Love Story escrita por Fofura


Capítulo 12
Gotas de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Hey amorzinhos! Cá estou eu com mais um capítulo pra vocês :3
Vocês descobrirão parte do porquê a Sara não dorme.
Enjoy ♥



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O dia não começou muito bem para Sara na semana seguinte. No escuro de seu quarto, Sara suava e se debatia enquanto dormia, virando e se revirando na cama como se alguma coisa a afligisse.

Minutos depois, o grito que deu ecoou no cômodo no mesmo instante em que havia se sentado na cama com a respiração acelerada. Aquele pesadelo de novo. Toda noite era assim, já não aguentava mais.

Com lágrimas nos olhos pelo susto se sempre levava, Sara pegou o celular e ligou pra única pessoa que entendia seus temores e sabia de suas tristezas.

— Sarita! - Rayle, apesar do sono, atendeu com imensa alegria.

— Oi Ray. - soluçou depois de cumprimentar a amiga.

— O que houve, amiga? Está tudo bem?

— Não. Acabei de acordar.

Rayle soube interpretar aquela frase muito bem e seu coração doeu.

— Ainda está tendo pesadelos?

— Sim, e continua sendo sempre o mesmo. Eu não sei mais o que fazer. Eu não consigo, de jeito nenhum, superar a morte do meu pai, Rayle.

— Sara, fica calma. Você vai superar tudo isso, amiga. Você é forte. Tudo o que você precisa é de mais tempo.

— Está demorando demais e eu estou me esforçando.

Rayle resolveu tentar distraí-la um pouco.

— Sei que está. Vamos fazer o seguinte, me conta como está sendo as coisas aí, porque eu estou mega curiosa.

— Está tudo indo bem.

— Está se dando bem com todo mundo?

— Não, com todo mundo não. - sorriu ao se lembrar e secou as lágrimas.

— Ué, como não?

— Me dou bem apenas com o Grissom, o Nick e o Greg. Estou no caminho certo com o Warrick...

— O cara que você teve que investigar? - Rayle a interrompeu.

— Esse mesmo. Mas o problema é a ruiva, ela ainda não me aceitou bem na equipe como os outros.

— A ruiva é a Catherine?

— Você é realmente boa de memória. - Sara riu.

— Só com nomes. - a acompanhou na risada.

Conversaram por mais alguns minutos e Rayle bocejou.

— Eu te acordei, não foi?

— Não, eu já estava acordada. - mentiu.

— Rayle eu te conheço e sei quando você mente. Volte a dormir, mais tarde eu te ligo.

— Não, não quero te deixar sozinha aí de madrugada. Você precisa de alguém pra conversar. Me conta do Grissom.

— Rayle é sério....

— Me conta do Grissom!!!

Sara riu.

— Eu resolvi não ficar no pé dele por um tempo.

— Como assim “no pé”? Você é amiga dele.

— Eu sei, mas não foi nesse sentido. Se ele ainda sente algo por mim ele vai demonstrar. Eu quero deixar fluir naturalmente, sabe? Daqui um tempo eu começo a me aproximar mais, tipo convidar ele pra sair ou sei lá. Vai depender dele.

— Ahh, entendi! Você quer fisgar ele no tempo certo né?

Sara riu.

— Mais ou menos. Estamos convivendo juntos a pouco tempo, mas ele está se mostrando bem cuidadoso. Ele é muito legal comigo! Às vezes eu até acho que ele me olha diferente, como antes, sabe? Bom, por enquanto eu vou só observar e manter a calma.

— Ai que amor! - Rayle quase gritou. _ Mas... por que diz isso? “Manter a calma”.

— Porque ele ainda mexe muito comigo. Eu fico nervosa quando estou perto dele e eu espero que isso não seja óbvio de se notar.

Rayle riu.

— Ele fica mais bonito a cada dia, sabia? E aquele sorriso? Ah! - suspirou.

— Parece que tem alguém mais apaixonada do que antes.

— Ele é carinhoso, eu fico boba com isso! - riu. _ Mas olha só, Ray... São cinco da manhã e você trabalha à tarde. Eu te ligo depois do almoço, tabom? Não se preocupa, eu estou bem.

— Tem certeza que está bem?

— Tenho. - sorriu.

— Certo. Se cuida, tá? Tenta dormir de novo, amiga, mas esvazie sua mente. Comigo funciona.

— Comigo não.

Fazia um tempo que já não conseguia dormir, desde a última vez que visitara sua mãe na instituição, e sempre que dormia tinha pesadelos. Então passou a manter-se acordada.

Sara se despediu de Rayle e levantou-se para tomar um copo d’agua. Precisava relaxar. Ligou o rádio pra ver se tinha algum chamado pra lhe distrair. Ouviu sobre um homicídio de uma família: pai, mãe e dois adolescentes, e informaram que, provavelmente, seria de extrema importância. Não pensou duas vezes, vestiu-se e foi imediatamente para lá.

Enquanto isso nessa mesma cena do crime, Grissom pediu a um garoto para fazer as anotações do que ele falava. Ele conseguiu por um tempo, porém, quando ele viu o corpo do homem no chão, ele começou a passar mal e não conseguiu mais anotar.

— Pode fazer a anotações? - o garoto perguntou à Grissom. _ Acho que estou passando mal.

Sara chegou no mesmo instante.

— Eu faço! Vai respirar lá fora.

Grissom a olhou como se perguntasse o que ela fazia ali. Ela entendeu e "respondeu".

— Eu ouvi no rádio, um quádruplo. Achei que podia ajudar.

— Você nunca dorme, não é?

Ela negou. Se ele soubesse o porquê, teria pena dela, e Sara não queria isso de ninguém.

— Círculos de sangue na parede. Seria um culto? Um Mandson?

— Alguém deixou um recado. Preciso ver o resto.

Sara seguiu Grissom até o quarto do casal onde a mãe se encontrava.

— Mulher caucasiana, uma punhalada na garganta...- Sara anotava tudo o que ele dizia. _ Secção das carótidas da direita para a esquerda com hemorragia fatal, sem lesão de defesa. Opinião preliminar? Foi morta enquanto dormia.

Ao ouvir isso, Sara sentiu um incomodo muito grande e as lembranças daquele dia terrível de seu passado vieram à tona em sua mente.

Ela tirou fotos do corpo e depois de acharem os dois adolescentes, saíram de dentro da casa.

...

Grissom tinha acabado de falar com o xerife e Sara foi até ele.

— Quer que eu entre? - disse determinada.

— Eu quero que leve a garotinha ao departamento de polícia. O Brass está te esperando.

“O que???”

— Está brincando, não está? Eu virei taxista do maior caso do ano? - ela reclamou.

— Sara. - disse com autoridade. Ela não podia dar pití agora. _ Eu Preciso que um de nós fique com a garotinha.

“E por que esse alguém tem que ser eu, pombas?!”

Ela fez cara de indignada pra ele e o mesmo, sem se importar, entrou na casa.

Não foi tão mau ficar com Brenda, pois assim pôde descobrir que mesmo não sendo boa com crianças, as mesmas conseguiam gostar dela. Conseguiu descobrir o que aconteceu com Brenda e aquilo a deixou péssima. O pai abusava dela. Deu força a garotinha e não a deixou sozinha em momento algum.

Assim que solucionaram o caso, juntaram-se na sala de descanso pra escrever seus relatórios.

— Anda logo, Nick! Todos nós já terminamos. - Warrick reclamou.

— Não precisam me esperar não, podem ir embora.

— Não, temos que te esperar pra você ir com a gente no Frank’s e pagar a conta. - Sara explicou piscando pra ele.

— Haha! Vai sonhando.

Sara riu.

— É sério, Nick, vai logo.

— Minha mão ainda está doendo do soco que eu dei naquela porta. Relaxa aí, Warrick.

— Ninguém mandou ficar brincando de boxe na cena do crime.

Todos gargalharam, mas sabiam que o motivo de Nick ter esmurrado a porta foi de pura indignação por terem matado aquela família.

— Nossa...- Nick riu. _ Sabe o que isso me faz lembrar?

— O que? - questionaram.

— A briga da semana passada.

“_ É uma desforra, Warrick? É isso? - perguntou Brass indo até ele e Sara. _ Fui duro com você e o policial Tyner paga o preço.

— Acha que é assim que eu trabalho?

— Brass, isso não tem nada a ver com nada. - Sara tentou deixar claro.

— A promotoria está abrindo o caso por causa do testemunho de um manobrista que estava a mil metros do jipe.

— A testemunha é bônus! Falta uma bala na arma do policial! - retrucou Sara.

— Vocês aí, sempre contando as balas. - o policial aparece indo até eles.

— O que ele está fazendo aqui? - Warrick se exaltou.

A discussão começou e Grissom ouviu da sala de Greg. Ele estava lá com Nick pra saber sobre a areia que estava no esqueleto que encontraram. Gil e Nick foram até lá e chegaram bem na hora em que o policial partiu pra cima de Warrick quase acertando Sara. Gil imediatamente os separou.

— Para! - Grissom disse nervoso e com autoridade. _ No meu laboratório não!

— Cientistas! Aposto que nunca sacou uma arma.

— É, e eu espero nunca sacar. Nick, põe esse cara pra fora!

Nick fez o que Grissom mandou e o mesmo pediu a Sara que levasse Warrick dali, mas apenas dizendo o seu nome, pois ela entendeu de imediato o que ele queria que ela fizesse sem ao menos ele terminar.

— Tá. Anda Warrick, vem comigo. - Sara pegou no braço de Warrick e o tirou dali.

Jim foi até Grissom dizendo:

— A culpa é sua, Gil! Fica com o nariz no microscópio e não sabe o que a sua gente faz!

— É, mas eu sei de uma coisa: meu pessoal não se curva e não será intimidado!”

— Deixei o Brass quase sem fala. - disse Gil.

— O que disse pra ele? - perguntou Catherine bastante curiosa.

— Que meu pessoal não se curva e não será intimidado.

— Uooooooou! - disseram ao mesmo tempo.

— Merece até um beijo. - disse Catherine indo até ele e dando um beijo em sua bochecha.

Sara ficou tentada em fazer o mesmo, mas não fez.

Grissom sorriu.

— Só disse a verdade.

— Terminei.

— Finalmente! - comemorou Warrick.

— Vai com a gente, Grissom? - Sara perguntou.

— Não sei. - estava indeciso.

— Ah, vamos? Vai ser legal! - ela pediu.

— Tudo bem. - o sorriso do canto de boca dele era irresistível e Sara confirmou isso muitas e muitas vezes. _ Eu só vou guardar minhas palavras cruzadas na minha sala. - levantou rapidamente e nem se deu conta de que era pra levar os relatórios.

— Eita, ele esqueceu os relatórios! - disse Sara sorrindo.

— É um cabeça dura mesmo! - Warrick também sorriu ao terminar de dizer.

— Vou lá levar pra ele. - Sara se levantou e pegou seu relatório. _ Dá aqui. - ela pegou os dos colegas pra facilitar e já levar todos de uma vez.

— A Sara é um amorzinho, né?! Se fosse a Catherine, ela iria levar só o dela.

Nick fez todos rirem menos a ruiva ao seu lado e o que levou disso foi um belo tapa na cabeça. Seus colegas riram mais ainda.

— Bem feito! - Warrick zombou dele.

Sara sorriu balançando a cabeça e seguiu para a sala de seu supervisor.

Bateu na porta e foi entrando.

— Esqueceu isso aqui. - mostrou os relatórios em sua mão e sorriu.

— Que cabeça a minha! - sorriu e agradeceu pegando os relatórios e deixando em sua mesa.

— Quase me acertaram naquela briga. - ela comentou rindo.

— Você se machucou? - ele se preocupou.

— Não, eu estou bem. Você chegou então eu não me machuquei. - sorriu.

Grissom sorriu desviando o olhar dela. Ele ficava fofo tímido e Sara teve uma ideia que o deixaria mais ainda.

— Sabe o beijo que a Catherine te deu por ter dito aquilo ao Brass?

— Sei.

— Faltou o meu.

Sara chegou perto dele e beijou sua bochecha lentamente. Grissom quase teve um treco. Sentir os lábios quentes dela bem perto de sua boca o fez engolir a seco. Sentia falta de ficar perto dela dessa forma.

Assim que depositou o beijo em sua bochecha, Sara o fitou por um instante e o fez ficar sem jeito. Resolveu então voltar à sala de descanso.

— Estaremos te esperando na sala de descanso. - foi se afastando dele devagar enquanto pronunciava essas palavras. Ao chegar na porta deu uma última olhada pra ele e seguiu direto no corredor deixando Gil perdido em pensamentos.

Aquela mulher era, sem dúvidas, incrível. Ia cada vez mais o surpreendendo. E aquele sentimento que o invadiu quando olhou em seus olhos pela primeira vez, surgiu novamente. O que seria aquilo?


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Notas finais do capítulo

É isso aí, Sara! Observe, mas não perca as oportunidades ;)
Depois das cenas do capítulo anterior, eu tinha que fazer uma coisa legal pra vocês né? :P
Deixem suas opiniões nos comentários, por favorzinho ^^
No próximo capítulo tem Paul Millander vs Grissom.
Abraços de urso :3