Love Story escrita por Fofura


Capítulo 143
Caçando Insetos Numa Canoa??!


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas saiu
Espero que não tenha ficado ruim



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Gil deixou pronta uma canoa com dois potinhos de vidro dentro, além dos dois remos e uma lamparina. Sara achou o parque lindo e ao ver a canoa não acreditou.

— Vamos passear de canoa?

— Vamos.- sorriu. — Eu pensei em te levar pra dar uma volta pelo Rio Sena, mas lá não tem insetos voando aos montes.

— E por que insetos?- Gil não precisou responder, ela só olhou para os potinhos e entendeu. — Vamos caçar insetos?- riu sem acreditar.

— É.

— Vindo de você, eu acho isso normal.- sorriu e Gil a ajudou a entrar na canoa. — Ai que medo de cair por causa desse vestido. Olha o que dá casar com um entomologista.

Grissom riu.

— Não vai cair, amor.

Sara entrou, sentou e Gil fez o mesmo, um de frente pro outro.

— Vamos lá.- Gil começou a remar enquanto Sara segurava a lamparina, pois já estava escurecendo.

— Nossa, é lindo aqui.- Sara olhou admirada. — Olha o ganso!

— É lindo mesmo. Tem várias flores daquele lado, vamos ver se tem borboletas.

— Eu não paro de me surpreender com você, sabia?

— Isso é bom. Será que daqui alguns anos ainda será assim?- sorriu.

— Acho que sim, você sempre arruma uma forma de me surpreender. Que bom que a maioria das vezes foi positivamente.

— Eu já te surpreendi muito com minha estupidez, não foi?

— Foi, mas tudo bem. Olha pra gente agora.

Trocaram um sorriso super meigo e Sara olhou em volta já vendo algumas borboletas brincando em volta das flores.

E quando chegaram perto…

— Tenta pegar uma.

— Nós vamos soltar depois, não é?

— Claro que vamos. “Caçar insetos" é só maneira de falar.

— Ah, então tabom. - sorriu. — Meu deus! Olha o tamanho daquela!

— Parece ser uma mariposa, mas não tenho certeza, está escuro. - sorriu.

— Acho que é uma Papilio Machaon. Vou tentar pegá-la.

— O segredo é ser sorrateira.

Sara demorou um pouquinho, mas conseguiu capturar a borboleta no frasco.

— Depois de muito sacrifício, não podendo me movimentar muito aqui dentro, consegui. - disse sorrindo e limpando o suor da testa. Chegou perto de Grissom que apontou a lamparina pro frasco, e assim puderam ver a borboleta bem iluminada e com detalhes. Realmente era a que Sara falou. — Ela é linda demais.

— Devo admitir que estou surpreso. Você com certeza sabe mais de borboletas do que eu agora.

— Tive um ótimo professor.

— Minha melhor aluna, sem dúvidas. - sorriram e trocaram um beijo curto. — Quer soltá-la? Estou ouvindo barulho de besouro.

— Eu só ouço grilos. - riu.

— Espera. - ele fez um sinal pra ela ficar em silêncio e então destampou o próprio frasco com cuidado e num movimento preciso ele capturou o besouro.

— Uau! Gostei de ver, vou tentar fazer isso da próxima vez. - disse ela admirada com a eficiência dele.

— Você foi bem. Quase caiu no lago, mas foi bem.

— Hey! - deu um tapa no ombro dele e ele riu.

— Olha só que lindo, honey.

— Parece uma esmeralda, só que metalizada. Não sei explicar, é uma cor diferente.

— É, vamos soltá-los, tem mais umas borboletas ali pra gente ver.

— Me diz uma coisa.- ela falou abrindo seu frasco como ele. — De onde saiu essa ideia de caçar insetos numa canoa?

— Sabe que eu não faço idéia? Eu pensei só em passear de canoa com você, romântico, num lago, sozinhos, enfim… Os insetos vieram depois. -  riu e Sara também. — Não sei, achei que seria legal.

— E está sendo. - sorriu. — Quem mais faria isso? Só meu marido mesmo.

— Ah, isso foi lindo de ouvir.

— O que?

— “Meu marido". Eu com certeza tomei a decisão certa ao me casar com você. - sorriu e lhe estendeu a mão esquerda, ela também estendeu sua esquerda para pegar na dele. Com cuidado ela foi sentar pertinho dele, com as costas em seu peito, ainda com suas mãos unidas. — A aliança ficou linda no seu dedo.- disse a abraçando por causa do vento frio.

— No seu também. - ela olhou admirada suas mãos unidas e o brilho dourado das alianças nas mesmas. — É o dia mais feliz da minha vida .

— Daqui pra frente vai ser sempre assim. - garantiu e beijou o topo da cabeça dela, que sorriu ao ouvir a resposta dele e apertou mais os braços dele em volta de seu corpo. — Está com frio?

— Um pouquinho.

— Aqui. - ele se afastou um pouco dela pra tirar o paletó, ao fazer isso, voltou aconchegá-la em seu peito e cobriu seus braços com a peça. — Pronto, melhorou? - sorriu ao perguntar.

— Uhum. - ela murmurou também sorrindo. — Ai meu Deus!- seus olhos brilharam e ela sorriu mais ainda.

— O que foi? - Gil nem notou, já que estava olhando pra ela e não para frente. Quando olhou, entendeu o porquê da reação dela. — Ah!

Eram um grupo de vagalumes voando em direção a canoa onde estavam.

— Que coisa mais linda!

— Isso sim é  verdadeiro espetáculo. Pena que não trouxemos a câmera pra gravar.

Sorriram e ficaram em silêncio observando eles passarem.

Não havia outro lugar no mundo que ele gostaria de estar. Aquele momento, com ela, numa canoa apreciando os vagalumes no meio do lago, ela vestida de noiva… Nunca imaginou que seria tão perfeito e mágico assim. Estar com ela era incrível. A abraçou mais forte assim que pensou nisso e Sara suspirou. Grissom beijou a lateral da testa dela e sussurrou:

— Eu te amo, Sra. Grissom.

Sara fechou os olhos e sorriu.

— Te amo mais, Sr. Grissom.

Ele sorriu e continuaram assim. Os vagalumes passaram, assim como os minutos.

— Eu poderia ficar aqui a noite toda. - disse ela. — É tão bom.

— Mesmo estando com frio? - sorriu.

— Eu sempre tenho você pra me aquecer, então o frio é o de menos.

Grissom sorriu com isso e a abraçou com mais força, fazendo-a rir.

— Ai!

— Vamos pra casa?

— Já?

— Quer ficar mais? Está esfriando.- olhou no relógio e mostrou pra ela que se surpreendeu.

— Estamos aqui há quase uma hora já? Melhor irmos mesmo.

— Vou levar a canoa de volta, senta lá.

Sara foi pra outra ponta e observou Gil remar de volta.

— Nunca uma lua de mel foi tão linda e estranha.

Grissom riu.

— Essa foi só a primeira parte.

Sara sorriu pelas segundas intenções daquela frase, e já estava ansiosa. Queria tê-lo mais do que ele queria tê-la.

Não demoraram muito no passeio de canoa por conta da noite, podia ficar muito escuro no lago e podia ser perigoso, além de estar bem frio. Uma horinha lá já foi ótimo, voltaram pra casa às sete e meia.

Entraram e suspiraram, o dia tinha sido maravilhoso, e com certeza nunca esqueceriam dele. Já a noite estava só começando.

— Sabe de uma coisa que eu só notei agora?

— O que?- ele perguntou tirando paletó dos ombros dela e jogando no sofá.

— Eu não fiquei com seu sobrenome.- respondeu apoiando as mãos na cintura dele.

— Nossa, é mesmo. Eu não lembro de ter visto nos papéis. Por que será que não colocaram automaticamente?

— Eu não sei.- falou desamarrando a gravata dele.

— Bom, não importa.- disse abraçando a cintura dela. — Você vai ser sempre a senhora Grissom.

    Sara sorriu e lhe deu um beijo suave. Foi lindo ouvi-lo dizer “senhora Grissom” de novo. Ainda não conseguia acreditar que era esposa dele, era bom demais pra ser verdade depois de tudo o que passou. O melhor era que dali em diante só iria melhorar.

    Sara interrompeu o beijo e sorriu.

— Eu preciso guardar o vestido, por que não aproveita e guarda o terno também?

— Eu já vou, preciso arrumar aqui embaixo primeiro.

— Arrumar pra quê?- sorriu de lado com os olhos semicerrados.

— Pra que você acha?- sorriu do mesmo jeito e deu mais um beijo nela. — Vai lá se trocar.- a fez virar e desabotoou o vestido pra ajudar, depois beijou sua nuca.

— Eu já volto.

    Sara foi pro quarto, tirou o vestido, colocou no cabide e no plástico, bem protegido e bonitinho. Depois vestiu sua camisola justa e curta, branca quase transparente por cima da lingerie que ela já estava usando, também branca. Passou seu hidratante corporal e quando terminou, desceu as escadas.

    Gil estava agachado de costas pra escada colocando a garrafa de vinho ao lado do tapete juntamente com duas taças.

— Psiu!- ela chamou a atenção dele no pé da escada com um sorriso escondido.

    Grissom se virou e seu coração quase enlouqueceu de paixão ao vê-la naqueles trajes novamente. Sorriu e se levantou indo até ela.

— Mais sexy impossível, Sara.

    Foi a vez dela sorrir. Colocou as mãos em seu peito e as deslizou pelos ombros até seu pescoço e nuca.

— Comprei em Vegas e nunca usei. Achei perfeita pra ocasião.

— E é, pena que não foi feita pra ficar no corpo por muito tempo.- ele disse ao acariciar os quadris dela.

    Sara sorriu e o beijou devagar e com propriedade, e quando se separaram, Sara sorriu e em seguida perguntou:

— O que estava aprontando aqui embaixo?

— Ah, falta uma coisinha.- Gil foi até o som que colocou sobre o balcão e ligou numa música lenta e romântica. — Agora sim.- voltou pra perto dela que tinha sentado no tapete, de ladinho quase deitada, apoiada no cotovelo e no antebraço. — Dá uma olhadinha e me diz o que achou.

— Hm… Em frente a lareira, num tapete macio, vinho, música… Você é tão romântico.

— É uma noite especial, romantismo é importante, não acha?- chegou pertinho dela.

— Eu amo isso.

— É?- perguntou beijando o pescoço dela.

— É.- suspirou fechando os olhos por conta dos beijos que recebia.

 

"O nosso amor tem o desejo no olhar

Um simples toque faz a pele arrepiar [...]

O nosso amor é uma paixão de enlouquecer

A mais bonita história de um querer

O nosso amor já foi por Deus abençoado

Te amo tanto e também sei que sou amado

O nosso amor será uma lenda pra contar

Eternamente a gente vai se amar" — Guilherme e Santiago

 

    Gil a fez deitar e capturou seus lábios com volúpia.

    A cada beijo, cada toque, cada sensação de prazer que tinham, a vontade de ficar assim e nunca mais se separarem aumentava.

    A noite de amor que tiveram na banheira no dia anterior os saciaram, mas não matou a saudade que ainda estavam sentindo.

    Sara sentiu seu corpo todo arrepiar e ao mesmo tempo ascender numa chama ardente ao sentir as mãos dele passear por todo lugar. Gil acariciava e apertava por onde passava enquanto Sara enlouquecia com seus beijos.

    Parou um instante respirando fundo e olhando pra ela. Sara acariciou sua barba e depois sua nuca.

— Esqueci de prometer outra coisa no altar.

— O que?- passou a mão pelo cabelo dela ao perguntar.

— Que eu faria de você o homem mais feliz do mundo…- enlaçou suas pernas nele. — Em todos os sentidos.

— Você já faz, meu amor. Sempre fez.- pousou uma das mãos na perna dela e deslizou pra uma das nádegas. — Em todos os sentidos.- sorriu.

    Sara sorriu também e o puxou para outro beijo e enquanto saboreava tirava a camisa e a calça dele evidenciando sua boxer branca.

— E olha que a gente nem combinou.- comentou ela vendo que estavam com peças da mesma cor.

    Grissom riu e deslizou a camisola dela pra cima para passar por seus braços. Não importava quantas vezes fazia isso, sempre que a despia ele ficava encantado com o que via, a pele dela parecia porcelana. Clara, delicada, macia, cheirosa, com aquelas manchinhas fofas e lindas… Seus seios eram perfeitos, suas pernas eram perfeitas, seu pescoço parecia que clamava pelo carinho de seus lábios. Amava beijá-la no pescoço, era o ponto fraco dela.

 Geralmente homens se atraem mais, tem a atenção mais voltada para mulheres com corpos mais malhados, com seios turbinados, bundas grandes e redondas, barriga tanquinho, cintura fina, quadril largo, etc... Sara não era assim. Era magra de pernas bonitas? Era, mas tinha seios pequenos, pouca bunda, pouco quadril e a cintura não era tão fina. E para Grissom ela era a mulher mais linda do mundo.

Sempre que Grissom lhe dizia isso, ela não acreditava, mas sempre que faziam amor e ele a olhava daquele jeito louco de desejo, de amor e ternura, ela se sentia assim.

Com Gil não era diferente, ele sempre ficava tímido e corava, dizendo como ele era lindo, perfeito, o homem dos sonhos, que ela era louca por ele… Custava a acreditar nisso "Como assim eu dou de 10 a 0 nesses garotos sarados?", mas dava, e ele se sentia assim sempre que Sara olhava  daquele jeitinho apaixonado dela, que o beijava, o tocava, provava… Como fazia naquele momento.

Haviam trocado de posição, Sara agora estava por cima e fazia loucuras com a boca no corpo dele, beijava, mordiscava e com a mão apertava e arranhava fazendo Grissom emitir altos, mas contidos sons.

    Gil a puxou pra cima - já que ela estava distribuindo carinhos por seu peito e abdômen - e agarrou a cintura dela lhe dando um beijo profundo e experiente. Enquanto fazia isso as mãos dele foram direto na abertura do sutiã com a intenção de removê-lo e foi isso que ele fez, jogou de lado e ficou por cima novamente. Era a hora de saborear mais uma vez aqueles dois montes suculentos.

    Beijou, sugou, lambeu, mordeu de leve, enquanto Sara suspirava sobre o tapete macio agarrada aos cabelos dele. Gil desceu os beijos para a barriga e foi descendo até tirar a última peça que ela usava e começou a beijar ali. Ela foi do céu ao paraíso em segundos. Arranhou o tapete e pediu por mais, pois sentiu que Gil já ia pro próximo passo. Grissom sorriu e continuou a dar prazer a ela ficando cada vez mais excitado.

    Só então ele tirou sua boxer, se protegeu e voltou a ficar pertinho do rosto dela, secou o suor de sua testa e beijou cada partezinha de seu rosto até chegar na boca dela, que como muitas vezes, saboreou lentamente enquanto as mãos dela passeavam por suas costas e seu bumbum que ela tanto gostava de apertar.

Seus corpos se uniram num encaixe perfeito, eles se completavam, eram feitos um para o outro. Nunca sentiram o amor envolvê-los tanto quanto quando estavam juntinhos daquele jeito.

    A meia luz da lareira deixava o clima mais romântico, a música de fundo se misturava com os suspiros e gemidos, o tapete felpudo era testemunha das ondas de prazer e movimentos precisos dos dois corpos que ali se encontravam.

    Chegaram ao ápice, pararam o ato e deitaram abraçados.

— Que saudade que eu estava de você, Griss.

— Também estava morrendo de saudades.

Gil tirou o preservativo e jogou no fogo da lareira. Ficaram alguns minutos em silêncio recuperando a respiração normal.

 

“Esta noite eu sou o homem mais feliz que o amor já fez

Meu silêncio quer dizer pra você, mais uma vez, como eu te amo

Mais uma noite em que a gente foi feliz!” ― Leonardo

 

— Está cansado?

— Depende.- sorriu. — Por quê?

— É nossa lua de mel. É óbvio que a gente não vai fazer só uma vez.

— Por que acha que eu deixei mais um aqui?

— Você colocou debaixo do tapete?- riu.

— Tem um estoque aqui.

Riram.

— Vamos tomar o vinho primeiro?

Ela assentiu sorrindo, Gil levantou, pegou os robes sobre o sofá, os vestiram e novamente sentaram no tapete. Gil entregou uma taça pra ela e os serviu com um pouco do Château Latour que havia comprado de manhã.

— À nossa vida juntos.- ele brindou, ela sorriu e ambos tocaram suas taças.

Resolveram ir pro terraço. Desligaram a música, apagaram a lareira, pegaram o vinho e as taças e subiram.

    Gil não podia ter escolhido vista melhor, era um lindo espetáculo aquela noite de Paris. Estava bem frio, mas eles não sentiam tanto por seus corpos estarem quentes. Gil deixou o vinho sobre a mesinha do terraço e foi até Sara que apreciava a vista da Torre perto da grade.

— Tem poucas estrelas no céu hoje. - ela comentou ao sentir seu abraço por  trás.

— É, aqui é um bom lugar pra aprecia- las. A gente pode deitar aqui em uma noite mais estrelada pra olhar. - afastou o robe de seu ombro e beijou.

    Sara sorriu e concordou, bebendo mais um gole de vinho.

Suspiraram e agradeceram silenciosamente aos céus pela paz que estavam sentindo. A felicidade estava ali, coladinha neles e esperavam que assim permanecesse.

— Isso é tão bom. - ele comentou aspirando o perfume do pescoço dela.

    Sara fechou os olhos e bebeu o último gole de vinho.

— Ficar abraçada assim com você é a melhor coisa. - disse ela virando-se pra ele.

— Eu parei pra refletir hoje enquanto te esperava no altar. - Sara sorriu de lado e esperou ele prosseguir. – Eu sou um homem completamente diferente do que eu era. O Grissom de antigamente ia surtar se eu contasse pra ele "Olha só, parceiro! Daqui alguns anos você vai estar casado, curtindo a lua de mel em Paris, e adivinha com quem? Sara Sidle, meu amigo. Não infarta não".

Sara deu risada.

— Bobo!

— É sério. Seu amor me fez um homem melhor.- chegou mais perto do rosto dela e sussurrou. — Obrigado.

    Sara sorriu e em resposta o beijou. Um beijo bem lento que foi aumentando sua intensidade. Gil levou sua mão pra baixo do robe dela e passou a acariciar delicadamente um de seus seios. Aquilo só atiçou o desejo de Sara. Ao abandonar a boca dela, Gil direcionou seus lábios pro pescoço e depositou beijos delicados ali, sempre com todo carinho, a tratando como um monumento raro e precioso.

    Parou de beijá-la e a olhou. Sara viu uma oportunidade.

— Eu quero que seja diferente agora.

— Como assim?

Sara o puxou pro quarto pela mão enquanto falava.

— Você sempre me trata assim, com cuidado, me toca, me beija, me sente com amor, como se eu fosse a mais preciosa e delicada joia. É romântico, e como eu disse, eu amo isso.

— Mas?- ele a parou perto da parede.

Mas…- sorriu. — Eu não quero que me trate assim dessa vez.

— Não quer que eu te trate com carinho?- sorriu malicioso.

Ela sorriu do mesmo jeito e disse:

— Eu pensei em comprar dois pares de algemas.- Grissom riu com a surpresa. — Mas não comprei, não me vejo usando isso.- também riu.

— Sara, Sara, quem diria.

— Já usou essas coisas?- ela ficou curiosa.

— Quer dizer se eu já usei isso na masmorra da Lady Heather?

— É, quando fez amor com ela.

— Eu só fiz amor com uma mulher na minha vida: você! Com a Heather eu transei.

— Então transa comigo dessa vez.

O ex supervisor sorriu com isso e a beijou com vontade, com pegada, sem cuidado. A fez andar pra trás e a prensou na parede. Sara se assustou um pouco com o impacto, mas sorriu.

— Sem delicadeza, não é?

    Sorriram e Sara o beijou sentindo-o levantar seus braços pelos pulsos e também prensar na parede. O olhou e ele disse:

— Isso te lembra alguma coisa?

    Automaticamente as lembranças voltaram até 2003, num caso que tinham prazo pra solucionar, e diante de um lençol ensanguentado, Gil e Sara ficaram daquele mesmo jeito.

    Grissom soltou os pulsos dela e agarrou sua cintura colando seus corpos. Sara gostou.

— Podia ter feito isso daquela vez.

— Eu queria, mas não fiz por dois motivos. Primeiro, estávamos no laboratório. Segundo, eu ainda era um idiota.- Sara sorriu. — Minha vontade era só essa.- a prensou novamente na parede e a beijou com vontade.

    Agarrou a perna dela e a puxou pra cima até seu quadril. Logo Sara estava no colo dele tendo seu pescoço beijado, seu corpo apalpado e seu robe sendo tirado. Gil já a possuiu ali, pegou o preservativo no bolso do robe, colocou e já foi, sem demora. Sara também arrancou o robe dele e deixou marcas ferozes em suas costas. Grissom sentiu doer, mas não era uma dor ruim, não era uma dor incômoda, inclusive, ela podia fazer mais vezes se quisesse.

    Sara pulava no colo dele, vez ou outra fechava os olhos com a cabeça pra cima e a boca entreaberta, segurando nos ombros dele, e as vezes olhava pra ele segurando e apertando seus cabelos grisalhos com as duas mãos.

    Quando as pernas começaram a doer, com Sara ainda no colo, Gil foi pra cama e a jogou na mesma já ficando sobre ela e capturando seus lábios no mesmo instante. Depois, pegou os braços dela e os colocou acima da cabeça e afundou o rosto no pescoço dela, voltando a beijar e mordiscar já que ela adorava quando ele fazia isso

    Sara pediu ofegante para que ele voltasse pra dentro dela para continuarem com os movimentos. Gil sempre se movimentava com cuidado, sem agressividade pra não machucá-la mesmo que fossem rápido. Mas daquela vez, Sara queria que ele fizesse o oposto, queria que ele fosse fundo sem que ela precisasse cavalgar nele pra isso.

    Grissom fez o que ela pediu e suspirou ao sentir suas costas serem arranhadas novamente. Com isso, aumentou a velocidade dos movimentos. Sara inclinou o corpo e jogou a cabeça pra trás soltando um gemido um pouco mais alto. E assim continuaram.

    Gil cansou um pouco e foi um pouco mais devagar, Sara inclinou o corpo novamente e ele aproveitou isso, passou as mãos por baixo e a puxou pra cima fazendo-a sentar em seu colo. Sara o abraçou beijando a boca dele com toda vontade. O fogo não apagava de jeito nenhum. Enquanto se deliciava na boca dela, Gil balançava os quadris dela sobre ele.

    Quando Sara abandonou seus lábios ofegante, jogou a cabeça pra trás novamente e não demorou pra soltar outro gemido alto pelo quarto ao senti-lo abocanhar seus seios como da outra vez.

— Griss… Ah...

    Esperou que ele parasse para poder deitá-lo e ficar sobre ele. Quando isso aconteceu, Sara continuou se movimentando e só aumentou a velocidade quando ele pediu roco e ofegante:

— Não para...

    Ficaram daquele jeito até depois da ejaculação, não queriam parar, mas estavam exaustos.

    Deitaram lado a lado ofegantes e satisfeitos.

— Nossa… Nunca uma noite de sexo foi tão cansativa…- disse ele sem forças nem pra levantar.

— Nem tão gostosa.- ela sorriu o abraçando pela cintura e beijando seu rosto.

    Grissom sorriu.

— Você está diferente hoje, o que tinha naquele vinho?

    Deram risada.

“Me conhece mais do que eu mesmo

Num olhar decifra meus segredos

Num abraço acaba com meus medos

[...] Sei que já virou clichê

Mas eu te amo demais” ― Zé Felipe


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Notas finais do capítulo

Deixem suas opiniões
Eu nem entrei mais no cronograma pra arrumar, ta muito corrido aqui
Abraço de urso



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