Love Story escrita por Fofura


Capítulo 13
Anônimo


Notas iniciais do capítulo

Hey amorzinhos!
Neste capítulo teremos Gil dando bronca nas crianças e, medo por conta do Assassino das Banheiras.
Boa leitura!



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O dia em Las Vegas começou ensolarado, e os CSI’s estavam de plantão. Deram uma rápida passada em casa só pra tomar banho, comer e dormir umas duas horas. Grissom ligou pra todo mundo às seis da manhã. Surgiu um caso e como todos ainda estavam de plantão, comunicou a todos para voltarem ao laboratório.

Sara foi a primeira a chegar, pois não estava dormindo como os colegas. Já fazia uns três dias que não dormia, era um recorde. Vivia à base de café e coca cola.

A vida de Sara em Las Vegas era sossegada, na parte da manhã – quando não estava no trabalho estourando as horas extras – ela lia livros policiais e ouvia o rádio policial, era rotina. Já pela parte da tarde ela corria um pouco pela praça mais próxima. Assim que chegava, tomava um banho, comia alguma coisa e ia pro trabalho. Às vezes, depois do trabalho, ela saia com Nick e Greg – que ela já conhecia um pouco melhor e adorava por ter um jeito divertido e espontâneo – pra comer, beber e conversar amenidades. Algumas vezes ela até saia com Grissom, Warrick e Brass pra lanchar e jogar conversa fora. A única com quem ela não se enturmava era Catherine, mas aquilo não demoraria muito pra mudar.

Já Grissom era de casa pro trabalho e do trabalho pra casa. Não gostava de sair, e sim de viver na solidão em sua casa fria com seu fiel amigo de quatro patas. Gil tinha um boxer que considerava como um filho, estava com ele em todas as horas, assim como suas baratas, gafanhotos, borboletas e aranhas. Ele gostava de passar o tempo fazendo palavras cruzadas e amava jogar xadrez, mas não tinha ninguém para que pudesse jogar com ele. Ele só saia de vez em quando com seus amigos porque gostava da companhia e carinho deles. Se ele saia sozinho, ninguém sabia.

O seguinte a chegar no laboratório foi Warrick, poucos minutos depois Catherine seguida de Nick.

— Quem chegou primeiro? - perguntou Nick.

— A Sara. Cheguei aqui e ela já estava tomando café. - respondeu Warrick.

— Dormiu aqui, Sara? - ele brincou.

— Nem vou responder.

Sara se levantou do sofá e foi até a fruteira que tinha em cima da mesa pra pegar uma maçã. Quando ia dar a primeira mordida, Nick pegou de sua mão.

— Hey! Eu peguei primeiro!

— Haha! Já era! - e assim que Nick foi dar uma mordida na maçã, Gil chegou e tirou de sua mão. _ Hey! - reclamou do mesmo jeito que Sara.

Grissom passou por ele e devolveu a maçã para Sara beijando seu rosto.

— Bom dia. - disse logo depois de tascar um beijo em sua bochecha rosada e sorriu de lado.

Grissom vinha pelo corredor quando viu Nick pegar a maçã de Sara. Não pensou duas vezes em pegar da mão de seu subordinado palhaço e devolvê-la para sua subordinada encantadora, que por sinal, estava – como todos os dias – linda naquela manhã.

Sara trajava uma calça preta, uma blusa de manga listrada verde e preta com decote V, um sobretudo vinho por cima e o cabelo liso solto. (As roupas da Sara naquele tempo eram tipo as camisas do Greg uehueheuh)

— Bom dia! - ela respondeu surpresa.

Havia estranhado Gil chegar e do nada lhe dar um beijo, mas tinha que confessar que ele podia fazer isso mais vezes porque ela adorou!

Pra não pensarem bobagens por ele só ter beijado Sara, Gil foi até Catherine e deu um beijo em sua bochecha pronunciando um “bom dia” também.

— Bom dia! - ela respondeu estranhando seu amigo. Ele nunca havia chegado daquele jeito.

“Bom, pra tudo tem uma primeira vez.” - ela pensou não se importando.

— Certo crianças, surgiu um assalto no Mediterranean, duas vítimas. Nick e Warrick vão comigo pra lá. Acho que não precisaremos de todos lá então, Cath e Sara continuam de plantão, ok?

Grissom gostaria que elas se entendessem, por isso deixou as duas juntas ali sem fazer nada para que usassem esse tempo para conversar. Já fazia quase três meses que Sara entrara pra equipe e nesse pouco, mas bom tempo, elas nem sequer conversavam amigavelmente, apenas ironizando e tentando tirar a outra do sério.

— Ah, que legal! - ironizou Catherine.

— Mega legal! - Sara fez o mesmo.

“Essas duas não tem jeito!”

— Lembrem-se que vocês já são duas mulheres adultas e podem muito bem conviver uma com a outra amigavelmente. - Grissom deu bronca.

— E ser falsa? Não, obrigada. - rebateu Catherine.

— Também agradeço. - concordou Sara.

— Não estou pedindo pra serem falsas. Só tentem ser gentis uma com a outra. Isso não é difícil.

— Tabom, Gil. Pode ir tranquilo que a Sara vai se comportar.

— Olha quem fala!

— Hey! - Grissom as repreendeu. _ O que foi que eu disse? Estão parecendo duas crianças.

— Você viu, Grissom. Ela que atiçou. - tentou se defender.

— Eu vi sim, Sara. E eu quero que ambas se comportem. Fui claro?

— Foi. - responderam.

— Ótimo. Estou indo, tchau.

— Tchau.

Despediram-se e Sara se levantou pra pegar outra xícara de café enquanto Grissom sumia com Warrick e Nick no corredor.

— Você quer? - Sara ofereceu à ruiva.

— Quero sim, obrigada.

Sara levou uma xícara pra ela e sentou-se ao seu lado. Permaneceram em silêncio por um tempo e do nada Sara começou a rir.

— É doida mesmo. - Catherine disse não entendendo o porquê daquela maluca começar a rir sem motivo.

— O Grissom parecia nosso pai nos colocando de castigo depois de uma briga por causa de uma boneca.

Catherine gargalhou com esse comentário da colega, ela era realmente maluca e Catherine até havia gostado disso nela.

— Idiota...

...

Os rapazes resolveram o caso num piscar de olhos, no início da noite já estavam sem ter o que fazer. Até Grissom receber uma chamada de Brass num hotel. Ele mandou Nick e Warrick pro laboratório e foi até o local.

Ao chegar na cena percebeu que era idêntica há um caso de três meses atrás. Um caso que investigava quando Holly chegara na equipe, onde o suspeito era um homem chamado Paul Millander que fabricava objetos pro Halloween: máscaras de monstros, túmulos de isopor, mãos de borracha, e a lista só aumenta. Analisou a cena por alto e voltou para o laboratório para avisar à todos o trabalho que teriam.

Quando chegou lá mandou entregar o gravador que encontrou na cena com a mensagem do suposto suicídio para a analista de digitais. Ao fazer isso, encontrou Nick e Warrick na sala de descanso jogando vídeo game. Enquanto isso Sara e Catherine o esperavam em sua sala. Assim que deu uma bronca em Nick e Warrick foi para a sua sala avisar suas subordinadas sobre o caso. Deu a Sara um pó especial que ele mesmo havia feito para que ela pudesse analisar todo o banheiro em que a vítima foi encontrada enquanto ele e Catherine iam falar com o legista e amigo Al Robbins.

Doutor Albert Robbins era um médico legista chefe com muito senso de humor. Era uma fofura de pessoa e mais parecia àqueles homens que se vestem de Papai Noel em época de Natal. Era um senhor idoso, na casa dos sessenta anos, um pouco acima do peso, calvo e de meigos olhos azuis.

Albert era muito amigo de Gil e apenas ele sabia de coisas mais pessoais do supervisor. Como, por exemplo, a mãe de Gil ser deficiente auditiva, e ele saber linguagem de sinais. Ninguém naquele lugar sabia disso a não ser Al.

Depois de sair do necrotério, Gil e Catherine foram falar com a mãe da vítima, depois foram comparar as vozes das duas vítimas e em seguida foram pra sala dele. Conversaram um pouco sobre o que sabiam até Sara aparecer com mais informações. Sara descobriu que as duas vítimas nasceram no mesmo dia, mas tinham um ano de diferença, um nasceu em 17 de Agosto de 1958 e o outro em 1957. Chegaram à conclusão de que tinham que andar pra trás para seguir em frente. As pistas deixadas estavam todas “ao contrário”.

Gil pediu para Sara procurar saber se alguém que nasceu em 1956 se encaixava no perfil. Assim que Sara saiu, Mandy apareceu na porta os avisando sobre os resultados.

Mandy Webster era uma técnica de laboratório especialista em digitais. Era super simpática e carismática. Havia pegado amizade rápido com Nick e o fazia cantar a música “Mandy” do Barry Manilow toda vez que tinha um resultado especial pra ele. Era uma morena de estatura média, tinha cabelos curtos e lisos, e olhos castanhos.

Gil e Catherine a seguiram até seu laboratório para saberem os resultados das digitais do gravador. A primeira digital deu como sendo a de Paul Millander e a segunda deu que era a de Grissom.

— A impressão é de Grissom? - Catherine perguntou assustada.

Mandy confirmou com a cabeça.

— Espera aí... Alguém pegou a sua impressão?

— Como? Sempre uso luvas na cena do crime, estava usando na hora como todo mundo.

— Pois alguém está levando isso pelo lado pessoal. Podem ter sido tiradas de um copo em algum restaurante ou então... de uma luva usada virada do avesso... ai meu Deus! - ela se desesperou um pouco e suspirou.

Grissom então se tocou.

— Entendi. Quem quer que seja está dizendo que eu sou o próximo.

— Meu Deus! Eu nem me toquei da data do seu aniversário, Gil!

— Relaxa Cath, nós vamos pegar esse filho da mãe.

— Acho que era pra você estar aflito assim e não eu. Mas o que eu posso fazer se você é meu melhor amigo? Poxa.

Grissom sorriu e tentou acalmá-la.

Todos ficaram temerosos com aquilo, claro, principalmente Sara, mas Grissom ficou com raiva por ter deixado Paul fugir, mesmo não sabendo que ele era o assassino. Descobriram por conta de um mendigo que foi pago pra mostrar alguns cartazes como mensagem dele.

...

— A mão de borracha? - perguntou Jim.

— Quando eu peguei na mão eu deixei as digitais.

— Material plástico, tinta quase seca e fita adesiva. - disse Catherine.

— Transferência tão fácil quanto reprodução. - concluiu Sara.

— Sara, vamos ficar ligados. Pesquise tudo sobre Paul Millander. No arquivo forense, no nexes... Busca completa em tudo.

— Uhum. - ela assentiu.

— Eu vou pedir reforço.

Enquanto Jim dizia essa última frase, Sara tocava o ombro de Gil lhe dando apoio. Faria tudo o que estivesse em seu alcance para achar alguma coisa sobre o serial killer. Ela não sabia o que faria se acontecesse alguma coisa de ruim com Grissom. Gostava dele e deixaria isso claro sempre que pudesse.

Lá estava ela em frente com o computador com um rádio comunicador de ouvido passando as informações para Grissom e Catherine que estavam no camburão indo atrás de Paul Millander.

— Palavra-chave: Paul Millander. - deu uns cliques e achou um resultado. _ Achei um Paul Millander. 42 anos, 1,78m, endereço não consta, ficha criminal limpa.

— Continue. - Grissom respondeu. _ Escuta, cheque os dados da firma dele. Palavra-chave: Hallowerd*

Sara digitou, deu uns cliques e não achou nada.

— Não achei nada, Grissom.

— Não pode ser! Eu estive lá!

— Mude de banco de dados. Vá em arquivos de jornal, arquivos de revistas, continue. - disse Catherine dando mais dicas à ela.

— Consegui uma coisa aqui no jornal.

— O que? - perguntou Gil.

— “Dois seguranças de hotel despedidos, suspeitos de um caso de suicídio armado. Testemunha: menino em estado de choque. Paul Millander, 10 anos, disse que viu através da fresta do armário o seu pai John ser forçado por dois seguranças que o mantinham sob mira a entrar na banheira, onde foi encontrado morto. Causa oficial da morte dada como...” ...

— Suicídio. - Gil completou. _ Verifique a data.

Sara verificou e disse a eles:

— Catherine está certa. 17 de Agosto de 1959. É o padrão.

— Então ele está matando homens que nasceram no mesmo dia em que o pai dele morreu. - concluiu Catherine.

Chegaram ao local e só o que encontraram lá foi um banco com um envelope em cima escrito “Grissom”, com um papel em branco dentro.

— Está em branco. O que quer dizer? - Catherine perguntou receosa.

— Que não temos nada. Droga!

— Vamos voltar ao laboratório, aqui pode não ser seguro. - Catherine aconselhou.

— Não acredito que deixei ele fugir!

— Gil, você não sabia que era ele. Calma.

— Mesmo assim! Eu fiquei cara a cara com ele e ele se safou! Ele me paga!

...

Assim que voltaram ao laboratório e Sara viu que Grissom estava ao lado de Catherine na porta de sua sala, correu até ele e o abraçou forte.

— Você está bem?

— Estou bem. - sorriu.

Ele adorou aquele gesto. O abraço dela era muito bom e perceber que ela se importava com ele era melhor ainda. Naquele momento ele soube – mas não do jeito que precisava – o quanto ela gostava dele.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Deixem seus reviews, por favorzinho ♥
No próximo capítulo teremos um segredo picante revelado num avião hahaha
Abraço de urso e até lá :3