou dias ocupada, nem conseguiu falar com Gil naquela semana. Mas mereceu folga assim que concluiu o caso.

Foi direto pra casa, nem dormiu, pegou o primeiro voo de volta pra França. Era horrível ficar indo e voltando, mas era isso ou ficar sem ver Grissom por bem mais de duas semanas, quem sabe até um mês. Enquanto desse pra viajar, ela iria viajar.

Grissom percebeu que aquilo estava desgastando ela e resolveu ele mesmo viajar pra Vegas quando ela voltasse pra lá, provavelmente depois de outra semana. Era quase sempre assim, ficava uma semana em Paris, duas em Vegas, depois duas em Paris, uma em Vegas. Era complicado. Ele resolveu pedir uns dias de folga e ficar com ela em Las Vegas, assim já matava a saudade também. Só não contou pra ela.

Chegou por volta das onze da manhã de uma quarta-feira, Gil ainda não tinha chegado da universidade. Tomou um banho e caiu na cama, não conseguiria esperar ele chegar e capotou.

Quando Gil chegou, Sara ainda estava dormindo. Ele sorriu ao vê-la toda encolhida na cama. Estava um vento gelado naquele começo de tarde outonal, porém o clima estava gostoso. Foi até a porta de vidro da suíte e a fechou. Em seguida deitou com cuidado ao lado dela.

Sara estava com o sono leve e conseguiu acordar com essa simples movimentação. Logo a careta de sono deu lugar ao sorriso e alegria ao vê-lo ali.

— Oi moça curiosa! Nem avisou que vinha pra casa.

— Eu vim direto, assim que concluí o caso. Precisava ficar com você.

Ele sorriu e acariciou seu cabelo.

— O caso foi difícil? Em termos emocionais?

— Não, eu consegui levar bem. O problema não foi esse.

— Foi em Pahrump, né? Você ficou mesmo ocupada por dias, a gente mal se falou.

— Me desculpa.

— Está tudo bem, honey, estou feliz em te ver aqui. Deve estar muito cansada.

— Estou. Cansada e culpada.

— Ôh amor… vem aqui.- Gil a puxou para seu peito e a abraçou. — Está sendo desgastante viajar assim, mas pensa pelo lado bom… além de estar investigando crimes, está conseguindo ficar comigo e com seus amigos. Isso é bom, não é?

— É.- sorriu o abraçando mais forte. Ele estava sendo compreensivo.

Gil beijou o topo de sua cabeça e prosseguiu.

— Ecklie vai achar alguém logo, você vai ver.

Será?


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