Love Story escrita por Fofura


Capítulo 139
Natalie Davis


Notas iniciais do capítulo

Natalie está de volta e depois da conversa que teve com Lady Heather — ou melhor, doutora Kessler —, Grissom já decidiu o que fazer. Só está esperando Sara parar num lugar só kkkk
Vamos esperar pra ver ^^
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704963/chapter/139

Uma semana se passou… Depois da conversa que teve com Heather, que ela o confortou, aconselhou e o fez dormir, Gil passou a se sentir melhor em relação a Sara e o jeito como o namoro deles acabou. Voltou a se concentrar mais e focar no trabalho. Quando ia pra casa, pensava. Sua vontade era de ir atrás dela, mas ela ainda estava em alto mar e parecia que ia demorar um pouco pra chegar em terra, já que o plano dela era ir pra Costa Rica depois de conhecer as Ilhas de Galápagos. Se arrependeu de não ter ido com ela, olha só os lugares que ele teria conhecido e admirado ao lado dela. Foi tolice, mas não tinha como voltar atrás.

O supervisor deu umas pesquisadas na internet e dependendo do tempo que ela fosse ficar no Sea Shepherd conhecendo os lugares com a galera, ela ia passar mais algumas semanas lá até chegar na Costa Rica, e se de avião demorava oito horas e meia, imagine de navio! Teria tempo para se preparar e colocar o que planejou em prática.

“Como uma árvore de magnólia doce, meu amor exalta ternura

Minha vida cresceu mais doce ao longo dos anos.

Eu sei que o meu amor me ama,

Meu amor precisa de mim [...]

Eu fui feito para amá-la” ― Michael Jackson

~ ♥ ~

Mais uma semana se passou, tudo ia bem, normal, dias de trabalho comuns e rotineiros, até que Grissom recebeu uma carta que informava que Natalie Davis seria finalmente julgada, para saber se ela estava pronta para sair do hospital psiquiátrico que estava sendo tratada pra ir para a cadeia e cumprir a pena que lhe foi dada.

Grissom ficou curioso e quis assistir essa audiência de transferência, além de que queria ver Natalie e como ela estava, afinal, ele acreditava que ela não era aquela garota perturbada e doente que havia sequestrado e quase matado o amor de sua vida, que ela não era má como ele conheceu.

Sentiu um calafrio quando a viu, ela não podia vê-lo, pois estava de costas e o júri falava com ela. Depois de citar cada crime que ela cometeu, incluindo o sequestro de Sara, a promotora perguntou:

— Foi capturada e julgada por um júri no tribunal de justiça. Qual foi o veredito?

— Fui declarada culpada, mas mentalmente doente.- respondeu Natalie. Gil ficou estático por vê-la falando normalmente.

— O que isso significa?

— Que quando cometi meus crimes sabia que o que fazia era errado. Mas quando fui presa sofri um surto psicótico.

— Você foi diagnostica com esquizofrenia catatônica. Agora não parece catatônica.

— Estou tomando remédios que impedem o surto.

— E com se sente?

— Sinto-me como sempre… normal.

— E é por isso que não precisa mais ser tratada em um hospital psiquiátrico. Está bem a ponto de cumprir a pena que lhe foi imposta pela lei. Você não é mais mentalmente doente, é apenas culpada.

Natalie ficou calada e olhou para o advogado. Pareceu que sentiu que Grissom estava lá e olhou pra trás. Quando o viu, abaixou o olhar, como se não o culpasse por estar ali, com certeza queria justiça para Sara.

O julgamento continuou rolando, o advogado também tomou a palavra defendendo o fato de Natalie precisar ficar ali e depois foi suspenso para continuar no dia seguinte às dez horas.

A promotora Valerie Nichols foi falar com Grissom.

— Doutor Grissom!- ela o cumprimentou.

— Senhorita Nichols!- ele fez o mesmo.

— É um prazer vê-lo. A Sara vem?

— Ela tem um compromisso.- mentiu.

— Entendo.- Valerie não sabia que Sara tinha ido embora, pensou que a morena não foi simplesmente porque foi uma vítima de Natalie e não conseguiria depor. De certa forma estava certa. — Sabe Gil, você era o único na sala quando Natalie teve o surto psicótico, ajudaria muito se testemunhasse.

— Eu não posso dar uma opinião sobre o estado mental dela, eu não sou psiquiatra nem psicólogo.

— Eu o chamaria como testemunha de percepção. Só testemunharia sobre o que observou com seus olhos, como ela era e como é agora. Posso arranjar um encontro com Natalie.

— Está bem.- ele concordou. — Eu queria mesmo vê-la.

A promotora conseguiu que Gil falasse com Natalie no dia seguinte, e isso aconteceu quando a garota estava na lavanderia lavando algumas toalhas. Ela se assustou um pouco por vê-lo ali em sua frente, aparentemente pra ter uma conversa com ela.

— Oi Natalie.- ele cumprimentou.

— Olá.- ela sorriu. — Eu não fiquei surpresa em te ver ontem.

— Não ficou?- ergueu a sobrancelha. Natalie balançou a cabeça.

— Quer ter certeza de que irei pra prisão. Eu entendo isso. Pessoas que fazem maldades precisam ser punidas.

— Eu acho que já está sendo punida.

— Então por que veio aqui?

— A única vez em que te vi, não era você mesma. Queria ver quem você realmente é.

— Bom… aqui estou eu.- sorriu de lado e ficou pensativa. Agora sua expressão era triste e demonstrava culpa. — Sara também vai falar na audiência?

— Não. Ela não trabalha mais com a gente.- pra ela, Gil falou a verdade.

— Por causa do que fiz a ela.- viu como ela ficou triste por ter feito aquilo com Sara e aquilo até o comoveu um pouco.

— Não sei…- respondeu.

Natalie suspirou e ao se virar em direção à máquina de lavar, fez algo interessante. Colocou alvejante na máquina. Grissom surpreendeu-se.

— Terapia ocupacional?

— Trabalhando com aquilo que eu mais temo, eu diminuo o seu poder.- ela explicou e virou-se novamente pra ele. — Eu sinto muito… pelo que fiz a Sara. E a você.- Gil surpreendeu-se por ela estar pedindo desculpas. — Meu pai adotivo se matou por minha causa. Eu fui errada em culpar outra pessoa por isso.

Gil desviou o olhar dela por alguns segundos, mas perguntou:

— Se sente realmente assim? Ou é assim que deveria se sentir?

Natalie respirou fundo entendendo a “desconfiança” dele. E foi exatamente o que ela disse.

— Eu entendo se não acreditar em mim. Personalidades psicopatas geralmente são muito hábeis em forjar emoções verdadeiras… Mas sinto muito de verdade.- sua voz embargou um pouco e ela abaixou a cabeça.

— Está tudo bem, Natalie. Eu acredito em você. E a Sara… ela está bem.

— Ela não está mais em Las Vegas?

— Não. Não conseguiu ficar aqui. E… nem ver a miniatura que você fez.

— Ela não viu?- ficou surpresa.

— Não… E eu achei melhor ela não ver.

— Não sei como reagiria se ela tivesse vindo com você.

Ele pensava assim sobre Sara. Como ela reagiria se visse Natalie outra vez?

~ ♥ ~

Ao fim da conversa, uma hora depois, a audiência continuou e Grissom testemunhou.

— Senhor Grissom…- começou a promotora. — Seu departamento perseguiu o famoso assassino da miniatura por quase um ano antes de identificá-lo como Natalie Davis. Quando ela foi capturada havia sequestrado um membro da sua equipe.- ai, nem lembre disso! — O senhor só a interrogou uma vez. Por que só essa vez?

— Durante o interrogatório ela teve um surto psicótico…

— Protesto!- interrompeu o advogado. — A testemunha não tem nenhum suporte médico.

— Mantido.- disse o juiz.

— Muito bem. Pode refazer a resposta?

— Durante o curso do interrogatório, a senhorita Davis se tornou indiferente.

Ai que chique essa resposta refeita!

— Então, num momento estavam conversando  e no outro…?

— Ela começou a cantar.

— Pra você?

— Não. Eu acho que cantava pra irmã que morreu.

— Protesto!- disse o advogado. Chato pra caralho.

— Mantido.- falou o juiz.

— Os olhos dela não focavam mais em mim… Parecia que ela não ouvia mais o que eu falava.

— Doutor Grissom, o senhor esteve conosco nesta sala e falou com Natalie esta manhã na lavanderia. Como ela lhe parece agora?

— Ela faz contato visual, responde as perguntas de maneira lógica, parece bem presente. Até expressa remorso pelos atos passados.

— Em outras palavras: Normal.

Grissom nada disse e foi a vez do advogado babaca falar.

— Eu só tenho uma pergunta a fazer, doutor Grissom. O que espera conseguir ouvir aqui?

Oi??

— Não entendi a pergunta.

— Então deixa eu te ajudar. Está tentando punir Natalie pelo que fez com Sara Sidle, sua colega e amante?

— Protesto!- disse Valerie.

EU TAMBÉM PROTESTO! Meça suas palavras, parsa! Amante é uma ova!

O juiz pediu pra prosseguir.

— Durante o interrogatório eu fiquei frustrado...

— Ah eu sei, eu vi o vídeo da polícia. O senhor sacudiu violentamente a senhorita Davis quando ela não revelou a localização da senhorita Sidle. Se estivessem sozinhos e sem supervisão, a teria espancado para falar!

— Protesto! É hipotético!

— Como eu disse, eu fiquei frustrado. E também temia pela minha colega.

Gil, não seja modesto. Seja sincero. “E também temia pela minha NAMORADA”.

— Então o senhor está aqui para se vingar.

Grissom riu. “Que idiota!”

— Eu não quero saber de vingança. Eu não tenho interesse no resultado desse processo. Se Natalie vai continuar aqui ou vai pra prisão fica a critério deste tribunal.- o advogado ficou caladinho. — Tenho tentado acreditar que as pessoas podem mudar, até pessoas com problemas. Mas eu não sei se conseguem… isso eu não sei.

Natalie pensou que ele estava falando dela, pois estava olhando pra ela... mas era de Sara.

Grissom foi liberado e minutos depois Natalie estava sendo algemada para ser transferida para a prisão.

— O juiz ordenou que ela fosse transferida pra prisão estadual. Ela vai continuar a receber os medicamentos, mas quanto a espera não podem fazer muito.- informou o advogado.

— Lamento não ter ajudado mais.

— Eu a acompanharei daqui.

O homem chamou Natalie pra ir embora. A garota olhou para Grissom antes de sair e disse:

— Está enganado a meu respeito, eu mudei de verdade. Eu mudei… E acredito realmente que as pessoas que fazem maldade… tem que ser punidas!

Grissom franziu o cenho. O que ela quis dizer com aquilo? Natalie tinha jogado uma indireta pra ele e Gil conseguiu compreender. Ficou assustado com esse pensamento e olhou em volta do quarto dela. Viu um sabonete destruído na pia e teve um pressentimento ruim. Olhou para o chão e viu que uma parte do piso tinha sido removido e colocado de volta. Conseguiu tirar com um canivete que tinha no bolso — por que ele andava com isso no bolso? Não sabemos — e o que viu o deixou estático.

Era uma bonequinha com roupa laranja de detenta, ela estava com uma corda amarrada no pescoço. Pendurada e enforcada. Natalie ia tirar a própria vida! Tinha que impedir.

Correu até ela e o cara.

— Espere!- ambos viraram-se pra ele. — Natalie, não faça isso.

— Do que está falando?- perguntou o advogado.

— Achei isso no quarto dela.- mostrou a “miniatura” que ela fez da própria morte e o advogado ficou pasmo.

— Natalie, você ia mesmo fazer isso?- a menina abaixou a cabeça e nada disse.

Foi toda uma questão de voltar ao júri, mostrar que Natalie queria se matar e que aquilo provava que ela não estava pronta pra sair dali. Teve toda uma coisa de que ela tinha feito aquilo só pra não ir pra prisão, que ela estava bem sim e blá blá blá. Enquanto discutiam isso, Grissom tentava conversar com Natalie, na presença de um policial que os vigiava no canto.

— Não devia ter achado.- ela disse.

— E você não devia ter feito. O Ernie não ia querer que fizesse isso.

Natalie sorriu de lado e fraco.

— Foi o que Sara me disse quando estava com ela presa no carro. E eu fiz.

— Você não é a mesma, Natalie. Você mudou, esqueceu?

— Por que se importa?- estava confusa. Ele também devia odiá-la pelo que fez.

— Porque você não teve culpa. E eu tenho certeza que se Sara estivesse aqui, lhe diria a mesma coisa.

— O que? Ela me odeia, eu quase a matei.

— A Sara não odeia ninguém.- sorriu ao dizer isso. Realmente a morena não deixava esse sentimento morar nela. — Olha… eu vou encontrar com ela em breve, e se você me prometer que não vai punir a si mesma, eu trago ela pra te ver e você verá como tenho razão.

Natalie gostou da ideia, queria mesmo ver Sara e poder pedir desculpas.

— E então? Temos um trato?- Natalie sorriu e assentiu. — Ótimo. Pode demorar um pouco, mas ela virá.

— Minha pena é grande, eu espero.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, eu mudei o destino da Natalie. Na série só mostrou que ela queria se matar, não mostrou se ela conseguiu e eu fiz o Gil impedi-la porque fiquei com dó.
Deu muita dózinha dela nesse episódio, foi fofo ela pedindo desculpas e eu não quis que ela morresse, mesmo ela tendo feito aquilo com a Sara.
Deixem aqui nos comentários se vocês são ou não da mesma opinião que eu. Acho que não kkkk eu sou muito mole
No próximo teremos personagens novos chegando, despedidas acontecendo e um reencontro nos alegrando ^^
Abraço de urso :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Story" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.